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— O que houve com o Ryan? –
Luna me pergunta, aflita.
— Ele não conseguiu sair do
limbo. Ele morreu. – Respondo com a voz baixa – Ah, eu já ia esquecendo. – Jogo
Milena no chão e aponto a arma para sua cabeça, mas dessa vez, eu encosto o
cano da arma na cabeça dela. – O que deu em você para explodir o lugar daquele
jeito?
— Eu estava tentando impedir
Lilith de voltar ao submundo. Sabe o quanto eu ralei para colocar essa infeliz
lá, em primeiro lugar? Assim que eu soube que ela havia retornado nas
catacumbas, eu convoquei um alquimista e tudo mais. E agora ela está livre!
— Ela só voltou porque o
Ryan foi morto. Eu sei que aquela mulher de cabelo preto matou-o. Quem ela é?
— Ela é sua irmã mais velha.
Katherine Davenport, líder e fundadora do limbo. Achei que devesse saber.
Milena assovia e seu pégasus
desce do céu. Kratos e Milena sobem no animal e voam para fora de onde
estávamos.
[...]
Duas vítimas em tão pouco
tempo. O inferno está, realmente, nos matando. Primeiro Lilith mata Zoe nas
catacumbas, com todo aquele processo de neutralização dos poderes vampirescos
dela. Depois, minha irmã – Katherine – mata Ryan no limbo, sem a menor
explicação.
Como Ryan nasceu no
submundo, não há como enviá-lo de volta ao mundo mortal, então simplesmente o
enterramos nas terras infernais. Depois de um minuto de silêncio, eis que Aaron
dá sua primeira palavra fora do limbo:
— Labirinto de Asteroth.
— Quê?
— Eu vou guia-los ao
labirinto de Asteroth, depois, eu encontrarei meu próprio caminho para fora do
inferno. No labirinto, há várias passagens para vários locais destas terras
onde estamos. Vocês têm que entrar na passagem que diga Olimpo. Lá vocês
encontrarão Zeus.
— Então lá podemos nos
preparar para o ataque de Morte. – Digo em voz baixa.
— Morte com certeza estará
usando o mesmo raciocínio, então é provável que ele os ataque ainda no
labirinto. É um lugar imensamente grande, e é muito fácil se perder lá, por isso,
vocês devem andar juntos.
— Quanto tempo nós
demoraremos até chegarmos ao labirinto? – Luna pergunta.
— Aproximadamente uma
semana. O labirinto é imune a qualquer tipo de magia de aparato, então o único
meio de chegar lá é a pé.
Está de noite, e decidimos
dormir um pouco para partir pela manhã. Íris está devastada com a morte de
Ryan, e Silas e ela acabam por encontrar abrigo um no outro. Chloe e eu estamos
na mesma barraca e ela me beija e alisa o meu peito.
Chloe sobe em cima de mim e
rasga minha camiseta – que a essa altura estava repleta de sangue – e alisa meu
peito e meu abdômen, lentamente descendo a sua mão até a fivela do cinto da
minha calça, o qual ela abre e puxa-a.
Apenas de cueca, sento-me e
tiro a blusa de Chloe, expondo o seu sutiã. Beijo Chloe e beijo seu pescoço,
enquanto acaricio seu corpo seminu. Minhas mãos vão de encontro as suas costas,
onde desabotoo seu sutiã, deixando seus belos seios à mostra. Deito Chloe no
chão e subo nela, beijando seu corpo inteiro, começando de sua boca e descendo
lentamente pelo seu pescoço e seus seios, até encontrar sua barriga, local onde
ela geme um pouco por conta de cócegas. Olho para ela e ela balança
afirmativamente com a cabeça.
[...]
Pela manhã, eu e Chloe somos
os últimos a acordar. Chloe se arruma rapidamente e sai da barraca sem nenhuma
cerimônia. Ponho o pano rasgado que minha camisa se tornou e visto o resto de
minhas roupas. Quando saio da barraca, Luna mal me vê e sacode os pulsos, e o
pano rasgado agora se tornou uma camisa nova.
— Você já viu pior que isso.
– Comento.
— Não precisa me lembrar. –
Ela fala.
Comemos uns peixes assados
que Silas pescou. O sabor não está tão ruim, considerando o local de onde eles
foram capturados. Assim que terminamos de comer, Aaron sai em disparada e nós o
seguimos.
Caminhamos por horas e
horas, mas o sol teima em não se pôr. Eu adoraria que Milena e os outros
descessem do céu com suas carruagens e nos levassem até o labirinto de
Asteroth, mas já ficou bem claro que nós não temos mais dívidas uns com os
outros.
Finalmente, depois de uma
caminhada que parecia não acabar nunca, o sol se põe e paramos para acampar,
novamente. Estou cansado dessa rotina de vagar pelo inferno em busca de
vingança. Eu adoraria voltar ao submundo, onde eu poderia treinar técnicas de
luta, poderia aprender magia com Luna e tentar criar um meio de trazer E.D.,
Ryan, Sara e Zoe de volta.
Adormeço e tenho um
pesadelo.
Eu estou no labirinto de
Asteroth. Diferente dos labirintos comuns, este é feito de galhos secos, porém,
cem por cento vivos, capazes de arrancar uma coluna vertebral de um corpo em um
piscar de olhos.
Estou correndo. Fugindo, na
verdade, mas não sei exatamente do quê. Perdi-me dos outros, estou completamente
sozinho e sei que vou morrer.
Dou de cara com um portal
que Aaron havia mencionado, e vejo uma mão estender-se de dentro do portal para
fora, mas não sei se devo agarrá-la. Que se dane.
Agarro a mão e sou
transportado ao meu colégio, na manhã em que eu vi o vulto negro no local. Foi
ali que a minha vida começou a desandar. Mas o que acontece é que eu consigo me ver. Eu vejo, de outro ângulo, o que
realmente aconteceu àquele dia.
Eu estava ouvindo músicas,
como de costume, e é então que o vulto negro se tornou mais nítido do que algo
real.
— Katherine. – Sussurro.
Katherine vira-se para mim,
mas não o eu ouvindo músicas. Para mim,
e avança em minha direção. Ela agarra meu pescoço e pressiona-o contra a
parede.
— Como você entrou aqui?!
Morte te enviou?!
— Eu... Não... Sei...
— Você tem que sair daqui
rápido. Eles virão te pegar.
— Você... É mesmo...
Minha... Irmã?
— Sim, Chase, eu sou. –
Katherine olha para o lado. – Saia daqui!
Minhas palavras agora não
têm mais som. Vejo Katherine ser arrastada por dois homens com vestes negras
rasgadas. Os dementadores! Pego a
arma laser no meu bolso e dou os dois tiros que restavam dela, e ambas as
criaturas entram em chamas, largando Katherine.

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