Cena
01. Ext. Casa de Rodrigo. Área de Lazer. Dia.
Rodrigo e Celina estão na piscina,
se beijando debaixo d’água. Os dois sobem até a superfície.
CELINA:
Rodrigo,
eu...
RODRIGO
(interrompe): Desculpa, Celina. Eu não devia ter feito isso.
CELINA: Não,
Rodrigo. Foi bom. Eu gostei.
RODRIGO: É sério?
CELINA: É, mas eu
acho que a gente não devia fazer isso. Tanta coisa ruim acontecendo. A morte do
seu Aristeu acabou de acontecer e...
RODRIGO: Não precisa
terminar, Celina. Eu também acho. Desculpa mais uma vez.
Rodrigo
e Celina sentam-se na beira da piscina, deixando a água molhar apenas os pés.
RODRIGO: Mas você
tinha uma coisa pra me falar, né?
CELINA: É, eu
tinha. Eu encontrei com o cara da capa branca ontem à noite.
RODRIGO: Quê?
Rodrigo
fica surpreso.
Cena
02. Int. Shopping. Interior. Dia.
Gi, Batera e Letícia passeiam pelo
shopping. As meninas apontam várias roupas para Batera, mas o rapaz mostra os
bolsos vazios.
GI: Para tudo,
Batera. Como é que você convida a gente pra vir no shopping e você não tem
dinheiro?
BATERA: Ué, eu vim
só passear, aproveitar que hoje é o último dia que a gente tem pra aproveitar.
Amanhã recomeçam as aulas lembram? O diretor Rômulo deixou bem claro que era só
um recesso.
GI:
Tá
bom, senhor certinho, tá bom.
LETÍCIA: Gente, pra
mim tanto faz se a gente vai ou não comprar alguma coisa. O que interessa é
ficar perto do Batera.
GI: Ai, meu
Deus, era só o que me faltava. Agora eu vou ter que ouvir essa loira oxigenada
se insinuando pro Batera.
LETÍCIA: Quê que é,
Gi? Tá com ciúme, querida?
GI: Que ciúme
o que, meu amor? Como diz a música, eu sou a diva que você quer copiar.
LETÍCIA: Eu quero
te copiar? Haha, faz-me rir. Se enxerga, garota.
GI: Se enxerga
você, sua branquela.
LETÍCIA: Não me
chama de branquela, sua escurinha.
GI: Ei, ei,
ei. Escurinha não. Olha o preconceito! Aqui é morena tropicana. Dois beijos pra
você.
LETÍCIA: Se eu
quisesse seus beijos eu pedia pra uma vaca me lamber.
Gi
começa a puxar o cabelo de Letícia. Letícia faz o mesmo. Elas começam uma
confusão.
BATERA: Ih,
começou.
Os
seguranças do shopping chegam e tentam conter as duas. Eles seguram elas e as
levam para fora do shopping.
Cena
03. Ext. Shopping. Frente. Dia.
Os seguranças levam Gi e Letícia
para fora do shopping a força.
LETÍCIA: Me larga,
seu brutamonte!
GI: Pode ficar
com essa aí pra você, mas você vai ter que tirar essa sua mão gigante de cima
de mim.
Os
dois seguranças levam Gi e Letícia para bem longe do shopping. Batera vem bem
atrás, fingindo não conhecer as duas. Os seguranças largam Gi e Letícia e
voltam para o shopping. Batera chega até as duas.
GI: Muito bem,
Batera. Em vez de ajudar a gente, fica aí mascando seu chiclete de braços
cruzados.
BATERA: E que isso
sirva de lição pra vocês nunca mais fazerem isso.
LETÍCIA: Ih, será
que baixou o meu pai no Batera?
GI: Para de
falar asneira, ô patricinha de Bervelly Hills.
LETÍCIA: Eu tenho
nome sabia, Giovana? Segura esse teu forninho aí.
As
duas começam a discutir novamente. Batera vai embora disfarçadamente.
Cena
04. Int. Cemitério. Interior. Dia.
CAM passeia pelo cemitério vazio,
até que chega em um túmulo, onde Geraldo está ajoelhado. É o túmulo de Aristeu.
Geraldo com um ramo de flores na mão, aos prantos. Acontece um flashback.
Geraldo lembra de sua adolescência.
-----LEMBRANÇA-----
Geraldo, adolescente, está na frente de
Aristeu, ainda novo.
ARISTEU: Geraldo, você é o meu garoto prodígio.
Quando você for adulto, eu quero que você se lembre de mim.
GERALDO: É claro que eu vou lembrar de você,
seu Aristeu. Você foi o melhor professor que eu já tive.
Os dois se abraçam.
-----DE VOLTA AO PRESENTE-----
Geraldo
continua chorando.
GERALDO: Eu nunca
vou esquecer.
Geraldo
deixa o ramo de flores sobre o túmulo de Aristeu e caminha lentamente em
direção ao portão enferrujado do cemitério.
Cena
05. Int. Academia Friedrich. Interior. Dia.
As luzes da academia estão todas
apagadas. Bilu e Tetéia caminham por dentro.
BILU: Tetéia, eu
ainda não entendi por que você quis vir aqui. Eu quase me ferro naquele poste.
TETÉIA: Zip, Bilu,
zip! Na hora certa você vai saber.
Os
dois continuam caminhando, até que chegam a uma parede cheia de fotografias dos
alunos que já passaram pela academia. Tetéia pega o celular e ilumina a parede
com a luz do flash. Ela passeia a
lanterna pelas fotografias até que chega a uma onde está Raul, ao lado de seu
carro.
TETÉIA: Bingo! Eu
achei!
BILU: Achou o
que, Tetéia?
TETÉIA: Eu sempre
notei essa parede cheia de fotos dos alunos aqui da academia. E aqui tem uma
foto do Raul justamente com o carro dele. Cadê a foto que a gente tirou?
BILU: Eu
coloquei no meu bolso.
Bilu
passa a mão pelos bolsos, mas não encontra a foto.
TETÉIA: O que
aconteceu, Bilu? Cadê a foto?
BILU: Eu acho
que caiu quando eu tava subindo no poste.
Tetéia
não gosta.
Cena
06. Ext. Academia Friedrich. Frente. Dia.
Raul pega uma foto no chão, em
frente a academia. Ele percebe que a foto é de seu carro.
RAUL: Droga!
Eles tão quase descobrindo que fui eu. Mas eu não vou deixar.
Raul
rasga a foto e joga no lixo.
Cena
07. Int. Academia Friedrich. Interior. Dia.
TETÉIA: Bilu, seu
incompetente, como é que você deixa a foto cair?
BILU: Se você
tivesse a consideração de me ajudar a subir. Mas não, você é a princesa e eu
sou o escravo. Eu tenho que fazer tudo o que você manda. E depois, eu ainda
saio de culpado. Cansei, Tetéia, cansei!
Bilu
tenta ir embora, mas Tetéia segura o braço dele.
(Sonoplastia:
The Lazy Song – Bruno Mars)
TETÉIA: Não faz
isso, Bilu.
Tetéia
beija Bilu. CAM vai se distanciando, e continua mostrando os dois se beijando.
Cena
08. Ext. Rio de Janeiro – RJ. Dia/Noite.
A sonoplastia da cena anterior
continua. Anoitece no Rio de Janeiro. Close na casa de Rodrigo.
(Sonoplastia: Fade Out – The Lazy Song)
Cena
09. Int. Casa de Rodrigo. Quarto de Rodrigo. Noite.
Rodrigo
olha o céu estrelado pela janela do seu quarto. Caio entra.
CAIO: O que foi,
Rodrigo? Tá pensando na morte da bezerra?
RODRIGO: Nada não,
Caio.
CAIO: Eu sei que
é alguma coisa, Rodrigo. Me fala, pô. Eu sou seu irmão. Mais bonito, mas sou.
RODRIGO: Só você
pra me fazer rir numa hora dessas, molecote.
CAIO: Quer dizer
que o negócio tá feio mesmo, hein?
RODRIGO: Caio, eu
acho melhor eu não te contar.
CAIO: Conta,
Rodrigo. Agora eu já sei que você tem um segredo e eu não vou largar do seu pé
enquanto você não me disser qual é.
RODRIGO: Tá bom, eu
conto. É que faz um tempo que eu tô sendo perseguido por um homem de capa
branca. Sempre quando eu tô na rua, esse cara tá me espionando de algum lugar.
De trás de um muro, de cima de uma árvore. Enfim... e isso me deixou intrigado.
E me deixou mais intrigado ainda quando a Celina disse que viu essa pessoa
passando perto da academia.
CAIO: Puxa, que
sinistro. E aí?
RODRIGO: E aí que
eu tô determinado a procurar esse homem. Eu preciso saber a identidade dele.
Amanhã mesmo eu vou seguir ele.
Caio
assente com a cabeça.
Cena
10. Int. Casa de Tati. Quarto de Tati. Noite.
Tati, a moça que conversou com
Nando há alguns dias, está arrumando a cama. CAM mostra uma capa branca em cima
de sua cama.
#FIM DO CAPÍTULO
OS CRÉDITOS SOBEM AO SOM DE

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