O sinal toca. A professora sai da sala.
- Vamos Roni? – chama Pâm, animada.
- Vocês vão onde tão animados? – pergunta Alice, curiosa.
- O Roni vai almoçar na minha casa para fazermos o
trabalho – conta Pâm.
- Ou vamos por a fofoca em dia – diz Roni rindo. – Até
amanhã meninas – despede-se de Marce, Alice e Sam.
Depois de horas conversando e também fazendo o trabalho
de história, Roni percebe que já está entardeceu. Pâm acompanha Roni até o
ponto de ônibus.
- Posso confessar uma coisa? – diz Pâm, em tom de
mistério.
- Fala – diz Roni, curioso.
- Eu peguei uma espécie de trauma de pontos de ônibus –
conta Pâm, rindo.
- Ah, sua palhaça. Pensei que era uma fofoca boa – diz
Roni.
- Quer fofoca? Eu não queria admitir, mas o Lucas mexe
comigo como nenhum menino mais – conta Pâm.
- Que fofo, mas logo o “metido” da escola? Tinha melhor
não? – pergunta Roni, sendo irônico.
- Eu sei disso. Ele não é nenhum exemplo de perfeição –
diz Pâm.
- Ah, eu ia esquecendo ... antes do acidente eu tinha
comprado uma pulseira da amizade para nós usarmos. Toma – diz Roni, colocando
no braço de Pâm.
- Que linda!! – diz Pâm, abraçando Roni. – Eu não vou
tirar essa pulseira por nada.
O ônibus de Roni se aproxima.
- Será como se nós estivéssemos sempre juntos – diz Roni,
despedindo-se de Pâm, e embarcando no ônibus. O ônibus sai. Pâm sente um
calafrio.
- Que calafrio estranho. Parecia que tinha alguém me
vigiando. É melhor eu apressar o passo, e voltar para casa. Essa pracinha já
foi mais frequentada.
Pâm sai da pracinha e volta para casa. Entra na rua de
sua casa, e percebe alguns vultos atrás
dela. Pâm liga para Roni. De repente, Lucas aparece na sua frente.
- Droga, que susto! – diz Pâm segurando o celular e
falando com Roni.
- Roni, tudo bem. É só o Luc ... – diz Pâm, que não
termina a fala, pois Lucas toma o seu celular.
- Você tá doido Lucas? Que isso? Que estupidez – diz Pâm
irritada.
- Você fala demais Pâm. Eu quero uma coisa sua .... sabe
o quê? – pergunta Lucas, com tom de mistério.
- Não. Eu só quero saber de uma coisa. Por que você
estava me seguindo? – pergunta Pâm, irritada.
- Você não está com medo? – pergunta Lucas, sendo
monstruoso.
- Não, porque eu teria que ter medo de você? – pergunta
Pâm, pegando a chave do portão do prédio, em sua bolsa.
- Por isso – diz Lucas, que controlando a energia dos
postes de iluminação da rua, provocando uma descarga elétrica e soltando os
fios de alta tensão. A rua fica num breu.
- Você ..... é o jovem encapuzado? – pergunta Pâm,
chorando, que corre pela rua assustada.
Lucas eletriza as pernas de Pâm, que cai no chão
machucando-o a boca e o ralando os braços.
- E agora você está com medo? – pergunta Lucas, que se
aproxima de Pâm, criando pequenos campos elétricos.
- O que você fará comigo? – pergunta Pâm chorando.
- Eu vou acabar com seu grupinho de bostas. Diga bye bye
para os Sentidos .. e você será a primeira – diz Lucas, rindo.
- Lucas .. não. Você é nosso amigo. Lucas, eu amo você –
diz Pâm, com os olhos lagrimejados.
-Eu não quero fazer nada. Mas .. – diz Lucas, desfazendo
o campo de eletricidade. Pâm levanta do chão e tenta correr. O velho encapuzado
a levita no ar.
- Solte-me seu vovozinho fracote – grita Pâm.
- O fracote aqui pretende ser o mais forte de todos, o
único com poderes fora do normal. E para o meu plano ser completo, preciso
acabar com vocês – diz o velhote.
- Como vocês conseguiram ser tão fortes? – pergunta Pâm.
- Lembra do acidente. Lembra do motorista que fugiu. Eu
era o motorista do caminhão que causou a explosão e os poderes de vocês. Mas,
não foram só vocês que ganharam sentidos especiais. Eu, e o meu filho que
estava comigo, também ganhamos poderes. Sem vocês vamos governar o mundo – diz
o velhote tirando o capuz.
- Lucas, não posso acreditar nisso. Me ajuda. Meus amigos
vão me salvar, e vão destruir vocês – diz Pâm.
O velhote levita Pâm, jogando-a com toda impacto no chão.
- Vamos sair daqui e levá-la conosco. Assim ela servirá
de armadilha, para apanharmos os outros Sentidos de merda – diz o velhote.
Lucas amarra as mãos de Pâm, que tenta se soltar. Pâm arrebenta sua pulseira, e
Lucas a amarra novamente. Lucas a joga dentro da caminhonete preta.
( Na
casa de Roni)
Roni, retorna a ligação para Pâm.
- Droga, a Pâm não atende o celular. Muito estranho. Será
que aconteceu alguma coisa? – se pergunta Roni, preocupado.
- Não deve ter acontecido nada, é só paranoia minha. Vou
mandar mensagem para as meninas e vou dormir – diz Roni.
( No
dia seguinte) ( De manhã)
( Em
frente ao prédio de Pâm)
- Ainda bem que vocês vieram. Olhem, achei no chão – diz
Roni mostrando a pulseira de Pâm.
- O que tem essa pulseira brega? – pergunta Marce.
- Essa pulseira brega, foi eu quem deu para a Pâm ontem.
É uma pulseira da amizade, ela não iria arrebentar a pulseira a toa – explica
Roni.
- Foi mau pelo “brega”-
diz Marce.
- Será que a Pâm não resolveu ir junto com os pais dela
para o tal sítio do avô dela? – lembra Alice.
- Não. Ela disse que ficaria em casa – conta Roni.
- Será que ela foi sequestrada? – pergunta Marce.
-Vamos chamar a polícia – diz Sam.
- Isso está muito estranho – diz Roni observando dois
homens da companhia de energia consertando o poste de luz.
- Já volto – diz Roni, aproximando dos homens.
- Bom dia, moço. O que aconteceu com esses postes
energia? – pergunta Roni.
- Parece que ocorreu uma carga de energia muito potente
nessa rua. Pelo o que os moradores disseram foi ontem a noite. Estamos tentando
resolver, o mais estranho que a sobrecarga só aconteceu nessa rua – explica o
trabalhador.
Roni lembra dos poderes do garoto encapuzado.
- Já, sei ... é claro que foi ele – diz Roni.
- Ele quem? – pergunta as meninas.
- Foi o jovem encapuzado, tá na cara meninas – diz Roni.
- Mas quem é o jovem encapuzado? – pergunta Marce.
- É isso que precisamos descobrir – diz Alice.
Roni sente uma forte dor de cabeça. Sam o segura. Roni
recebe ondas psíquicas cerebrais, que mostram Pâm, amarrada, dentro de um
barraco velho, ao lado de um viaduto abandonado.
- Como eu fiz isso? – se pergunta Roni.
- Isso o que? – pergunta Sam.
- Eu achei a Pâm – conta Roni.
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