Clarice fica
surpresa ao ouvir que estava livre.
Norma: A quem estas provas estão incriminando?
Renata: Me perdoem, mas infelizmente o sigilo policial não me
permite revelar. Quanto menos vocês souberem, melhor.
Clarice: Por favor, minha família corre perigo.
Renata: Não se preocupe. Vocês terão escolta e proteção policial
até pegarmos esta pessoa. Eu prometo a vocês que logo ele estará na minha
frente contando todos os detalhes desse crime. Ele irá pagar, isso eu te
garanto.
Renata faz sinal
para Abreu, que abre a cela. Clarice sai e Norma abraça ela.
Norma: Este pesadelo vai acabar minha filha. Sinto que dessa vez
tudo será esclarecido.
O celular de
Renata toca. Ela atende. Após desligar, Clarice percebe que algo está errado.
Clarice: Aconteceu alguma coisa, delegada?
Renata: Sim! Mais uma vítima. O assassino da Raquel está querendo
silenciar todos que chegam perto da verdade. A vítima da vez foi o Henrique. Me
informaram que ele foi encontrado morto em seu apartamento. Executado a tiros.
Clarice: Meu Deus!
Norma abraça
Clarice.
.............
O noticiário estava informando a morte de Henrique e ligando
ao assassinato de Raquel, já que ele havia sido arrolado como um dos suspeitos
do crime. Linda estava vendo o noticiário ao lado de Roberto.
Linda: Meu Deus! Ele foi executado dentro de
casa.
Roberto: Lamentável.
Linda: Estou com medo. Todos que tinham
relação com a minha irmã estão morrendo.
Roberto: Não tenha medo meu amor. Estou aqui e
protegerei você. Seja quem for este assassino, eu jamais deixaria ele te fazer
algum mal.
Eles se abraçam.
.............
ALGUNS DIAS DEPOIS...
Clarice caminha pela praia acompanhada de Ricardo. Eles
param em frente ao mar.
Clarice: A delegada está monitorando uma pessoa.
Ela tem certeza de que ela está por trás de todos esses crimes. Eu apenas
desejo que tudo isso termine logo.
Ricardo olha para Clarice.
Ricardo: Eu te amo!
Clarice: O quê?
Ricardo: Ouvir você falar tudo aquilo aquele dia
foi como um punhal atravessando o meu peito e dilacerando o meu coração.
Percebi naquele dia que não suportaria te perder.
Clarice: Ricardo, eu...
Ricardo: Não! Apenas me escute. Eu te encontrei
por obra do destino. Mesmo que as circunstâncias não fossem uma das melhores
possíveis, o destino te colocou no meu caminho. A verdade é que você é a mulher
da minha vida e não sei mais viver longe de você. Eu e você somos uma só
pessoa. Nos completamos quando estamos juntos. Apenas desejo você comigo todos
os dias, acordar ao teu lado e ter o prazer de dizer a todos que você é a minha
mulher. A única mulher da minha vida.
Clarice se emociona com as palavras de Ricardo.
Ricardo: Casa comigo?
Clarice: Ricardo?
Eles se olham profundamente.
Clarice: Sim! Eu aceito me casar com você.
Ricardo pega Clarice pela cintura e levanta ela no alto,
girando. Eles se beijam.
.............
Norma e Íris estavam na fila do supermercado. De repente
Íris ouve a voz de Amaral.
Amaral: Pode embrulhar em sacolas diferentes.
Atendente: Sim, senhor!
Íris fica pálida. Norma percebe a aflição da filha.
Norma: Íris, filha, o que houve?
Íris fica sem reação e aponta para Amaral. Norma olha para
ele, que não percebe.
Norma: O que houve, filha?
Íris: A voz... Aquele homem... Foi ele!
Norma: Foi ele? Como assim, Íris?
Íris: Foi ele quem me seqüestrou.
Norma olha para Amaral e vai até ele batendo nele com um
alguns objetos que ela pega dentro do carrinho.
Amaral: O que é isso, minha senhora? Está
louca?
Norma: Seu desgraçado! Você seqüestrou a minha
filha. Chamem a polícia, esse homem é um seqüestrador.
Amaral vê Íris e se lembra dela. Ele tenta correr,mas é
contido pela segurança. Íris fica nervosa
e Norma acalma a filha.
Norma: Tudo bem, meu amor. Acabou! Ele vai
para a cadeia agora. Vai ficar tudo bem.
.............
Roberto chega em casa e encontra Fernando arrumando as
roupas em uma mala.
Roberto: Vai viajar?
Fernando: Depois de tudo o que aconteceu eu não
tenho mais o que fazer aqui.
Roberto: Estranho!
Fernando encara Roberto.
Fernando: O que é estranho?
Roberto: Nada. Só acho que você não vai
conseguir ir a lugar nenhum enquanto o assassinato da Raquel não for
esclarecido. Talvez você fosse arrolado como suspeito se viajasse agora.
Fernando: Escuta aqui seu desgraçado, eu não
matei ninguém. Eu jamais faria isso e você sabe muito bem.
Roberto: Calma maninho, eu não estou acusando
você. Apenas apontei um fato que para a polícia será motivo de suspeita. Bom,
mas você é quem sabe. Para onde pretende ir?
Fernando: Faz diferença para você?
Roberto: Na verdade, não. Boa viagem.
Roberto sai e Fernando continua a arrumar a mala.
.............
Na delegacia, Renata estava frente a frente com Amaral.
Renata: Eu não estou de brincadeira, rapaz. Sua
ficha é mais suja que “pau de galinheiro”. A vítima reconheceu sua voz. Sua
versão da história não me convence e você não tem nenhum álibe. Porque não
facilita pra mim e pra você e revela logo quem te mandou sequestrar a Íris?
Amaral: Ui, bravinha assim... Queria essa
brabeza toda na minha cama.
Renata dá um tapa na cara de Amaral.
Abreu: Delegada?
Renata: Tudo bem, eu sei. É que homens como
este me dá nojo.
Amaral começa a rir. Renata para de frente para Amaral e
olha nos olhos dele. Ele fica sério.
Amaral: Tudo bem. Você tem muito tempo para me
dizer a verdade. De qualquer forma, você ficará detido por outros crimes.
Estupro, assaltos e homicídios. Sua casa caiu. Levem esse canalha daqui.
Amaral e levado para o presídio.
.............
Ao chegar em casa, Clarice encontra Norma assistindo
televisão.
Norma: Filha, vem ver.
Clarice: O que aconteceu?
Norma: Pegaram o seqüestrador da Íris.
Clarice: Como assim?
Norma: Ela o reconheceu pela voz. Estávamos no
supermercado e ela ouviu quando ele estava falando com a mulher do caixa. Ela
entrou em pânico. A segurança o deteve.
Clarice: Meu Deus! E a Íris, como está?
Norma: Ela está dormindo agora. Está bem.
Clarice: Mãe? Isso significa que ele sabe quem é
o assassino da Raquel.
Norma: Sim!
Clarice: Preciso falar com a delegada...
Norma: Não! De acordo com o noticiário, ele
não colaborou com a polícia. Foi encaminhado para o presídio. Mas não se
preocupe, tenho certeza de que logo ele
irá falar.
Clarice: Deus queira que sim, mãe.
.............
No aeroporto, Laura estava no portão de embarque. Linda e
Raul estavam com ela.
Laura: Por favor, Raul. Eu te imploro, desista
dessa idéia de me mandar para o Pará.
Raul: Essa é a minha condição para evitar o
divórcio. Não estou lhe obrigando a ir, mas se ficar aqui, nós nos separamos e
cada um segue sua vida.
Linda: Mãe, lembre-se do que lhe falei. Pense
bem no que vai te fazer feliz.
Laura: Tudo bem. Eu aceito meu destino. Errei
e vou pagar pelo meu erro. Errei como mulher e como mãe. No final de tudo, acho
que mereço exatamente tudo isso.
Laura entrega a passagem para o comissário. Ele autoriza a
entrada dela. Laura caminha em direção à sala de espera de embarque. Ela olha
para Linda e Raul. Uma lágrima cai de seu olho. Ela abana para eles. Linda
abana para ela. Raul e Linda se viram e vão embora. Laura caminha e senta em
uma das poltronas aguardando o embarque.
.............
A campainha da casa de Clarice toca. Ela atende. É Fernando.
Clarice: Você? O que quer aqui?
Fernando: Vim me despedir de você.
Clarice: Se despedir? Você está indo embora?
Fernando: Será que podemos conversar? Eu posso
entrar?
Clarice pensa por alguns segundo e abre a porta liberando a
entrada dele. Fernando senta no sofá. Norma fica escondida ouvindo a conversa.
Clarice: O que tem para me dizer? Não acredito
que veio aqui se desculpar.
Fernando: Acreditando ou não, é exatamente isso.
Eu reconheço que estraguei a sua vida. O que eu fiz é imperdoável. Mas eu quero
que você se ponha em meu lugar e...
Clarice: Fernando, eu não preciso me por em seu
lugar. Eu não preciso te perdoar. Pelo que estou vendo, a única vida que foi
estragada foi a sua. Você cavou sua própria sepultura. Eu te amei muito. Estava
disposta a ser a mulher da sua vida, mas você preferiu dar ouvidos a sua
ambição. Eu lamento ter que ouvir isso de mim, mas eu tenho pena de você.
Espero que um dia você possa refazer a sua vida dignamente. Aprenda a pensar
com a sua própria cabeça.
Clarice se levanta e abre a porta.
Clarice: Siga sua vida e seja feliz.
Fernando se levanta do sofá e caminha. Ele para em frente a
Clarice, fixando seu olhar nela. Ela vira o rosto. Ele abaixa a cabeça e sai.
Clarice fecha a porta e vai até o sofá, onde senta. Norma vem até ela e senta ao lado dela, abraçando-a.
.............
Amaral caminha pelo pátio do presídio. Ele encara alguns
presidiários. Ele pressente que algo não está certo e resolve voltar para a
cela. Amaral caminha apressado e ao se aproximar da cela, um homem empurra ele
para dentro.
Amaral: Espera! O que vai fazer comigo?
O homem não fala nada, apenas retira um punha de dentro da
calça e olha para Amaral que fica apreensivo.
Amaral: Quem te mandou fazer isso? Foi ele?
O homem avança em Amaral e esfaqueia ele.
.............
Abreu bate na porta de Renata que autoriza sua entrada.
Abreu: Desculpe interrompê-la, delegada. Sabe
o tal de Amaral? Foi esfaqueado no presídio.
Renata: Eu não acredito nisso. E como ele está?
Abreu: Ao que tudo indica, vai sobreviver. Ele
deseja falar com a delegada.
.............
Renata chega na sala onde Amaral estava se recuperando. Ele
olha para ela.
Renata: O que tem de importante para mim?
Amaral: O nome! Eu tenho o nome do infeliz que
fez tudo isso. Eu quero ele na cadeia.
Renata: Então quer dizer...
Amaral: Exatamente! Eu vou revelar quem mandou
seqüestrar a garota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário