Cena 01 – Externa/Rio de Janeiro/Dia
(Música: Frejat – Segredos)
A história começa com a imagem do Cristo
Redentor, sendo mostrado de diversos ângulos. Em seguida vemos imagens das
praias do Rio de Janeiro, onde logo aparece: Rio de Janeiro, 1988.
Logo vemos imagens do calçadão de Copacabana,
com pessoas caminhando, enquanto outras tomam banho e pegam sol.
Corta para...
Cena 02 – Externa/Estação Rodoviária/Dia
...Continuação da cena anterior.
A CAM foca a rodoviária do alto, descendo
lentamente, passando por cima de alguns ônibus, até chegar à porta de um deles,
onde desce uma mulher (cabelos negros, presos, óculos de grau e vestindo uma
saia longa e uma blusa fechada).
A mulher para e olha ao redor. Em seguida, ela
pega sua mala e sai caminhando.
Corta para...
Cena 03 – Externa/Rua/Dia
...Continuação da cena anterior.
Vemos a mesma mulher caminhando, segurando sua
bolsa, entre diversas pessoas. Logo a vemos parar em frente a um bar [No Prato]. Ela entra no bar...
(Música:
fad-out)
Corta para...
Cena 04 – Bar No Prato/Int./Dia
Bar movimentado, por ser horário de pico, mas
com lugares disponíveis. No balcão, se encontra a dona do estabelecimento,
Eduarda (cabelos soltos, bem simples). Logo se aproxima dela outra mulher,
Mônica (Cabelo um pouco loiro, magra). Mônica trabalhava para Eduarda.
Mônica – Já
conseguiu alguém para substituir a vaga deixada pela Betina?
Eduarda (exausta)- Ainda estou vendo. Mesmo com muita divulgação parece que o povo
não quer trabalhar.
Mônica – Só
espero que apareça logo. Isso aqui está cada dia mais
movimentado. Sozinha eu não conseguirei dar conta de tudo.
Eduarda – Não
se preocupe. Eu prometo que vou me empenhar um pouco mais.
Mônica (sorrindo)- Tudo bem. Enquanto isso eu quebro o galho. Deixa eu voltar ao
serviço.
Eduarda volta a mexer em uns papéis, enquanto a
CAM segue Mônica pelo bar até a mesa onde a mulher (cenas anteriores) estava
sentada. Está mulher é Alessandra.
Mônica (entregando o cardápio)– Gostaria de comer ou beber algo?
Alessandra – Ah,
sim. Por enquanto um suco de laranja com bastante gelo.
Mônica (anotando)- Certo. Se desejar mais alguma coisa é só pedir. Já trarei o
suco.
Mônica – Obrigada.
Mônica se afasta e Alessandra observa Eduarda.
Corta para...
Cena 05 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Dia
Na sala estava Alberto (senhor de cabelos, uns
60 anos de idade), sentado em uma cadeira e lendo um jornal, Glória (mulher de
uns 40 anos) penteando o cabelo de sua neta, Ana Paula (sete anos de idade).
Glória – Está
ficando uma maravilha.
Ana Paula –
Amanhã é o meu aniversário.
Glória – Eu sei.
E vamos fazer um festão para comemorar.
Ana Paula –
Você vai me dar presentes?
Glória (risos)- Mas é claro que vou te dar presente. A mamãe e o papai também.
Ana Paula – E
o meu irmão?
Glória – Bem, o
seu irmão eu não sei.
O irmão de Ana Paula, chamado Júlio (nove anos
de idade), aparece na cena correndo, montado sobre o cabo de uma vassoura.
Alberto (bravo)- Pare já com isso menino. Não vê que pode acabar quebrando
alguma coisa?
Júlio – Mas eu só
estou brincando. Prometo que não vou quebrar nada.
Alberto – Aqui
dentro de casa não. Porque não brinca em outro lugar? E a vassoura não é brinquedo.
(tosse)
Glória – O
vovô está certo. É melhor brincar de alguma coisa que não seja com os objetos
da casa ou com algo que possa quebrar as coisas.
Júlio (decepcionado)- Aaaah.
Júlio sai da sala.
Ana Paula – Eu
não faço isso, não é vovó?
Glória – Não.
Você é uma mocinha linda e comportada. Agora vamos terminar de arrumar o seu
cabelo.
Alberto tosse novamente e Glória o observa
enquanto continua a pentear os cabelos de Ana Paula.
Corta para...
Cena 06 – Bar No Prato/Int./Dia
A CAM foca da entrada, onde Maurício (homem de
26 anos, um pouco barbudo), marido de Eduarda, caminha pelo bar, passando
próximo de Alessandra e chegando até Eduarda, cobrindo os olhos dela com as
mãos.
Maurício (sussurrando ao ouvido)- Adivinha quem é?
Eduarda (rindo)- Maurício.
Eduarda se vira e beija Maurício.
Eduarda – O
que faz por aqui? Não tinha que está no consultório?
Maurício – Passei
apenas para matar a saudade.
Eduarda – Saudade?
A gente mora juntos, temos dois filhos, anos de convivência e você fala em
saudade. Deve está é matando trabalho.
Maurício (rindo)- Adoro o seu senso de humor.
Mônica se aproxima dos dois.
Mônica – Com
licença. Sinto muito em atrapalhar os pombinhos mais preciso de sua assinatura
aqui, Eduarda. Já recebi a remessa de bebidas e está tudo certo.
Eduarda –
Claro.
Maurício – Oi,
Mônica.
Mônica – Tudo
bem, Maurício?
Eduarda (entregando o papel de volta)- Prontinho. Está assinado.
Mônica – Licencinha.
(Música: Banda Eva – Anjo)
Maurício (entrelaçando as mãos na cintura de
Eduarda)- Bem que podíamos sair hoje à noite.
Só nós dois. Um jantar romântico. O que você acha?
Eduarda – Qualquer
coisa com você seria como ir ao paraíso. Mas não posso. Estou desfalcada aqui
no bar.
Maurício (decepcionado)– Tudo bem. Eu entendo.
Eduarda – Desculpa.
Mas prometo que quando ajeitar as coisas por aqui, a gente sai para se
divertir. Só nós dois.
Maurício – Olha
que eu vou cobrar.
Os dois se beijam. A CAM desfoca os dois e foca
no rosto de Alessandra, que observa os dois enquanto toma um gole do suco. (Música aumenta)
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Cena 07 – Externa/Rio de Janeiro/Dia
Imagens das praias, dos prédios e da faixada da
casa (simples) onde mora Eduarda.
(Música:
fad-out)
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Cena 08 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Dia
Alberto, que ainda estava sentado na cadeira,
dobra o jornal e o coloca sobre a mesinha de centro. Ele se levanta da cadeira e
quando dá um passo sente uma tontura. Ele cai se apoiando na mesinha do abajur,
derrubando-o. Alberto deita no chão e desmaia.
Glória entra na cena, assustada.
Glória (em pânico/agarrando Alberto)- Alberto? Meu querido, o que aconteceu? Fala comigo. Por favor,
fala comigo. SOCORRO!
As crianças, Ana Paula e Júlio, ficam
assustados olhando de longe.
Corta para...
ABERTURA OFICIAL
[Introduzir vídeo de abertura aqui]
Cena 09 – Bar No Prato/Int./Dia
Eduarda estava limpando o balcão. Mônica se
aproxima dela.
Mônica – Acho
que você ganhou fã.
Eduarda – O
quê? Que história é essa?
Mônica acena com a cabeça e também olha para Alessandra,
que estava sentada.
Eduarda – E
porque você diz isso?
Mônica – Só
faltou construir um altar para você. Te elogiou muito. Disse que você lembra
muito a irmã dela.
Eduarda – Sério?
Que loucura.
Mônica – Bom.
Eu vou voltar ao serviço. Não se esquece de fazer o pedido para o estoque.
Eduarda – Já
fiz. Ficaram de entregar amanhã.
Mônica se afasta. Eduarda olha para Alessandra,
que logo percebe e disfarça o olhar. Eduarda caminha e vai até a mesa de Alessandra.
Eduarda – Boa
tarde. Está gostando dos nossos serviços? Tem algo que deseje?
Alessandra – Não.
Está tudo perfeito.
Eduarda – Então
se precisar de alguma coisa, estou disposição.
Eduarda se vira.
Alessandra – Espera.
Eduarda se volta para Alessandra.
Alessandra – Você
sabe de alguma pensão aqui por perto? É que eu sou nova na cidade. Não conheço
nada aqui, praticamente.
Eduarda – Bom,
eu não conheço nenhuma pensão por aqui, mas posso verificar para você.
Alessandra – Muito
obrigada.
Alessandra estende o a mão para Eduarda.
Mulher – Me
chamo Alessandra.
Eduarda (apertando a mão dela)– Prazer em conhecê-la, Alessandra. Meu nome é Eduarda.
Alessandra – Um
lindo nome.
Eduarda – Obrigada!
Você é de onde?
Alessandra – Vitória,
Espírito Santo.
Eduarda – Um
lindo lugar. E me desculpe à pergunta, mas o que veio fazer aqui? Veio a
trabalho?
Alessandra – Quase.
Na verdade eu vim procurar trabalho. Vim para tentar a sorte.
Eduarda – Um
gesto bem arriscado.
Alessandra – Viver
já é um risco. Se deixarmos nos intimidar por qualquer coisa jamais
encontraremos nosso verdadeiro lugar.
Eduarda fica em silêncio. Mônica se aproxima e
toca no ombro de Eduarda.
Mônica (apreensiva)- Eduarda.
Eduarda – O
que houve? Parece nervosa.
Mônica – Sua
mãe ligou. Aconteceu uma coisa com o seu pai. Ele foi hospitalizado.
Eduarda fica em choque.
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Cena 10 – Hospital/Int./Dia
Eduarda chega apressada no hospital. Glória
estava sentada, cabisbaixa. Glória se levanta ao perceber que Eduarda chegou.
Eduarda (nervosa)- Mãe? O que aconteceu com o papai?
Glória – Eu
não sei filha. Ele estava bem. Eu o encontrei caído na sala. Eu estou com medo.
Eduarda e Glória se abraçam.
Eduarda (chorando)- Vai terminar tudo bem. Seja o que for ele vai sair dessa. O
papai é forte.
Glória – Deus
te ouça, filha.
Eduarda – E
as crianças? Onde estão?
Glória – Ficaram
com a vizinha. Estão bem.
Maurício se aproxima (agora vestindo um jaleco
branco).
Eduardo (apreensiva)- Querido, como está o papai?
(Música: Jessie Ware - Say You Love Me)
Maurício (sério)- Eu sinto muito. Fizemos o impossível, mas ele não respondeu a
nenhuma das tentativas de reanimação.
Glória (desesperada)- Não pode ser. Meu marido, meu companheiro e amigo. Porque ele?
Maurício abraça Eduarda, que estava chorando.
Maurício – Ele
teve um AVC, seguido de um ataque cardíaco. Foi fatal.
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Cena 11 – Externa/Rio de Janeiro/Tarde-Noite
Vemos imagens do pôr do sol no Rio de Janeiro.
As praias e os prédios iluminados. CAM foca a faixada do Bar No Prato.
(Música:
fad-out)
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Cena 13 – Bar No Prato/Int./Noite
Mônica estava ao telefone, conversa já em andamento.
Mônica (ao telefone)- Que chato. Meus sentimentos. E diz para a Eduarda que assim que
fechar tudo aqui eu irei ai dar um abraço nela. Obrigada, por avisar. Beijos.
Mônica desliga o telefone. Alessandra estava no
balcão, para pagar a conta.
Alessandra – Está
tudo bem com o pai da Eduarda?
Mônica – Infelizmente
não. Ele faleceu.
Alessandra (colocando as mãos na boca)- Que horror. Coitada da Eduarda. Ela deve estar arrasada.
Mônica – E
está mesmo. Se tem uma coisa que ela ama e defende a todo custo é a família
dela. Tadinha. E eu aqui cheio de serviço, sozinha. Queria mesmo era estar ao
lado dela nesse momento. Mas com esse movimento.
Alessandra – Olha,
se você quiser eu posso te ajudar. Eu já trabalhei em um restaurante lá na
minha cidade.
Mônica – Jura?
Menina, você caiu do céu. Vou aceitar sim.
(Música: Mister Jam feat Ali Pierre King TEF - Walkin'
On Air)
Alessandra – Ótimo.
É só me dizer e eu faço.
Mônica – A
mesa quatro pediu uma cerveja e um suco de laranja.
Logo
Alessandra começa a servir as mesas. Há um avanço nas cenas, onde vemos Alessandra
dando duro, ajudando Mônica.
Corta para...
Cena 14 – Externa/Rio de Janeiro/Noite
Imagens dos prédios e do trânsito intenso.
(Música:
fad-out)
Corta para...
Cena 15 – Capela/Int./Noite
A CAM passeia pela capela, mostrando as
pessoas, vestidas de preto, passando pelo caixão até chegar a Eduarda e Glória,
que estavam ao lado do caixão, próximos à cabeça de Alberto.
Mônica e Alessandra entram na capela.
Alessandra – Obrigada
por ter deixado eu tomar banho e me trocar na sua casa. Eu não poderia deixar
de vir prestar meu apoio a Eduarda. Gostei muito dela.
Mônica – Não
há o que agradecer. Eu é que deveria beijar os seus pés por ter me ajudado lá
no bar. Vamos lá falar com a Eduarda.
Alessandra – Vamos.
Mônica e Alessandra caminham, sendo seguidas pela
CAM, até Eduarda.
Mônica (abraçando Eduarda)- Oi, amiga! Eu sinto muito.
Eduarda – Obrigada.
Mônica – Olha.
Essa aqui é a Alessandra, lá do bar. Ela me deu uma mão e tanto. Ela quis vir
aqui te dar um abraço.
Alessandra (abraçando Eduarda)- Sinto muito.
Eduarda – Obrigada.
Alessandra – Conte
comigo para o que precisar.
Eduarda – Obrigada.
Maurício se aproxima.
Maurício – Meu
amor venha tomar um café. Você não comeu nada.
Eduarda (a Maurício)- Já estou indo. (à Mônica
e Alessandra) Mais uma vez muito obrigada.
Eduarda sai acompanhada de Maurício, sendo
observados por Alessandra e Mônica.
Corta para...
Cena 16 – Externa/Rio de Janeiro/Noite-Dia
(Música: Jessie Ware - Say You Love Me)
Vemos imagens do amanhecer no Rio de Janeiro.
As ondas quebrando na praia. Voos de asa delta e o bondinho do pão de açúcar.
Imagem do alto, do cemitério, onde está uma pequena aglomeração de pessoas.
Corta para...
Cena 17 – Cemitério/Dia
...Continuação imediata da cena anterior.
Vemos o caixão de Alberto sendo descido para
dentro da cova. Eduarda e Glória jogam uma rosa vermelha, cada uma.
Eduarda – Descanse
em paz, meu pai.
A CAM começa a subir mostrando o caixão
descendo e as pessoas lentamente indo embora.
Corta para...
Cena 18 – Externa/Rio de Janeiro/Passagem de
Tempo
Imagens das praias, surfistas, pescadores. As
ondas quebrando no arpoador. O cristo redentor em diversas passagens de dias. Lê-se: Uma Semana Depois...
Faixada da casa de Eduarda.
(Música:
fad-out)
Corta para...
Cena 19 – Casa de Eduarda/Int./Quarto/Dia
Eduarda estava penteado o cabelo. Glória entra
no quarto.
Glória (sentando na cama)- Decidiu mesmo ir ao trabalho?
Eduarda (sem olhar para Glória)- Decidi. É como o Maurício disse: não adianta ficar de luto
eterno. O papai se foi fisicamente, mas jamais irá de nossos corações.
Glória – E ele
está certo. Tenho certeza de que o seu pai jamais nos abandonará.
Eduarda – As
crianças já foram para a escola?
Glória – Sim.
Deixei a Aninha na creche e o Júlio no colégio. Não se preocupe com eles, eu
cuidarei.
Eduarda (pegando a bolsa)- Ótimo. Até mais.
Eduarda beija o rosto de Glória e sai do
quarto.
Corta para...
Cena 20 – Bar No Prato/Int./Dia
Mônica estava limpando o balcão. Eduarda entra.
Eduarda – Bom
dia!
Mônica (surpresa) – Eduarda? Achei que viria só na próxima semana.
Eduarda – Eu
também. Mas a vida me chama. Ficar em casa não trará o meu pai de volta. A vida
continua.
Mônica – Mas
você está mesmo bem para trabalhar.
Eduarda – Estou
sim. Não se preocupe. E como anda as coisas por aqui?
Mônica – Olha,
graças a Alessandra está tudo bem. Essa mulher caiu do céu e em boa hora. E por
falar nela, você precisava ouvir o que ela me contou sobre a vida dela. É uma
coitada. Sofreu muito na vida já.
Eduarda – Vejo
que ficaram amigas.
Mônica – Ela
é legal. Você deveria contratar ela para trabalhar aqui.
Alessandra aparece.
Alessandra – Bom
dia! Eduarda? Já de volta ao trabalho? Fico feliz em ver que está melhor.
Eduarda – Oi
Alessandra. A Mônica estava me contando sobre o seu desempenho aqui na minha
ausência. Obrigada.
Alessandra – Que
é isso? Não tem o que agradecer. Fiz de coração.
Mônica faz sinal com a cabeça para Eduarda
contratar Alessandra.
Eduarda – Escuta.
Você já conseguiu algum emprego? Caso contrário eu gostaria muito que
trabalhasse aqui comigo.
Alessandra – Nossa.
Você me pegou de surpresa agora. Mas eu não posso aceitar. As coisas não estão
fáceis aqui no Rio, estou voltando para a minha cidade.
Mônica – Que
pena. Mas por quê?
Alessandra – Bem,
é que eu não consigo um lugar para ficar e não quero ficar muito longe do
centro, pois é onde estão os melhores lugares para trabalhar. Como aqui, por
exemplo.
Eduarda – Realmente
isso é verdade.
Mônica – Que
pena. Gostei de você.
Alessandra – Também
gostei de vocês. Mas quem sabe um dia nós não nos cruzamos por aí?
Alessandra abraça Mônica.
Mônica – Obrigada
por tudo.
Alessandra – Eu
é que agradeço a confiança de vocês. Foram as únicas amigas que fiz aqui
durante estes dias.
Alessandra abraça Eduarda.
Alessandra – E
força. A vida continua.
Eduarda – Obrigada!
Alessandra sorri e se vira, caminhando em
direção à saída do bar.
Eduarda – Alessandra?
Alessandra para e se vira para Eduarda.
Eduarda – Se
eu te hospedasse na minha casa, até você encontrar um lugar para ficar, você
aceitaria?
(Música: Frejat – Segredos)
Alessandra abre um sorriso de felicidade e
caminha até Eduarda.
Alessandra – Está
mesmo falando sério?
Eduarda – Estou.
Poderia ficar lá em casa e trabalhar aqui. E então, o que me diz?
Alessandra – Eu
aceito. Claro que eu aceito.
Alessandra abraça Eduarda, que são abraçadas
por Mônica.
Corta para...
Cena 21 - Externa/Rio de Janeiro/Dia
Imagem do Cristo Redentor, sendo mostrado de trás
e logo se voltando para sua frente, afastando aos poucos. Logo vemos imagem da
rodoviária.
Corta para...
Cena 22 – Estação Rodoviária/Dia
... Continuação imediata da cena anterior.
A CAM se aproxima da porta de um ônibus, onde
desce uma mulher (loira, uns 40 anos). A mulher arruma sua bolsa no ombro.
(Música:
fad-out)
Mulher – Rio
de Janeiro. Em algum lugar aqui você está escondida e eu vou te encontrar,
Alessandra.
Corta para...
Fim do Capítulo
CRÉDITOS FINAIS
Ótimo início, gostei!!!
ResponderExcluirAnsioso pelas maldades da Alê. Linda, diva...
Parabéns Edi.