sábado, 8 de agosto de 2015

Capítulo 37: O som do céu

Cena 125: INT. - Apartamento de Nicole - Quarto - À Tarde.

Dona Dulce e Nicole conversam no quarto dela.

Nicole: Mais cedo o William veio com um papo muito esquisito para o meu lado.

Dona Dulce: Quem é esse?

Nicole: É um colega da faculdade vovó.

Dona Dulce: Ata minha linda é que eu conheço apenas a Marina, o Pedro e o Miguel e claro o Marcelo seu noivo. Os outros vi muito rápido na festa.

Nicole: É verdade, mas esse William é muito envolvente e nunca sabemos quando ele está falando sério ou querendo aprontar alguma coisa, sabe?

Dona Dulce: Sim sei, mas então fica esperta e não caia na conversa dele.

Nicole: Não eu não irei me deixar levar pela lábia dele.

Dona Dulce: Como está o coração? Amanhã é o seu grande dia.

Nicole: Vovó eu estou ansiosa e muito nervosa.

Dona Dulce: Será que seu pai irá entrar com você na igreja?

Nicole: Por mim tanto faz, pois ele que se afastou da gente, eu já o perdoei, mas não vou implorar pelo seu amor de pai.

Dona Dulce: Ta certo. O importante é que você seja muito feliz com o seu escolhido.

Nicole: Às vezes eu penso estar sonhando, pois tudo estar dando tão certo na minha vida que nem posso acreditar.

Dona Dulce: Você vai ser muito feliz minha filha.

Nicole: Eu sei, mas lá no fundo me sinto incomodada com algo, sobretudo não sei o que.

Dona Dulce: É apenas o nervosismo, aliás, todas as noivas ficam ansiosíssimas com o casamento.

Nicole: Amanhã  o dia é todo para eu me cuidar, fazer as unhas, meu cabelo e depois esperar ansiosa pelo momento mais esperado da minha vida.

Dona Dulce: Vai dar tudo certo não se preocupe.


Cena 126: EXT - QUIOSQUE DA BARRA - À TARDE
Marcelo, Rafael e William tomam água de coco e conversam sobre o casamento.

Rafael: Quanto tempo Marcelo!

Marcelo: É verdade, por onde você tem andado?

Rafael: Depois que você parou de dar aquelas festas, eu mudei de área.

Marcelo: Bacana! Eu parei com a zoeira depois que me apaixonei pela Nicole.

William: E agora vai ser amarrar.

Marcelo: Me amarrar não, eu vou viver junto com a mulher que eu escolhi para passar o resto da vida ao meu lado.

Rafael: E a Julia aceitou isso assim numa boa?

Marcelo: Confesso que pensei que a Julia fosse pirar, mas depois ela se conformou.

William: Será mesmo?

Marcelo: Você está sabendo de alguma coisa, Will?

William: Eu... é claro que não, mas você sabe que mulher não gosta de ser trocada por outra.

Rafael: Isso tenho que concordar e a Nicole não sofreu um atropelamento suspeito?

Marcelo: Aquilo foi uma peça que o destino pregou na vida da Nicole.

William: Mas foi mais sorte, pois ela acabou encontrando o pai e recebendo a doação que a curou da leucemia.

Marcelo: Nada justifica, aliás, foi bom vocês terem me lembrado disso, pois irei ficar de olhos bem apertos com a Julia, ela pode querer aprontar alguma coisa para atrapalhar o meu casamento.

Rafael: Mais quando sai o laudo da investigação?

Marcelo: Eu não sei, vocês sabem que no Brasil a justiça é mais lenta que uma lesma.

William: E você vai ou não vai nos convidar para o seu casamento?

Marcelo: Por mim vocês podem ir, mas sem ficar vendendo porcarias pela festa, ouviram?

Rafael: Pode ficar sossegado, Marcelo.

William: Eu estou brincando, infelizmente eu vou ter que viajar para ver minha avó.

Marcelo: E desde quando você tem avó, Will?

Rafael: Também não sabia que você tinha avó.

William: É lógico que eu tenho, minha vozinha linda se chama Maria.

Marcelo: Desejo melhoras a sua avó.

William: Ela vai melhorar.

Rafael: E quando você vai ir ver sua avó?

William: Amanhã, mas por que o interesse?

Rafael: É que eu queria sair um pouco e se você não se importasse eu gostaria de viajar com você.

William: Mas a cidade onde ela mora é muito chata e não tem nada de interessante.

Marcelo: Ela mora aonde?

William: Em Mendes.

Rafael: Mendes! Eu sei onde fica e é uma ótima cidade é a cidade do café. Dos barões do café.

William (Sem graça) Ah é você conhece?

Rafael: Sim conheço um pouco, quando eu era criança estudei no Maristas por um tempo.

Marcelo: Então deve ser uma cidade boa sim Will.

William: Sinto muito, mas minha avó é rabujenta Rafael, deixa para outra oportunidade.

Marcelo (Em pensamento) Já sei onde irei passar minha lua de mel.


Cena 127: INT. - APARTAMENTO DE URIEL - SACADA - AO ENTARDECER.

Uriel está na sacada do seu apartamento, ele olha os carros passando, pega um charuto o corta e em seguida acende.

Uriel (Em pensamento) Eu não mereço tudo isso, a riqueza só me trouxe infelicidade e o ódio das pessoas.

Ele entra e anda pelo perímetro da sala, em seus pensamentos vem as lembranças do que Luana  lhe disse quando descobriu sua farsa, a decepção de Paola e as lembranças boas quando ele, Nicole e Marcelo se reuniram uma tarde e foram felizes ao menos aquela tarde.

Uriel (Se lamenta) Eu fiz tudo errado, mas ainda posso mudar essa situação. Tenho que me redimir com as pessoas que de certa forma eu prejudiquei com o meu egoísmo e intolerância.


Cena 128:  INT. - RESTAURANTE DA BARRA - MESA AO CENTRO - NOITE.

Marcelo, Nicole, Luana, Dona Dulce, Paola e Uriel se reunem para um acerto de contas.

Marcelo: O que houve? Por que nos convidou para este jantar assim de última hora, Uriel?

Uriel: Calma filho! Eu vou explicar, antes quero pedir uma champanhe.

Dona Dulce: Mas o que vamos comemorar?

Luana: É Uriel! Não quero ser grossa, mas eu deixei o meu namorado me esperando em casa e não posso e nem quero demorar.

Nicole: O senhor pode ir direto ao assunto, será melhor para todos nós.

Uriel: Ok! Eu chamei todos aqui para pedir perdão. Eu fui um crápula e só agora percebi que vocês fazem parte da minha vida.

Paola: E só agora que você percebeu isso?

Dona Dulce: Minha filha nunca é tarde para nos arrependermos.

Paola: Desculpa, a senhora tem toda razão.

Uriel: Eu peço que reconsiderem e tentem esquecer o homem horrível que fui e eu prometo que a partir de agora serei um homem mais amável e tolerante.

Nicole: Pai que bom que o senhor percebeu isso antes e vamos esquecer tudo o que passou.

Uriel: É a primeira vez que você me chama de pai.

Marcelo: É que só agora você merece ser chamado como tal.

Luana: Eu fico muito feliz por você Uriel.

Uriel: Eu sinto muito ter infernizado a sua vida quando você trabalhava pra mim.

Paola: Vamos esquecer tudo e começar do zero.

Dona Dulce: Sabe Uriel eu sabia que você tinha um coração bom, lá no fundo sempre tem.

Nicole: Então amanhã posso contar com seu braço para me levar até o altar?

Uriel: A partir de agora você pode contar comigo sempre que precisar, minha filha!

Marcelo: Não vejo a hora de me unir a você para sempre meu amor!

Nicole: Eu tambem Marcelo. Eu te amo!

Dona Dulce: Se sua mãe estivesse viva ela ia ficar muito feliz com o seu casamento.

Nicole: Mas de onde ela está tenho certeza que ela estar feliz por mim, vovó!

Paola: Gente eu tenho que ir embora, a Mel está me esperando para sairmos ainda esta noite.

Uriel: Espera Paola, eu preciso falar com você.

Paola e Uriel se retiram e conversam pelo lado de fora do restaurante:

Paola: O que você quer comigo, Uriel?

Uriel: Paola você quer se casar comigo?

Paola: Casar!?

Uriel: É nos damos bem e nos casando eu vou esquecer essa paixão doentia que eu possuo pela Luana.

Paola: Será que vai dar certo Uriel?

Uriel: Só saberemos tentando e eu prometo que vou fazer de tudo para de fazer a mulher mais feliz da face da terra.
(Belinda - En El Amor Hay Que Perdonar)

Paola: Esta certo Uriel, eu aceito me casar contigo!

Eles se beijam.

Cena 129: EXT. - BOATE DA BARRA - PORTARIA - MADRUGADA.
Melissa e Rafael estão na portaria prontos para entrar na boate, mas chega dois policiais e os impede.

Melissa: Esconde isso aí que os homens chegaram.

Rafael (Joga um saquinho no chão)

Policial 1: Vocês dois aí, encostem na parede.

Rafael: O que está acontecendo seu policial?

Policial 2 (Pega o saquinho no chão)

Melissa: Tira a mão de mim, quero que uma policial mulher me reviste.

Policial 2: Deixa a garota, foca só no malandro aqui, afinal, a gata tem razão não podemos ralar a mão na senhorita.

Melissa: Ainda bem que o senhor policial esta informado sobre as leis.

Policial 1: Mais isso não significa que iremos liberá-la senhorita, os dois são suspeitos de tráfico e vamos levá-los até a delegacia para esclarecimentos.

Rafael: Isso tudo é um engano, nós somos clientes desta boate e não lidamos com paradas ilícitas.

Policial 2: Isso é o que vamos ver, meu rapaz!

Melissa: Fica tranquilo Rafa, nós não devemos nada a ninguém.

Os dois policiais colocam Melissa e Rafael na viatura e os leva para a delegacia.

Na delegacia:

Rafael: Eu posso fazer uma ligação antes do delegado me chamar?

Policial 1: Pode, mas só cinco miutos.

Rafael (Pega o celular no bolso da calça e digita o número) Alô! Eu preciso que você venha até a delegacia da Barra, pois sujou pro meu lado.

Foco em seu semblante de preocupação.

Será para quem que Rafael está ligando?
CONTINUA...






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