O ato
sexual de prazer e dor se iniciava. Para Matheus um sexo vingativo, para
Ricardo possivelmente o melhor sexo que ele já fizera até aquele segundo. Mas
as coisas começavam a ficar tensas a partir daquele momento. Já eram quase
quatro horas da manhã, [Ele gostam da coisa viu? Vão sair assados!] e Matheus
já havia espancado sexualmente por de mais o padre. O suor descia rapidamente
pelo corpo nú do padre, mas o desejo por sexo ainda falava mais alto. Enquanto
Matheus ainda penetrava, Ricardo sorria e pedia mais.
- Você
quer mais? – Perguntou Matheus. O rapaz agora revelava suas intenções. Em algum
lugar Matheus encontrou a tesoura que tinha pegado na dispensa. – Que tal se...
Houver sangue no nosso sexo? – Ele passou o bico da tesoura nas costas de
Ricardo. Ainda sem força, mas já deixando marcas.
Ricardo
se assustou, muito! Em pânico ele começou a gritar, e implorar para que Matheus
não fizesse nada. Mas era em vão, como
se estivesse possuído, ele começava a arranhar cada vez com mais forças. Sem
saída, por estar amarrado, Padre Ricardo se debatia na cama. Matheus parecia se
divertir. Ele pegou uma das cuecas no chão, e rasgou-as. Puxou a cabeça de
Ricardo e amarrou o pano na boca.
- E
agora, vai trair a Deus? – Matheus estava chorando, mas não nervoso. Parecia
ser um profissional do crime. – Implore por perdão, mas no inferno! Você não se
safara desta vez.
[Acho
que alguém está se dando mal!] Ricardo ainda murmurava, implorando socorro. Mas
ninguém poderia ouvi-lo naquele momento.
A
madrugada se passou, e o dia clareava. O sol iluminava o verde daquelas árvores
lá fora. As crianças já começavam a sair de casa para brincar, a cidade
começava a ganhar vida. Ali naquela vizinhança, crianças começavam a jogar
bola.
- Coca
– Cola, Pepsi Cola, 1,2,3, 1,2,3. – As crianças cantavam. - Se liga na bola! –
Alertou uma das crianças. A bola escapou para dentro do terraço onde estavam
Matheus e Ricardo. – Ah! Agora vai buscar Emília! – ela era uma menina doce,
mas por vezes muito curiosa. O que poderia causar grandes impactos.
- Vai
logo Emília! – Gritou outra criança.
Emília já estava com medo, só em olhar aquela casa que mesmo estando
habitada, parecia assombrada. Ela caminhou um pouco lento, e foi se aproximando
do portão de entrada. Ela então abriu aquele portão enferrujado, e lentamente
empurrou. O barulho do ferro rangendo não foi audível aos ouvidos de Matheus.
A bola
estava ali, perto daquele buraco onde Ana estava. [Estava!] A menina se agachou
e pegou a bola dentro da valeta.
- Huumm!!
– Um gemido forte e de dor foi solto por Ricardo.
Emília
se assustou e soltou a bola, ela caminhou até a janela, e viu uma bagunça na
sala, roupas pelo chão, ela foi até a outra janela, que por conta das cortinas
viu apenas a sombra de Matheus e Ricardo na cama, sem os reconhecer.
- Ah!
- Ela gritou.
- Tá
tudo bem ai, Emília? – Perguntou um dos colegas da garota.
Ela
não respondeu e seguiu observando a cena, mesmo em sombras.
- Acho
que está na sua hora de ir fazer companhia ao diabo.
Padre
Ricardo murmurou, como se dissesse: “Não faça isso, Matheus!”. O garoto foi sem
piedade, e cravou a tesoura uma vez. Ricardo gemeu novamente, e o sangue
escorreu.
- Vai
foder com seus fiéis novamente? – Matheus voltou a cravar novamente a tesoura
em outra parte das costas. – Hein?! - Ele exigia uma resposta. As lagrimas nos
olhos de Matheus rolavam sem parar.
- Você
matou minha amiga! Minha melhor amiga. – Dizia Matheus. – O garoto saiu de cima
das costas de Ricardo. Caminhou pelo quarto e parou novamente frente ao
Padre. – Você nunca terá meu perdão!
Nunca.
Ricardo
estava em silêncio, cansado de tanto ser espancado.
- Você
é um nada, quero que você suma! – Matheus sussurrou frente ao rosto vendado de
Ricardo. Agora o garoto cuspiu no rosto
do padre.
Os
olhos de Matheus acompanharam o escorrer do cuspe pelo rosto de Ricardo. O
padre respirou fundo. - Você pediu isso, Ricardo! – Ele levantou-se e voltou a cravar a tesoura
em mais outra parte das costas de Ricardo. – Você ainda quer sexo? – Perguntou
Matheus.
O
padre não respondia mais, apenas respirava e permanecia calado. Matheus agora
esfregava o rosto de Ricardo em seu órgão genital.
-
Vamos! Diga que nunca mais vai fazer isso novamente. – Ordenava Matheus. [Que
puto! Salva logo este homem lindo, vai ficar sozinho pra sempre porque quer!]
Matheus
não tinha piedade mais de Ricardo, que volta a perfurar o corpo do padre.
- Isso
tudo lhe servirá de lição para nunca mais você... – Neste momento um barulho de
algo caindo ao chão é ouvido. Matheus congelou seu momento. Emília por descuido
do nervosismo ao ver a trágica cena que iria seguir, acabou por tropeçar num
vaso de flores, ali perto da janela. [Vadia! Na melhor parte... Affs!]
-
Merda! – Mateus largou a tesoura. Ele saiu da cama e foi até a janela, afastou
a cortina e observou o que estava acontecendo. [Não se sabe como, mas...]
Emília já não estava mais dentro da casa... Ela haveria saído correndo.
- Ah!
Apareceu a demente. – Dizia um dos meninos.
-
Temos que sair daqui, rápido! – Dizia a menina.
– Vamos! Chamem a policia, façam algo!
-
Chamar a policia pra que? – Perguntava um dos meninos.
Duas
ruas acima, uma viatura policial iria passando. Devagar.
- Ei!
– Todos gritaram. – Ei, policia! – Todos voltaram a gritar.
A
viatura parou e atendeu aos meninos.
-
Policial! Por favor, acabaram de matar alguém dentro de uma casa! – Dizia
Emília.
- Mas
o que você esta dizendo? – O Policial custou acreditar. – Você deve ter
entendido errado.
Logo a
rua encheu de moradores curiosos pela abordagem das crianças aos policiais.
-
Vocês sabem que não se deve brincar com isso! – Dizia um dos policiais.
[O
policial magrela, o único sentimental ali no carro, ao que parecia, deixou
Emília contar toda a história.] Quase chorando, com bastante lágrimas no olhos
ela começou sua queixa. -Eu entrei pra buscar nossa bola que caiu no terreno.
Quando eu entrei, vi na janela que... Havia muita bagunça na casa, além de ver
uma pessoa amarrada na cama e outra em cima dela. Com uma faca! – Os policiais
se olhavam – Eu tropecei no vazo de flores e vim aqui pra rua chamar alguém...
Vocês, - ela se irritou e uma lágrima piedosa brotou em seus olhos. – Ai! Vão
lá logo! – Emília deixou o grupo e saiu correndo, [talvez de volta para sua
casa] chorando desesperada pelo “medo” que passou. Em segundos a viatura ligou sua sirene e
pisou fundo no acelerador.
De
volta para a casa onde tudo acontecia entre o padre Ricardo e Mateus...
- Tá
pronto pra fazer sexo com o demônio lá no inferno? – Mateus ouviu ao longe a
sirene da viatura se aproximando. – Merda! – Ele parecia estar muito irritado
agora. - Você venceu desta vez. Reze
bastante para eu não lhe encontrar muito em breve! – Rapidamente o rapaz se
vestia, e cada vez mais, a sirene estava mais próxima. Ele correu pelos famosos
lugares onde conhecemos nesta história, passou pela sala, cozinha... Que a
proposito pegou uma caixa de fosforo. Entrou na dispensa como um jato e buscou
uma garrafinha de álcool. Voltou a sala e cozinha e despejou em algumas partes uma boa quantidade
de álcool. Correu para os fundos da casa [Ele nem sabia pra onde estava indo na
verdade] também derramando álcool, e viu uma porta-saída coberta por mato... Ou
vegetais. Do portal entre a cozinha e os fundos da casa, ele apenas se virou,
sorridente [parecendo um psicopata] acendeu cinco palitos de fósforo e os
acendeu. Voltou a sorrir encarando as chamas e os jogou ao chão. O álcool
começou a incendiar as partes da casa. Partes onde havia cortinas, sofá...
Cadeiras. Ele olhou fixo para dentro da casa, e caminhou rapidamente a tal
porta-saída e ouviu o primeiro estouro na porta. Ele tentou se livrar de tudo o
que prendia a porta, e a chutou. Logo, é
possível ouvir as vidraças [pratos, copos, etc.] da cozinha estourarem.
-
FOGO! – Gritavam todos na rua, que naquele momento atraia muitos curiosos.
Cenas da casa incendiando-se e todos apreensivos na
rua.
Fim do sexto capítulo.
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