segunda-feira, 2 de maio de 2016

Capítulo 13: Amor Bandido

CENA 01/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA/ INT./ NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior. Arlan diante de Aléxya e Magnus.
ARLAN – Aléxya?! – diz surpreso ao ver sua ex ali.
ALÉXYA – Surpreso em me ver Arlan?!
ARLAN – Eu não acredito que você veio até aqui só pra me procurar.
ALÉXYA – (grita) Eu vim resolver o problema da nossa relação, Arlan. Depois de tudo o que aconteceu a gente tem muita coisa pra conversar, pra acertar... Além do mais, vim também te perdoar por tudo o que você vez. - diz a moça descaradamente.
ARLAN – Me perdoar?!
Aléxya acena que sim. Arlan retruca:
ARLAN – Perdoar o que Aléxya? Você que deveria pedir perdão a mim após ter contratado aquele detetive pra ficar na minha cola. Deveria pedir perdão por ter desconfiado da minha fidelidade para contigo. E vem tu a mim dizendo que veio me perdoar? – irritado.
ALÉXYA – (fala histericamente) Arlan é jeito de falar comigo? Poxa, eu deixo São Paulo, venho até o Rio pra te encontrar, pra te perdoar por tudo o que você fez e é assim que sou tratada?
Arlan retruca:
ARLAN – Deveria ter ficado lá. Agora dá licença que tenho que sair. Tenho assuntos importantes a resolver.
ALÉXYA – Você não vai a lugar algum! – grita.
ARLAN – Quem é você pra de dar ordens? – grita ainda mais forte.
ALÉXYA – Sou tua noiva. A mãe dos teus futuros filhos/
Irritado, Arlan diz:
ARLAN – Aléxya vou deixar uma coisa bem claro pra você e pra todos que estão aqui – referindo-se ao Mister Schultz, a empresada da mansão, Magnus e mais dois seguranças – Eu e você não temos mais nada me comum. Acabou! Acabou! Acabou! Bota isso na tua cabeça. Eu terminei com você!
ALÉXYA – Você não pode terminar comigo. Você me ama! – grita aos prantos.
Arlan arremata:
ARLAN – Eu nunca te amei Aléxya. Nunca! – diz antes de deixar o local.
Todos que acompanharam de camarote a cena ficam chocados. Magnus a consolar Aléxya nos braços aos prantos.

CENA 02/ MANSÃO SCHULTZ/ EXT./ NOITE
Arlan deixa a mansão Schultz e vai em busca de sua felicidade: Alyne Sax.

CENA 03/ CASA RUBINA/ SALA/ INT./ NOITE
Alyne conversa freneticamente com uma amiga pelo celular. Ela ouve a campainha tocar e sai pra atender. Ao abrir a porta, a moça dá de cara com Arlan sorridente em sua frente:
ALYNE – Você?! – diz surpresa.
Suspense.

CENA 04/ FLAT POLLO/ SALA/ INT./ NOITE
Ivo diante de Pollo a concluir uma conversa.
IVO – Infelizmente Pollo, sou gay. Tentei gostar de mulheres, mas foi inútil. Só sinto desejo sexual por homens. Isso me torna um caso especial em vários sentidos, dentro da família, com os colegas… Não tenho culpa de ser assim, não gostaria que fosse assim, mas é a realidade. Por vezes culpo minha mãe por ter gerado um viado e não um cara normal. Culpo a ausência de um pai que nunca tive. Culpo a Deus por ter me feito assim... Gostaria de saber como os outros gays vivem. Como é a vida social deles. Passo a minha vida trancado em casa, a não ser nos dias em que vou a universidade. Me sinto sujo. Enfim Pollo, minha vida é um inferno!!! E sem solução.
POLLO – Ivo, sei bem como é isso.
IVO – Sabe?
POLLO – Claro que sei. Eu também sou gay e já passei por isso tudo... Acredito que todo homem que se descobre homossexual passa por esse inferno... Sabe Ivo, de primeiro eu não me aceitava... Eu não queria isso pra mim... Queria mudar a todo custo essa minha ORIENTAÇÃO, e foi através de várias tentativas inúteis que percebi que não podia mudar isso. Muita gente acha que ser gay é uma opção, mas não é. Ser gay ou homossexual é uma orientação... Nós sabemos que não optamos em ser assim, simplesmente nascemos assim. Ser gay é ser como eu e como você! – respira fundo de continua – Ivo eu gosto muito de você, e quero poder te ajudar nesse “inferno” como você mesmo disse. Me deixa te ajudar a te fazer entender o que é ser gay.  Poder te apresentar o lado “bom” de ser gay. A te aceitar como gay.
Após toda aquela argumentação, ambos se abraçam emocionados.

CENA 05/ CASA RUBINA/ SALA/ INT./ NOITE
Alyne convidou Arlan para entrar em sua simples casa. Sentados no sofá, ambos conversam.
ALYNE – Aceita um copo d’água?
ARLAN – Não obrigado. – fala educadamente.
ALYNE – Tudo bem... Arlan, eu ainda não entendi, o que veio fazer aqui?
Arlan levanta-se e diz:
ARLAN – Eu vim te fazer um convite.
ALYNE – Convite? – diz interessada.
ARLAN – Não é bem um convite e sim um pedido.
ALYNE – Então o que está esperando? Faça-o.
Arlan ajoelha-se diante de Alyne e diz completamente emocionado:
ARLAN – Depois daquela confusão toda na casa do mister Schultz, a história do suco, depois de te beijar algumas vezes, eu não consigo tirar você da cabeça. Estou aqui hoje te pedido em namoro... Alyne namora comigo?
Silêncio.
ABERTURA DA NOVELA

TEMPO DEPOIS...
RIO DE JANEIRO - RJ
CENA 06/ CASA RUBINA/ SALA/ INT./ NOITE
Após ter sido pedida em namoro por Arlan Berganttini, Alyne Sax escreveu a primeira anotação em seu diário:
“Querido diário: Dias atrás conheci o homem com quem vou me casar.”
Rubina diante da filha:
RUBINA – Esse Arlan te faz um bem danado não é minha filha?
Alyne sorrir e responde:
AYLNE – Mãe, nunca me senti tão bem ao lado do Arlan. Eu sinto uma energia tão boa ao lado dele. Ele me faz tão bem. Eu o amo muito.
RUBINA – Ele também te ama muito Alyne. Eu vejo isso nos olhos dele. Mas você ainda não me disse, já marcaram a data do casamento de você?
Alyne responde e diz:
ALYNE – Sim. Eu e o Arlan já marcamos a data para o nosso casamento.
RUBINA – Vocês já procuraram um juiz de paz para casar?
ALYNE – Não. Arlan quer apenas um casamento formal. Vamos no casar na Capela Nª Senhora Das Graças.
RUBINA – E quando vai ser?
ALYNE – Daqui a três semanas.

SÃO PAULO - SP
CENA 07/ MANSÃO KUHN/ SUÍTE ÔNIX/ INT./ NOITE
Ônix a conversar com Arlan pelo aparelho celular:
ÔNIX – Arlan, onde você anda que não deu mais notícias?
ARLAN – Desculpa por só ligar agora, Ônix! Muita coisa andou acontecendo nas últimas semanas, mas está tudo bem.
ÔNIX – Isso significa dizer que você voltou atrás. Está com a Aléxya de novo.
ARLAN – Não. Muito pelo contrário.
ÔNIX – Como é? – fala histericamente.
ARLAN – Ônix depois que terminei tudo com a Aléxya acabei conhecendo aqui no Rio o amor da minha vida com quem vou casar dentro de algumas semanas.
ÔNIX – Como é, quer dizer que você abandonou de vez nosso plano? O plano de roubar milhões do Magnus?
ARLAN – Exatamente!
ÔNIX – Ficou maluco exu?! – grita pelo celular histericamente – me diz uma coisa, essa tua noiva é milionária?
ARLAN – Não, ela não nem rica muito menos milionária. Ela é humilde. Veio de uma família pobre, mas o que importa é que pela primeira vez na minha vida me apaixonei de verdade por alguém.
ÔNIX – Pelo amor da santa, você ficou maluco?! – grita histericamente – Trocou a Aléxya por uma pobretona suburbana que não tem onde cair morta! Arlan, pobreza pega sabia? Arlan você perdeu a cabeça?!
ARLAN – Perdi a cabeça pela Alyne.
ÔNIX – Alyne? Nome de pobre! Arlan, me escuta você não pode se casar com essa pobretona. Você tem que casar com a Aléxya, com ela você sai ganhando. Não faz essa besteira de se casar com uma suburbana. Eu não admito isso!
ARLAN – Não perguntei se você concorda com meu casamento com ela. Além do mais eu/
ÔNIX – Não fala nada! Você enlouqueceu de vez.
Irritado com as burrice de Arlan, Ônix desliga o celular.
ÔNIX – Eu tenho que fazer o Arlan reatar com a Aléxya! E rápido! – diz pra si mesmo.
Selim entra logo em seguida:
SELIM – Doutor Ônix?!
ÔNIX – Entre Selim. Entre e sente-se. Espero que tenha trazido ótimas novidades horrorosas a respeito do Ângello.
O matador de aluguel sorrir sarcasticamente. Inclina-se na mesa para Ônix e arremata:
SELIM – Fiz do jeito que o senhor me ordenou.
ÔNIX – Perfeito!
Selim retira algo de bolso e entrega pra Ônix:
SELIM – Como também havia me pedido, aqui está o dente do anta do Ângello.
ÔNIX – Perfeito! – ele retira um envelope recheado de dinheiro e entrega a Selim – Aqui está sua recompensa. Fez um ótimo trabalho.

RIO DE JANEIRO - RJ
MAIS TARDE DAQUELA MESMA NOITE...
CENA 08/ CASA RUBINA/ COZINHA/ INT./ NOITE
Arlan, Alyne e Rubina sentados à mesa.
ARLAN – Está tudo preparado – informou Arlan a Alyne – Já tomei as providencias necessárias para a recepção do nosso casamento meu anjo! Quase todos aceitaram nosso convite.
Ansiosa para o grande dia, Alyne sentiu um pequeno calafrio percorrer seu corpo.
ALYNE – Mal posso esperar, meu amor.
Os dois se beijam apaixonadamente.

SÃO PAULO - SP
CENA 09/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ NOITE
Magnus diante de Máxima:
MAGNUS – E a Aléxya? Como ela tá?
MÁXIMA - A tua filha tá lá, trancada no quarto. Sem beber, se comer a um bom tempo. Isso tudo depois que o Arlan terminou com ela lá no Rio. Só vive trancada no quarto. Não faz outra coisa além de chorar. Hoje mesmo aquela amiga dela, a Samya, teve aí, mas a Aléxya acabou expulsando-a. Disse que não queria ninguém por perto. Queria fica só.
MAGNUS – Coitada da minha vida! Sofrendo por amor...
MÁXIMA – Não foi falta de aviso. Sempre soube que aquele canalha do Arlan não prestava. Quantas vezes disse que o Arlan não era homem suficiente pra nossa filha? Inúmeras vezes, mas ninguém me dava ouvidos.
MAGNUS – Máxima, já vem você de novo!
Máxima se cala.
MAGNUS – Eu vou ver a Aléxya. – Diz o empresário subindo as escadas.

CENA 10/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA/ INT./ NOITE
Magnus entra na suíte e encontra Aléxya, aos prantos, jogada na cama.
MAGNUS – Aléxya minha filha. Tudo bem?
ALÉXYA – Bem? O Arlan termina comigo e o senhor pergunta se estou bem? É claro que não né pai. Eu nunca sofri tanto quanto estou sofrendo.
MAGNUS – Sinto muito minha filha.
ALÉXYA – Estou completamente decepnionada com o Arlan.
Magnus senta na cama da filha e diz:
MAGNUS – É não é apenas você que está decepcionado com o Arlan, Aléxya. Eu também estou muito decepcionado com ele.
De repente, Aléxya tem uma ideia de como trazer o Arlan de volta.
ALÉXYA – Pai eu sei como podemos trazer o Arlan de volta.
MAGNUS – Como minha filha?
ALÉXYA – Eu tenho uma ideia. É o seguinte, o senhor vai até o Rio e...
Aléxya começa a explicar (fora do áudio) sua “plano” ao pai.

CENA 11/ FLAT POLLO/ SALA/ INT./ NOITE
Pollo a preparar a aula para amanhã. Ele ouve alguém batendo à porta. Ao atender dá de cara com Ivo.
POLLO – Ivo! Que surpresa! Entra.
Ivo entra.
POLLO – Senta. Mas não repara da bagunça. Eu estava preparando a aula pra amanhã.
IVO – Pollo, eu preciso falar com você!
Pollo percebe o tom sério de Ivo.
POLLO – Aconteceu alguma coisa?
IVO – Sim, eu preciso que me responda uma coisa.
Pollo começa a ficar preocupado:
POLLO – O que é então?
IVO – Eu beijo bem?
Pollo estuda a situação por um momento:
POLLO – Como é?
IVO – Não, esquece. Eu não devia ter vindo até aqui. – diz dando meia volta antes de deixar o flat.
Pollo puxa pelo braço Ivo para junto de se e diz:
POLLO – Tá brincando né? Você beija super bem. – e logo rouba um beijo apaixonado do estudante.

CENA 12/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA/ INT./ NOITE
Magnus diante de Aléxya:
MAGNUS – Filha, mas que ideia fantástica. Tenho certeza que com ela teremos o Arlan de volta.
ALÉXYA – Então, o senhor topa?
MAGNUS – Claro. Amanhã mesmo estou indo ao Rio me encontrar com o Arlan. Tenho certeza que ele não irá ceder a minha proposta. Logo logo você terá seu noivo de volta.
Eufóricos, pai e filha se abraçam.

CENA 13/ FLAT POLLO/ SALA/ INT./ NOITE
Ivo foi até o flat de Pollo tirar uma “dúvida”, se ele beijava bem ou não. E os dois acabaram aos beijos.
POLLO – Ivo... – fala interrompendo o beijo.
IVO – Não fala nada. Apenas me beija.
POLLO – Ivo, você tem certeza que quer isso?! Da última vez você saiu daqui enfurecido e/
Ivo interrompe o professor universitário e diz:
IVO – Eu pensei bem nessas últimas semanas depois daquela nossa conversa e percebi que eu precisava, assim como você, me aceitar do jeito que sou. Pollo, confesso que não é nada fácil se aceitar assim, mas com o tempo eu vou vencendo esse meu preconceito e aceitando minhas diferenças.
Aquelas palavras são músicas para os ouvidos de Pollo.
POLLO – Fico muito feliz por você Ivo. Muito mesmo.
E os dois voltam a se beijar e acabam na cama.

NO DIA SEGUINTE:
CENA 14/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Ônix chega à empresa e não encontra Monique na recepção.
ÔNIX – Mas onde será que aquela perua se meteu?
Monique chega logo em seguida.
ÔNIX – Está atrasada! – grita.
Monique tenta se explicar:
MONIQUE – Doutor Ônix eu posso explicar: Eu acabei perdendo meu ônibus e/
O filho de Orlando interrompe a recepcionista e diz:
ÔNIX – Eu odeio explicações. Principalmente vinda de uma recepcionista de merda como você!
Humilhada, Monique começa a chorar:
ÔNIX – Não adianta de se fazer de coitadinha, porque o único coitado que tem aqui sou eu. Para de chorar exu! – grita.
Monique tenta conter as lágrimas enquanto Ônix continua a humilha-la:
 ÔNIX – Sabe Monique Braz – sendo sarcástico – eu devia te demitir depois de tudo o que você fez.
MONIQUE – Mas o que foi que eu fiz?
ÔNIX – Calada! – grita.
Monique se cala, Ônix continua:
ÔNIX – Sabe Monique, há uma coisa que odeio mais do que uma simples empregada – momento de silêncio – uma simples empregada fofoqueira, tipo você minha cara criaturinha irritante. Agora me responde, porque falou praquele detetive de merda sobre a discursão que tive com o Egídio?
A imagem congela em Monique.
FIM DO CAPÍTULO





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