quarta-feira, 22 de junho de 2016

Capítulo 25: Amor Bandido

CENA 01/ MANSÃO KUHN/ SALA DE JANTA/ INT./ DIA
Continuação imediata do capítulo anterior.
ALYNE – Eu não te contei... Semanas antes do meu casamento com o Arlan, descobri que estava esperando um filho dele. E só decidi contar a novidade durante a nossa festa de casamento, o que não veio a acontecer. O Arlan havia viajado de última hora e não tive tempo pra contar que teríamos um filho juntos. Dias se passaram e eu não tinha notícias dele, isso porque ele estava em sua lua de mel com a outra, a Aléxya. No dia seguinte, saiu em tudo que é jornal e revista de fofoca sobre o casamento milionário entre eles. Foi então que tudo veio à tona e descobri que havia sido traída pelo grande amor da minha vida. Aquilo doeu demais... Passei dias trancada no meu quarto me derretendo em lágrimas e mais lágrimas. Não queria sair pelas ruas. Tinha vergonha de mim mesma. Até que um dia, fui praticamente forçada a sair. Mas não a passeio ou coisas do tipo, e sim porque precisa ir ao médico após um “acidente domestico”. Tive uma grande tontura e acabei desmaiando. Acordei no hospital. Estava tudo bem comigo, diferentemente do bebê.
ORLANDO – Você...
ALYNE – (relutante) Eu o pedir com a queda. – emocionada – Enfim, eu não quero mais falar sobre isso. Dói muito perder um filho.
ORLANDO – Filho esse que o Arlan não sabia que “viria” a existir. Isso porque você não o conto.
ALYNE – Ele não precisava saber que teria um filho dele. Até porque, ele mesmo iria constituir uma família com a Aléxya. Seria mais feliz ao lado dela. A filha de um grande milionário bastante conhecido. – ela respira fundo e diz – Enfim... É isso! E por isso, Orlando, eu preciso me vingar do Arlan. Como já havia dito antes, eu preciso vingar a morte do meu filho. Não há ninguém que me impeça disso. Ninguém. – arremata.
ORLANDO – Alyne meu amor, sinto muito ter que dizer isso, mas, você está acusando o Arlan de ter... como eu posso dizer... “matado” (não seria a palavra certa, pensa Orlando) o seu filho?
ALYNE – Isso mesmo! – atesta – E justamente por isso irei me vingar dele.
ORLANDO – E como você pretende se vingar do Arlan?
ALYNE Eu tenho os meus segredos. – arremata em alto e bom som.
Suspense.

CENA 02/ MANSÃO SCARION/ SALA DE JANTA/ INT./ DIA
Todos (Magnus, Aléxya, Máxima e Arlan) reunidos à mesa do café da manha na mansão Scarion. Edith, a empregada da mansão, entra em cena e diz:
EDITH – Doutor Magnus?
MAGNUS – Sim Edith. – responde o milionário.
EDITH – O doutor Ônix está lá na sala. Quer muito falar com o senhor.
ARLAN – O Ônix está aí? – pergunta surpreso.
A empregada faz que sim com a cabeça.
MAGNUS – Eu vou até lá ver o que ele quer comigo. Será que aconteceu alguma coisa? – diz empresário deixando a mesa.

CENA 03/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ DIA
Ônix diante de Magnus.
ÔNIX – Eu sinto muito atrapalhar o seu café em família Magnus, mas eu preciso de sua ajuda.
MAGNUS – Ajuda? Aconteceu alguma coisa meu rapaz? – preocupado.
ÔNIX – O papai voltou a me expulsar de casa. Eu queria saber se há algum problema se eu voltasse a me refugiar por algum tempo aqui.
MAGNUS – Claro que não. Ônix meu filho, você será sempre bem vindo nesta casa. Mas, me assusta muito as atitudes do seu pai. Essa já é a segunda vez que ele te expulsa de casa e creio eu que seja sem motivos. Você é um excelente rapaz. Pode ficar por aqui o tempo que quiser.
ÔNIX – Obrigado doutor Magnus. Eu não aguentava mais ser humilhado pelo papai. – se fazendo de coitadinho.

CENA 04/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE VISITA/ INT./ DIA
Ônix desfazendo as malas. Arlan ao lado.
ARLAN – Eu não gosto nada da história de você ter voltado a morar aqui. – declara.
ÔNIX – O que é isso Arlan?! – fala histericamente - Eu fui jogado, praticamente, na sarjeta pelo babaca do meu pai e você me trata dessa forma? Sinceramente. Como meu amigo, deveria me acolher com amor e carinho como fez o otário do Magnus. – sendo sarcástico – Outra coisa: não gostei da forma como você me deixou falando sozinho naquela noite no bar do Walcyr. Aquilo foi uó.
O vilão pega a toalha que estava jogada na cama e diz:
ÔNIX - Agora se me lá licença, eu preciso me refrescar depois de passar a noite em uma pensãozinha de quinta. – diz deixando o local.

CENA 05/ GRUPO KUHN/ SALA PRESIDENCIAL ORLANDO/ INT./ DIA
Orlando sentado em sua mesa pensando na conversa que tivera com Alyne hoje pela manhã. Sua secretária entra em cena pela porta e diz:
MONIQUE – Doutor Orlando, o doutor Magnus está ai/
Antes de a secretária terminar a frase Orlando diz:
ORLANDO – Mande-o entrar, por favor.

Minutos Depois...
ORLANDO – Magnus que bons ventos o traz aqui?
Magnus é frio com o velho amigo e vai direto ao ponto:
MAGNUS – Orlando, o Ônix me procurou hoje pela manhã e disse que você voltou a expulsar ele de casa. Não sente vergonha disso?! – declara em alto de bom som.
Orlando fica apreensivo.
Suspense.
ABERTURA DA NOVELA
Magnus faz um gesto de quem vai responder, mas é interrompido por Ônix que diz:
ÔNIX – Espera um pouco... Mas essas malas são minhas! – declara.
MAGNUS – Exatamente Ônix! – atesta.
ÔNIX – Mas o que o senhor está fazendo com as minhas malas? Eu não havia deixado elas na suíte de hospedes?
Todos ficam sem entender. Magnus arremata:
MAGNUS – Eu quero você fora daqui! – exige aos berros.
MÁXIMA – Magnus! Ficou maluco, é isso?!  - diz a mulher repreendendo o marido.
ÔNIX – Doutor Magnus, o senhor está me expulsado? É isso? – fala histericamente.
MAGNUS – É exatamente isso que estou fazendo. Quero que você fora dessa casa imediatamente. – ordena.
O clima é tenso entre eles:
MÁXIMA – Magnus por que diabos está expulsando o Ônix? – reprende e questiona a socialite.
MAGNUS – Simples Máxima. Eu não quero um ladrão dormindo sob o mesmo teto que eu. – declara.
ALÉXYA/ARLAN – Ladrão! – surpresos.
ÔNIX – Tudo bem. Eu saio.
MÁXIMA – Ônix! – grita – Mas, mas... Mas o que está acontecendo nessa casa meu Deus do céu? – grita histericamente – Por que isso agora?
MAGNUS – Eu descobri o motivo que levou o Orlando a expulsar o Ônix de casa.
Ônix engole em seco. Magnus continua:
MAGNUS – O Ônix superfaturou contratos do Grupo Kuhn e colocou dinheiro no bolso. Foi isso. Roubou o próprio pai. Não merece ficar aqui! – arremata em alto e bom som.
Todos ficam abismados com a revelação e naquela mesma noite, Ônix deixa a mansão.

CENA 06/ MANSÃO SCARION/ SALA DE JANTA/ INT./ NOITE
Alyne e Orlando tomam aquele delicioso café da manhã. De repente, a empregada da mansão, Simone, entra em cena e diz:
SIMONE – Doutor Orlando...?
ORLANDO – Fala Simone!
SIMONE – É que... O doutor Magnus está na sala esperando pra falar com o senhor.
ORLANDO – Está certo Simone. Obrigado.
SIMONE – Com licença. – diz a empregada antes de deixar o local.
Alyne toma a palavra:
ALYNE – O Magnus está ai? – curiosa.
ORLANDO – Está. – pequena pausa – Ele havia me ligado hoje mais cedo pra comunicar que viria. – responde em tom casual.
ALYNE – E do que se trata a conversa de vocês?
(CORTA RAPIDAMENTE PARA)

CENA 07/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ NOITE
Magnus diante de Orlando:
MAGNUS – Eu vim falar sobre o Ônix.
ORLANDO – Eu não acredito que você veio até aqui, Magnus, me dá conselhos de como devo lidar com o Ônix/
Magnus interrompe o rapaz e diz:
MAGNUS – Não. Orlando. Calma. Não é nada disso que vim falar.
ORLANDO – Então? – dá de ombros.
MAGNUS – Eu vim te comunicar que expulsei o Ônix de casa.
ORLANDO – Já era sem tempo. Finalmente você abriu os olhos e viu que está hospedando um ladrão dentro de casa.
MAGNUS – Na verdade, foi você quem abriu meus olhos, meu amigo. E quero agradecer por isso também e também pedir desculpas pelo fato de ter falado com você daquele jeito.
ORLANDO – Não tenho nada a desculpar a meu grande e velho amigo.
Ambos se abraçam e refazem a amizade.

CENA 08/ AV. PAULISTA/ EXT./ NOITE
Na sarjeta e sem ter pra onde ir, Ônix é obrigado a passar a noite na rua.
ÔNIX – Agora eu faço como aquele cara da novela que terminou há pouco tempo: Eu devo ter salgado a santa ceia pra sofrer tanto assim. – diz histericamente.
Desolado, ele acaba dormindo no meio da calçada.

No dia seguinte...
CENA 09/ MANSÃO SCARION/ SALA DE JANTA/ INT./ DIA
A família Scarion reunida na mesa do café da manhã.
ALÉXYA – Preocupado meu amor? – pergunta Aléxya ao marido.
ARLAN – Não conseguir dormir essa noite. – responde.
MAGNUS – Insônia meu rapaz? – pergunta o empresário.
ARLAN – Melhor se fosse. – ele respira fundo e diz - Passei a noite em claro preocupado com o Ônix.
MÁXIMA – Você não foi o único, Arlan. Também não conseguir juntar os olhos depois que o Magnus resolveu expulsar o coitado do Ônix de casa.
ALÉXYA – Olha, eu nunca fui com a cara daquele lá, mas confesso que fiquei com um pouco de dó dele. Coitado, não tem pra onde ir.
MAGNUS – O que é isso – exaltado – Resolveram ficar contra mim, é isso? Se eu expulsei o Ônix era porque não queria um ladrão dentro de casa! – argumenta.
MÁXIMA – A questão não é essa Magnus... Você já parou pra pensar como o coitado passou a noite? Sem teto, sem comida, sem cama... O Ônix está na sarjeta e ninguém pra poder ajuda.
MAGNUS – Ele deveria ter pensado nas consequências antes de roubar o próprio pai. – diz o empresário deixando a sala furioso.

CENA 10/ AV. PAULISTA/ EXT./ DIA
Takes amanhecer prédios Avenida Paulista.

CENA 11/ SCARION MIL/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Arlan chega sozinho à empresa. Sua secretária vai ao encontro dele e diz:
KAREN – Doutor Arlan – diz sensualizando – Aquele seu amigo, o Ônix está em sua sala. Disse que precisa falar urgente com o senhor. É assunto sério.
Arlan não perde tempo e sai em direção em sua sala.

CENA 12/ SACARION MIL/ SALA PRESIDENCIAL ARLAN/ INT./ DIA
Arlan entra em sua sala e dá de cara com Ônix. Ele diz:
ARLAN – Ônix! – surpreso.
ÔNIX – Arlan, eu preciso mais do que nunca de sua ajuda.
ARLAN – Você ficou maluco?! O Magnus está irado com você, agora imagina se ele te pega aqui!
ÔNIX – Você não vai virar as costas pra mim no momento em que mais preciso, vai? – tom.
Arlan declara:
ARLAN – Claro que não. Eu não faria isso com você! Agora me diz como eu posso te ajudar. Já que, agora, você está sem dinheiro.
Ônix faz não com o dedo e diz:
ÔNIX – Sem dinheiro não... Ai é onde você se engana. Eu tenho dinheiro sim.
ARLAN – Agora não estou entendendo mais nada. Ontem mesmo, você não me disse que está sem cartão de crédito, sem dinh/
O filho de Orlando interrompe Arlan e diz:
ÔNIX – Arlan esquece o que falei... – grita.
ARLAN – Então... – dá de ombros.
ÔNIX – Quando falei que estava sem dinheiro me referia ao fato de não está em posse de dinheiro. De não tê-lo em bolso, no banco. – fala histericamente – Mas eu tenho o dinheiro, aliás, nós temos.
Arlan dá de ombros (sem entender).
ÔNIX – (grita histericamente) Arlan, sinceramente, você é muito burro. Esqueceu que meses atrás eu e você criamos aqui na empresa um caixa dois onde desviamos somas e mais somas de dinheiro praquela nossa conta no exterior?
ARLAN – Mas é claro que não esqueci. Se estou sentado aqui na cadeira presidencial da empresa, é por causa disso, não?
ÔNIX – Exatamente! – concorda com a cabeça.
ARLAN – Bom, mas como você vai pegar o dinheiro?
ÔNIX – Simples. Eu apenas preciso ter acesso ao Back Office da empresa pra fazer a transferência da grana pra minha conta particular. Estou precisando urgentemente do dinheiro pra comprar um lugar pra me abrigar por um tempo.
ARLAN – Já que é assim. Aqui está o computador. – diz cedendo a cadeira ao vilão.
Ônix não perde tempo. Ele senta de imediato em frente ao computador. E começa a transferir sua parte do dinheiro pra sua conta particular.

Minutos depois...
ÔNIX – Feito! – diz o rapaz cantando vitória.
De repente, Magnus entra pela porta e dá de cara com Ônix sentado em frente ao computador.
MAGNUS – Mas o que isso significa?
Ônix e Arlan entreolham aflitos.
Suspense.
FIM DO CAPÍTULO


Nenhum comentário:

Postar um comentário