EPISÓDIO
3
“FACA”
ESCRITO
POR – EVERTON BRANDÃO
CENA 1/CASA
DE HENRIQUE/QUARTO/INT.NOITE
HELENA SE
ARRUMA PARA IR EMBORA, ENQUANTO CONVERSA COM HENRIQUE QUE ESTÁ DEITADO NA CAMA.
HELENA – Eu não
vejo a hora desse casamento chegar e me livrar do Sérgio que é um chato e a
corja de policiais, principalmente aquela insuportável da Marina.
HENRIQUE – Não
precisa falar assim dela.
HELENA – Mas ela é
uma chata. Hoje fui experimentar o vestido de noiva e falei umas verdades na
cara dela e ela até me acusou de golpista.
HENRIQUE – Que não
deixa de ser verdade.
HELENA – Não deixa
de ser verdade, claro. Mas se o Sérgio descobri a verdade, que essa que é a
verdade, que eu sou uma vadia golpista, adeus dinheiro, adeus conforto. Eu tô
achando que essa Marina vai ficar no meu pé, me implicando. Vou precisar da um
jeito nela.
HENRIQUE – Cuidado
com o que você vai fazer, não quero nada de errado com ela.
HELENA – O que é
que foi? Vai defender a princesinha agora?
HENRIQUE
LEVANTA DA CAMA E PEGA NO BRAÇO DE HELENA.
HENRIQUE
(ALTO) – Escuta aqui, se acontecer alguma coisa com ela eu acabo com
você.
HELENA
(ALTO)- Me solta, você tá me machucando.
HENRIQUE
SOLTA HELENA.
HELENA – Estamos
nessa juntos, se essa puta desconfiar que é um golpe esse casamento, já era
Henrique.
HENRIQUE – Eu sei,
mas eu não quero que nada aconteça com a Marina.
HELENA – Pode
ficar tranquilo, eu não vou matar ela não. Só vou diminuir as chances dela
nunca mais ficar junto com o Murilo.
DIAS
DEPOIS.
CORTA PARA/
CENA
2/DELEGACIA FEDERAL/SALA DE MURILO/INT.DIA
MURILO
CONVERSA COM HELENA, ENQUANTO A MESMA ESTÁ SENTADA EM CIMA DA MESA.
MURILO – Como é que
é?
HELENA – Isso
mesmo Murilo. Foi uma prostituta que armou para você e a Marina se separarem a
mando do Henrique.
MURILO – Não é
possível.
HELENA – Se eu
estou te falando quer dizer que é verdade. Essa prostituta é minha amiga.
MURILO – Isso não
pode ficar assim.
MURILO SAI
DA SALA E HELENA RI.
HELENA – Agora é só
espera as coisas acontecerem bem gostosinho.
CORTA PARA/
CENA
3/DELEGACIA FEDERAL/SALA DE ESPERA/INT.DIA
MURILO E
MARINA DISCUTEM.– AO SOM DE
INSTRUMENTAL (TENSO).
MARINA – Por
favor, Murilo, não vamos voltar a discutir isso.
MURILO – Mas você
precisa saber da verdade.
MARINA – Eu já
sei de toda a verdade.
MURILO – Foi uma
verdadeira armação que fizeram para separa a gente, a Helena me contou.
MARINA – A
Helena? Me poupe, aquela mulherzinha nojenta. Você vai acreditar nela?
MURILO – Mas a
história dela bate com a verdade. Foi uma prostituta a mando do Henrique que
fez a nossa separação.
MARINA
(ALTO) – Chega! Eu não quero mais saber dessa história, dói demais ter
que se lembrar daquelas cenas que você fez para acontecer.
MURILO – Mas você
tem que confiar em mim, acreditar em mim. Pois essa é a verdade.
MARINA (ALTO) – Eu
confiei em você, eu acreditei em você. Mas a partir do momento que eu coloquei
a minha confiança inteira em suas mãos, você foi se deitar com uma vagabunda
qualquer, com uma prostituta. Eu transava com você enquanto você transava com
outras ao mesmo tempo. Qual o problema, eu não era suficiente pra você?
MURILO PEGA
NO BRAÇO DE MARINA E LEVA ELA PARA UM LUGAR MAIS DISTANTE DA SALA DE ESPERA,
NÃO MUITO LONGE, MAS PARA UM LUGAR MENOS CHEIO.–
AO SOM DE INSTRUMENTAL (TRISTE).
MURILO – Eu te amo
e tudo que aconteceu com a gente foi fruto de uma armação.
MARINA
(TRISTE) – Sua armação. Para de tentar colocar as coisas como se você
fosse uma vítima. E o que é que o Henrique tinha haver com isso? Para de tentar
mostra pra mim algo que não aconteceu, você deitou com aquela vagabunda porque
quis, eu vi aquela mulher saindo do quarto e as fotos de você pelado e outra
mulher.
MURILO – Eu vou te
provar que foi armação.
MARINA
(TRISTE) – Eu não quero que você me prove nada, você já está me cansando
já, meu coração e minha alma não aguenta mais você, o que você faz, o que você
fala, eu já estou cansada desse mesmo velho amor, dessas suas desculpas. É mais
fácil você confessar que é um cachorro, canalha e babaca.
MURILO – Mesmo se
eu trouxer milhares de provas e jogar na sua cara, você não vai acreditar não é
mesmo?
MARINA
(ALTO) – Mas não existem mais provas Murilo. Prova de quê? Você está
me destruindo, para com isso! Se você continuar insistindo nessa história que
acabou e não tem mais volta, eu vou pedi minha transferência para outra cidade.
Eu fui completamente apaixonada por você e olha o que você fez? Brincou com o
amor, não se brinca com a verdade e você foi lá e brincou. Eu vou te detestar para
o resto da minha vida.
MARINA SAI
CHORANDO E MURILO COMEÇA A BATER SUA CABEÇA NA PAREDE (DEVAGAR). HELENA OLHA DE
LONGE E SORRI.
CORTA PARA/
CENA
4/BANHEIRO/INT.DIA
MARINA
ENTRA E TRANCA A PORTA. COMEÇA A CHORAR, PASSA MÃO NO CABELO, COMEÇA A SE BATER
NA CARA E ABRE A TORNEIRA PARA LAVAR O ROSTO, PORÉM CONTINUA CHORANDO.– AO SOM DE JOANNA (ESTRANHA DEPENDÊNCIA).
CORTA PARA/
CENA
5/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.DIA
DANILO
ENTRA COM UMA CAIXA NA MÃO. – AO SOM DE
INSTRUMENTAL (SUSPENSE).
MURILO – O que é
essa caixa? Algum presente?
DANILO – Isso que
eu estou tentando saber. Estava na recepção, aí falaram que era para o delegado
e para o Murilo.
SÉRGIO – Pra mim?
DANILO –
Exatamente!
SÉRGIO – Mas o que
será?
MURILO – Acho que
se você abrir vai acabar descobrindo.
SÉRGIO
ENTÃO ABRE A CAIXA E SE SURPREENDEM POR VER UMA FACA GRANDE.
SÉRGIO
(ALTO) – Mas que brincadeira é essa?
MURILO – Eu sei o
que é isso. É coisa do assassino, ele quer tentar colocar medo na gente, quer
que a gente esqueça o caso.
SÉRGIO – Ele quer
testar, vai continuar testando. Vocês precisam pegar ele logo.
DANILO – Delgado,
está muito complicado.
SÉRGIO – Não me
interessa. E o prazo da aposta de vocês, está acabando.
MURILO – Temos
mais três semanas. Ainda está em tempo.
SÉRGIO – Pois bem,
então faça rápido. Porque não quero me ocupar com isso essa semana, depois de
amanhã, é o meu casamento com a Helena, andem com isso.
DANILO – Certo
delegado. Mas por qual motivo ele mandou uma faca para a gente?
MURILO – Mas isso
é óbvio, é arma que ele vai usar na próxima vítima e é o Marcelo Oliveira.
DANILO,
SÉRGIO E MURILO FICAM SURPRESOS.
DANILO – Tem um
bilhete aí.
MURILO PEGA
O BILHETE E LÊ.
MURILO
(LENDO) – “Tic-tac, tic-tac, o
tempo está passando, ninguém tem pressa para morrer, mas eu tenho para matar.”.
MURILO,
SÉRGIO E DANILO CORREM PARA O CARRO.
CORTA PARA/
CENA
6/APARTAMENTO DE MARCELO OLIVEIRA/SALA DE ESTAR/INT.DIA
MARCELO LÊ
UM ROTEIRO. DE REPENTE, ESCUTA UM BARULHO, SE LEVANTA DO SOFÁ QUE ESTAVA
SENTADO E ESTRANHA. VAI ATÉ A JANELA E NÃO VÊ NADA, QUANDO VOLTA ESCUTA PASSOS,
ELE DÁ UMA VOLTA EM SI PRÓPRIO E NÃO VÊ NADA. LOGO, ELE É SURPREENDIDO COM UMA
FACA NA BARRIGA E NÃO DIZ NADA, SÓ COMEÇA A VÔMITA SANGUE. E CAI NO CHÃO. O
ASSASSINO FAZ MAIS CORTES NA BARRIGA E NA CARA DE MARCELO, FAZENDO COM QUE ELE
MORRA.– AO SOM DE INSTRUMENTAL
(TENSO).
CORTA PARA/
CENA 7/RUA/EXT.DIA
HELENA ANDA
TRANQUILAMENTE. MARINA LOGO ATRÁS.
MARINA
(ALTO) – Helena!
MARINA SE
APROXIMA Á HELENA.– AO SOM DE
INSTRUMENTAL (TENSO).
HELENA – Algum
problema, querida?
MARINA – Sim!
HELENA – Qual?
MARINA – A
primeira vez eu deixei passar quando você deu sua opinião na minha vida, por
acaso uma opinião que eu não pedi. Mas eu te avisei, que da segunda vez, eu não
ia deixar passar, eu não iria aceitar que você, uma golpista barata se
intrometesse na minha vida. A segunda ia ter volta.
HELENA – E daí?
MARINA – A primeira
vez, eu te avisei. Agora a segunda vez...
ENTÃO
MARINA DÁ UM TAPÃO NA CARA DE HELENA QUE CAI NO CHÃO.
HELENA
(ALTO) – Você está louca?
MARINA
(ALTO) – Não, acontece que eu avisei a você, deixei bem claro pra
você, não se mete na minha vida e você se intrometeu novamente, falando coisas
para o Murilo.
HELENA SE
LEVANTA.
HELENA
(ALTO) – Eu só tentei ajudar.
MARINA
(ALTO) – Eu já disse que eu não sou sua amiga, eu não quero a sua
ajuda. Pronto, eu te dei um tapa, próxima vez, eu vou te da uma surra que vai
dar até gosto, não toca no meu nome.
MARINA SAI.
HELENA – Você me
paga, sua cadela!
CORTA PARA/
CENA
8/APARTAMENTO DE MARCELO OLIVEIRA/SALA DE ESTAR/INT.DIA
DANILO,
SÉRGIO, MURILO, JORNALISTAS E MÉDICOS OLHAM O CORPO DO MARCELO.
DANILO – Dessa vez
o assassino foi de uma crueldade sem tamanho, ele avisou que iria fazer, com
qual arma iria fazer.
MURILO – Usou uma
faca, do jeito que ela mandou de presente, uma faca.
SÉRGIO
(NERVOSO) – Esse bandido quer nos fazer de palhaços, pois aqui não tem
nenhum palhaço não.
MURILO – Ele tá
fazendo um jogo, os assassinatos em série dele é como se fosse um jogo patético
e desnecessário. Mas por que tantas mortes? Sempre com artistas que são ligados
de alguma forma.
DANILO – É algum
plano. Porque dessa vez, ele não matou o ator em algo que ele estava
aparecendo, foi na casa dele, sem evento, sem chamar a mídia, sem nada.
JORNALISTA
#1 –
Bom, parece que a polícia federal ainda não descobriu o que anda acontecendo.
SÉRGIO
(NERVOSO) – Estamos fazendo o que podemos.
JORNALISTA
#1 –
Mas não é o suficiente para o Brasil. Até quando essa violência vai continuar?
Porque vocês não fazem nada, só fica aí, se perguntando quem é, por que, isso
não ajuda em nada.
DANILO – O que não
ajuda é a imprensa brasileira sensacionalista ficar fazendo manchetes
denigrindo a policia federal, nos chamando de incompetentes.
JORNALISTA
#2
– Mas é o que vocês são. É o terceiro artista morto em um mês, uma morte
horrível e ainda sim vocês não conseguiram nada. Cambada de incompetente.
MURILO – Olha o
desacato. Coloco os dois atrás das grades e quero ver sair alguma matéria
falando da nossa suposta “incompetência”.
SÉRGIO – Murilo e
Danilo, os dois retornem a delegacia que eu vou resolver umas coisas.
MURILO – Pode
deixar.
CORTA PARA/
CENA
9/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.TARDE
DANILO E
MURILO ENTRAM NA SALA DO DELEGADO E SE SURPREENDEM COM A PRESENÇA DE MARTA.
MURILO
(SURPRESO/ALTO) – O que é que você está fazendo aqui? Em?
MARTA SORRI
SENTADA NA CADEIRA DE PERNAS CRUZADAS.
CORTA PARA/
CENA 10/CASA
DE HENRIQUE/ESCRITÓRIO/INT.TARDE
HENRIQUE E
SÉRGIO CONVERSAM.
HENRIQUE – Eu vi
aquele assassinato pela tv, o noticiário.
SÉRGIO – Como
você viu, não conseguimos descobri quem é o maldito. Quer dizer, o Murilo e sua
equipe.
HENRIQUE – E eu acho
que eles não irão descobri tão cedo.
SÉRGIO – Por que
você acha isso?
HENRIQUE – Já...
Já... Morreram três artistas e até agora não tem nenhuma pista de quem seja.
SÉRGIO – O Murilo
tem uma pista.
HENRIQUE – Qual?
SÉRGIO – Ele tem
certeza que é uma mulher, colocou essa ideia fixa na cabeça, que é uma
assassina.
HENRIQUE – Mas não é
uma mulher.
SÉRGIO – Com qual
base você afirma isso?
HENRIQUE – Porque
uma mulher não é tão inteligente quanto os homens.
SÉRGIO – Pode até
que você esteja certo, mas não duvido que seja uma mulher, algumas são até
calculistas. Esses assassinatos em séries estão parecendo até tramas de
televisão, umas tramas policiais baratas que assisto em novelas.
HENRIQUE – Mas você
está quase perdendo a cabeça por casa disso.
SÉRGIO – Porque
esses crimes não estão sendo resolvidos na rapidez que eu quero, estão acabando
com o meu nome, o nome da polícia federal. E o prazo do Murilo está acabando ou
ele resolve isso ou rua. Foi essa a aposta.
HENRIQUE – Bom,
queria falar sobre aquilo. A pessoa ligou e quer o material logo.
SÉRGIO – Vou entra
em contato com ela após o meu casamento, estou querendo mais dinheiro também e
esse negócio está nos dando bons frutos. Tenho que lhe agradecer, você encontra
as pessoas certas para isso.
HENRIQUE – Foi a
melhor coisa que fizemos em anos, Sérgio.
CORTA PARA/
CENA
11/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.TARDE
MURILO
CONVERSA COM MARTA.
MARTA – Eu
recebi uma intimação para depor aqui, então, estou aqui, começa as perguntas, o
falatório básico de sempre.
MURILO – Como
você consegue ser tão natural?
MARTA – Por que
eu não estaria natural?
MURILO – Sínica,
dissimulada, bandida.
MARTA – Eu juro
pra você que eu não estou entendendo esse seus ataques contra mim.
MURILO – Você
acabou de matar um jovem, um ator, matou com uma frieza que eu não vi igual.
MARTA – Não sei
que merda você anda fumando, mas eu não matei ninguém. E morreu mais um
artista? Putz, eu nem fiquei sabendo, obrigado jornal local.
MURILO – Confessa
que foi que você que matou esse último e ainda as duas outras dos dias
passados. O que é que você está querendo com esse jogo de assassinatos?
MARTA – Será que
eu vou ter que ser mais clara? Eu não matei ninguém porra! Mas o mais engraçado
dessa investigação, é que você adora me acusar, ama apontar o dedo na minha
cara e dizer para o mundo todo, Marta a assassina. Mas e as provas? Não tem.
MURILO – Você
sempre da um jeito de sumir com elas, mas eu vou descobri.
MARTA – Isso já
está me chateando. Quando vai começar com as perguntas policial?
MURILO – Ok!
Aonde que você estava na hora do assassinato? Desse último assassinato?
MARTA – Que
horas que foi o assassinato?
MURILO – Onze e
meia.
MARTA – Onze e
meia?
MURILO – Isso!
Onze e meia. Aonde que você estava?
MARTA – Eu fui
tomar banho.
MURILO – Para
quê?
MARTA – Para vim
dialogar nesta delegacia com o senhor, já que o mesmo insistia tanto em ver meu
rosto.
MURILO – Sem piadinhas,
Marta.
MARTA – Mais
alguma coisa?
MURILO – E nos
outros assassinatos? Onde estava?
MARTA – O
segundo, você já sabe. Agora aquele primeiro... Eu estava em São Paulo, junto
com meu filho, só quem estava aqui, era meu marido. E essa caixa linda tem o
quê?
MURILO – Não
finja que não sabe sua cretina.
MARTA SE
APROXIMA MAIS UM POUCO DE MURILO. –
AO SOM DE GAL COSTA (FOLHETIM).
MARTA – Murilo,
você até que é um charme, mas não tente me perturbar com isso, eu não matei
ninguém.
MURILO PEGA
NO BRAÇO DE MARTA.
MURILO – Você não
vai escapar, eu vou te prender.
MARTA – Tente.
MARTA PASSA
A MÃO NA PERNA DE MURILO.
MARTA – Vai me
soltar ou vai me fuder? Escolha um dos dois.
MURILO
SOLTA MARTA. MARTA VAI EMBORA. DANILO ENTRA.
DANILO – Então é
essa que é a tal da Marta?
MURILO –
Exatamente!
DANILO – Gostosa!
MURILO – Danilo!
DANILO – É coroa,
mas é gostosa!
MURILO – Pega a
caixa e vamos tira essa faca e guardar como prova.
MURILO – O que
foi Danilo?
DANILO – A faca
que estava aqui foi trocada por outra faca coberta por sangue.
MURILO – Meu
Deus! Marta!
DANILO – Essa
faca deve ter sido usada para matar o Marcelo.
MURILO – Foi
aquela vadia, assassina! Essa eu não vou deixar passar.
CORTA PARA/
CENA
12/CASA DE HENRIQUE/SALA DE ESTAR/INT.NOITE
HELENA
ENTRA SEM BATER E CHAMANDO POR HENRIQUE, MAS SE SURPREENDE COM A PRESENÇA DE
SÉRGIO.
SÉRGIO – Helena?
FIM
DO EPISÓDIO
ESCRITO
POR: EVERTON BRANDÃO
DIREÇAÕ
GERAL: JOÃO CARVALHO
PRODUÇÃO:
TVN
2016
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