sábado, 24 de setembro de 2016

Episódio 3: Vidas expostas

EPISÓDIO 3
“FACA”
ESCRITO POR – EVERTON BRANDÃO

CENA 1/CASA DE HENRIQUE/QUARTO/INT.NOITE
HELENA SE ARRUMA PARA IR EMBORA, ENQUANTO CONVERSA COM HENRIQUE QUE ESTÁ DEITADO NA CAMA.
HELENA – Eu não vejo a hora desse casamento chegar e me livrar do Sérgio que é um chato e a corja de policiais, principalmente aquela insuportável da Marina.
HENRIQUE – Não precisa falar assim dela.
HELENA – Mas ela é uma chata. Hoje fui experimentar o vestido de noiva e falei umas verdades na cara dela e ela até me acusou de golpista.
HENRIQUE – Que não deixa de ser verdade.
HELENA – Não deixa de ser verdade, claro. Mas se o Sérgio descobri a verdade, que essa que é a verdade, que eu sou uma vadia golpista, adeus dinheiro, adeus conforto. Eu tô achando que essa Marina vai ficar no meu pé, me implicando. Vou precisar da um jeito nela.
HENRIQUE – Cuidado com o que você vai fazer, não quero nada de errado com ela.
HELENA – O que é que foi? Vai defender a princesinha agora?
HENRIQUE LEVANTA DA CAMA E PEGA NO BRAÇO DE HELENA.
HENRIQUE (ALTO) – Escuta aqui, se acontecer alguma coisa com ela eu acabo com você.
HELENA (ALTO)- Me solta, você tá me machucando.
HENRIQUE SOLTA HELENA.
HELENA – Estamos nessa juntos, se essa puta desconfiar que é um golpe esse casamento, já era Henrique.
HENRIQUE – Eu sei, mas eu não quero que nada aconteça com a Marina.
HELENA – Pode ficar tranquilo, eu não vou matar ela não. Só vou diminuir as chances dela nunca mais ficar junto com o Murilo.
DIAS DEPOIS.
CORTA PARA/
CENA 2/DELEGACIA FEDERAL/SALA DE MURILO/INT.DIA
MURILO CONVERSA COM HELENA, ENQUANTO A MESMA ESTÁ SENTADA EM CIMA DA MESA.
MURILO – Como é que é?
HELENA – Isso mesmo Murilo. Foi uma prostituta que armou para você e a Marina se separarem a mando do Henrique.
MURILO – Não é possível.
HELENA – Se eu estou te falando quer dizer que é verdade. Essa prostituta é minha amiga.
MURILO – Isso não pode ficar assim.
MURILO SAI DA SALA E HELENA RI.
HELENA – Agora é só espera as coisas acontecerem bem gostosinho.
CORTA PARA/
CENA 3/DELEGACIA FEDERAL/SALA DE ESPERA/INT.DIA
MURILO E MARINA DISCUTEM.– AO SOM DE INSTRUMENTAL (TENSO).
MARINA – Por favor, Murilo, não vamos voltar a discutir isso.
MURILO – Mas você precisa saber da verdade.
MARINA – Eu já sei de toda a verdade.
MURILO – Foi uma verdadeira armação que fizeram para separa a gente, a Helena me contou.
MARINA – A Helena? Me poupe, aquela mulherzinha nojenta. Você vai acreditar nela?
MURILO – Mas a história dela bate com a verdade. Foi uma prostituta a mando do Henrique que fez a nossa separação.
MARINA (ALTO) – Chega! Eu não quero mais saber dessa história, dói demais ter que se lembrar daquelas cenas que você fez para acontecer.
MURILO – Mas você tem que confiar em mim, acreditar em mim. Pois essa é a verdade.
MARINA (ALTO) – Eu confiei em você, eu acreditei em você. Mas a partir do momento que eu coloquei a minha confiança inteira em suas mãos, você foi se deitar com uma vagabunda qualquer, com uma prostituta. Eu transava com você enquanto você transava com outras ao mesmo tempo. Qual o problema, eu não era suficiente pra você?
MURILO PEGA NO BRAÇO DE MARINA E LEVA ELA PARA UM LUGAR MAIS DISTANTE DA SALA DE ESPERA, NÃO MUITO LONGE, MAS PARA UM LUGAR MENOS CHEIO.– AO SOM DE INSTRUMENTAL (TRISTE).
MURILO – Eu te amo e tudo que aconteceu com a gente foi fruto de uma armação.
MARINA (TRISTE) – Sua armação. Para de tentar colocar as coisas como se você fosse uma vítima. E o que é que o Henrique tinha haver com isso? Para de tentar mostra pra mim algo que não aconteceu, você deitou com aquela vagabunda porque quis, eu vi aquela mulher saindo do quarto e as fotos de você pelado e outra mulher.
MURILO – Eu vou te provar que foi armação.
MARINA (TRISTE) – Eu não quero que você me prove nada, você já está me cansando já, meu coração e minha alma não aguenta mais você, o que você faz, o que você fala, eu já estou cansada desse mesmo velho amor, dessas suas desculpas. É mais fácil você confessar que é um cachorro, canalha e babaca.
MURILO – Mesmo se eu trouxer milhares de provas e jogar na sua cara, você não vai acreditar não é mesmo?
MARINA (ALTO) – Mas não existem mais provas Murilo. Prova de quê? Você está me destruindo, para com isso! Se você continuar insistindo nessa história que acabou e não tem mais volta, eu vou pedi minha transferência para outra cidade. Eu fui completamente apaixonada por você e olha o que você fez? Brincou com o amor, não se brinca com a verdade e você foi lá e brincou. Eu vou te detestar para o resto da minha vida.
MARINA SAI CHORANDO E MURILO COMEÇA A BATER SUA CABEÇA NA PAREDE (DEVAGAR). HELENA OLHA DE LONGE E SORRI.
CORTA PARA/
CENA 4/BANHEIRO/INT.DIA
MARINA ENTRA E TRANCA A PORTA. COMEÇA A CHORAR, PASSA MÃO NO CABELO, COMEÇA A SE BATER NA CARA E ABRE A TORNEIRA PARA LAVAR O ROSTO, PORÉM CONTINUA CHORANDO.– AO SOM DE JOANNA (ESTRANHA DEPENDÊNCIA).
CORTA PARA/
CENA 5/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.DIA
DANILO ENTRA COM UMA CAIXA NA MÃO. – AO SOM DE INSTRUMENTAL (SUSPENSE).
MURILO – O que é essa caixa? Algum presente?
DANILO – Isso que eu estou tentando saber. Estava na recepção, aí falaram que era para o delegado e para o Murilo.
SÉRGIO – Pra mim?
DANILO – Exatamente!
SÉRGIO – Mas o que será?
MURILO – Acho que se você abrir vai acabar descobrindo.
SÉRGIO ENTÃO ABRE A CAIXA E SE SURPREENDEM POR VER UMA FACA GRANDE.
SÉRGIO (ALTO) – Mas que brincadeira é essa?
MURILO – Eu sei o que é isso. É coisa do assassino, ele quer tentar colocar medo na gente, quer que a gente esqueça o caso.
SÉRGIO – Ele quer testar, vai continuar testando. Vocês precisam pegar ele logo.
DANILO – Delgado, está muito complicado.
SÉRGIO – Não me interessa. E o prazo da aposta de vocês, está acabando.
MURILO – Temos mais três semanas. Ainda está em tempo.
SÉRGIO – Pois bem, então faça rápido. Porque não quero me ocupar com isso essa semana, depois de amanhã, é o meu casamento com a Helena, andem com isso.
DANILO – Certo delegado. Mas por qual motivo ele mandou uma faca para a gente?
MURILO – Mas isso é óbvio, é arma que ele vai usar na próxima vítima e é o Marcelo Oliveira.
DANILO, SÉRGIO E MURILO FICAM SURPRESOS.
DANILO – Tem um bilhete aí.
MURILO PEGA O BILHETE E LÊ.
MURILO (LENDO)“Tic-tac, tic-tac, o tempo está passando, ninguém tem pressa para morrer, mas eu tenho para matar.”.
MURILO, SÉRGIO E DANILO CORREM PARA O CARRO.
CORTA PARA/
CENA 6/APARTAMENTO DE MARCELO OLIVEIRA/SALA DE ESTAR/INT.DIA
MARCELO LÊ UM ROTEIRO. DE REPENTE, ESCUTA UM BARULHO, SE LEVANTA DO SOFÁ QUE ESTAVA SENTADO E ESTRANHA. VAI ATÉ A JANELA E NÃO VÊ NADA, QUANDO VOLTA ESCUTA PASSOS, ELE DÁ UMA VOLTA EM SI PRÓPRIO E NÃO VÊ NADA. LOGO, ELE É SURPREENDIDO COM UMA FACA NA BARRIGA E NÃO DIZ NADA, SÓ COMEÇA A VÔMITA SANGUE. E CAI NO CHÃO. O ASSASSINO FAZ MAIS CORTES NA BARRIGA E NA CARA DE MARCELO, FAZENDO COM QUE ELE MORRA.– AO SOM DE INSTRUMENTAL (TENSO).
CORTA PARA/
CENA 7/RUA/EXT.DIA
HELENA ANDA TRANQUILAMENTE. MARINA LOGO ATRÁS.
MARINA (ALTO) – Helena!
MARINA SE APROXIMA Á HELENA.– AO SOM DE INSTRUMENTAL (TENSO).
HELENA – Algum problema, querida?
MARINA – Sim!
HELENA – Qual?
MARINA – A primeira vez eu deixei passar quando você deu sua opinião na minha vida, por acaso uma opinião que eu não pedi. Mas eu te avisei, que da segunda vez, eu não ia deixar passar, eu não iria aceitar que você, uma golpista barata se intrometesse na minha vida. A segunda ia ter volta.
HELENA – E daí?
MARINA – A primeira vez, eu te avisei. Agora a segunda vez...
ENTÃO MARINA DÁ UM TAPÃO NA CARA DE HELENA QUE CAI NO CHÃO.
HELENA (ALTO) – Você está louca?
MARINA (ALTO) – Não, acontece que eu avisei a você, deixei bem claro pra você, não se mete na minha vida e você se intrometeu novamente, falando coisas para o Murilo.
HELENA SE LEVANTA.
HELENA (ALTO) – Eu só tentei ajudar.
MARINA (ALTO) – Eu já disse que eu não sou sua amiga, eu não quero a sua ajuda. Pronto, eu te dei um tapa, próxima vez, eu vou te da uma surra que vai dar até gosto, não toca no meu nome.
MARINA SAI.
HELENA – Você me paga, sua cadela!
CORTA PARA/
CENA 8/APARTAMENTO DE MARCELO OLIVEIRA/SALA DE ESTAR/INT.DIA
DANILO, SÉRGIO, MURILO, JORNALISTAS E MÉDICOS OLHAM O CORPO DO MARCELO.
DANILO – Dessa vez o assassino foi de uma crueldade sem tamanho, ele avisou que iria fazer, com qual arma iria fazer.
MURILO – Usou uma faca, do jeito que ela mandou de presente, uma faca.
SÉRGIO (NERVOSO) – Esse bandido quer nos fazer de palhaços, pois aqui não tem nenhum palhaço não.
MURILO – Ele tá fazendo um jogo, os assassinatos em série dele é como se fosse um jogo patético e desnecessário. Mas por que tantas mortes? Sempre com artistas que são ligados de alguma forma.
DANILO – É algum plano. Porque dessa vez, ele não matou o ator em algo que ele estava aparecendo, foi na casa dele, sem evento, sem chamar a mídia, sem nada.
JORNALISTA #1 – Bom, parece que a polícia federal ainda não descobriu o que anda acontecendo.
SÉRGIO (NERVOSO) – Estamos fazendo o que podemos.
JORNALISTA #1 – Mas não é o suficiente para o Brasil. Até quando essa violência vai continuar? Porque vocês não fazem nada, só fica aí, se perguntando quem é, por que, isso não ajuda em nada.
DANILO – O que não ajuda é a imprensa brasileira sensacionalista ficar fazendo manchetes denigrindo a policia federal, nos chamando de incompetentes.
JORNALISTA #2 – Mas é o que vocês são. É o terceiro artista morto em um mês, uma morte horrível e ainda sim vocês não conseguiram nada. Cambada de incompetente.
MURILO – Olha o desacato. Coloco os dois atrás das grades e quero ver sair alguma matéria falando da nossa suposta “incompetência”.
SÉRGIO – Murilo e Danilo, os dois retornem a delegacia que eu vou resolver umas coisas.
MURILO – Pode deixar.
CORTA PARA/
CENA 9/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.TARDE
DANILO E MURILO ENTRAM NA SALA DO DELEGADO E SE SURPREENDEM COM A PRESENÇA DE MARTA.
MURILO (SURPRESO/ALTO) – O que é que você está fazendo aqui? Em?
MARTA SORRI SENTADA NA CADEIRA DE PERNAS CRUZADAS.
CORTA PARA/
CENA 10/CASA DE HENRIQUE/ESCRITÓRIO/INT.TARDE
HENRIQUE E SÉRGIO CONVERSAM.
HENRIQUE – Eu vi aquele assassinato pela tv, o noticiário.
SÉRGIO – Como você viu, não conseguimos descobri quem é o maldito. Quer dizer, o Murilo e sua equipe.
HENRIQUE – E eu acho que eles não irão descobri tão cedo.
SÉRGIO – Por que você acha isso?
HENRIQUE – Já... Já... Morreram três artistas e até agora não tem nenhuma pista de quem seja.
SÉRGIO – O Murilo tem uma pista.
HENRIQUE – Qual?
SÉRGIO – Ele tem certeza que é uma mulher, colocou essa ideia fixa na cabeça, que é uma assassina.
HENRIQUE – Mas não é uma mulher.
SÉRGIO – Com qual base você afirma isso?
HENRIQUE – Porque uma mulher não é tão inteligente quanto os homens.
SÉRGIO – Pode até que você esteja certo, mas não duvido que seja uma mulher, algumas são até calculistas. Esses assassinatos em séries estão parecendo até tramas de televisão, umas tramas policiais baratas que assisto em novelas.
HENRIQUE – Mas você está quase perdendo a cabeça por casa disso.
SÉRGIO – Porque esses crimes não estão sendo resolvidos na rapidez que eu quero, estão acabando com o meu nome, o nome da polícia federal. E o prazo do Murilo está acabando ou ele resolve isso ou rua. Foi essa a aposta.
HENRIQUE – Bom, queria falar sobre aquilo. A pessoa ligou e quer o material logo.
SÉRGIO – Vou entra em contato com ela após o meu casamento, estou querendo mais dinheiro também e esse negócio está nos dando bons frutos. Tenho que lhe agradecer, você encontra as pessoas certas para isso.
HENRIQUE – Foi a melhor coisa que fizemos em anos, Sérgio.
CORTA PARA/
CENA 11/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.TARDE
MURILO CONVERSA COM MARTA.
MARTA – Eu recebi uma intimação para depor aqui, então, estou aqui, começa as perguntas, o falatório básico de sempre.
MURILO – Como você consegue ser tão natural?
MARTA – Por que eu não estaria natural?
MURILO – Sínica, dissimulada, bandida.
MARTA – Eu juro pra você que eu não estou entendendo esse seus ataques contra mim.
MURILO – Você acabou de matar um jovem, um ator, matou com uma frieza que eu não vi igual.
MARTA – Não sei que merda você anda fumando, mas eu não matei ninguém. E morreu mais um artista? Putz, eu nem fiquei sabendo, obrigado jornal local.
MURILO – Confessa que foi que você que matou esse último e ainda as duas outras dos dias passados. O que é que você está querendo com esse jogo de assassinatos?
MARTA – Será que eu vou ter que ser mais clara? Eu não matei ninguém porra! Mas o mais engraçado dessa investigação, é que você adora me acusar, ama apontar o dedo na minha cara e dizer para o mundo todo, Marta a assassina. Mas e as provas? Não tem.
MURILO – Você sempre da um jeito de sumir com elas, mas eu vou descobri.
MARTA – Isso já está me chateando. Quando vai começar com as perguntas policial?
MURILO – Ok! Aonde que você estava na hora do assassinato? Desse último assassinato?
MARTA – Que horas que foi o assassinato?
MURILO – Onze e meia.
MARTA – Onze e meia?
MURILO – Isso! Onze e meia. Aonde que você estava?
MARTA – Eu fui tomar banho.
MURILO – Para quê?
MARTA – Para vim dialogar nesta delegacia com o senhor, já que o mesmo insistia tanto em ver meu rosto.
MURILO – Sem piadinhas, Marta.
MARTA – Mais alguma coisa?
MURILO – E nos outros assassinatos? Onde estava?
MARTA – O segundo, você já sabe. Agora aquele primeiro... Eu estava em São Paulo, junto com meu filho, só quem estava aqui, era meu marido. E essa caixa linda tem o quê?
MURILO – Não finja que não sabe sua cretina.
MARTA SE APROXIMA MAIS UM POUCO DE MURILO. – AO SOM DE GAL COSTA (FOLHETIM).
MARTA – Murilo, você até que é um charme, mas não tente me perturbar com isso, eu não matei ninguém.
MURILO PEGA NO BRAÇO DE MARTA.
MURILO – Você não vai escapar, eu vou te prender.
MARTA – Tente.
MARTA PASSA A MÃO NA PERNA DE MURILO.
MARTA – Vai me soltar ou vai me fuder? Escolha um dos dois.
MURILO SOLTA MARTA. MARTA VAI EMBORA. DANILO ENTRA.
DANILO – Então é essa que é a tal da Marta?
MURILO – Exatamente!
DANILO – Gostosa!
MURILO – Danilo!
DANILO – É coroa, mas é gostosa!
MURILO – Pega a caixa e vamos tira essa faca e guardar como prova.
DANILO ABRE A CAIXA E SE SURPREENDE. – AO SOM DE INSTRUMENTAL (SUSPENSE).
MURILO – O que foi Danilo?
DANILO – A faca que estava aqui foi trocada por outra faca coberta por sangue.
MURILO – Meu Deus! Marta!
DANILO – Essa faca deve ter sido usada para matar o Marcelo.
MURILO – Foi aquela vadia, assassina! Essa eu não vou deixar passar.
CORTA PARA/
CENA 12/CASA DE HENRIQUE/SALA DE ESTAR/INT.NOITE
HELENA ENTRA SEM BATER E CHAMANDO POR HENRIQUE, MAS SE SURPREENDE COM A PRESENÇA DE SÉRGIO.
SÉRGIO – Helena?

FIM DO EPISÓDIO
ESCRITO POR: EVERTON BRANDÃO
DIREÇAÕ GERAL: JOÃO CARVALHO
PRODUÇÃO: TVN
2016





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