segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Episódio 01: Sentidos


Episódio 1

No espaço sideral uma gigantesca rocha de meteoritos choca-se em um meteoro de radioatividade extrema, alterando o clima e provocando uma chuva de meteoritos. Os astrólogos e cientistas registram em seus sistemas galácticos um alto perigo de radiação.

Algum Tempo Depois...

(Na escola Mundo Azul)

O sinal soa igual ao som de uma sirene de ambulância. Os alunos correm apressadamente para suas salas de aula. A professora Mary,de matemática, já entrara na sala do oitavo ano, rapidamente enchera o quadro branco de anotações. A professora Mary, era conhecida pelo seu jeito peculiar de ser gentil, gritando com os alunos e não admitindo atrasos. De um lado do corredor Roni, Pâm e Sam sobem as escadas que dão acesso ao segundo andar ás pressas, no outro lado Marce anda bocejando de sono, ao lado de Alice. Mary fecha a porta da sala e inicia a aula explicando sobre Teoremas de Pitágoras, contribuindo mais ainda para o sono dos alunos. Os cinco, atrasados, e desajeitados batem a porta juntos, recebendo um olhar de desaprovação da professora malvada.

(Na coordenação) 

- Minha tia vai falar “ Roni, coordenação na primeira semana de aula. Dessa vez você bateu seu recorde” – diz Roni, imitando a tia, e provocando risos nas meninas.

- Já minha mãe não achará nenhuma graça disso. Ela vai querer tirar os meus treinos – diz Sam entristecida.

- E eu não posso nem sonhar em ficar em matemática. Preciso das minhas aulas de balé – diz Pâm preocupada.

- A professora também é uma chata, garanto que minha mãe não esquentará a cabeça – diz Alice.

Marce meche no celular.

- O que você tanto meche nesse celular? – pergunta Roni curioso.

- Só estou lendo uma matéria sobre o acidente espacial entre uma rocha de meteorito e um meteoro gigante – conta Marce.

- Nossa, que interessante. Sua NERD! – diz Roni. – Aposto que você deve está vendo foto dos meninos da nossa sala pelados. Roni pega o celular de Marce. Marce grita com Roni e pede o celular de volta. Roni ri e meche no celular dela. 

O coordenador entra na sala. Roni continua com seus gritinhos, enquanto o restante das meninas sentam nas carteiras. 

- O que foi gente? É só uma brincadeirinha – diz Roni ligando a música do celular.

O coordenador coça a garganta em tom alto, fazendo que Roni perceba sua presença.

- Foi mal – diz Roni, devolvendo o celular para Marce.

O coordenador resita um dos seus sermões favoritos, sobre as regras da escola, os deveres dos alunos e os direitos dos professores. Os cinco fingem escutar o papo chato com muita animação, loucos para deixarem a sala da coordenação. O coordenador passa uma atividade, que deverá ser entrega amanhã, valendo metade das notas bimestrais deles. 

- Liberados meninos – diz o coordenador em tom de seriedade. – Amanhã na primeira aula. 

O grupo combina de juntar-se na casa de Roni na parte da tarde. Depois do combinado, todos voltam para a sala como se nada estivesse acontecido.

(Na casa de Roni)

Roni fica aguardando as meninas, enquanto isso repara o tempo pela janela, uma mistura de calor tropical com paisagens de inverno polares. A campainha toca. Roni abre a porta para Alice, Pâm e Sam que entram animadas.

- Pensei que vocês não iriam vir – diz Roni.

- Demoramos um pouco, mas não vamos perder tempo – diz Alice.

- Eu já trouxe algumas pesquisas da internet para o nosso artigo – diz Pâm, colocando os livros em cima da mesa de estudos.

- Só está faltando a Marce ... – lembra Sam.

A campainha toca novamente. Roni abre a porta para Marce. 

- Desculpe o atraso – diz Marce, atrapalhada com os livros em mãos.

- Vamos começar esse trabalho, antes que o tempo mude de vez – avisa Sam, preocupado.

A tarde passa mais rápido do que o grupo percebe. O cinco, ainda fazem pipoca, comem brigadeiro de panela, e arrumam tempo para falar mal da professora de matemática. Na Tv, a novela sai do ar, para dar lugar ao plantão de emergência. 

- Que saco! Plantão na hora da novela – reclama Marce.

O apresentador do plantão anuncia a chegada inesperada de uma chuva forte com pancadas de raios e trovões, e alerta a população que mantenham distancia de qualquer objeto radioativo.

- Gente, eu vou embora. Estou com medo dessa chuva – diz Pâm.

- Calma meninas. Eu vou com vocês até o ponto de ônibus – diz Roni, tentando acalmá-las. 

- Ainda bem que você mora aqui no centro da cidade. Assim a gente não mofa esperando o ônibus – lembra Alice.

- Mas aqui no centro é onde fica a maioria de indústrias de cosméticos e tráfego de caminhões radioativos – alerta Sam.

- Não pira Sam. Vamos meninas – diz Roni.

A chuva aumenta, assim como os raios e trovões que iluminam o céu do entardecer, fazendo com que se pareça dia novamente. Os automóveis ficam congestionados, devido ao trânsito lento e ao mau tempo na cidade. Um caminhão das indústrias de cosméticos atravessa a rua em alta velocidade, indo em direção aos cinco, que estão no ponto de ônibus. De repente, um raio atinge o poste de energia provocando uma descarga elétrica. O caminhão de meteoritos atinge o ponto de ônibus causando uma explosão ao chocar-se com o poste de energia. Os cinco correm, mas acontece uma grande explosão.

FIM DO EPISÓDIO

Nenhum comentário:

Postar um comentário