No telejornal, o apresentador comenta sobre o acidente de
bioquímicos no centro da cidade.
- Ontem a tarde, cinco estudantes foram vitimas de um
acidente no centro. Foram atingidos e estão no hospital central. As quatro
meninas recebem alta hoje, mas o garoto ainda continua em estado greve, em coma
profundo.
1 mês depois ....
- ... O garoto
ainda continua em como profundo, segundo os médicos poucas são as chaces de
melhora no quadro do estudante – diz o apresentador do telejornal.
No hospital, os jornalistas tentam fotografar e conseguir
entrevistas com as meninas, que ficam assustadas com a repercussão do acidente.
As quatro decidem esperar a imprensa sair da entrada do hospital, e ficam
observando Roni através da janela do seu quarto.
- Será que ele vai morrer? Eu não aguento mais esses
fotógrafos, enchendo o saco da gente – pergunta Marce.
- Não fala merda Marce. Vamos rezar pela recuperação dele
– pede Alice.
- Também estou cansada desses repórteres fofoqueiros –
diz Pâm.
- Pâm, minha querida. Vamos embora. Meninas eu também
acho que vocês devam ir para casa descansar. Vocês ainda estão com cicatrizes e
ralados pelo corpo. Esses dias estão sendo muito intenso para vocês – diz a mãe
de Pâm, puxando a filha.
- Eu também estou indo, meus pais estão lá fora me
esperando. Vamos Sam, eu lhe dou carona – diz Marce.
- Isso meninas, nós também precisamos descansar. Eu não
sei como, mas alguma coisa protegeu a gente de algo muito pior. Devemos
agradecer porque só estamos raladas, ou com algumas queimaduras. Amanhã, nós se
encontramos de novo – diz Alice.
(
Na casa de Sam)
Sam fica impaciente dentro do seu quarto, e resolve vê as
pessoas na rua, pela janela.
- O João sumiu. A Carla nem ligou. Acho que ninguém se
preocupa comigo – diz Sam entristecida, coçando os olhos.
- Nossa meus olhos estão ardendo tanto. Parece que até
jogaram pimenta nele – diz Sam coçando os olhos. Sam vê seus roxos, no espelho
e fica assustada. – Isso não para de arder – diz Sam, retornando a sacada da
janela. Sam reconhece o carro de João, no outro lado da rua.
- Ué, esse carro é do João. Mas porque ele não veio aqui?
– se pergunta Sam intrigada. Parece até que tem alguém dentro do carro com ele
– diz Sam, ficando irritada, e fazendo que suas emoções fiquem extremamente
fortes. De repente, Sam enxerga através dos vidros do carro, e se depara com
João e Carla se beijando dentro do carro. Sam não acredita que conseguiu
enxergar de longe e através do carro.
- Como eles podem fazer isso comigo? Meu namorado e minha
melhor amiga? Quer dizer ex melhor amiga. Como eu consegui fazer isso? O que
está acontecendo comigo? – se pergunta Sam, chorando baixinho entre seus
bichinhos de pelúcia.
( Na casa de Alice)
Alice fica entediada e mexe no celular. Apaga algumas
mensagens e cansa de mexer ao celular.
- Droga, todo mundo saiu. E eu sozinha como sempre –
reclama Alice. – Já sei vou dar uma volta na pracinha, quem sabe não faço algo
mais divertido do que ficar em casa a toa. Alice percebe que o portão está
trancado. – Que raiva, as meninas sabiam que não era para trancar esse portão,
porque esse portão estava com defeito. Cadê a chave extra agora? – diz Alice,
forçando o portão. Alice procura nos vasinhos de plantas de sua avó. Alice, sem
jeito, enfia a chave, que se quebra dentro do portão. – Minha vó, vai me matar. Eu preciso abrir
esse portão, é questão de honra agora. Alice, sente raiva, e ao mesmo tempo uma
força inexplicável surge em suas mãos, e retira o portão da parede com toda a
força.
- O que foi que eu fiz? Será que é aquela vitamina que eu
estou tomando? Quer saber, eu não sei de nada, eu não fiz nada – diz Alice,
colocando o portão de volta no lugar. Suzy, sua cadela de estimação late. –
Você também não viu nada, Suzy. Segredo !
( Na casa de Pâm)
Pâm ,sobe as escadas do seu prédio e repara que todas as
portas e janelas estão fechadas.
- Mãe, você não disse que a Tia Iris e o Marcos estavam
em casa – pergunta Pâm curiosa.
- Mas, eles estão – responde Ivone.
- Não, tem ninguém na casa deles. Está tudo fechado – diz
Pâm.
- Que estranho. Sua tia deve ter ido ao mercado com o
Marcos, daqui a pouco estão de volta – explica Ivone.
Pâm entra em seu quarto e fecha os olhos. Pâm escuta duas
vozes gritando por socorro.
- Alguém nos ajude – grita a primeira voz assustada.
- Ahhhhh – chorava a segunda voz, parecendo ser uma
criança pequena e indefesa.
- Não faça nada com eles, os solte. Leve todo o dinheiro
que você quiser – diz a terceira e mais grossa das vozes.
Pâm, escuta todos os sons ao seu redor ao mesmo tempo, e
sente uma forte dor de ouvido.
- Eu não estou sonhando. Eu consigo ouvir. É o gostoso do
meu primo, eu sabia que eles estavam em casa. Preciso fazer uma coisa, quer
dizer a polícia precisa fazer alguma coisa – diz Pâm pegando o telefone e
discando para a polícia.
- Por que você está tão nervosa minha filha? – pergunta
Ivone.
- Mãe, escute com calma. Tem um ladrão na casa da tia
Inês – conta Pâm nervosa.
- Que brincadeira é essa minha filha? Como você sabe
disso? – pergunta Ivone.
-Eu não sei como .. só sei que escutei. Já chamei a
polícia, daqui a pouco as viaturas devem estar chegando.
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