quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Episódio 02: Sentidos


No telejornal, o apresentador comenta sobre o acidente de bioquímicos no centro da cidade.

- Ontem a tarde, cinco estudantes foram vitimas de um acidente no centro. Foram atingidos e estão no hospital central. As quatro meninas recebem alta hoje, mas o garoto ainda continua em estado greve, em coma profundo.

                   1 mês depois ....

-  ... O garoto ainda continua em como profundo, segundo os médicos poucas são as chaces de melhora no quadro do estudante – diz o apresentador do telejornal.

No hospital, os jornalistas tentam fotografar e conseguir entrevistas com as meninas, que ficam assustadas com a repercussão do acidente. As quatro decidem esperar a imprensa sair da entrada do hospital, e ficam observando Roni através da janela do seu quarto.

- Será que ele vai morrer? Eu não aguento mais esses fotógrafos, enchendo o saco da gente – pergunta Marce.

- Não fala merda Marce. Vamos rezar pela recuperação dele – pede Alice.

- Também estou cansada desses repórteres fofoqueiros – diz Pâm.

- Pâm, minha querida. Vamos embora. Meninas eu também acho que vocês devam ir para casa descansar. Vocês ainda estão com cicatrizes e ralados pelo corpo. Esses dias estão sendo muito intenso para vocês – diz a mãe de Pâm, puxando a filha.

- Eu também estou indo, meus pais estão lá fora me esperando. Vamos Sam, eu lhe dou carona – diz Marce.

- Isso meninas, nós também precisamos descansar. Eu não sei como, mas alguma coisa protegeu a gente de algo muito pior. Devemos agradecer porque só estamos raladas, ou com algumas queimaduras. Amanhã, nós se encontramos de novo – diz Alice.

          (  Na casa de Sam)

Sam fica impaciente dentro do seu quarto, e resolve vê as pessoas na rua, pela janela.

- O João sumiu. A Carla nem ligou. Acho que ninguém se preocupa comigo – diz Sam entristecida, coçando os olhos.

- Nossa meus olhos estão ardendo tanto. Parece que até jogaram pimenta nele – diz Sam coçando os olhos. Sam vê seus roxos, no espelho e fica assustada. – Isso não para de arder – diz Sam, retornando a sacada da janela. Sam reconhece o carro de João, no outro lado da rua.

- Ué, esse carro é do João. Mas porque ele não veio aqui? – se pergunta Sam intrigada. Parece até que tem alguém dentro do carro com ele – diz Sam, ficando irritada, e fazendo que suas emoções fiquem extremamente fortes. De repente, Sam enxerga através dos vidros do carro, e se depara com João e Carla se beijando dentro do carro. Sam não acredita que conseguiu enxergar de longe e através do carro.

- Como eles podem fazer isso comigo? Meu namorado e minha melhor amiga? Quer dizer ex melhor amiga. Como eu consegui fazer isso? O que está acontecendo comigo? – se pergunta Sam, chorando baixinho entre seus bichinhos de pelúcia.

    ( Na casa de Alice)

Alice fica entediada e mexe no celular. Apaga algumas mensagens e cansa de mexer ao celular.

- Droga, todo mundo saiu. E eu sozinha como sempre – reclama Alice. – Já sei vou dar uma volta na pracinha, quem sabe não faço algo mais divertido do que ficar em casa a toa. Alice percebe que o portão está trancado. – Que raiva, as meninas sabiam que não era para trancar esse portão, porque esse portão estava com defeito. Cadê a chave extra agora? – diz Alice, forçando o portão. Alice procura nos vasinhos de plantas de sua avó. Alice, sem jeito, enfia a chave, que se quebra dentro do portão.  – Minha vó, vai me matar. Eu preciso abrir esse portão, é questão de honra agora. Alice, sente raiva, e ao mesmo tempo uma força inexplicável surge em suas mãos, e retira o portão da parede com toda a força.

- O que foi que eu fiz? Será que é aquela vitamina que eu estou tomando? Quer saber, eu não sei de nada, eu não fiz nada – diz Alice, colocando o portão de volta no lugar. Suzy, sua cadela de estimação late. – Você também não viu nada, Suzy. Segredo !

  ( Na casa de Pâm)

Pâm ,sobe as escadas do seu prédio e repara que todas as portas e janelas estão fechadas.

- Mãe, você não disse que a Tia Iris e o Marcos estavam em casa – pergunta Pâm curiosa.

- Mas, eles estão – responde Ivone.

- Não, tem ninguém na casa deles. Está tudo fechado – diz Pâm.

- Que estranho. Sua tia deve ter ido ao mercado com o Marcos, daqui a pouco estão de volta – explica Ivone.

Pâm entra em seu quarto e fecha os olhos. Pâm escuta duas vozes gritando por socorro.

- Alguém nos ajude – grita a primeira voz assustada.

- Ahhhhh – chorava a segunda voz, parecendo ser uma criança pequena e indefesa.

- Não faça nada com eles, os solte. Leve todo o dinheiro que você quiser – diz a terceira e mais grossa das vozes.

Pâm, escuta todos os sons ao seu redor ao mesmo tempo, e sente uma forte dor de ouvido.

- Eu não estou sonhando. Eu consigo ouvir. É o gostoso do meu primo, eu sabia que eles estavam em casa. Preciso fazer uma coisa, quer dizer a polícia precisa fazer alguma coisa – diz Pâm pegando o telefone e discando para a polícia.

- Por que você está tão nervosa minha filha? – pergunta Ivone.

- Mãe, escute com calma. Tem um ladrão na casa da tia Inês – conta Pâm nervosa.

- Que brincadeira é essa minha filha? Como você sabe disso? – pergunta Ivone.

-Eu não sei como .. só sei que escutei. Já chamei a polícia, daqui a pouco as viaturas devem estar chegando.


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