segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Capítulo 3: Salto alto

CENA 1: Mansão de Cínthia Corlonn, Urca, RJ. NOITE.
(Continuação...)
Cínthia e Roberto vão para uma mesa afastada.
CÍNTHIA: O que houve?
ROBERTO: Não sei se aqui é o melhor lugar.
CÍNTHIA: Viemos para essa mesa bem escondida da agitação!
ROBERTO: Acho melhor falar só lá na empresa.
CÍNTHIA: Não adianta.Eu quero saber isso logo.
ROBERTO: Tá bom. Estamos chegando ao fundo do poço.
CÍNTHIA: Fala sério!
ROBERTO: É sério, perdemos funcionários e importantes compradores.
CÍNTHIA: Eu me desligo da empresa durante menos de um mês e quando volto, descubro que estamos numa crise. É isso?
ROBERTO: Também não é assim, Cínthia. Você exagera.
CÍNTHIA:  Não exagero não. Você que disse que estávamos na lama.
ROBERTO: Ao invés de fazer esse drama todo, vamos ver uma forma de sair dessa situação.
CÍNTHIA: Acho que a melhor forma é te demitir!
ROBERTO: A culpa não é minha!
CÍNTHIA: (IRÔNICA) Imagina. A culpa é de quem então? Da minha vovozinha?
ROBERTO: Não acho que tenha um culpado!
CÍNTHIA: Mas eu acho, Roberto. Você estava no controle da empresa e tudo desandou! Mas agora não dá pra você tentar arrumar uma desculpa esfarrapada. Você terá o prazo de uma semana para recuperar os prejuízos!
ROBERTO: Isso é quase impossível!
CÍNTHIA: Vai desistir?! Te ponho na rua agora mesmo.
ROBERTO: Não... não. Eu vou tentar.
CÍNTHIA: Que bom! Eu vou falar com meus convidados. Depois eu volto.
ROBERTO: Está bem.
Cínthia sai da mesa, deixando Roberto sozinho.

CENA 2: Estudantina Musical, Centro, RJ. NOITE.
Álvaro e Viviane chegam à Estudantina, para o show de Alcione.
ÁLVARO: Vamos logo pegar uma mesa para sentarmos, Vivi.
VIVIANE: Sentar? Nós vamos dançar muito!
ÁLVARO: Mas vamos garantir logo nossa mesinha.
VIVIANE: Tá bom.
Álvaro e Viviane escolhem uma mesa.
ÁLVARO: Olha lá, Vivi, vai começar o show!
Todas as pessoas aplaudem quando Alcione sobe no palco.
ALCIONE: É um prazer estar aqui hoje. Adoro vir aqui, então vamos parar de papo furado, porque eu vim pra cantar. Pra começar, vamos de ''Não deixe o samba morrer''.
Alcione inicia cantando sua música de enorme sucesso, sendo acompanhada pelo público, que também dança muito.

CENA 3: Baile de pagofunk, Lapa, RJ. NOITE.
Rayane entra no baile, e encontra Clécio, dono do bar perto da casa da dançarina.
RAYANE: O que você tá fazendo aqui, Clécio? Não sabia que você se amarrava num batidão, em ir até o chão,...
CLÉCIO: Você falou tanto daqui, aí eu quis conhecer!
RAYANE: Tá bom, agora eu vou lá pra frente porque hoje tem show do MC Jorjão.
CLÉCIO: Quem é esse?
RAYANE: Você é muito maluco! Tu vem pro show do cara e não sabe quem ele é.
CLÉCIO: (RINDO) Tá ... e da próxima vez eu vou me informar.
RAYANE: Tá bom, mas agora eu vou me arrebentar nessa dança.
Rayane sai de perto de Clécio e vai a um lugar próximo do palco, e dança até o chão diversas vezes.
HOMEM: Vem dançar comigo, gostosa!
RAYANE: Tô fora!
HOMEM: (APROXIMANDO-SE DE RAYANE) Eu sei que tu gosta!
RAYANE: Cai fora, seu tarado!
HOMEM: (QUASE SE ESFREGANDO EM RAYANE) Vem pra cima de mim, delícia!
Rayane se apavora e tenta bater no homem, mas ele leva a dançarina para um canto, sem que as outras pessoas percebam.
HOMEM: Agora, eu vou te fazer feliz, gata!
RAYANE: Seu ogro, seu porco, me larga!

CENA 4: Mansão de Cínthia Corlonn, Urca, RJ. NOITE.
Rejane e Ingrid, bem elegantes e com lindos e brilhos vestidos, conseguem entrar na festa, mesmo não tendo convites.
REJANE: Não acredito que a Cínthia foi capaz de não nos avisar dessa festa!
INGRID: Isso não importa! O que vale é que agora estamos aqui e temos que procurar a Cínthia.
REJANE: Ela não é uma pessoa muito difícil de ser achada!
INGRID: Mas como vamos achá-la?
REJANE: Só ver um monte de jornalista e fotógrafo!
INGRID: (RINDO) Bem pensado!
Rejane e Ingrid passeiam pela mansão de Cínthia.
REJANE: Essa casa é magnífica! Mas uma coisa que a Cínthia arruma e não nos fala!
INGRID: Ela deve estar cheia de segredinhos, e alguns que nós nem sonhamos.
REJANE: Como assim?
INGRID: Ela não falou pra gente da casa, nem da festa. Isso é um sinal de que ela esconde muita coisa da gente. Ela pode escolher muitas outras coisas.
REJANE: Como o quê?
INGRID: Dinheiro!
REJANE: É... mais um motivo bem claro pra falarmos com ela. Mas voltando ao assunto de antes: nós bem que poderíamos morar aqui, né? Melhor que lá em Petrópolis!
INGRID: Essa casa é tudo de bom, né?
REJANE: Aqui é um paraíso!
Ingrid e Rejane continuam passeando pela casa, procurando Cínthia.

CENA 5: Baile charme, Lapa, RJ. NOITE.
Karina chega ao baile charme, onde há várias pessoas dançando ao som de ótimas e variadas músicas.
AMIGA DE KARINA: E aí, Karina? Tudo beleza?
KARINA: (APONTANDO PARA SUSANA) Sim, mas quem é aquela mulher ali na frente? Nunca vi essa sem sal por aqui. Ela tá errando tudo!
AMIGA DE KARINA: É uma tal de Susana. Fiquei sabendo que veio de São Paulo pra trabalhar lá na Urca.
KARINA: Eu vou lá falar com ela!
Enquanto todos dançam o charme, uma dança em que todos têm praticamente a mesma coreografia, Karina aproxima-se de Susana, para falar com ela.
KARINA: Você pode conversar comigo ali no canto rapidinho?
SUSANA: Claro!
Susana sai da área da dança e vai, junto com Karina, para um canto mais afastado.
SUSANA: Então, quem é você?
KARINA: Meu nome é Karina. E o seu?
SUSANA: Susana. Mas por que você me interrompeu no meio da dança?
KARINA: Nunca te vi aqui e já tô avisando: aquele lugar em que você tava ,é meu!
SUSANA: (RINDO DE FORMA DEBOCHADA) Agora tem isso?! Poupe-me disso, garota.
KARINA: Eu só tô avisando pra não termos problema!
SUSANA: (DEBOCHANDO) Claro!
Karina vai para sua posição original e Susana escolhe um lugar mais atrás.

CENA 6: Mansão de Cínthia Corlonn, Urca, RJ. NOITE.
Ingrid e Rejane finalmente encontram Cínthia e vão falar com ela.
CÍNTHIA: Como vocês entraram e  o que vocês estão fazendo aqui?
REJANE: (DEBOCHANDO) Vou encarar isso como um ''boa noite''.
CÍNTHIA: Encara como quiser, mas só quero que vocês saíam daqui agora.
INGRID: Por quê? Tem alguma coisa ou alguma pessoa que você não quer que vejamos?
CÍNTHIA: Não e mesmo se tivesse, não devo esse tipo de satisfação  a vocês, então tratem de sair.
REJANE: Você que pensa, queridinha.
CÍNTHIA: Não quero discutir com vocês. Tem gente mais importante que precisa da minha atenção!
REJANE: (DEBOCHANDO) Beijo!
Cínthia sai em direção à sala da sua mansão, onde estavam os principais acionistas e sócios da empresa, e lá, aproxima-se de Verônica.
VERÔNICA: Oi. Tudo bom?
CÍNTHIA: (DESCONFIADA) Oi. Quem é você?
VERÔNICA: Sou Verônica, a filha do Roberto.
CÍNTHIA: (LEMBRANDO) Filha do Roberto... Ah, sim!
VERÔNICA: Tudo bom com você?
CÍNTHIA: Não está nada bom graças ao seu pai.
VERÔNICA: O que ele fez?
CÍNTHIA: A empresa está quase falindo.
VERÔNICA: Ah, é ... Ele já falou pra gente cortar alguns gastos.
CÍNTHIA: Putz! Então tá pior do que eu imaginava.
VERÔNICA: (PREOCUPADA) É mesmo. O que você vai fazer com ele?
CÍNTHIA: Seu pai é um ótimo empresário, mas isso pode levar à saída dele.
VERÔNICA: Você vai tirar ele da empresa?
CÍNTHIA: Não sei ainda, mas qual o seu interesse nisso?
VERÔNICA: Nada demais, só pra saber, porque eu fico preocupado.
CÍNTHIA: Sei... Mas agora preciso falar com os outros convidados.
VERÔNICA: Tá bom. Beijo.
Cínthia continua falando com seus convidados e Verônica esbarra sem querer com Rejane.
REJANE: Presta atenção por onde anda!
VERÔNICA: Olha por onde anda você, miss ... misspanta!
REJANE: Cala a boca e volta pro mar, oferenda, porque eu tenho coisas pra fazer aqui.
VERÔNICA: (DEBOCHANDO) Ok. Vai lá, senhora de negócios!
Rejane sai de perto de Verônica. Logo depois, Agatha aproxima-se da irmã.
SONOPLASTIA - Na batida (Anitta)
AGATHA: Quem era aquela jaburu?
VERÔNICA: Uma escrotinha dessas que encontramos todo dia aqui no Rio!
AGATHA: Mas o que você ficou falando com ela?
VERÔNICA: Ela esbarrou em mim e ainda falou: volta pro mar, oferenda.
AGATHA: (RINDO) Eu idolatro essa garota.
VERÔNICA: (SÉRIA) Para de gracinha.
Dayse está sentada numa mesa com o marido Roberto.
DAYSE: Você não quer me falar mesmo o que a Cínthia queria?!
ROBERTO: Você insiste tanto num assunto, meu amor!
DAYSE: Eu só quero saber a verdade, querido.
ROBERTO: Já que você quer a verdade, vou falar logo: ela tá muito brava comigo porque acha que a culpa da empresa estar assim é minha.
DAYSE: Mas a culpa não é sua,meu amor.
ROBERTO: Você pensa dessa forma, mas a Cínthia não.
DAYSE: Fique tranquilo.
ROBERTO: Não tem como!
DAYSE: Então, o que você vai fazer?
ROBERTO: Eu não sei ainda, por isso preciso pensar logo em alguma coisa.
DAYSE: Concordo.

CENA 7: Baile de pagofunk, Lapa, RJ. NOITE.
Em cima do palco,MC Jorjão, um homem de, aproximadamente, 35 anos, vê o homem agarrando Rayane, e de longe, taca o microfone na cabeça do homem, que cai no chão. Então, o MC vai ao ''cantinho''.
MC JORJÃO: O que estava acontecendo aqui?
RAYANE: Você me salvou desse tarado! Ele tava tentando se esfregar e se aproveitar de mim.
MC JORJÃO: Infelizmente, em vários shows que faço têm casos assim. Mas tome cuidado!
RAYANE: Tá, mas eu nem sei como te agradecer, MC Jorjão!
MC JORJÃO: Eu acho que sei.
RAYANE: Você não é um tarado igual àquele outro, né?
MC JORJÃO: (RINDO) Claro que não. Mas é que eu percebi que você dança muito bem, então queria que você fizesse parte da minha equipe de dançarinas, as Jorjetes. Você topa?

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...

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