A Festa na casa da Fada
A semana passou rápido, já era sábado a
tarde, os alunos convidados para a festa da fada conhecida como tia Julia.
Estavam todos se arrumando e empolgados para ir, todos comentavam ser uma
festança. Alguns professores não concordavam com a tal festa, pois a casa da
fada ficava na floresta negra, mas como sempre aconteceu a festa, o mestre
nunca se opusera-se com a tal festa.
- Eu já estou pronto, meninas! - disse
Marcos na porta do banheiro feminino.
Estava Leticia, Amanda, Carina,
Giovana, Samara, Alana e eu nos arrumando para a festa:
- Será que eu estou bonita? - perguntou
Alana, uma filha de bruxos.
- Posso passar um pouco de maquiagem em
vocês! - disse Leticia tirando da bolsa um enorme estojo
- O que é maquiagem? - perguntei, no
mundo alternativo isso não era nada comum.
- É o que os humanos usam para ficarem
mais bonitos que já são! Eu por exemplo tenho vários estojos de maquiagens na
minha bolsa! - falou Leticia
- Eu quero experimentar! - disse
Carina, filha de bruxa com curupira.
Leticia começou a maquiar a menina,
passou desde sombra nos olhos até batom que não era nada conhecido no nosso
mundo. Carina ficou linda, seus olhos cor-de-mel foram realçados dando um
destaque também para os lábios bem vermelhos.
- Que linda! Eu também quero! - disse
admirada
Leticia passou em todas e ficamos uma
mais linda que a outra:
- Em questão de beleza o mundo humano é
muito sofisticado e se quiserem eu trago para vocês isso e muito mais! - falou
Leticia
- Todas nós queremos! - respondeu
Amanda, que em particularmente ficou a mais bonita de todas, pelo menos eu
achei.
Saímos do banheiro e todos os rapazes e
moças do grupo Água estavam na sala, a atenção foi voltada para nós que ficaram
boquiaberta.
- Minhas filhas! - admirou-se a estatua
da sereia- Vocês ficaram lindas! Aproveitem a festa! Vocês são as mais bonitas!
- receber um elogio da mãe do grupo era uma honra e motivo para inveja e
fofocas.
- O que vocês fizeram? - perguntou
Marcos enquanto andávamos em direção a floresta
- Maquiagem! - disse Leticia com um ar
de superioridade que todas nós maquiadas estávamos
- O que é isso? - perguntou Eric
- É um produto que embeleza a mulher! -
respondeu Alana- Muito usada no mundo humano!
Os curupiras, nossos protetores, nos
esperávamos na entrada da floresta.
Fomos em direção a casa da fada, a
floresta era bem escura e tinha uma trilha iluminada para chegarmos a casa da
fada.
De longe dava para ver uma casa em cima
de três arvores que se entrelaçavam uma na outra. A casa estava toda iluminada.
Os curupiras nos deixaram na entrado do elevador e voltaram para o castelo, só
voltariam para nos buscar as onze da noite.
Quando entramos vimos cheio de alunos e
fadinhas voando para lá e para cá, sem contar com as comidas que flutuavam até
as mesas. Vi uma mulher magra, de cabelos negros e lisos, com um vestido verde-
agua e um enorme par de asas, ela era a tia Julia. A fada estava cumprimentando
os alunos e dizendo coisas do tipo: "sejam bem vindos!" ou
"aproveitem a festa!” ou “coma mais!"
Assim que nos achegamos mais, a atenção,
novamente, foi voltada para nós que estávamos maquiadas, posso dizer que
Leticia ganhou um bom dinheiro vendendo maquiagens para as alunas da escola.
- Olá, sejam bem vindos! - disse a tia
Julia para nós que tínhamos acabado de chegar.
A festa estava bem animada, estava toda
iluminada e bem badalada. De repente, eu vi de longe um rapaz de seus dezoito
anos, de cabelos negros como a noite e lisos até os ombros, olhos negros, boca bem vermelha
feito sangue, pele pálida e vestes longas e negras. Ele estava parado em um
canto olhando o movimento da festa, uma de suas pernas estava apoiada na
parede:
- Quem é? - perguntei para Amanda
- Nunca vi mais sinistro! - ela apertou
bem os olhos e fez cara de espanto- Parece... um... vam... Não... não pode ser!
bobeira minha!
- Fala! - insisti
- Não! É que ele parece com as fotos de
vampiros que tem nos livros! Mas não pode ser! Vampiros não podem passar a
barreira feito pelas fadas! Morreriam! - disse ela- Mas estou é prestando
atenção é naquele rapaz ali que não tira os olhos de vocês!
Ela apontou para um rapaz de seus dezesseis
anos, também, que tinha os cabelos negros, olhos verdes penetrantes, nariz um
tanto comprido, alto, magro e vestes azul-marinho. Eu olhei para o garoto que
sorriu para mim, eu sorri de volta, um tanto sem graça.
As luzes naquele momento foram
substituídas para luzes de vela, e musicas romântica começaram a tocar. O rapaz
que parecia um vampiro veio até mim e disse com uma voz grossa:
- Me conceda essa dança!
- É claro! - falei, parecendo ficar
hipnotizada.
Ele me levou para o meio do salão com
todos os casais e colocou sua mão na minha cintura, eu coloquei a mão no ombro
dele e seu corpo encostou-se ao meu, dando um choque tão gostoso que não me deu
vontade de solta-lo nunca mais, seus olhos negros estavam praticamente me engolindo.
Dançamos uma música inteira, ele parecia ter me hipnotizado, não consegui mais
parar de olhar em seus olhos.
Assim que a música acabou, ele me levou
para a sacada da casa, eu vi Marcos me olhando de longe, dançando com Alana.
- Qual é o seu nome, gata? - perguntou
ele
- Lucia Louves! - falei- E o seu?
- Hades Marques! - disse ele, sempre
olhando em meus olhos- Quer dá uma volta?
- Aceito! - eu estava falando
praticamente sem pensar.
Hades puxou sua capa e antes de me
cobrir ouvi a voz de Marcos bem longe dizer: "Lucia! Não!", assim que
fui coberta não vi e nem ouvi mais nada...

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