O Castelo do Conde Drácula
Eu acordei, com uma enorme dor de cabeça.
Estava em uma cama de casal. Eu olhei ao meu redor, era um quarto, bem amplo e
curiosamente as paredes eram pintadas de preto. Eu achava que estava no castelo
de Magiscovs, mas não sabia em qual quarto estava. Levantei-me e fui andando em
direção a porta. Sai e vi um corredor iluminado por velas vermelhas e tochas.
Eu nunca vi um corredor assim em Magiscovs!
Andei pelo corredor até chegar em uma
escada que era cheio de armaduras em posição de guerra. Desci lentamente. Com
certeza não era o castelo de Magscovis. Mas onde eu estava? Era só o que eu
queria saber naquele momento.
- A bela-adormecida acordou, foi? -
disse uma voz feminina que vinha de minhas costas. Me virei rapidamente e vi
uma mulher pálida, de olhos negros penetrantes, magra, alta e com vestes
negras.
- Quem é você? - perguntei ao vê-la.
- Meu nome é Alice Marques! - disse ela
com uma risadinha de canto de boca
- Onde estou? - perguntei, torando a
subir a escada.
- Isso só quem pode te dizer é o meu
irmãozinho que te trouxe aqui! - disse ela com ar de deboche. - HADES! - gritou
ela
Vi uma fumaça negra paira sobre o local
e formar-se na minha frente, através da fumaça o rapaz que eu dancei na festa,
se materialisou. Eu sorri, aliviada e com medo, pois o rosto de Hades estava
mais sinistro que o normal.
- Hades! - falei- O que está
acontecendo? - eu corri até ele e tentei abraça-lo, queria me proteger.
- Venha! Você vai ver o Conde! - disse
ele secamente, me puxando em direção a uma sala enorme no fim do corredor.
Entramos em uma enorme sala, onde havia
um trono de ouro com desenhos de morcegos e sentado nele, um homem bem alto,
musculoso, de seus cinquenta anos, olhos e cabelos negros, com uma coroa. Ao
seu lado havia outros dois tronos vazios. O salão estava repleto de gente de
preto ou vermelho. A multidão abriu caminho e Hades me levou até o homem do
trono de ouro. Toda a multidão gritava aclamando algo.
- Ora, ora! - disse ele rindo ao me ver
chegando- Se não é Lucia Louves!
- O que está acontecendo? - falei com a
voz tremula de medo, pois as pessoas faziam barulhos assustadores.
- Traga ela até mim! - disse ele
ignorando o que eu acabara de perguntar. Fui jogada aos pés do trono onde ele
estava sentado- Suponho que você está se perguntando "Onde estou?" ou
"O que está acontecendo?" - ele ria sarcasticamente.
- Sim! Respondam-me! - falei me
levantando do chão- O que está havendo aqui?! Que lugar é esse?!
- Vou te dar uma dica! Nenhum bruxo
vivo veio aqui! - disse ele. No mesmo momento fiquei perplexa. Eu só podia está
na região dos vampiros
- Vam... piros?! - falei assustada
- Boa menina! - disse ele, sempre com a
voz de superioridade e um olhar de dá medo
- Bem que Amanda disse que você- eu
apontei para Hades- Parecia um vampiro!
- E ela estava certa! Seja lá quem for
a pirralha! - disse o do trono.
- Quem é você? - perguntei
- A escola nunca falou de mim? -
perguntou ele desapontado- Percebo que o ensino de magia está caindo cada vez
mais! - ele balançava negativamente a cabeça e todos riam. - Meu nome
queridinha, é Lúcifer Conde Drácula!
Fiquei em choque, e ai que eu associei
o nome de Hades, que na mitologia grega é o deus do submundo.
- E aquele bonitão que você dançou é
meu filho, o meu herdeiro e o próximo Conde! - completou ele
- Mas como ele conseguiu passar pela
barreira das fadas? - perguntei admirada.
- Há muita corrupção na Republica da
Magia, sua tolinha! Há muitas fadas ao nosso favor! - disse ele rindo- E
ninguém sabe que você está aqui!
- E por que me pegaram? Por que estou
aqui? - perguntei
- Olha! - disse ele admirado- Então
quer dizer que uma das bruxas mais poderosa do mundo mágico não disse que você
é filha do Cavaleiro das trevas! - meus olhos saltaram para fora na mesma hora:
- Filha de quem? - perguntei tentando
reorganizar meus neurônios
- Filha do cavaleiro das trevas! -
disse ele - O bruxo mais temido por todo o mundo mágico, que curiosamente
morreu deixando apenas suas roupas e sua varinha! Vai dizer que não conhece a
história do próprio pai?!
- Desse cavaleiro eu não conheço! -
menti
- Estou vendo que Magiscovs e todas as
outras escolas de magia descartou mesmo a história do cavaleiro! - disse ele
com um pouco de irritação em sua voz- Pois bem! Vou contar a história! Ele
viveu á onze anos atrás e teve o poder em suas mãos, ele
comandou o mundo mágico e fez dele o que queria! Ele voava em um cavalo negro!
Infelizmente ele teve caso com muitas bruxas da época, logicamente que forçadas
e uma dessas bruxas foi a sua mãe! - disse ele orgulhoso de ter me deixado
espantada- Houve, então, uma maldita profecia feita por Dumber, que dizia bem
assim: - ele pegou um pergaminho e leu:
"Assim
que o filho do cavaleiro das trevas nascer levará a dor embora, trazendo a paz
para o mundo da magia! Mas o cavaleiro terá seu sucessor e esse não dará paz! O
cavaleiro sucumbe, mas deixa a dor e o desespero em suas roupas."
- Você o
matou! - gritou Alice
- Calma
Alice! - disse o Conde- A profecia é dividida em quatro partes, mas só essa foi revelada! Ela se chama a profecia da
justiça. Você não precisa se culpar, você não o matou, foi apenas uma
conhecidencia você ter nascido! Não podemos culpa-la! - disse ele fingindo
piedade. - Mas tudo indica que você é a sucessora dele! - ele ficou enojado-
Nunca pude acreditar que seria uma mulher!
- Eu?! -
Indaguei espantada- Não pode ser! Eu não tenho...
- Pai? -
perguntou ele sarcasticamente- Não é curioso isso? - de repente ele se
enfureceu- Estamos a sua procura a dez anos, mas nunca a encontramos, pois
aquele bocó do seu padrasto jurou protege-la! E todo zumbi tem o poder de
esconder a pessoa que ele quiser de quem ele quiser, até que ela ganhe um
protetor ou até fazer dezoito anos!
Minha
cara foi no chão. O zumbi que eu tanto odiava sempre me protegeu e eu nunca o
agradeci! Como fui idiota!
- Que
foi? - perguntou ele com sarcasmo- Não gostou da historinha? - ele ignorou o
fato de eu ter balbuciando algo- Pois bem! Achamos você por conta de uma
pequena falha de segurança na hora da mudança de protetor! Foi quando farejamos
você indo para a casa da bruxa mais poderosa, que curiosamente é a sua
vovozinha! Mas o que queremos de você é que fique conosco! OU MORRERÁ!
- Eu
posso pensar em tudo que me foi dito? - eu queria ganhar tempo. Ele não gostou,
mas pelo visto, precisava de mim, então disse:
- Pode!
SEBASTIAN! - gritou ele- Leve-a para os seus aposentos!
Um homem
corcunda veio em direção a mim, ele era tão feio que eu me assustei mais com
ele do que com os vampiros, esticou a mão em minha direção e levou- me ao
quarto onde eu acordei:
- A
senhorita pode descansar o tempo que for! - disse ele se curvando a mim
-
Obrigada, senhor! - falei educadamente
-
Senhor!? - admirou-se ele com lagrimas nos olhos- Ninguém me tratou tão bem
como a senhorita! Sempre sou tratado como lixo! - ele foi em direção a porta e
a fechou, parecia ter medo de falar de mais e eu me comovi com o que ele
dissera.
Fiquei
no quarto pensando em tudo que o Conde me disse e tudo fazia sentido, ele não
estava mentindo, mas eu precisava sair daquele local, mas minha varinha não
estava sobre meus poderes. Adormeci...
- Lucia!
Acorda! - eu acordei bem sonolenta e vi que era Hades na minha frente, aqueles
olhos negros penetrantes nunca me fiserá bem, eles me hipinotizavam.
Levantei-me, eu acordei um tanto descabelada:
- Fala
Hades! - falei amarrando meu cabelo
- Vamos!
Eu vou te levar embora daqui! - disse ele
- Não
estou entendo mais nada! - Falei sendo puxada por ele
- Eu sou
obrigado a fazer as coisas para o meu pai, mas eu não queria te buscar e aqui
você corre muito perigo!
- Mas
ele precisa de mim! - falei tentando me convencer de que estava tudo bem, mesmo
querendo ir embora, eu queria saber mais coisas antes de ir.
- Não!
Ele contou algumas mentiras, nem tudo o que ele disse é verdade e o que eles querem
é mata-la! - ele me entregou a varinha- Toma! Agora vá embora!
- Mas
como vou? - perguntei- Não sei desaparecer ainda!
- Toma!
Coloca essa capa e diga o lugar para onde quer ir! Essa capa é a que nós usamos
para aparecer e desaparecer nos lugares!
Eu
coloquei a capa e disse com exatidão: "Magiscovs!" . Tudo ficou
girando, depois pareceu que eu tinha ficado em mil pedaços e depois... BUM! Eu
cai!
Assim
que tirei a capa percebi que tinha caído na grama da escola, aos pés do Deus
Dumber. Levantei-me rápido e peguei a capa. Subi as escadas do castelo. As
portas se abriram eu vi o mestre atrás dela, junto com minha avó:
- Eu vi
você chegando e vim recebe-la- disse ele calmamente, como se eu tivesse ido a
um passeio
- Vovó!
- eu abracei a minha avó, que naquela hora não deixou de me abraçar.

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