Personagens deste capítulo
Alberto
Alice
Brenda
César
Cristina
Felipe
Fredy
Guto
Helena
Henrique
Rúbia
Sérgio
Silvana
Tânia
Vera
Participação Especial
Capangas
CENA 01. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT.
DIA.
Continuação
do capítulo anterior. Rúbia interroga Brenda e Guto.
RÚBIA: - Então? Vocês
não vão me dizer sobre o que estavam conversando? Sobre o que seria impossível?
GUTO (nervoso):- Eu
estava contando pra Brenda que... que... – diz Guto.
RÚBIA: - Vamos, fala
Guto! – diz Rúbia
BRENDA: - Ele estava
me contando que vai ter uma festa com um show da Ivete Sangalo aqui em Praia Real. – diz
Brenda.
RÚBIA (aos risos,
indo para dentro de casa): - A Ivete aqui no meio dessa gente? É de não
acreditar mesmo!
Guto
e Brenda se olham aliviados.
CENA 02. CASEBRE. INT. DIA.
Sérgio
está arrumando suas coisas quando cinco homens entram no local.
SÉRGIO
(surpreso/desconfiado): - Quem são vocês? O que querem aqui?
Os
homens partem para cima de Sérgio, que não consegue se defender e é agredido
fortemente com socos e pontapés pelos capangas de Felipe.
CENA 03. ESTRADA RIO DE JANEIRO-PRAIA REAL.
TÁXI. INT. DIA.
Henrique
e Silvana estão no táxi, felizes, trocando beijos, carícias e apreciando as
belas paisagens, num lindo dia de sol, indo para Praia Real.
CENA 04. CASEBRE. INT. DIA.
Após
apanhar, Sérgio fica sem forças, deitado no chão. Os capangas começam a
espalhar álcool por todo o local. Um deles acende um fósforo e põe fogo no
casebre. Os capangas vão embora. Sérgio, vendo o local em chamas, consegue, com
muito esforço, sair do casebre.
CENA 05. CASEBRE. EXT. DIA.
Sérgio
observa, com sofrimento, o casebre ser tomado pelo fogo, inteiramente. Sérgio
desmaia.
CENA 06. CASA ALBERTO. SALA. INT. DIA.
Tânia
está na sala quando chega uma correspondência. Ela abre o documento.
TÂNIA: - Telegrama da
Marina...
Tânia
lê o telegrama e fica com expressão irritada.
TÂNIA: - Aquela
idiota está chegando... E quer que o papai a espere no aeroporto? Coitadinha...
Vai ficar mofando lá! (riso irônico)
Tânia
rasga o telegrama e põe no lixo.
CENA 07. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT.
DIA.
Enquanto
atende no caixa, Rúbia conversa com Brenda.
RÚBIA: - Hoje a noite vai ser especial.
BRENDA: - Especial por quê?
RÚBIA: - O César, meu namorado, vem jantar aqui em casa. Vamos
oficializar o nosso namoro.
Brenda
fica sem reação perante Rúbia.
BRENDA (sem jeito): - Que bacana Rúbia. Realmente vai ser uma
noite especial...
RÚBIA: - Vai sim... Tudo bem que a nossa casa é um é um local de
grandes luxos, digno para o César colocar os pés, mas vai ser bom, pra ele
conhecer bem a família.
BRENDA: - E você falou em oficializar o namoro?
RÚBIA (mentindo): Sim! E eu pensando que estava indo rápido
demais, mas ele insistiu...
Brenda
fica triste, mas tenta esconder.
CENA 08. BEIRA DA PRAIA. EXT. DIA.
Na
praia, Fredy e Lílian auxiliam os moradores da prainha durante a coleta de lixo
realizada na beira do mar. De repente, os dois são abordados por três homens.
HOMEM 01: - Vocês só estão dando problemas pra nós...
LÍLIAN: - Desculpa meu senhor, mas não estou entendo que problema nós
poderíamos causar?
HOMEM 02: - Esse negócio de fiscalização de barcos, de material.
FREDY: - É o nosso trabalho auxiliar na fiscalização da pescaria aqui
na prainha. Aqui é uma área de preservação.
HOMEM 03: - E é o nosso trabalho também pescar tudo quanto é peixe por
aqui.
HOMEM 01: - E se vocês continuarem com essas papinhos de fiscalização, a
gente vai ter que ter uma conversa um pouco mais séria.
Lílian
olha assustada para Fredy.
HOMEM 02: - Espero que estejamos entendidos.
Os homens se afastam e vão embora.
LÍLIAN (com medo): - Ai Fredy, e agora? O que a gente faz?
FREDY: - Vamos até a polícia ambiental.
Os dois se olham apreensivos.
CENA 09. BEST FISH. SALA DE REUNIÕES. INT.
DIA.
Alberto,
Leandro e Felipe discutem sobre os projetos da empresa.
LEANDRO: - Fechamos um grande negócio. Agora é planejar e trabalhar
cada vez mais para manter esse contrato por bastante tempo.
ALBERTO: - Mas isso é claro! Não podemos pisar na bola agora...
LEANDRO: - Afinal, dez milhões de dólares é bastante dinheiro.
FELIPE: - Sem dúvida. Mas eu estou tranqüilo, pois a Best Fish é uma
empresa experiente neste tipo de negociação. Não vamos nos dar mal...
Neste instante, o
telefone de Felipe toca. Ele observa quem está ligando e pede licença para
atender. Felipe vai até um canto da sala e fala ao telefone, em tom baixo.
FELIPE: - Alô.(T)Conseguiram fazer o serviço? (T)Ótimo. Muito bom! (T)
Isso, isso mesmo...(T) Nos encontramos no local combinado. Até mais.
Felipe abre um sorriso de satisfação por
ter conseguido realizar seu plano.
CENA 10. FRENTE CASA HENRIQUE. EXT. DIA
Henrique
e Silvana chegam em Praia Real.
SILVANA (contente): - Praia Real, estou de volta!
HENRIQUE: - Essa terra linda! Paraíso!
SILVANA: - Já estava morrendo de saudade da minha casa, das minhas
coisas!
HENRIQUE: - Amanhã mesmo eu vou até a companhia saber como andam as
coisas.
Os dois estão
carregando as bagagens, quando Diogo se aproxima e cumprimenta os amigos.
SILVANA (abraçando Diogo): - Que bom revê-lo, Diogo! VocÊ está lindo,
hein? Bonitão! (risos)
DIOGO: - O que é isso, Silvana... São seus olhos... (risos)
HENRIQUE: - Ei, ei! Assim eu vou ficar com ciúmes! (risos)
DIOGO: - Então deixa eu me redimir, ajudando vocês com as malas!
Diogo ajuda Henrique
e Silvana com as bagagens.
CENA 11. TRANSIÇÃO DO TEMPO. ANOITECER / BEST
FISH. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE
Imagens
de Praia Real ao anoitecer. Corta para Alberto e Felipe se despedindo de
Leandro no estacionamento da Best Fish. Leandro vai em direção ao seu carro
quando é abordado por Mônica.
MÔNICA (maliciosamente): -Já vai, chefinho?
LEANDRO: - Sim, já está na minha hora, não é?
MÔNICA: - Não, não, não! Hoje você vai fazer hora extra!
LEANDRO: - Como assim?
A moça abre o
sobretudo e mostra que está apenas com uma lingerie vermelha, totalmente
sensual.
LEANDRO (impressionado): - Mônica!
MÔNICA: - O que foi Leandro? Não gostou da surpresinha?...
LEANDRO (tentando resistir à tentação) - Você é louca!
MÔNICA (agarrando Leandro): - Louca por você, chefinho!
O telefone de Leandro
toca, mas Mônica o pega e desliga o aparelho.
CENA 12. CASA TOMÁS. SALA DE ESTAR. INT.
NOITE.
Vera
tenta ligar para o celular de Leandro, mas estranha não conseguir falar com
ele. Nesse instante, Patrícia e Tomás chegam em casa.
VERA:
- Que bom que vocês chegaram. Precisamos conversar.
Patrícia e Tomás se
olham.
CENA 13. AVENIDA MOVIMENTADA. CARRO ALBERTO.
INT. NOITE.
Alberto
e Felipe estão no carro à caminho de casa.
FELIPE: - Ah, tio! Lembrei de uma coisa!
ALBERTO: - O que foi Felipe? Esqueceu algo na empresa?
FELIPE; - Não, não... Eu precisava ir até o shopping pagar uma
conta...
ALBERTO: - Não tem problema, eu te levo lá. Que shopping é?
FELIPE: - No shopping das Américas
ALBERTO: - Vamos pra lá então.
CENA 14. SHOPPING. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE
Felipe
sai do carro com sua maleta. Alberto fica esperando ele no carro.
CENA 15. CASA TOMÁS. SALA DE ESTAR. INT.
NOITE.
Vera
conversa com Tomás e Patrícia.
PATRÍCIA (preocupada): - Aconteceu alguma coisa com a minha mãe?
VERA:
- Não, sua mãe está bem, está dormindo. Ela passou o dia na cama, recuperando
as forças.
TOMÁS: - Mas então, o que quer falar com nós, Vera?
VERA:
- Vocês não acham estranho esse comportamento da Cristina? Essa mudança
repentina de temperamento?
PATRÍCIA: - É realmente estranho... Eu nunca vi minha mãe agir daquela
maneira...
VERA:
- Eu não quero afirmar nada, mas acho que ela vai precisar de alguma ajuda.
TOMÁS: - Você está dizendo que a Cristina está ficando louca?
VERA:
- Claro que não, Tomás! Você sabe que não é isso, mas esse tipo de
comportamento, de reação, não é normal! Você há de concordar comigo.
PATRÍCIA: - Talvez a tia Vera tenha razão, pai. Essa foi a primeira vez
que aconteceu, mas a gente não sabe se pode ocorrer novamente...
TOMÁS (olhando o jardim pela janela)- Essa não foi a primeira vez...
CENA 16. SHOPPING. ESTACIONAMENTO. INT.
NOITE.
Alberto,
dentro do carro, percebe que Felipe esqueceu sua carteira no banco do carro.
ALBERTO: - A carteira do Felipe! Esqueceu aqui... Vou levar para ele.
Alberto
sai do carro e entra no shopping para levar a carteira de Felipe.
CENA 17. CASA ALBERTO. QUARTO CÉSAR. INT.
NOITE.
César
se arruma no quarto para o jantar na casa de Rúbia. Tânia entra no local.
TÂNIA: - Já vai sair novamente, César? Ultimamente você não tem
estado com sua família! É o dia inteiro naquele projeto ambiental, só chega em
casa para dormir...
CÉSAR: - Desculpa mãe, mas minha vida está corrida!
TÂNIA (sentando-se na cama): - Corrida como? Não me diga que aquele
projeto dá mais trabalho que a empresa do teu pai. Até porque, se você
estivesse trabalhando com ele...
CÉSAR: - Mãe, essa história novamente não!...
TÂNIA: - Tudo bem. Posso saber pelo menos aonde você vai?
CÉSAR (arrumando-se em frente ao espelho): - Jantar na casa da minha namorada.
TÂNIA: - Namorada?! Você está namorando e nem me diz nada, César?!
Meu Deus! Que consideração com sua mãe!... Mas me fala sobre ela, de qual
família pertence? Dos Albuquerque? Dos Souza Leão?
CÉSAR: - Vou saindo! Beijos! – diz César, indo embora.
TÃNIA: - César! Me responda pelo menos se ela é rica!... César
namorando... Espero pelo menos que a moça corresponda às minhas expectativas,
porque o que anda de vadias dando golpes por aí...
Nesse
instante, Olga entra no quarto.
OLGA (debochando): - Falando sozinha, dona Tânia?
TÂNIA: - Sim, eu estava... Ah, não é da sua conta, criada!
Tânia sai do quarto e Olga fica a arrumar
as roupas de César.
CENA 18. CASA HENRIQUE. COZINHA. INT. NOITE.
Silvana
prepara o jantar, enquanto Henrique entra na cozinha, recém saído do banho,
apenas de roupão. Ele abraça Silvana por trás, enquanto ela cozinha. Ela se vira e os dois se beijam
calorosamente.
Entre
abraços e beijos ardentes, Silvana retira os utensílios de cima da mesa.
Henrique a coloca sobre a mesa, tirando a blusa dela. Aos beijos, os dois fazem
amor em cima da mesa.
CENA 19. CASA PETRÔNIO. QUARTO MATHEUS. INT.
NOITE.
Helena
discute com Matheus.
HELENA: - Eu não quero saber de você andando com essas raparigas daqui
da praia, Matheus!
MATHEUS: - Eu não ando com ninguém, mãe! Ta enchendo meu saco por quê?
HELENA: - Porque hoje uma dessas largadinhas esteve aqui para entregar
sua carteira...
MATHEUS (surpreso): - Ela veio até minha casa...
HELENA: - Ah, então você conhece essa garota!
MATHEUS: - Não mãe! A gente se viu apenas uma vez e...
HELENA (interrompendo Matheus): - Sim, e ela já ficou com a sua carteira!
Meu Deus, onde nós chegamos?!
MATHEUS: - Não faz drama, mãe!
Nesse
instante, Petrônio escuta a discussão no corredor. No quarto, Helena questiona
Matheus:
HELENA: - Meu filho, me responda uma coisa: vocês transaram? Com
camisinha? Por favor, me responda! Porque eu não quero ver você dividindo seu
dinheiro com uma vadia, dando seu dinheiro para uma biscateira, para uma
vaga...
MATHEUS (bravo, interrompendo Helena): - Chega mãe! Chega!
HELENA (assustada): - Calma meu filho...
MATHEUS: - Chega dessa paranóia, dessa história, chega! Eu estou
cansado disso tudo, dessa sua cobrança...
HELENA: - Matheus, eu só quero o seu bem...
MATHEUS: - Você só quer o dinheiro. Você só pensa no dinheiro. A tua
vida é o dinheiro!
HELENA: - Não é verdade meu filho!
MATHEUS: - É verdade sim! Você só gosta das pessoas pelo o que elas tem
por fora, e não pelo o que elas realmente são. E aquelas que você não consegue
tirar nada, você despreza, não ajuda a crescer... Descarta logo do seu mundo,
como fez com o meu pai.
HELENA: - Chega Matheus! Eu não quero falar daquele traste!
MATHEUS: - Pois é nessas horas que eu sinto falta dele... (saindo do
quarto às pressas).
Helena
sai do quarto rápido, chamando por Matheus, mas é detida por Petrônio:
PETRÔNIO (segurando Helena pelo braço): - Chega Helena! Deixe o garoto viver a vida
dele!
HELENA: - Ele me disse que eu só penso em dinheiro! Uma mentira, pai!
Eu só quero o bem do meu filho...
PETRÔNIO: - Será que ele mentiu mesmo ao dizer isso?
HELENA: - Você também está achando que...
PETRÔNIO: - Pense Helena. Pense para não sufocar ainda mais seu filho...
Petrônio
sai, deixando Helena pensando, sozinha.
CENA 20. BEIRA DA ESTRADA. FRENTE CASEBRE.
EXT. NOITE.
Sérgio
acorda zonzo, e com dores pelo corpo, enquanto o casebre se encontra em cinzas.
CENA 21. SHOPPING. PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO. INT.
NOITE.
Alberto
avista Felipe reunido com os quatro capangas, dividindo uma grande quantia de
dinheiro. Alberto se aproxima.
ALBERTO: - Que conta é essa que você veio pagar com esses rapazes,
Felipe?
Felipe
fica surpreso ao ver Alberto.
CENA 22. CASA BRENDA. SALA. INT. NOITE.
Rúbia,
ansiosa, Matilde e Joaquim aguardam César.
RÚBIA: - Você já fez tudo, vovó? Está tudo pronto? Tudo bom mesmo?
MATILDE: - Mas claro que está, minha filha!
JOAQUIM: - Pra quê essa aflição toda?
RÚBIA: - Não é aflição, vovô... É ansiedade! Meu namorado vem aqui na
minha casa, ele é bonito, é rico, tem que estar tudo ótimo pra ele!
MATILDE: - Mas o que importa mesmo, Rúbia, é que ele tem bom coração,
minha filha...
JOAQUIM: - É mesmo. Coisa rara hoje em dia, existirem rapazes tão bons,
simpáticos, atenciosos, como ele.
RÚBIA: - Ele é único mesmo, vovô. Por isso que é meu namorado!
Nesse
instante, a campainha toca.
RÚBIA: - Ai meu Deus! Deve ser ele!
Rúbia
vai atender. Ela abre a porta. É César, que chega para o jantar.
FIM DO CAPÍTULO

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