segunda-feira, 4 de maio de 2015

Capítulo 5: Mar da vida

Personagens deste capítulo


Alberto
Brenda
César
Cristina
Diogo
Felipe
Fredy
Helena
Henrique
Joaquim
Leandro
Lílian
Matheus
Matilde
Mônica
Olga
Patrícia
Petrônio
Rúbia
Sérgio
Silvana
Tânia
Tomás
Vera



Participação Especial
Homens suspeitos







CENA 01. CASA BRENDA. SALA. INT. NOITE.

Continuação do capítulo anterior. Rúbia atende a porta e recepciona César.

RÚBIA (contente): - César, meu amor! Não via a hora de você chegar! – diz Rúbia
CÉSAR: - Trouxe bombons. (entregando a caixa para Rúbia).
RÚBIA: - Meu amor, não precisava! (beijando César). – Vovó, César chegou!
MATILDE (entrando na sala): - Olá querido! Como vai?
CÉSAR: - Tudo bem dona Matilde, e a senhora?
MATILDE: - Vou bem, graças a Deus! Só não repara o meu estado, pois estou lá na cozinha preparando a comida!
CÉSAR: - Hum... Pelo aroma deve estar uma delícia!
JOAQUIM (entrando na sala): - Minha esposa é uma cozinheira de mão cheia, rapaz!
CÉSAR: - Olá “Seu” Joaquim, tudo bem com o senhor?
JOAQUIM (sentando-se no sofá): - Tudo bem, meu filho... Vou levando a vida... Às vezes me sentindo uma criança, com tanta gente me cuidando, paparicando...
MATILDE: - Nunca vi homem tão teimoso!
JOAQUIM: - Um velho lobo do mar não consegue ficar parado!...

Nesse instante, Guto entra na sala e tenta disfarçar o desconforto ao ver César.

RÚBIA: - O que foi Guto? Tá parado aí por quê?
GUTO: - Eu vim trazer as verduras que dona Matilde pediu.
MATILDE (pegando as sacolas): - Obrigada Guto.
GUTO (saindo): - Com licença.
JOAQUIM: - Ei, Guto! Não vai ficar para o jantar?
RÚBIA (rapidamente): - Não! Ele não vai ficar!
JOAQUIM: - Por que não?
RÚBIA (olhando fixamente para Guto): - Ele tem outro compromisso... Com os rapazes do futebol, não é Guto?
GUTO (entendo a intenção de Rúbia): - É sim. Fica para outra vez. Com licença, bom jantar para vocês.

CENA 02. SHOPPING. PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO. INT. NOITE

Alberto questiona Felipe.

ALBERTO: - Então Felipe, o que você me responde sobre isso?
FELIPE (surpreso/nervoso): - Tio Alberto?
ALBERTO: - Você parece um tanto surpreso, assustado... Estou atrapalhando alguma coisa?
FELIPE: - Não, não... Esses caras são... Eles são os donos do apartamento que eu ia comprar, lembra?
ALBERTO: - Ah, sim, lembro...
FELIPE: - Pois então, nós marcamos aqui, porque os rapazes ainda não desocuparam o imóvel, estão na correria devido outros compromissos, enfim...
ALBERTO: - Certo... E o contrato, os documentos? Já está tudo acertado, pois não vejo nada...
FELIPE (disfarçando): - Sim! Já acertamos tudo, só faltava eu dar essa outra parcela do pagamento...

Felipe finge terminar de entregar o pagamento e vai embora com Alberto. Os dois entram no carro.

ALBERTO: - Por que não me disse que iria pagar o apartamento? Eu poderia ter te emprestado dinheiro.
FELIPE: - Capaz tio, não era preciso...

CENA 03. CASA TOMÁS. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.

Tomás conversa com Vera e Patrícia.

TOMAS: - Essa não foi a primeira vez que a Cristina teve uma crise.
PATRÍCIA: - Não foi?
VERA: - A partir de quando então?
TOMÁS: - Desde aquela temporada de três meses na Espanha... Foi uma crise muito forte. Eu não sabia o que fazer, como controlá-la...

Tomás continua contando para Vera e para Patrícia sobre a crise de Cristina.

CENA 04. RIO DE JANEIRO. NOITE / APTO SÔNIA. SALA. INT. NOITE.

Imagens do Rio de Janeiro à noite. Corta para apartamento de Sônia, que finge um mal estar.

SÔNIA (sentando no sofá): - Nossa, que mal estar...
ADRIANO: - Está tudo bem, meu amor?
SÔNIA: - Não muito... Estou me sentindo um pouco zonza...
ADRIANO: - Vou chamar um médico!
SÔNIA: - Não, não precisa não...
ADRIANO: - Mas você não está bem!
SÔNIA: - Eu só preciso descansar um pouco... (levantando do sofá) Eu vou pro quarto.

     Adriano acompanha Sônia até o quarto.

CENA 05. BEST FISH. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE

Leandro e Mônica encontram-se deitados, extasiados após o encontro de luxúria. Leandro acorda e vê a hora.

LEANDRO (levantando-se rapidamente): - Minha nossa, já é tarde!
MÔNICA: - Meu Deus, perdi a noção do tempo!
LEANDRO (arrumando a roupa): - Do tempo e do juízo, não é, dona Mônica?
MÔNICA (vestindo-se): - Só eu, doutor Leandro? O que um não quer, dois não fazem...

Os dois terminam de se arrumar, se despedem com um beijo e vão embora.

CENA 06. CASA BRENDA. QUARTO BRENDA. INT. NOITE.

Brenda conversa com Alice no quarto.

ALICE (chorando): - Eu fui com toda bondade devolver a carteira do filho dela e aquela mulher me tratou como se eu fosse uma prostituta, golpista!
BRENDA: - Nossa, Alice! Que mulher cruel!
ALICE:- Ela me disse tanta coisa ruim, Brenda! Me senti um lixo...
BRENDA: - Não fique assim amiga. Esquece, deixa essa mulher pra lá. Ela ao reconheceu a tua honestidade. A vida vai ensinar ela a respeitar as pessoas...

Brenda abraça Alice, consolando a amiga.



CENA 07. APTO VERA. QUARTO VERA. INT. NOITE.

Após a conversa na casa de Tomás, Vera chega em seu apartamento e encontra Leandro, na cama.

VERA: - Leandro? Você já está em casa! Eu tentei ligar para você diversas vezes, mas você não atendeu o celular... Estava ocupado?
LEANDRO: - Sim, tivemos uma reunião de urgência bem no final do expediente. E essa reunião me deixou exausto. Depois da reunião, alguns funcionários até me convidaram para ir a um barzinho, mas eu decidi vir direto para casa...
VERA: - Isso sim é que é marido! Da casa para o trabalho, do trabalho para casa. Sem barzinho com outras mulheres em volta... (beijando Leandro). – Bem, vou tomar um banho e dormir, porque amanhã eu irei tomar conta da boutique sozinha...
LEANDRO: - E a Cristina, como está?
VERA (indo para o banheiro): - Já está um pouco melhor. Hoje conversei com o Tomás e com a Patrícia. Entramos num consenso de que a Cristina possa estar doente e precisando de ajuda...

CENA 08. CASA BRENDA. QUARTO BRENDA. INT. NOITE.

Rúbia entra no quarto de Brenda, que está conversando com Alice.

RÚBIA: - Brenda, venha jantar. O César já chegou.
BRENDA: - Sim, já estou indo.
RÚBIA: - Vamos logo! Vamos!
BRENDA: - Tudo bem, calma...

Brenda logo sai e quando Alice vai saindo do quarto, Rúbia a intercepta.

RÚBIA: - Aonde você vai, Alice?
ALICE: - Vou jantar também.
RÚBIA: - Não querida, hoje você não vai jantar aqui.
ALICE: - Que história é essa agora, Rúbia?
RÚBIA: - Hoje é um jantar de família. E a família aqui é eu, a Brenda e meus avós. E mais ninguém, entendeu? Por tanto, hoje você não janta conosco. Vai para a praia, num quiosque, tem comida barata no calçadão...
ALICE: - Tudo bem, eu já entendi... Não se preocupa, eu não vou atrapalhar a sua noite.
RÚBIA (abraçando Alice): - Ótimo. Por isso eu adoro você!

CENA 09. CALÇADÃO PRAIA REAL. QUIOSQUE. INT. NOITE.

Carvalho está bebendo quando enxerga Guto em uma mesa.

CARVALHO (bêbado): - Guto! Ô Guto! Tá fazendo o que aí?
GUTO: - Oi Carvalho... Hoje tem um jantar lá na dona Matilde. A Rúbia está oficializando o namoro para a família.
CARVALHO: - Para a família? Mas ninguém me disse nada! Ninguém me chamou!
GUTO: - É melhor você não ir lá, Carvalho. Você e a Rúbia não se dão bem. Ainda mais você nesse estado...
CARVALHO: - Como não vou? Eu sou o pai dela! E que estado você está falando? Eu estou totalmente são e sóbrio...

Carvalho pede para o garçom fechar sua conta e vai para casa de Rúbia.

CENA 10. CALÇADÃO PRAIA REAL. EXT. NOITE.

Alice está dando uma volta pela praia para relaxar. Enquanto caminha pelo calçadão iluminado, ela esbarra em Matheus.

ALICE (surpresa): - Matheus!

Os dois se olham profundamente.

CENA 11. CASA ALBERTO. SALA DE JANTAR. INT. NOITE.

Alberto, Felipe e Tânia terminam o jantar.

ALBERTO (saindo da mesa): - Bom, eu vou me retirar. Boa noite para vocês!
TÂNIA: - Boa noite querido! Logo estarei subindo também.
FELIPE: - Boa noite tio.

Alberto sai e Felipe e Tânia conversam.

FELIPE: - Dei um jeito nele.
TÂNIA: - Nele quem?
FELIPE: - No traste do Sérgio!
TÂNIA (alegre/curiosa): - O que você fez com seu pai?

Nesse instante, Olga escuta a conversa.

FELIPE: - Ele não é meu pai, é um encosto... Eu dei um susto nele, para ele parar de encher o saco.
TÂNIA (contente): - Felipe... Estou boquiaberta com sua atitude!
FELIPE (aos risos): - Mandei dar uma surra nele e ainda pôr fogo no barraco... Ele agora vai morar na rua!
TÂNIA: - Você aprendeu bem os meus truques, hein, sobrinho! (aos risos, erguendo a taça à um brinde para Felipe).

Os dois brindam o feito de Felipe, enquanto Olga fica horrorizada com o que aconteceu.

CENA 12. CALÇADÃO PRAIA REAL. EXT. NOITE.

Sentados em um banco no calçadão, Matheus e Alice conversam.

MATHEUS: - Foi bom te ver novamente... Você já sabia meu nome?
ALICE: - Eu vi pelos seus documentos, na carteira que você esqueceu...
MATHEUS: - É mesmo! Obrigado, você foi muito bacana comigo.
ALICE: - Não precisa agradecer não. Só fiz o correto.
MATHEUS: - A gente podia se ver amanhã, no shopping. O que você acha?
ALICE: - Claro! Seria muito legal mesmo.

Os dois seguem conversando.

CENA 13. CASA BRENDA. SALA. INT. NOITE.

César, Matilde e Joaquim já estão sentados à mesa, quando Rúbia entra na sala com Brenda.

RÚBIA: - César, essa aqui é a Brenda, minha irmã.

César fica impressionado ao descobrir que Brenda é irmã de Rúbia. Brenda fica um pouco nervosa ao ver César, que fixa seu olhar na moça, admirando sua beleza. César se levanta do sofá para cumprimentar Brenda.

CÉSAR (beijando o rosto da moça): - É um prazer conhecê-la.
BRENDA (sem jeito): - Muito obrigada. Seja bem-vindo a nossa família.

Matilde convida a todos para irem à mesa jantar. Todos se servem da deliciosa comida preparada por Matilde.

CENA 14. RIO DE JANEIRO. APTO SÔNIA. QUARTO SÔNIA. INT. NOITE.

Sônia encontra-se deitada sobre a cama, ainda fingindo um mal estar, quando escuta Adriano falando ao telefone com Diogo.

ADRIANO: - Pois é Diogo, é isso mesmo. A Sônia não se sentiu muito bem.(T) Creio que nada de muito grave, mas é melhor não arriscar sair com ela não se sentindo bem. (T) Exato, por isso nós vamos ter que adiar a nossa ida para Praia Real, meu amigo.

     Sônia respira aliviada.

ADRIANO: - Ainda não sei quando iremos, mas qualquer coisa eu te aviso, com certeza...

CENA 15. CASA BRENDA. SALA. INT. NOITE.

Rúbia, César, Brenda, Matilde e Joaquim estão sentados à mesa, jantando, conversando, contando histórias. Menos Brenda, que se mantém quieta, sob os olhares de César. De repente, a campainha toca. Brenda vai atender e se surpreende.

BRENDA (surpresa):- Carvalho? !
CARVALHO: - Oi minha flor! Vim aqui participar da festa da família!
RÚBIA (tentando esconder sua irritação): - O que você está fazendo aqui?!

Rúbia reage apreensiva à presença de Carvalho em seu jantar.

CENA 16. APTO LÍLIAN. SALA. INT. NOITE.

     Fredy e Lílian conversam, bebendo vinho.

LÍLIAN: - Espero que dê tudo certo, viu... Estou com medo dessa situação.
FREDY: - Não há motivos pra temer. Tudo vai ficar sob controle.
LÍLIAN: - Ah é, e como você pode ter tanta certeza?
FREDY: - Porque nós fizemos aquilo que era correto fazer. Agora é deixar que a polícia faz o trabalho dela... enquanto isso, a gente bem que poderia aproveitar, né?
LÍLIAN: - Como assim, aproveitar?
FREDY: - Ah, eu e você, você e eu...
LÍLIAN: - Você só pode estar brincando, Fredy... Jásei, foi o vinho, você já está bêbado!
FREDY: - Deixa de ser boba, Lílian... Faz tempo já que eu estou na sua e você nem me dá bola...
LÍLIAN: - Acho que já está um pouco tarde, Fredy. É melhor você ir, amanhã eu pretendo estar cedo no projeto...
FREDY: - Tudo bem, vou deixar você descansar...

     Lílian o acompanha até a porta.

FREDY: - Boa noite.
LÍLIAN: - Boa noite, Fredy.

     Sem hesitar, Fredy rouba um beijo de Lílian.

LÍLIAN: - Você não tem jeito, não, hein!
FREDY: - Sonha comigo, princesa!
LÍLIAN: - Tchau, Fredy! (fechando a porta)

     Lílian fica um tanto balançada com o beijo de Fredy.

CENA 17. CASA BRENDA. SALA. INT. NOITE.

     Rúbia não gosta da presença de Carvalho no jantar.

RÚBIA: - Ninguém convidou você, Carvalho!
CARVALHO: - Pode me chamar de pai, Rúbia.
MATILDE:- Carvalho, você bebeu?
CARVALHO: - Foi só um pouco, só um pouquinho pra me alegrar!...
JOAQUIM: - Só um pouquinho? Estou vendo...
RÚBIA: - Não há festa nenhuma aqui e você já pode ir embora...
CARVALHO: - Não! Você não vai me apresentar o rapaz?
CÉSAR: - Olá! César, prazer.
CARVALHO: - César!... Muito prazer, sou Carvalho, o pai da Rúbia... (vira-se à Rúbia) Que feio filha, não convidar o seu pai para o jantar! Até parece que você não gosta de mim, tem vergonha...
JOAQUIM (mostrando irritação): - Agora chega, Carvalho! Já é tarde e está na sua hora.
CARVALHO: - “Seu” Joaquim, o senhor vai me colocar para fora da sua casa?
JOAQUIM: - Vou, se você insistir em atrapalhar a nossa noite!
BRENDA: - Calma vovô! Olha o coração!
CARVALHO: - Está bem, eu vou. Mas antes, eu quero um abraço da minha filha.
RÚBIA (desacreditada/irritada): - O quê?!
CARVALHO (emocionado): - Eu quero um abraço seu, minha princesa.
MATILDE: - Vamos Rúbia, abrace seu pai.

Rúbia fica visivelmente irritada com a situação. Mesmo não gostando, Rúbia abraça Carvalho, que chora.

CARVALHO: - Você é tudo para mim, minha filha. Você não sabe o quanto eu te amo...
RÚBIA (falando baixinho, para Carvalho): - Não me chama de filha, que eu não gosto! Pára com esse show barato e me solta, seu bêbado.

Carvalho solta Rúbia, se despede e vai embora.

JOAQUIM: - Desculpa César, o Carvalho é assim mesmo.
CÉSAR: - Não tem problema.
RÚBIA: - Eu estou morrendo de vergonha... (saindo para o banheiro).

Matilde vai atrás de Rúbia, consolá-la.

JOAQUIM: - Bom, eu também vou me retirar. Não repare não César, mas eu tenho que descansar. Seja bem-vindo à nossa família e boa noite.
CÉSAR: - Boa noite “Seu” Joaquim e obrigado!
JOAQUIM (saindo): - Boa noite Brenda. Durma bem minha filha.
BRENDA: - Boa noite vovô.

César e Brenda encontram-se a sós na sala.

BRENDA: - Bem, eu também vou me retirar. Boa noite César. (saindo)
CÉSAR (segurando o braço de Brenda): - A gente precisa conversar.

Os dois se olham.

CENA 18. CALÇADÃO PRAIA REAL. EXT. NOITE.

Matheus e Alice conversam.

ALICE: - Então, desde criança a dona Matilde me cria...
MATHEUS: - Nossa, Alice! Que história!... Mas você nunca pensou em procurar seus pais?
ALICE: - Não, nunca. Se eles me deixaram na porta de outra pessoa para criar e nunca mais voltaram, nem para saber notícias, é sinal que também não queriam saber de mim... Então eu não pretendo procurá-los. Minha referência de família é a dona Matilde, seu Joaquim, a Brenda, que é como uma irmã pra mim...
MATHEUS: - Que bacana. Desculpa ter perguntado por seus pais, é que como eu não sabia, então... Não queria deixar você envergonhada por isso ou coisa parecida.
ALICE: - Capaz, eu não me envergonho disso não. É a história da minha vida, não posso ter vergonha disso. E não me envergonho em dizer que quem realmente me criou e me fez a ser a pessoa que eu sou foram o seu Joaquim e a dona Matilde.
MATHEUS: - Bem, mas então Alice, você tem namorado?
ALICE (envergonhada): - Não, não tenho...
MATHEUS: - Ah, me desculpa. Não queria te deixar envergonhada novamente! (alisando o rosto da moça) apesar de que, você fica linda assim...

     Os dois se olham. Aos poucos, vão se aproximando, um do outro, até que se beijam, carinhosamente.

CENA 19. CASA TOMÁS. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.

Patrícia conversa com Tomás sobre a saúde de Cristina.

PATRÍCIA: - Será que a mamãe vai ficar bem?
TOMÁS: - Vai sim, filha. Ela vai... É só uma fase, vai passar...
PATRÍCIA: - Tenho medo que isso se repita e aconteça algo pior.
TOMÁS: - Não se preocupe. A sua mãe só teve um momento de stress alto, nada mais. Agora ela só precisa relaxar, descansar. Amanhã tudo vai estar bem.

Tomás abraça Patrícia e vai para o seu quarto dormir, enquanto a moça fica pensando em sua mãe, alisando uma fotografia onde as duas estão abraçadas e felizes.

CENA 20. CASA BRENDA. SALA. INT. NOITE.

César conversa com Brenda sobre a situação dos dois.

CÉSAR: - O destino nos pregou uma peça.
BRENDA: - Depois do que aconteceu, parece loucura. Eu é que fui boba em cair na sua lábia.
CÉSAR: - Ei! Eu não sabia que você era irmã da Rúbia!
BRENDA: - Mas já estava com ela quando a gente se beijou!
CÉSAR: - Brenda, você mexeu comigo! É uma coisa que eu não consigo controlar... Vai ser difícil te esquecer.
BRENDA: - Não dá César, eu não posso ficar com você! Vou estar traindo minha irmã!
CÉSAR: - Ela vai entender... As pessoas podem se apaixonar por outras mesmo estando namorando. Acontece!
BRENDA: - Eu sei, mas isso é errado. É arriscado!
CÉSAR: - Confia em mim?

Brenda olha fixamente nos olhos de César.

CÉSAR: - Você confia em mim?

Brenda abre um pequeno sorriso, indicando que sim, que confia nele. Nesse instante, Rúbia volta para sala, acompanhada por Matilde. César e Brenda disfarçam o contato.

CÉSAR: - Bom Rúbia, eu vou indo...
RÚBIA (decepcionada): - Já amor? Não é por causa do Carvalho, né?
CÉSAR: - Não, não... Já está tarde... Dona Matilde, o jantar estava ótimo!
MATILDE: - Obrigada meu filho! E apareça!
CÉSAR: - Pode deixar! Boa noite Brenda, foi um prazer te conhecer.
BRENDA: - Igualmente.

César dá um beijo em Rúbia, e vai embora.

RÚBIA (irritada): - Ele saiu por causa do Carvalho! Eu sabia!... Ele me paga, aquele verme, insuportável!
MATILDE: - Não fale assim Rúbia! O Carvalho tem seus defeitos, mas é seu pai! E o César foi sincero... Já está tarde mesmo.
RÚBIA (indo para o quarto): - O Carvalho me paga! Me paga!
MATILDE (tentando consolar Rúbia): - Rúbia!...
BRENDA: - Deixa vovó... Vamos dormir porque amanhã o movimento no restaurante é para ser grande! Deixa que eu ajudo a senhora a limpar tudo aqui.

Brenda ajuda a avó a limpar e organizar as coisas do jantar, mas também fica pensando em César.

CENA 21. CASA ALBERTO. QUARTO ALBERTO. INT. NOITE.

Tânia entra no quarto e encontra Alberto, ainda acordado, assistindo televisão.

TÂNIA: - Não dormiu ainda querido?
ALBERTO: - Veja você que eu me deitei na cama e perdi o sono... Mas eu também estava aqui pensando... Então o César está namorando?
TÂNIA (trocando de roupa): - Veja só... E não diz nada para nós, que somos a família!
ALBERTO: - Esses jovens... Deve ser namoro passageiro...
TÂNIA: - Não! Não é não! Ele já foi até jantar na casa dela! Será que é a filha do Solano Albuquerque? Aquela loirinha espevitada, mas que se veste num luxo só... Ou será a Rafaela Souza Leão? Que elegância é aquela moça...
ALBERTO: - Ou será alguém da prainha, do projeto ambiental?
TÂNIA: - Você está louco? Vire essa boca pra lá!
ALBERTO: - Tânia, o amor não escolhe classe social...
TÂNIA: - Não escolhe sozinho, mas se uma mãe lida e maravilhosa orientar seu filho, ele pode escolher melhor...
ALBERTO: - Será que ele vai escolher tão bem o amor dele como eu escolhi o meu?
TÂNIA: - Claro que sim, mas vai ser difícil, pois como eu, linda, bela, não há outra! (aos risos)

Tânia vai para o banheiro enquanto Alberto continua a acompanhar a TV.

CENA 22. TRANSIÇÃO DO TEMPO. PRAIA REAL. AMANHECER. / RIO DE JANEIRO. APTO SÔNIA. QUARTO SÔNIA. INT. DIA.

Imagens de Praia Real ao amanhecer. O mar, o calçadão, as pessoas caminhando. Corta para imagens do Rio de Janeiro. Pão de Açúcar, Corcovado. Corta para apto de Sônia. Adriano leva café na cama para Sônia.

ADRIANO: - Bom dia meu amor!
SÔNIA: - Bom dia, querido...
ADRIANO (arrumando a bandeja na cama): - preparei um maravilhoso café da manhã para você.
SÔNIA (fingindo): - Obrigada, mas eu ainda não estou me sentindo bem...
ADRIANO: - Mas você precisa se alimentar!
SÔNIA: - Eu sei, mas agora não desce nada não...

Adriano fica um pouco apreensivo.

CENA 23. CASA HENRIQUE. SALA. INT. DIA.

Henrique e Silvana tomam café da manhã.

SILVANA: - Eu estou tão feliz! Parece que a gente renasceu depois dessa viagem, dessa volta para casa...
HENRIQUE: - A partir de agora, nós viveremos numa eterna lua-de-mel.
SILVANA (olhando fixamente para Henrique): - Você me ama mesmo, Henrique?
HENRIQUE: - Por que essa pergunta agora? É claro que eu te amo!
SILVANA: - De verdade?
HENRIQUE: - Mais do que tudo nesse mundo! (beijando Silvana, apaixonadamente).

CENA 24. CENTRO PRAIA REAL. EXT. DIA.

Tânia dirige seu carro, andando pelas ruas mais chiques da cidade. Imagens de Tânia em diversas lojas chiques, fazendo compras. Lojas visivelmente destinadas à quem tem dinheiro. Tânia faz muitas compras.

Tânia, em seu carro, pára em um semáforo. Dentro do carro, ela ajeita algumas sacolas no banco de trás, quando é surpreendida por dois homens armados.

ASSALTANTE 01: - Isso é um assalto, madame!
TÂNIA (assustada): - O que é isso, o que está acontecendo?
ASSALTANTE 02: - Desde do carro perua, anda logo!

Tânia desce do carro assustada.

ASSALTANTE 01: - E não faz nenhum movimento não, hein!
ASSALTANTE 02: - Deita no chão! Deita no chão!

Tânia obedece aos assaltantes, deitando no chão, enquanto eles entram no carro e fogem, deixando a socialite em pânico na rua.


              FIM DO CAPÍTULO


Nenhum comentário:

Postar um comentário