Personagens deste capítulo
Adriano
Alberto
Alice
Bento
Brenda
Carvalho
César
Charles
Clarisse
Cláudia
Cristina
Diogo
Felipe
Fredy
Guto
Helena
Henrique
Joaquim
Lázaro
Leandro
Lílian
Marina
Matheus
Matilde
Mônica
Noêmia
Olga
Patrícia
Petrônio
Rogério
Rúbia
Sérgio
Silvana
Sônia
Tânia
Tereza
Tomás
Vera
Virgínia
Participação Especial
CENA
01. CASA BRENDA. SALA. INT. DIA.
Continuação
do capítulo anterior. Brenda e Guto socorrem Joaquim.
BRENDA: - Vovô?! Acorda! Fala comigo?! Vovô!
GUTO: - Vou ligar para o hospital!
BRENDA: - Rápido, Guto!
Guto
começa a discar no telefone o número do hospital, enquanto Brenda chora, com
Joaquim nos braços.
CENA
02. CENTRO PRAIA REAL. CASA LÁZARO. EXT. DIA.
Cláudia
e Lázaro chegam em sua nova casa.
LÁZARO (observando o imóvel): - Maravilhoso.
CLÁUDIA: - É uma bela casa, meu amor! Que
linda!
LÁZARO: - Realmente, estou surpreso. Não
pensei que fosse uma casa tão bonita.
TEREZA: - Por dentro deve ser mais linda
ainda.
Nesse
instante, Diogo se aproxima.
DIOGO: - Boa tarde!
LÁZARO: - Boa tarde.
DIOGO: - O senhor deve ser seu Lázaro Muñoz.
Os
dois se cumprimentam.
LÁZARO; - Essa daqui é minha esposa, Cláudia.
E esta é nossa acompanhante, Tereza.
DIOGO: - Muito prazer.
CLÁUDIA: - O prazer é meu.
DIOGO: - Eu sou Diogo, o diretor da
imobiliária que reservou o imóvel para vocês.
LÁZARO: - Então foi com você que eu falei?
DIOGO: - Isso mesmo. Bom, vamos entrando que
eu vou mostrar todo o imóvel para vocês. Tenho certeza de que fizeram uma ótima
escolha.
Todos
entram para ver o imóvel.
CENA
03. RESORT COSTA D’OURO. ESCRITÓRIO. INT. DIA.
Adriano
está no escritório, quando Sônia entra apreensiva no local.
ADRIANO: - O que foi Sônia?! Aconteceu alguma
coisa?
SONIA: - A Brenda acabou de me ligar! Meu pai
não está nada bem!
ADRIANO: - O que aconteceu com o seu Joaquim?
SÔNIA: - Eu não sei, mas ele está sendo
levado agora mesmo para o hospital! Eu preciso ir, Adriano!
ADRIANO: - Mas eu vou com você agora mesmo!
Vamos lá!
Os dois saem da sala apressados.
CENA
04. AMBULÂNCIA. INT. DIA.
Brenda e Guto acompanham Joaquim
dentro da ambulância. Brenda está visivelmente abalada. Guto tenta consolá-la.
CENA
05. TRANSIÇÃO DO TEMPO. ANOITECER. / HOSPITAL SÃO MARCOS. SALA DE ESPERA. INT.
NOITE.
Imagens
de Praia Real ao anoitecer. Corta para a fachada do hospital são Marcos. Na
sala de espera, Brenda, Guto, Adriano e Sônia / Lorena aguardam notícias de
sobre o estado de saúde de Joaquim. De repente, Matilde entra na sala nervosa,
espantada, acompanhada por Alice.
MATILDE: - Onde está o Joaquim?! O que
aconteceu com ele?!
BRENDA: - Calma vovó, fique calma! O médico
já está atendendo ele.
MATILDE (chorando): - Meu Deus! Não deixe que
nada aconteça com meu Joaquim, por favor!
Sônia
/ Lorena se aproxima.
SÔNIA / LORENA: - Dona Matilde, vai ficar
tudo bem. Tenha fé.
MATILDE: - Obrigada pela força, Lorena.
As
duas se olham cúmplices.
BRENDA: - Obrigada, Lorena, por vir. Eu e o
Guto logo pensamos em vocês para nos acompanharem aqui...
SÔNIA / LORENA: - Não precisa agradecer,
Brenda. Faremos o possível para ajudar.
Nesse
instante, o médico entra na sala.
MÉDICO: - Os familiares de Joaquim Soares?
MATILDE: - Somos nós, doutor! Como está o meu
marido?
MÉDICO: - O estado dele é grave, minha
senhora.
Matilde
chora, se desespera. Sônia / Lorena e Alice a consolam.
BRENDA: - Como assim, doutor?
MÉDICO; - Ele sofreu um infarto. Não sei como
conseguiu chegar aqui com vida.
ADRIANO: - Mas ele vai ficar bem, não vai? Ou
terá alguma seqüela?
MÉDICO: - Isso eu não posso afirmar. A única
coisa certa é que ele precisará fazer uma cirurgia. Urgentemente.
Brenda
fica aflita.
CENA
06. LONDRES. APTO MATHEUS. INT. NOITE.
Matheus
está sentado à mesa, contando dinheiro. Porém, não se mostra muito esperançoso.
MATHEUS: - Será que com isso aqui eu consigo
comprar a passagem?...
De
repente, alguém bate à porta. Matheus rapidamente guarda o dinheiro.
MATHEUS (apreensivo): - Quem é?!
Do
lado de fora, Natanael responde.
NATANAEL: - Sou Matheus, Natanael. Abre aí.
Matheus
recepciona Natanael.
MATHEUS (abrindo a porta): - Entra aí cara!
NATANAEL (entrando no apto): - Valeu.
Desculpa vir sem avisar.
MATHEUS: - Nem esquenta... Mas você não pode
demorar muito aqui. O Willian pode aparecer a qualquer momento.
NATANAEL: - Fica tranqüilo, não vou demorar
não. Só vim te entregar isso.
Natanael
retira do bolso um maço de dinheiro e entrega para Matheus.
MATHEUS (surpreso): - O que é isso, Natanael?
NATANAEL: - Dinheiro, oras!
MATHEUS: - Mas para mim?
NATANAEL: - Claro cara! Pega aí!
MATHEUS: - Não, eu não posso aceitar isso...
De jeito nenhum!
NATANAEL: - Deixa de ser bobo e pega logo
esse dinheiro, Matheus! Eu sei que você vai ir embora e provavelmente deve
estar contando tudo quanto é moedinha por aí... É uma ajuda minha, de coração
mesmo. Quero que você consiga realizar seu plano e voltar pro Brasil.
Matheus
pensa um pouco, mas pega o dinheiro.
MATHEUS: - Vou aceitar sim... Mas olha só, eu
vou te pagar tudinho hein?
NATANAEL: - Não precisa se preocupar com isso
agora. Pensa no seu plano pra sair daqui. Aliás, quando você vai ir embora?
MATHEUS: - Amanhã mesmo. Já tenho tudo armado
aqui.
NATANAEL: - Ah, é mesmo? Conta aí!
Matheus
começa a falar sobre o seu plano de fuga.
CENA
07. MADRI. HOTEL. QUARTO CÉSAR / RÚBIA. INT. NOITE.
César
e Rúbia conversam.
RÚBIA: - Estou realizando um grande sonho
aqui, sabia? Sempre quis conhecer Madri. É tudo lindo!
CÉSAR: - É lindo mesmo. Eu já vim pra cá
outras vezes com meus pais. Mas isso faz muito tempo.
RÚBIA: - Não sei nem como te agradecer por
estar me proporcionando isso tudo. (se aproximando de César) Você é muito
especial para mim...
CÉSAR: - Não precisa agradecer não. É a sua
lua-de-mel.
RÚBIA: - A nossa lua-de-mel!... VocÊ precisa
aproveitar tanto quanto eu, não acha?
CÉSAR: - É, talvez sim...
RÚBIA: - Então, você não acha melhor
aproveitar comigo, aqui?
Nesse
instante, o celular de César toca. Ele vê a chamada.
CÉSAR: - É do Brasil.
RÚBIA: - Deve ser sua mãe querendo saber como
você está.
CÉSAR: - Não... Esse número é da Brenda.
RÚBIA: - Da Brenda?!
CÉSAR (atendendo o celular): - Alô? Brenda?
(T)
CÉSAR: - O que foi? O que aconteceu? Você
parece tensa...
(T)
CÉSAR (surpreso): - Como é que é?!
RÚBIA: - O que foi César?
CÉSAR (ao telefone): - Claro! Eu aviso ela
sim! Mas, a situação dele é grave?
RÚBIA: - Situação de quem, César?! Me fala!
CÉSAR (ao telefone): - Tudo bem. Fica
tranqüila. Abraço!
César
desliga o telefone.
RÚBIA: - O que foi César? O que aconteceu?
CÉSAR: - Seu avô. Sofreu um infarto e está
internado. O estado dele é grave.
RÚBIA (surpresa): - Ai meu Deus! Não pode
ser!
CÉSAR: - A Brenda está totalmente triste...
RÚBIA: - E você pelo visto já ficou louco
para estar ao lado dela, dando carinho, apoio, atenção...
CÉSAR: - Não é hora de ter ciúmes agora,
Rúbia! O assunto é sério!
Rúbia
se cala. César caminha de um lado a outro do quarto, pensativo.
RÚBIA: - O que foi? O que você está pensando?
CÉSAR: - Daquela vez que o seu avo passou mal
e ficou internado.
RÚBIA: - O que tem isso?
CÉSAR: - Lembra que eu emprestei dinheiro
para você? Para ajudar a sua família no tratamento dele...
Rúbia
fica sem reação.
CÉSAR: - Esse dinheiro daria para ajudar
agora... O que você fez com o dinheiro? Você guardou, não guardou?
Rúbia fica apreensiva.
CENA
08. CASA LÁZARO. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.
Cláudia,
Lázaro e Tereza conversam.
CLÁUDIA: - A nossa chegada ao Brasil está na
capa de todos os jornais.
LÁZARO: - Não poderia ser diferente, Cláudia.
A Ocean é uma grande empresa. Tem fama mundial... Não vejo a hora de encontrar
os responsáveis pela Best Fish. Ficar frente a frente.
CLÁUDIA: - Pra quê tudo isso?
LÁZARO: - Para mostrar que não somos fracos,
que temos tanto poder quanto eles!... E agora, com a Ocean instalada aqui em
Praia Real, na terra deles, eles sentirão a pressão e aos poucos, nós tomaremos
o mercado.
CLÁUDIA: - É bom ir com calma, Lázaro. Não
entendo muito de negócios, mas sei que as coisas não são tão fáceis assim.
LÁZARO: - Fáceis não são mesmo, mas eu não
preciso ficar vivendo na dificuldade. Posso muito bem transformar esse cenário
e reverter tudo a nosso favor.
TEREZA: - Seu Lázaro está confiante, não é
mesmo?
LÁZARO: - Tenho que estar, Tereza! Tenho que
estar! É a grande chance da Ocean de passar por cima da Best Fish... Bom, vou
subir, tomar um banho.
CLÁUDIA: - Faça isso mesmo.
Lázaro
sai.
CLÁUDIA: - Às vezes eu não gosto desse jeito
competitivo do Lázaro.
TEREZA: - Eu também fico surpresa, dona
Cláudia. Mas até gosto...
CLÁUDIA: - É preciso canalizar isso tudo,
Tereza. Senão as coisas fogem do controle... As vezes é preciso saber que não
se pode dar um passo maior do que as pernas conseguem...
CENA
09. APTO FELIPE. SALA. INT. NOITE.
Felipe
analisa as cópias do contrato assinado pela Best Fish com os espanhóis.
FELIPE: - Que beleza!... Tudo certinho!
Contrato assinado, duzentos milhões de euros... E uma boa parte para a minha
conta!
Felipe
fica pensativo.
CENA
10. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT. NOITE.
Sérgio
conversa com Virgínia e Carvalho.
CARVALHO: - O seu Joaquim? Internado?!
SÉRGIO: - Isso mesmo. Eu também fiquei
chocado. A Brenda e o Guto chegaram em casa e encontraram ele caído no chão.
VIRGÍNIA: - Sim, eles avisaram a Sônia e o
Adriano.
SÉRGIO: - Sônia?
VIRGÍNIA: - Sônia? Eu disse Sônia?!
SÉRGIO: - Disse... Pensei que o nome da
esposa do Adriano fosse Lorena.
CARVALHO: - Mas é Lorena. Virgínia deve estar
trocando os nomes de todo mundo. São tantas clientes na estética, não é?
(cutucando Virgínia)
VIRGÍNIA: - É mesmo!...
CARVALHO: - Bom, mas eles estão lá no
hospital, nós também vamos pra lá!
SÉRGIO: - Eu não posso sair daqui, preciso
cuidar do restaurante.
CARVALHO: - Claro, entendo. Então, vamos
Virgínia?
VIRGÍNIA: - Vamos sim!
Carvalho e Virgínia saem.
CENA
11 MADRI. HOTEL. QUARTO CÉSAR / RÚBIA. INT. NOITE.
César
questiona Rúbia sobre o dinheiro.
CÉSAR: - Então Rpubia? VocÊ guardou o
dinheiro no banco?
Rúbia fica calada.
CÉSAR: - Fala Rúbia! Me diz aí o número da
conta, pra Brenda poder retirar o
dinheiro para o seu avô.
RÚBIA: - Não posso.
CÉSAR: - Como assim não pode?
RÚBIA: - Eu não posso falar o número da
conta, senha, nada... Não posso dizer nada.
CÉSAR: - Mas porque não Rúbia? Que história é
essa agora? Seu avÔ está precisando de ajuda!
RÚBIA: - Eu sei, mas infelizmente ele não vai
poder contar com o dinheiro que você emprestou.
CÉSAR: - Por que não?
RÚBIA: - Porque... Porque eu gastei o
dinheiro.
César fica surpreso.
CÉSAR: - Você fez o quÊ?!
RÚBIA: - Eu gastei o dinheiro que você me deu
naquela vez.
CÉSAR: - Eu não posso acreditar nisso Rúbia!...
Gastou no quê?
RÚBIA: - No carro. Aquele carro que eu tinha,
eu não ganhei em sorteio nenhum, de loja nenhuma... Eu comprei com o dinheiro
que você me deu.
César fica totalmente surpreso
com as revelações de Rúbia.
CENA
12. APTO FELIPE. BANHEIRO. INT. NOITE.
Felipe
está tomando banho. CAM mostra a água correndo pelo corpo do rapaz.
CENA
13. SEQ. CENA 12. APTO FELIPE. QUARTO. INT. NOITE.
Felipe
está em frente ao closet, apenas de cueca. Está escolhendo a roupa para sair.
Pega uma calça, uma bela camisa. CAM foca nele, já vestido, colocando perfume
em frente ao espelho.
CENA
14. SEQ. CENA 13. BOATE GLS. EXT. NOITE.
Felipe
chega em frente a boate GLS. A movimentação é grande. Homens, mulheres,
travestis, drag queens. Felipe entra no local.
CENA
15. MADRI. HOTEL. QUARTO CÉSAR / RÚBIA. INT. NOITE.
César
discute com Rúbia.
CÉSAR: - Como você pode fazer isso, Rúbia!
Que insanidade!
RÚBIA: - Eu sei que eu errei, estou
arrependida por isso...
CÉSAR: - Você não pensa mesmo... Cada dia que
passa eu percebo que você é uma mentira. Pura mentira!
RÚBIA: - Mas se dinheiro é o problema, você
consegue mais, não consegue?
CÉSAR: - Farei o possível, é claro... Mas a
questão não é dinheiro e sim o seu caráter, a sua integridade! Você me enganou
desde sempre!
RÚBIA: - Desculpa, meu amor!
CÉSAR: - Eu não sou seu amor! Chega dessa
palhaçada!... Você acabou com o que restava ainda do respeito que eu tinha por
você. Ou que pelo menos eu estava tentando recuperar.
RÚBIA: - Não diga isso, César, por favor!
CÉSAR: - Arrume as suas coisas, Rúbia. Essa
brincadeira acabou aqui.
RÚBIA: - O que você quer dizer com isso.
CÉSAR: - Nós vamos embora daqui o mais rápido
possível e terminar com essa palhaçada!
Rúbia
se impressiona com a seriedade de César, porém não o contesta.
CENA
16. HOSPITAL SÃO MARCOS. SALA DE ESPERA. INT. NOITE.
Virgínia
e Carvalho encontram-se na sala de espera, junto com Matilde, Brenda, Alice,
Guto, Adriano e Sônia / Lorena.
VIRGÍNIA: - Quase que eu entrego você...
SÔNIA / LORENA: - Como assim?
VIRGÍNIA: - Falei que você se chamava Sônia
para o Sérgio.
SÔNIA / LORENA: - Virgínia!
VIRGÍNIA: - Mas fica calma, que o Carvalho
conseguiu contornar a situação.
SÔNIA / LORENA: - Ainda bem... Mas eu também
não vejo a hora de falar para todo mundo a minha verdadeira identidade, a minha
história...
VIRGÍNIA: - Calma, vai chegar a sua hora.
SÔNIA / LORENA: - Tenho medo que meu pai não
consiga ver essa momento, Virgínia.
Virgínia abraça Sônia / Lorena.
Num outro ponto, Carvalho conversa com Matilde e Brenda.
MATILDE: - Nós não temos como bancar essa
cirurgia. É muito caro e o plano de saúde não cobre.
BRENDA: - Fica calma, vovó. A gente vai
conseguir juntar dinheiro e tudo vai ficar bem.
CARVALHO: - Brenda, dona Matilde, dinheiro
não vai ser problema. Eu pago a cirurgia do seu Joaquim.
MATILDE: - Não Carvalho, imagina!
CARVALHO: - Dona Matilde, por favor!... Eu
não vejo outra saída senão fazer isso. Será uma forma de retribuir tudo o que
vocês fizeram por mim, pela Rúbia, pela criação dela, por tudo...
Matilde olha carinhosamente para
Carvalho.
CARVALHO: - Não precisa se preocupar. Eu vou
ajudar vocês.
MATILDE: - Você é homem especial, Carvalho.
Muito obrigada.
BRENDA: - Obrigada mesmo, Carvalho. Não sei
nem como agradecer.
CARVALHO: - Me agradeça dando apenas um
abraço, bem forte. União e força é o que mais precisaremos agora.
Brenda abraça Carvalho, que a
conforta.
CENA
17. BOATE GLS. INT. NOITE.
Felipe
está no balcão da boate, que está lotada. A música toca alta e as pessoas
dançam animadas. Felipe observa atentamente as pessoas até encontrar a drag
queen com quem conversou da outra vez que esteve no local. A drag vai se
aproximando do balcão.
DRAG QUEEN (ao barman): - Uma vodka, por
favor.
Felipe
se aproxima dela.
FELIPE: - Hoje você está deslumbrante.
DRAG QUEEN: - Obrigada pelo elogio...
(percebe que é o rapaz da outra vez). Ah, você por aqui? Pelo visto gostou do
local.
FELIPE: - Do local nem tanto, mas tem pessoas
que me atraem até aqui.
O
barman entrega a vodka para a drag, que toma um gole.
DRAG QUEEN: - Essa é da boa... Você quer?
FELIPE: - Não, obrigado.
DRAG QUEEN: - Então, quem é a tal pessoa?
FELIPE: - Você.
DRAG QUEEN (surpreso): - Eu?!...
FELIPE: - Aham, você mesmo.
DRAG QUEEN: - Meu programa é caro, hein
rapaz! E só transo com proteção.
FELIPE: - Não se preocupa, não é isso que eu
quero fazer com você.
DRAG QUEEN: - Ih... É o que então?
Felipe
entrega um bilhete para a drag.
FELIPE: - Aparece nesse endereço o quanto
antes, nos próximos dias.
DRAG QUEEN: - Seu endereço?
FELIPE: - É sim.
DRAG QUEEN: - E porque eu deveria ir?
FELIPE: - Tenho um assunto para tratar com
você. Acho que vale a pena você ir.
A
drag analisa o bilhete.
FELIPE: - Tem meu telefone aí. Qualquer
coisa, me liga.
Felipe
se retira. A drag fica pensativa.
CENA
18. HOSPITAL SÃO MARCOS. SALA DE CIRURGIA. INT. NOITE.
Joaquim
está na sala de cirurgia, sendo operado. Os médicos realizam os procedimentos
da cirurgia.
CENA
19. SEQ. CENA 18. HOSPITAL SÃO MARCOS. SALA DE ESPERA. INT. NOITE.
Matilde,
Brenda, Alice e Sônia / Lorena rezam, de mãos dadas. Adriano fica a
observá-las, juntamente com Virgínia e Carvalho.
CENA
20. TRANSIÇÃO DO TEMPO. AMANHECER / LONDRES. APTO MATHEUS. INT. DIA.
Imagens
de Praia Real ao amanhecer. Corta para Londres, já de dia. Corta para o apartamento
de Matheus. Willian entra no apartamento.
WILLIAN: - Bom dia Matheus! Vamos para a
faculdade?
Willian vai entrando no
apartamento, até o quarto de Matheus e retorna para a sala apreensivo.
WILLIAN: - Matheus! Você se escondeu? Isso
não tem graça!...
Willian percebe que em cima da
mesa há um bilhete. Ele pega o bilhete e lê.
WILLIAN (lendo o bilhete): - Reconquistei
minha liberdade. Adeus...
Willian fica surpreso.
WILLIAN: - Ele fugiu! Desgraçado!
Willian sai rapidamente do
apartameno.
CENA
21. SEQ. CENA 20. AEROPORTO LONDRES. SAGUÃO. INT. DIA.
Matheus
está na sala de embarque do aeroporto, juntamente com Natanael.
NATANAEL: - Vai lá cara. Já anunciaram seu
vôo.
MATHEUS: - Nem sei como te agradecer, cara.
Muito obrigado mesmo! De coração!
NATANAEL: - Vai na paz, cara! E pode deixar
que quando eu voltar para o Brasil eu visito você em Praia Real.
MATHEUS: - Fechado!
Os
dois se abraçam fortemente. Matheus pega sua mala e vai para a fila do
embarque. Natanael o observa de longe.
CENA
22. CENTRO PRAIA REAL. RUAS. EXT. DIA.
Carvalho
sai do banco e caminha pelas ruas do centro de Praia Real, quando esbarra em
uma mulher.
CARVALHO: - Desculpe!
Carvalho se impressiona. A tal
mulher é Cláudia.
CLÁUDIA: - Carvalho?!
CARVALHO: - Cláudia! Não posso acreditar!
Os
dois se olham profundamente.
CENA
23. HOSPITAL SÃO MARCOS. QUARTO. INT. DIA.
Joaquim
está no quarto, repousando. Matilde está com ele no quarto. Sônia entra no
local.
MATILDE: - Oi filha!
SÔNIA: - Como ele está mãe?
MATILDE: - Está bem, repousando. O médico
disse que ele vai ficar por uns dias aqui em observação.
SÔNIA: - Sim, é necessário que ele fique
mesmo. A cirurgia foi demorada. Mas vai ficar tudo bem.
MATILDE: - Se Deus quiser!... Você não tinha
que estar trabalhando agora?
SÔNIA: - Pedi uma licença para a Virgínia lá
na estética para visitar o papai. Você está sozinha aqui com ele?
MATILDE: - Não, estou com a Brenda.
Nesse
instante, Brenda entra no quarto, trazendo um copo com café.
BRENDA: - Lorena! Que surpresa!
SÔNIA / LORENA: - Olá Brenda, como vai?
BRENDA: - Vou bem... (a Matilde) Está aqui o
seu café, vovó.
MATILDE: - Obrigada, querida.
BRENDA: - Eu já vou indo para casa, vovó.
MATILDE: - Vá sim, minha querida. Eu ainda
ficarei por aqui.
BRENDA: - Mais tarde eu venho novamente.
SÔNIA / LORENA: - Pode ir descansada, Brenda.
Eu faço companhia para a sua avó.
BRENDA: - Obrigada, Lorena... Bom, vou indo
lá então. Diz para o vovÔ que eu deixei um beijo do tamanho do mundo para ele.
E que eu o amo muito.
MATILDE: - Isso ele sabe, e muito bem...
Brenda
abraça Matilde, se despede de Sônia / Lorena e vai embora.
SÔNIA: - Ela é uma menina de ouro!...
MATILDE: - É mesmo. É uma pessoa muito
especial.
SÔNIA: - Não vejo a hora de dizer para ela
que eu sou a mãe dela!
MATILDE: - Logo logo você poderá dizer isso,
minha filha. Deus está preparando esse momento para que seja bem especial. Para
você e para Brenda.
CENA
24. CENTRO PRAIA REAL. RUA. EXT. DIA.
Cláudia
e Carvalho se reencontram.
CARVALHO (surpreso): - Mal posso acreditar
que é você, Cláudia...
CLÁUDIA: - Se você não acredita, imagine
eu!...
CARVALHO: - Onde você esteve esses anos
todos?
CLÁUDIA: - Tratando de viver a minha vida,
assim como você tratou de viver a sua, não é mesmo?
CARVALHO: - Não tive outra alternativa.
Os
dois ficam a se olhar.
CARVALHO: - Vamos conversar em algum outro
lugar.
CLÁUDIA: - Agora eu não posso...
Nesse
instante, Tereza se aproxima de Cláudia, trazendo umas sacolas de compras.
TEREZA: - Estão aqui, dona Tereza. O vestido
é lindo!...
CLÁUDIA: - Obrigada, Tereza.
CARVALHO: - Por favor, Cláudia. É importante.
TEREZA: - Quem é esse sujeito, dona Cláudia?
CLÁUDIA: - Um amigo. Um amigo que há anos eu
não via... (vira-se para Tereza) Tereza, eu preciso conversar com esse meu
amigo, um assunto delicado, pessoal dele, enfim... Faça o seguinte, dê mais
umas voltas por aí, vá ao shopping, compre umas roupas novas para você...
(Cláudia retira dinheiro da carteira e entrega para Tereza). Quando eu terminar
minha conversa, ligo para você, ok?
TEREZA: - Tudo bem, dona Cláudia. Com
licença.
Tereza
sai.
CARVALHO: - Vamos então?
CENA
25. RESTAURANTE. INT. DIA.
Cláudia
e Carvalho conversam.
CLÁUDIA: - Eu conheci o meu marido, o Lázaro,
numa viagem para o Rio de Janeiro. E nós acabamos nos gostando, se amando...
CARVALHO: - E eu pensando que você estivesse
apaixonada por mim...
CLÁUDIA: - De fato eu estive apaixonada por
você. Mas paixão é uma chama que se você não souber mantê-la acesa, ela se
apaga. Foi o que aconteceu com nós dois.
CARVALHO: - Você foi embora sem nem ao menos
saber da sua filha. Nunca procurou a menina, nada!
CLÁUDIA: - Eu não poderia deixar de melhorar
a minha vida por causa de uma criança, Carvalho! Você sabe muito bem que eu
nunca desejei ter um filho!
CARVALHO: - Mas também não precisava
destratá-la como vocÊ fez!... Você abandonou a sua filha sem dó nem piedade,
Cláudia!
CLÁUDIA: - Não me culpe por um ato que você
também teve culpa!
CARVALHO: - Eu também tive culpa?!
CLÁUDIA: - Teve, claro que teve! Você também
nunca se preocupou em arrumar um emprego decente, ter uma vida digna... Vivia
sempre nos botecos, enchendo a cara, na boemia, na malandragem!... Você acha
que eu queria aquela vida para mim? Nunca!
Os
dois se encaram. Ficam em silêncio por um instante.
CARVALHO: - Dona Matilde e seu Joaquim
cuidaram dela.
CLÁUDIA: - Dona Matilde... Uma ótima pessoa.
Agora seu Joaquim, não podia nem me olhar que já vinha com quatro pedras na
mão...
CARVALHO: - Ele pensava que você estava
levando a Sônia para a mesma vida que você tinha.
CLÁUDIA: - A Sônia nunca foi dessa vida
não... Foi sim, uma grande amiga que eu tive e que guardo muito carinho. Mas eu
nunca, em momento algum, a fiz entrar para a prostituição... Você tem notícias
dela?
CARVALHO: - Voltou para Praia Real, casada,
feliz e fez as pazes com o pai.
CLÁUDIA: - Que bom. Fico feliz por ela.
CARVALHO: - Ela só não falou com a filha
dela, a Brenda. A menina não sabe que a mãe está viva. Nem ela e nem a nossa
filha.
CLÁUDIA: - Sua filha, Carvalho.
CARVALHO: - Nossa filha, Cláudia. Ela vai
saber de toda verdade.
CLÁUDIA: - Pra quê?! Não precisa estragar a
vida da menina desse jeito? Ela viveu todos esses anos sem saber da mãe, não
precisa saber agora!...
CARVALHO: - A vida dela não pode ser uma
farsa eternamente, Cláudia. Ela vai saber da verdade sim e quando isso
acontecer, você vai estar junto dela.
Cláudia
se levanta.
CLÁUDIA: - Nossa conversa termina por aqui.
Não quero viver do passado, Carvalho. Minha vida anda para frente. Se errei,
foi porque era preciso errar.
CARVALHO: - Mas você pode corrigir esses
erros e ser mais feliz, não acha?
Cláudia
sai. Carvalho fica na mesa, pensativo.
CENA
26. MADRI. HOTEL. QUARTO CÉSAR / RÚBIA. INT. DIA.
César
arruma suas malas. Rúbia observa.
RÚBIA: - César, eu não acredito que você vai
isso com a gente...
CÉSAR: - Fazer isso com a gente?! Não existe
a gente, Rúbia!... Eu é que não posso acreditar no que você fez com o seu avô,
na hora em que ele mais precisa!
RÚBIA: - Você fala como se eu fosse a culpada
dele ter tido esse problema de saúde!
CÉSAR: - Você não é a culpada por isso. Mas
poderia ter ajudado e muito com o dinheiro que eu te dei, se não tivesse
comprado aquele maldito carro... Como eu fui burro, meu Deus!
RÚBIA: - Não diga isso César. Para com essa
história boba, deixa essas malas... Há essa hora o meu avô já deve estar bem
cuidado e é capaz de nem ter sido nada tão grave assim.
CÉSAR: - Não vou parar com coisa nenhuma!...
E é bom você também começar a arrumar as suas malas. Nós vamos embora amanhã
mesmo.
Os
dois se encaram.
CENA
27. APTO FELIPE. SALA. INT. DIA.
Felipe
está sentado no sofá quando alguém bate à porta. Ele atende.
FELIPE: - Pois não?
OSVALDO: - Você não deve estar me
reconhecendo, até porque eu não estou montado... Sou a drag queen da boate.
Felipe sorri.
FELIPE: - Sabia que você iria vir.
OSVALDO: - Não posso negar que você me deixou
curioso ontem.
FELIPE: - Entre, por favor.
Osvaldo entra.
FELIPE: - Aceita um suco, café, água?
OSVALDO: - Não quero nada não, obrigado. Só
peço que não a nossa conversa não demore muito, pois tenho outros
compromisso...
FELIPE: - Claro, como quiser... Aliás, como
posso chamá-lo?
OSVALDO: - Osvaldo. Osvaldo Freire.
FELIPE: - Sente-se Osvaldo.
Osvaldo senta-se no sofá. Felipe
senta ao lado dele, já com o envelope as mãos.
FELIPE: - Eu vou direto ao assunto. Não quero
rodeios.
OSVALDO: - É melhor mesmo.
FELIPE: - Eu tenho aqui, nesse envelope, uma
cópia fiel de um contrato assinado por uma grande empresa com um grupo de
empresários espanhóis. Esse contrato contém um valor de duzentos milhões de
euros.
OSVALDO: - Duzentos milhões de euros? É muito
dinheiro!...
FELIPE: - Exatamente.
OSVALDO: - E o que você quer de mim? Quer que
o banco fique responsável por essa conta?
FELIPE: - Não... Não quero nada com o seu
banco, mas sim, com você exatamente, com a sua experiência em negócios
bancários...
OSVALDO: - O quê, mais especificamente?
FELIPE: - Transferências, desvios... Você
pode me ajudar nisso?
Osvaldo fica pensativo.
CENA
28. CASA PETRÔNIO. QUARTO HELENA. INT. DIA.
Helena
recebe um telefonema de Willian. Cenas alternadas entre eles.
HELENA: - Alô?
WILLIAN: - Helena? É o Willian.
HELENA: - Oi Willian! Como andam as coisas
por aí? Estava justamente pensando em ligar para você.
WILLIAN: - Pois então, Helena, as coisas aqui
não estão nada bem...
HELENA: - Como assim? Aconteceu algo grave?
WILLIAN: - O Matheus fugiu.
HELENA: - Não acredito! Como você deixou ele
fugir, Willian? Como?!
WILLIAN: - Eu não sei! Cheguei hoje de manhã
para levar ele para a faculdade e ele não estava mais no apartamento. Os
funcionários do prédio também não viram ele sair...
HELENA: - E agora, meu Deus! Onde esse
moleque está?
WILLIAN: - Eu já perguntei para os colegas
dele de faculdade e ninguém sabe dele...
HELENA: - Claro que ele não iria para a
faculdade... Ele fugiu mesmo. Só resta saber para onde. E o pior é que ele não
conhece Londres!
WILLIAN: - Eu vou dar mais uma volta pela
cidade, ver se consigo buscar informações.
HELENA: - Faça isso e me ligue imediatamente!
Helena
desliga o telefone, um tanto enfurecida.
HELENA: - Era só o que me faltava, o Matheus
sumido em Londres... Menos mal, pelo menos está lá ainda!
CENA
29. CASA BRENDA. QUARTO BRENDA. INT. DIA.
Brenda
conversa com Alice.
ALICE: - E aí, como está o seu avô?
BRENDA: - Está se recuperando... Mas ainda
precisa de cuidados. O médico falou que ele vai ficar por uns dias no hospital
ainda.
ALICE: - Pena... Já queria ele aqui com a
gente logo.
BRENDA: - Eu também Alice... Eu também...
ALICE: - E a Rúbia? O que ela disse quando
soube dessa história toda?
BRENDA: - Não sei... É capaz de não ter dito
nada... Eu falei apenas com o César, que se mostrou totalmente solidário.
ALICE: - É mesmo, né? A Rúbia nem para ligar
para saber como está o seu Joaquim...
BRENDA: - A Rúbia só pensa nela, infelizmente...
O César não. Eu falei com ele e ele foi super gentil, soube ouvir, se mostrou
realmente muito preocupado.
ALICE: - Ele é um bom rapaz, Brenda. A gente
vê que faz parte do espírito dele essa coisa de ajudar as pessoas.
BRENDA: - Ele me faz uma falta aqui, sabia?
Um abraço apertado, um carinho...
ALICE: - Ele volta logo da lua-de-mel.
BRENDA: - Mas volta com a Rúbia ainda...
ALICE: - Mas eu acredito que um dia ele vai
largar ela e ficar com você de vez.
BRENDA: - Um dia, um dia... Um dia quando?
ALICE: - Como dizem por aí, tudo tem seu
tempo. Você só não pode desistir.
Brenda fica pensativa.
CENA
30. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT. DIA.
Guto
e Sérgio tomam conta do restaurante.
GUTO: - Uma pena ter acontecido esse problema
com o seu Joaquim...
SÉRGIO: - Ruim mesmo. Mas ele sai dessa, com
certeza!
GUTO: - Claro que sai!... E eu também quero
sair dessa maré baixa...
SÉRGIO: - Como assim, Guto? O que você está
falando aí?
GUTO: - Eu e a Brenda.
SÉRGIO: - O que tem vocês dois? Voltaram?
GUTO: - Ainda não, mas estamos quase...
SÉRGIO: - É mesmo? Que bom! Boa sorte para
você desta vez.
GUTO: - É só uma questão de tempo... A Brenda
vai ser minha novamente. Já estou bolando um belo plano que ela não vai ter
como escapar!
SÉRGIO: - O que você vai fazer? Seqüestrar
ela?
GUTO: - Claro que não, Sérgio... Vai ser algo
bem romântico... Com certeza, ela vai ficar encantada!
SÉRGIO: - ih... Vê lá o que você vai fazer,
hein?
GUTO: - Pode ficar tranqüilo, sei bem o que
estou fazendo...
CENA
31. RESORT COSTA D’OURO. CLÍNICA ESTÉTICA. INT. DIA.
Virgínia
atende umas clientes na clínica, quando entram no local duas senhoras,
visivelmente elegantes. Virgínia vai recepcioná-las.
VIRGÍNIA: - Margareth Mattos e Rosaura
Figueiredo! Que surpresa maravilhosa!
MARGARETH: - Virgínia! Quanto tempo não é
mesmo?
ROSAURA: - Ficamos muito felizes em saber que
você abriu essa clínica de estética! Ela é um verdadeiro sucesso!... Todas as
rodinhas da alta sociedade comentam sobre o seu estabelecimento.
VIRGÍNIA: - Realmente, a estética é o grande
boom do momento.
MARGARETH: - E ficamos felizes também por
saber que você retornou para a alta sociedade.
ROSAURA: - É mesmo, minha amiga. Você estava
afastada dos eventos do nosso meio!...
MARGARETH: - Não ia mais aos chás da condessa
de Santo Agostinho, nem foi mais às novas viagens trimestrais pela Europa.
ROSAURA: - Ouvi dizer que você esteve até
participando de promoção de papel higiênico e ganhando uma viagem para
Governador Valadares.
MARGARETH: - É verdade?
VIRGÍNIA: - Verdade? Claro que não! Nunca fui
a Governador Valadares... Nem sei onde fica!... E eu não participei mais dos
eventos porque eu precisava me dedicar ao projeto da clínica de estética...
Exigiu de mim uma dedicação enorme!
ROSAURA: - Posso imaginar...
VIRGÍNIA: - Não, você não pode, ninguém
pode...
MARGARETH: - Ah, ninguém?
VIRGÍNIA; - Ninguém! Foi um trabalho árduo!
Contei com a ajude de vários profissionais renomados, não é? Arquitetos,
engenheiros, além dos profissionais que exercem os serviços da estética, como
massagistas, esteticistas, todo mundo.
MARGARETH: - E as meninas lá do Clube das
Violetas pensando que você estava afastada por estar falida! (risos)
VIRGÍNIA: - Ah, elas diziam isso é?
ROSAURA: - Diziam! E falavam ainda que você
não tinha nem onde morar, que teve que implorar para o seu ex-marido lhe dar
uma mesada...
VIRGÍNIA: - Meu Deus! Como essas meninas
inventam coisas, não é?... Acho que elas falavam isso para tentar tampas os
furos que elas tinham na família.
MARGARETH: - Como assim?
VIRGÍNIA: - Ah, não vou dizer, gente... Fico
até um pouco envergonhada em falar da vida alheia...
ROSAURA: - Conta Virgínia! Conta!
VIRGÍNIA: - Sabem a Geórgia Piratini, esposa
do dono do Banco ABCD Bank?
ROSAURA: - Claro que sei! Ela anda sempre
muito bem vestida!
VIRGÍNIA: - Pois então... Ela teve um caso
com o namorado da sobrinha.
MARGARETH: - Não me diga!
VIRGÍNIA: - Sim... Por isso que ela foi
passar uns dias de férias em Amsterdã. Não foi para visitar a mãezinha doente
não. Foi para se desculpar com a sobrinha que estava disposta a colocar a boca
no trombone para uma revista de fofocas...
ROSAURA: - Mas que escândalo!
VIRGÍNIA: - Sim.. Parece que a menina tinha
até fotos dos dois, da tia e do namorado, juntos, nadando nus na piscina dela,
enquanto o marido estava viajando a negócios.
MARGARETH: - Mas que despeito! E ela ainda
quer posar de dama da sociedade! Que vergonha!... Coitado do marido dela.
VIRGÍNIA: - Não vá por aí não, Margareth, que
marido dela também sabe se divertir e muito bem, viu?
ROSAURA: - Como assim?
VIRGÍNIA: - Ah não! Eu não acredito que vocês
não saibam que ele escorrega no quiabo?
ROSAURA: - Não acredito! Aquele bonitão?
VIRGÍNIA: - Para você ver como as coisas
são...
MARGAREHT: - Ah não, Virgínia! Você vai ter
que nos falar tudo! Nós que estamos dentro do clube não sabemos nem da metade
das coisas que você sabe! Pode ir falando!
VIRGÍNIA: - Mas claro! Vamos sentar ali e eu
falo tudinho para vocês!
Virgínia e suas amigas socialites
seguem animadas conversando.
CENA
32. MOTEL. EXT. DIA.
Imagens
da fachada de um motel. Um carro entra no local.
CENA
33. MOTEL. QUARTO. INT. DIA.
No
quarto, Leandro e Mônica caem sobre a cama, aos beijos.
LEANDRO: - Ei Môniquinha! Calma aí, minha
flor!
MÔNICA: - Eu fiquei tanto tempo longe de
você, meu tigrão! Agora eu quero recuperar o tempo perdido...
Mônica
puxa a camisa de Leandro, arrancando todos os botões.
LEANDRO: - Mas assim você vai terminar
comigo!
MÔNICA: - E é isso mesmo que eu quero!...
Quero deixar você mortinho, mortinho!
Os
dois se beijam intensamente.
CENA
34. APTO FELIPE. SALA. INT. DIA.
Felipe
conversa com Osvaldo.
OSVALDO: - Eu não sei se posso fazer isso,
Felipe.
FELIPE: - Como assim não sabe? Não pode
porque?
OSVALDO: - É muito arriscado. Mais que isso,
é crime! Desvio de dinheiro para o exterior... Se alguém descobre...
FELIPE: - Ninguém vai descobrir nada,
Osvaldo! Vai dar tudo certo! Um cara já fez isso para mim antes e ninguém ficou
sabendo!
OSVALDO: - E porque você não o procurou
agora?
FELIPE: - Porque ele pegou o dinheiro dele e
foi embora para o outro lado do mundo.
OSVALDO: - Como assim, pegou o dinheiro dele?
FELIPE: - Osvaldo... Você não vai fazer isso
de graça!... VocÊ vai ganhar uma boa quantia por fazer esse serviço para mim,
assim como esse meu amigo, que agora está bem de vida lá no Japão!
OSVALDO: - Ganharei quanto?
FELIPE: - Cem mil euros. Ta bom, não ta?
Osvaldo fica pensativo.
OSVALDO: - Cento e cinqüenta.
FELIPE; - Fechado.
Os
dois ficam a se olhar, cúmplices.
CENA
35. TRANSIÇÃO DO TEMPO. ANOITECER / AEROPORTO RIO DE JANEIRO. SAGUÃO. INT.
NOITE.
Imagens
de Praia Real ao anoitecer. Corta para o aeroporto do Rio de Janeiro. No
saguão, entre milhares de pessoas, Matheus desembarca. Caminha apressado, um
tanto ansioso, porém feliz por voltar ao Brasil.
CENA
36. RESORT COSTA D’OURO. INT. NOITE.
Sônia
caminha por um dos corredores do resort, quando encontra Henrique.
SÔNIA (passando): - Boa noite.
HENRIQUE: - Sônia! Espera!
Sônia para.
HENRIQUE: - Será que você teria um tempo para
mim, para a gente conversar.
SÔNIA: - Olha Henrique, eu agora estou com um
pouco de pressa, preciso conversar sobre uns assuntos com a Virgínia...
HENRIQUE: - Não precisa ficar fugindo de mim
assim. Eu só queria conversar com você, só isso.
SÔNIA: - Não estou fugindo. Mas eu já sei que
você pretende muito mais do que uma simples conversa. Outra hora nós
conversamos sim. Hoje não tem como.
Sônia vai embora. Henrique fica a
observá-la.
CENA
37. BOUTIQUE POEME. EXT. NOITE.
Imagem
da frente da boutique. Fotógrafos registram cada momento do evento, da chegada
de figuras importantes do mundo da moda. Consultores, estilistas, colunistas de
moda e também sociais.
CENA 15. SEQ. CENA 14. BOUTIQUE POEME. INT.
NOITE.
A boutique está decorada com
belos arranjos de flores, velas acesas, um “ar” romântico, mas ao mesmo tempo,
tropical, praiano, a inspiração da coleção de Glória Colombo. Vera e Cristina
recepcionam os convidados. Silvana chega no local.
SILVANA: - Vera! Cristina!
CRISTINA (feliz): - Silvana! Que bom que você
veio!
SILVANA: - Não poderia perder esse
lançamento! E a boutique está linda! A decoração é maravilhosa!
VERA: - Obrigada, que bom que você gostou!
Cristina se afasta para receber
outros convidados. Vera fica a observá-la. Silvana se aproxima de Vera.
SILVANA: - O que foi Vera? Você me parece um
pouco preocupada.
VERA: - A Cristina. Ela está um pouco
exagerada...
SILVANA: - Ah Vera, ela está feliz!
VERA: - Deus que me perdoe em pensar isso,
mas estou torcendo para que a felicidade dela não atrapalhe em nada a nossa
noite.
CENA
38. MADRI. HOTEL. QUARTO CÉSAR / RÚBIA. INT. NOITE.
Rúbia
tenta convencer César a ficar, mas ele não aceita.
RÚBIA: - César, desiste dessa história de ir
embora, por favor! Dê mais uma chance ao nosso amor!
CÉSAR: - Desiste você dessa ideia maluca de que
eu te amo! Eu não te amo Rúbia! Acabou!... Você com as suas mentiras, conseguiu
destruir a ponta de esperança que eu ainda guardava... Esperança de que você
fosse ser uma pessoa melhor. Mas pelo visto, eu me enganei de novo.
RÚBIA: - Por favor, César! Eu imploro para
você!
Rúbia
se ajoelha na frente de César.
RÚBIA: - Me perdoa! Me deixa tentar te
conquistar novamente!
CÉSAR: - Para com esse show barato, Rúbia!
Não precisa mais fingir!
RÚBIA: - O meu sentimento por você nunca foi
uma mentira.
CÉSAR: - Mas você conseguiu destruir qualquer
possibilidade de sentimento da minha parte por você. Talvez nem todo o
sentimento, pois agora eu só sinto uma coisa por você. Dó.
César se retira. Rúbia chora
ajoelhada.
CENA
39. BOUTIQUE POEME. INT. NOITE.
Cristina
conversa com alguns convidados, gargalha alto, chamando um pouco a atenção.
Glória Colombo se aproxima de Vera.
GLÓRIA COLOMBO: - Vera, eu nunca vi a
Cristina assim...
VERA: - Eu já vi e estou com medo de que isso
não termine bem. Eu vou lá falar com ela.
Vera vai em direção a Cristina,
que nesse instante está pegando uma bebida com o garçom. Vera chega rapidamente
e retira a taça de champanhe das mãos de Cristina, que reclama.
CRISTINA: - Ai Vera, o que foi?
VERA: - Você está um pouco saliente, Cristina.
Procure se controlar, por favor.
CRISTINA: - Que saliente, Vera? Hoje é dia de
alegria e eu estou alegre, feliz, felicíssima!
VERA: - Eu sei, mas não precisa exagerar na
dose, não é?
CRISTINA: - E você está exagerando na
chatice, como sempre. Me deixa, Vera!...
Cristina sai. Vera se preocupa.
CENA
40. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT. NOITE.
Alice,
Brenda, Guto e Sérgio atendem os clientes no restaurante, que está com bom
movimento. De repejnte, Matheus chega de surpresa no restaurante. Alice o vê e
se emociona.
ALICE (surpresa / feliz): - Eu não posso
acreditar nisso!
Matheus
entra no salão, abre os braços. Alice corre em direção a ele. Os dois se
abraçam fortemente. Todos no restaurante olham surpresos.
ALICE (emocionada): - Deus ouviu as minhas
preces!
MATHEUS: - Eu voltei, meu amor! Eu voltei!
Os
dois se beijam apaixonadamente. Os clientes no restaurante aplaudem a cena.
Matheus e Alice sorriem felizes.
CENA
41. APTO MÔNICA. SALA. INT. NOITE.
Mônica
chega em casa e encontra Ricardo.
MÔNICA: - Você em casa?
RICARDO: - Sim, porquê? Deveria estar na rua?
MÔNICA: - Pensei que estivesse dando uma
volta, com os seus amigos.
RICARDO: - É ruim, hein?... O Matheus se foi
para Londres e nunca mais voltou, nem deu notícias. A Sabrina ia na festa da boutique
da mãe dela.
MÔNICA: - Ah sim, hoje era o lançamento de
uma nova coleção... Recebi convite lá na empresa. Mas hoje eu estou cansada!...
RICARDO: - E vai fazer o que de rango?
MÔNICA: - O quê? Você está pensando que eu
vou cozinhar, é isso?
RICARDO: - E nós vamos jantar o quê? Vento?
Não tem nada na geladeira!
MÔNICA: - Sinto muito irmãozinho, mas hoje eu
não estou a afim de conversar com o fogão...
Os
ficam se olhando.
MÔNICA: - Topa uma pizza?
RICARDO (empolgado): - Demorô!
MÔNICA: - Certo. Só deixa eu tomar uma banho,
colocar outra roupa e aí a gente pede.
RICARDO: - Mas tem que ser grande! Maxi!
Tamanho família hiper!
MÔNICA: - Nossa, mas você está com tanta fome
assim?
RICARDO: - Sabe como é né maninha, estou em
fase de crescimento!
MÔNICA: - Sim e o meu bolso em fase de
esvaziamento, né?... Mas pode ser uma pizza grandona mesmo. Eu também estou com
uma fome daquelas!
Mônica
sai e Ricardo se joga no sofá, contente.
CENA
42. BOUTIQUE POEME. INT. NOITE.
Cristina
chama a atenção dos convidados com suas risadas exageradas. Ela começa a mexer
nos arranjos de flores e nas velas da decoração. Vera se preocupa.
VERA: - Ainda nem começou o desfile e a
Cristina já está mexendo na decoração...
SABRINA: - Sem falar nos convidados, que não
param de comentar, mamãe.
Patrícia se aproxima delas.
PATRÍCIA: - Ai tia, a mamãe está muito
estranha. Nunca vi ela assim.
VERA: - Venha comigo, Paty, vamos conversar
com ela.
Vera e Patrícia se aproximam de
Cristina.
VERA: - Cristina, por faovr, contenha-se!
CRISTINA: - Lá vem você novamente encher o
saco, Vera! Deixa de ser careta!
PATRÍCIA: - Mamãe, a tia Vera tem razão. Você
precisa se controlar. Os convidados estão comentando!
CRISTINA: - Comentando o que? Não há nada
além para eles comentarem! Eu estou feliz, gente! Feliz!
Nesse instante, passa um garçom
por elas. Cristina vai pegar uma taça, mas Vera tenta contê-la. Cristina bate
em um dos castiçais, onde havia um arranjo de flores com velas, que acaba
caindo,, junto com as taças da bandeja do garçom. Aos poucos, começa a pegar
fogo nas flores e em parte da decoração.
CENA
43. RESORT COSTA D’OURO. CLÍNICA ESTÉTICA. INT. NOITE.
As
socialites elogiam Virgínia e Sônia.
MARGARETH: - Eu não me canto de dizer... qaue
magnífica é essa sua clínica de estética, Virgínia!
ROSAURA: - É realmente deslumbrante! O
serviço é um dos melhores que eu já utilizei!
VIRGÍNIA: - Meninas, vindo de vocês esses
elogios, é uma honra!
SÔNIA: - Eu também me sinto muito honrada.
Obrigada!
MARGARETH: - Não precisa agradecer não... Mas
agora, Virgínia, estamos indo embora.
VIRGÍNIA: - Mas já? Não aceitam um chazinho?
ROSAURA: - Não, muito obrigada querida... Mas
já que você falou em chá, eu tenho aqui um convite.
Rosaura retira da bolsa um cartão
e entrega para Virgínia.
VIRGÍNIA (surpresa): - Oh, meu Deus! Um
convite para o chá das Gérberas!
SÔNIA: - Chá das gérberas?
VIRGÍNIA: - É um dos chás mais badalados do
Rio de Janeiro! Só vai a nata da nata da nata da alta sociedade! E eu, depois
de tanto tempo, retornarei! Que emoção!
MARGARETH: - Sentimos sua falta durante esses
anos todos, mas agora você estará junto de nós novamente.
ROSAURA: - Vamos Margareth?
MARGARETH: - Vamos sim.
Rosaura
e Margareth se despedem de Virgínia e Sônia e saem. Virgínia comemora.
CENA
44. BOUTIQUE POEME. INT. NOITE.
O
fogo começa a se alastrar pela boutique. Os convidados ficam em pânico.
VERA: - Não acredito nisso!
CRISTINA (confusa): - O que está acontecendo?
Esse fogo!
PATRÍCIA (pegando cristina pelo braço): - Vem
mãe, vamos sair daqui!
As
pessoas começam a buscar a saída. As modelos saem do camarim correndo. E o fogo
fica cada vez mais forte, tomando conta do local.
CENA
45. CASA LÁZARO. QUARTO LÁZARO. INT. NOITE.
Lázaro
entra no quarto e encontra Claudia lendo um livro, sentada numa poltrona.
LÁZARO: - Lendo um pouco, meu amor?
CLÁUDIA: - Faz bem pra alma, pra mente...
LÁZARO: - Mas eu infelizmente terei que
interromper o seu relaxamento mental com um convite.
CLÁUDIA: - Um convite?
LÁZARO: - Aceita jantar comigo hoje, num
restaurante magnífico?
CLÁUDIA: - Claro que aceito, querido! Sabe
muito bem que eu adoro jantar fora.
LÁZARO: - Então coloque o seu vestido mais
bonito, que eu estarei esperando por você lá na sala.
CLÁUDIA: - Tem algum motivo especial esse
jantar?
LÁZARO: - A nossa vinda para o Brasil, a boa
fase que a Ocean vai começar... Além, é claro, do nosso amor.
Lázaro beija Cláudia.
CENA
46. CASA BRENDA. QUARTO ALICE. INT. NOITE.
Matheus
e Alice conversam.
ALICE: - Eu estava com tanta saudade de você!
Não sabia mais o que fazer, Matheus!
MATHEUS: - Eu também estava morrendo de
saudades suas, Alice! Essa viagem era para ser uma coisa e foi outra totalmente
diferente.
ALICE: - Mas porque você ficou tanto tempo
sem entrar em contato?
MATHEUS: - Eu fui enganado, Alice.
ALICE: - Como assim, enganado?
MATHEUS: - Enganado pela minha própria mãe.
ALICE: - Enganado pela Helena? Explica isso
direito, Matheus, porque eu não estou entendo!
MATHEUS: - A minha mãe armou essa viagem para
separar a gente.
ALICE: - Não pode ser...
MATHEUS: - Mas isso não é o pior. Ela armou
com um amigo dela, o Willian para que eu ficasse confinado em Londres. Ela
armou para que eu nunca mais voltasse para o Brasil!
ALICE: - Eu não acredito nisso, Matheus! Ela
foi capaz de fazer isso mesmo?
MATHEUS: - É difícil para mim acreditar que a
minha própria mãe armou tudo isso contra mim. Mas isso não vai ficar assim.
ALICE: - O que você está pensando em fazer?
MATHEUS: - Eu vou encarar ela de frente.
Cansei de ser maltratado nessa história. Agora ela vai ter que me ouvir.
Matheus se mostra confiante para
Alice.
CENA
47. BOUTIQUE POEME. EXT. NOITE.
Os
bombeiros chegam no local e começam a controlar o fogo. Enquanto isso, os
convidados ficam chocados. A imprensa está no local, cobrindo tudo. Vera está
decepcionada. Cristina chora sentada na calçada, abraçada em Patrícia.
CENA
48. RESTAURANTE CENTRO DA CIDADE. INT. NOITE.
Tânia
e Alberto jantam no restaurante.
TÂNIA: - Fazia tempo que não jantávamos fora,
querido.
ALBERTO: - Sei disso. Mas o momento hoje é
especial. A Best Fish está mais poderosa do que nunca.
TÂNIA: - Esse contrato com os espanhóis será
muito promissor, com certeza.
ALBERTO (com a mão sobre a mão de Tânia): -
Assim como nosso amor, não é mesmo?
TÂNIA: - Claro, meu bem.
Nesse instante, Cláudia e Lázaro
chegam no restaurante. Tânia de longe, vê Cláudia e fica surpresa.
FIM DO CAPÍTULO
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