O garoto logo voltou a olhar o buraco, acendeu a lanterna e
apontou para o buraco.
- ANA! – Exclamou assustado com a imagem que via.
- Matheus? – Ricardo o surpreendeu. – Não deveria estar ai a
esta hora.
Os olhos de Matheus se arregalaram e colaram aos de Ricardo. –
Não faça nada comigo, ou eu grito! – Matheus tentou ameaçar de forma boba.
Uma gargalhada sexy e aguda forte fez com que Matheus tremesse.
– Olhe a sua volta. Apenas mato! Não há ninguém. – Disse Ricardo.
- Como eu pude confiar em você? E como você pode ser tão ruim? –
Matheus chorou.
- Vamos, ela já está morta e ninguém saberá de nada. Entre para
casa comigo, e vamos conversar um pouco. – Ricardo se aproximou de Matheus que
apenas tinha o celular em mãos. – Não se
aproxime. – Disse o garoto.
- Ora! Deixe de coisa, vamos logo. – Ricardo abraçou-se com
Matheus, e conseguiu leva-lo até a casa [Não me perguntem como, mas Matheus se
rendeu ao abraço quente daquele homem!]
Matheus controlou o seu choro, ele queria que aquela noite
acabasse e o dia raiasse para denunciar Ricardo.
- Vem cá, vamos brincar um pouco. – Ricardo estava no quarto, e
da cama, completamente nú, ele esperava por Matheus que estava na sala,
cabisbaixo e triste.
Matheus respirou fundo, olhou mais uma vez pela janela,
dirigiu-se até a cozinha, e tomou um copo com água.
- Você vai demorar? – Gritou Ricardo. – Não gosto de esperar,
hein!
- Já vou, só um segundo. – Respondeu Matheus.
Logo, Matheus foi a dispensa, buscou algumas coisinhas básicas
[coisinhas quentes!], em mãos agora ele tinha uma corda, uma tesoura e uma
venda para os olhos. Novamente ele voltou a cozinha, dessa vez pegou um pouco
de gelo.
- O que você está fazendo, anjinho? – Ricardo saiu da cama e
apareceu na sala.
Matheus olhou a hora no relógio da sala.
- Meia noite e dez minutos. – Ele sorriu. Matheus estava
decidido [ou com o capeta no corpo?] e parecia querer algo mais prazeroso com
Ricardo. – Você está pronto Padre
Ricardo?
- Pra você? Toda hora! – Ele sorriu e voltou para o quarto.
- Está na hora Matheus, você consegue e você pode. – O garoto
tirou a roupa ali mesmo, na sala e benzeu-se bem devagar.
- Posso colocar uma música, pro ambiente ficar mais agradável?
- Claro! Fique a vontade. O que vamos ouvir? – Perguntou o
padre.
- Parece estranho, mas, aqui tem um CD com músicas francesas...
– Matheus ligou o som e colocou o CD.
O som ambiente iniciou o disco, era uma música calma, e aquela
música não era estranha para os ouvidos de Ricardo.
- Me parece bom, quem canta? – Ricardo parecia conhecer aquela
voz.
- Editi Piafí , acho que é assim que se pronuncia. – O garoto
parecia estar em dúvida. [ Mas isso era o de menos, era só a droga de um CD!]
- Edith Piaf, minha cantora preferida. – Tentou corrigir. – Onde
você achou?
- Pois será a noite perfeita! – sussurrou para si mesmo,
Matheus. – Ah! No sua porta-CD, com algumas gotas de sangue, por incrível que
pareça... – Agora ele falava em alto e bom tom.
- Esqueça o sangue! – Ricardo aparentava estar nervoso.
Matheus caminhou até o quarto. A canção “La Vie en Rose” era o plano de fundo do momento.
Parecia estar sombrio aquele local.
-
Vamos brincar um pouco? – Já excitado, Matheus apareceu na porta do quarto. –
Posso te amarrar na cama?
-
Hum... Mas o que é isso? – Ricardo sorriu com uma cara super sexy. – Não vejo
problemas, eu acho...
Matheus
fitando os olhos de Ricardo o beijou, sentou-se na cama junto ao padre e pegou
primeiro a mão direita. Amarrou com uma corda um pouco grossa.
- Acho
que essa noite nos será inesquecível. – Comentou Matheus em voz baixa. Logo ele
amarrou a mão esquerda. Ricardo estava deitado de bruços.
- Você
será meu para sempre – Disse Ricardo.
Matheus
deslizou seus lábios pelas costas do Padre. – Para sempre, é uma palavra muito
inútil. Sabia que o para sempre, sempre acaba? – O garoto montou em cima de
Ricardo, como se subira num touro. – Vamos deixar ainda mais emocionante.
O
padre sorria. Matheus vendara os olhos de Ricardo com uma faixa de cor
vermelha. [Eita! É agora, o circo vai pegar fogo!] Ainda montado em cima do
padre, Matheus pegou o gelo, e sobre a região lombar [ali quase na bunda] ele
depositou alguns cubos hiper gelado, causando uma grande excitação com muitos
arrepios.
- Ai!
Agora tá queimando, gatão. – Reclamou o padre.
- Não tá
gostando? – Perguntou Matheus. – Não gosta de sentir prazer na dor? – Matheus
pegou a sandália que estava ao lado da cama.
-
Porque não transamos um pouco? – Sugeriu Ricardo.
- Você
quer transar, seu safado? - Matheus deu
dois tapas fortes e lentos com a sandália. Fazendo com que Ricardo gritasse de
dor. As marcas vermelhas já eram mais que visíveis. Mas ainda a vingança não
terminara.
Fim
do quinto capítulo.
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