domingo, 2 de agosto de 2015

Episódio 5: Prazer, Amém

O garoto logo voltou a olhar o buraco, acendeu a lanterna e apontou para o buraco.
- ANA! – Exclamou assustado com a imagem que via.
- Matheus? – Ricardo o surpreendeu. – Não deveria estar ai a esta hora.
Os olhos de Matheus se arregalaram e colaram aos de Ricardo. – Não faça nada comigo, ou eu grito! – Matheus tentou ameaçar de forma boba.





Uma gargalhada sexy e aguda forte fez com que Matheus tremesse. – Olhe a sua volta. Apenas mato! Não há ninguém. – Disse Ricardo.
- Como eu pude confiar em você? E como você pode ser tão ruim? – Matheus chorou.
- Vamos, ela já está morta e ninguém saberá de nada. Entre para casa comigo, e vamos conversar um pouco. – Ricardo se aproximou de Matheus que apenas tinha o celular em mãos.  – Não se aproxime. – Disse o garoto.
- Ora! Deixe de coisa, vamos logo. – Ricardo abraçou-se com Matheus, e conseguiu leva-lo até a casa [Não me perguntem como, mas Matheus se rendeu ao abraço quente daquele homem!]
Matheus controlou o seu choro, ele queria que aquela noite acabasse e o dia raiasse para denunciar Ricardo. 

- Vem cá, vamos brincar um pouco. – Ricardo estava no quarto, e da cama, completamente nú, ele esperava por Matheus que estava na sala, cabisbaixo e triste.
Matheus respirou fundo, olhou mais uma vez pela janela, dirigiu-se até a cozinha, e tomou um copo com água.
- Você vai demorar? – Gritou Ricardo. – Não gosto de esperar, hein!
- Já vou, só um segundo. – Respondeu Matheus.
Logo, Matheus foi a dispensa, buscou algumas coisinhas básicas [coisinhas quentes!], em mãos agora ele tinha uma corda, uma tesoura e uma venda para os olhos. Novamente ele voltou a cozinha, dessa vez pegou um pouco de gelo.
- O que você está fazendo, anjinho? – Ricardo saiu da cama e apareceu na sala.
Matheus olhou a hora no relógio da sala.
- Meia noite e dez minutos. – Ele sorriu. Matheus estava decidido [ou com o capeta no corpo?] e parecia querer algo mais prazeroso com Ricardo.  – Você está pronto Padre Ricardo?
- Pra você? Toda hora! – Ele sorriu e voltou para o quarto.
- Está na hora Matheus, você consegue e você pode. – O garoto tirou a roupa ali mesmo, na sala e benzeu-se bem devagar.
- Posso colocar uma música, pro ambiente ficar mais agradável?
- Claro! Fique a vontade. O que vamos ouvir? – Perguntou o padre.
- Parece estranho, mas, aqui tem um CD com músicas francesas... – Matheus ligou o som e colocou o CD.
O som ambiente iniciou o disco, era uma música calma, e aquela música não era estranha para os ouvidos de Ricardo.
- Me parece bom, quem canta? – Ricardo parecia conhecer aquela voz.
- Editi Piafí , acho que é assim que se pronuncia. – O garoto parecia estar em dúvida. [ Mas isso era o de menos, era só a droga de um CD!]
- Edith Piaf, minha cantora preferida. – Tentou corrigir. – Onde você achou?
- Pois será a noite perfeita! – sussurrou para si mesmo, Matheus. – Ah! No sua porta-CD, com algumas gotas de sangue, por incrível que pareça... – Agora ele falava em alto e bom tom.
- Esqueça o sangue! – Ricardo aparentava estar nervoso.



Matheus caminhou até o quarto. A canção “La Vie en Rose” era o plano de fundo do momento. Parecia estar sombrio aquele local.
- Vamos brincar um pouco? – Já excitado, Matheus apareceu na porta do quarto. – Posso te amarrar na cama?
- Hum... Mas o que é isso? – Ricardo sorriu com uma cara super sexy. – Não vejo problemas, eu acho...
Matheus fitando os olhos de Ricardo o beijou, sentou-se na cama junto ao padre e pegou primeiro a mão direita. Amarrou com uma corda um pouco grossa.
- Acho que essa noite nos será inesquecível. – Comentou Matheus em voz baixa. Logo ele amarrou a mão esquerda. Ricardo estava deitado de bruços.
- Você será meu para sempre – Disse Ricardo.
Matheus deslizou seus lábios pelas costas do Padre. – Para sempre, é uma palavra muito inútil. Sabia que o para sempre, sempre acaba? – O garoto montou em cima de Ricardo, como se subira num touro. – Vamos deixar ainda mais emocionante.
O padre sorria. Matheus vendara os olhos de Ricardo com uma faixa de cor vermelha. [Eita! É agora, o circo vai pegar fogo!] Ainda montado em cima do padre, Matheus pegou o gelo, e sobre a região lombar [ali quase na bunda] ele depositou alguns cubos hiper gelado, causando uma grande excitação com muitos arrepios.
- Ai! Agora tá queimando, gatão. – Reclamou o padre.
- Não tá gostando? – Perguntou Matheus. – Não gosta de sentir prazer na dor? – Matheus pegou a sandália que estava ao lado da cama.
- Porque não transamos um pouco? – Sugeriu Ricardo.
- Você quer transar, seu safado?  - Matheus deu dois tapas fortes e lentos com a sandália. Fazendo com que Ricardo gritasse de dor. As marcas vermelhas já eram mais que visíveis. Mas ainda a vingança não terminara.


                Fim do quinto capítulo.


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