CENA
01/ VILA MARIANA/ CALÇADA/ EXT./ DIA
Continuação do capítulo anterior. Kadu chega
na vila Mariana no carrão do Magnus e chama atenção geral de todos. Ele
estaciona em frente ao bar do pai (Bar do Walcyr) que chega logo em seguida.
WALCYR – O que é isso meu filho? De quem
é esse carro? Não vai me dizer que outra vez pediu pra dona Máxima liberar o
carro dela pra você!
KADU – Pai, não enche.
De top e
mini-saia, a piriguete do bairro, Reginária, entra em cena:
REGINÁRIA – (grita) Vejam só quem
outra vez pegou emprestado o carro da patroa ricaça para bancar um de rico: O
filho do botequeiro!
WALCYR – (grita) Botequeiro não sua
sirigaita!
KADU – Pai! Pai! Pai! Não dá ouvidos à
essazinha aí.
REGINÁRIA – Essazinha não meu
querido! Eu sou Reginária Sthefanny Volckmann, linda, poderosa e exclusiva.
Você só diz isso porque foi o único do bairro que nunca me levou pra cama. Até
seu pai que é seu pai já deu uns pega na gata aqui!
WALCYR – (grita) Me tira dessa piriguete!
REGINÁRIA – (grita) Eu falei alguma
mentira por acaso?
Kadu diante
de Reginária:
KADU – (grita) Você acha mesmo que
sinto muito por isso? Escuta aqui, eu não sou homem que pega periguete, aliás,
isso me faz lembrar uma frase que vi na internet que era mais ou menos assim:
Periguete é igual Facebook, primeiro, você curte; Depois cutuca; e por último
compartilha com amigos. Eu sou homem que pega mulher com bastante carne está me
ouvindo? Curto mulheres que tem peito e bunda, e você, Reginária Sthefanny
Hickmann/
REGINÁRIA – (grita) É Volckmann!
KADU – (grita) Que seja!
Ele
continua:
KADU – E você não se encaixa nesse
perfil.
Reginária
não é de levar desaforo pra casa e retruca o rapaz:
REGINÁRIA – Do que adiante ter peito
e bunda se a carne não é Friboi? Óh, a carne aqui meu bem é de outro nível, não
é Friboi, mas é Free!
KADU – Quer sabe de uma coisa? Não
tenho cabeça pra discutir com periguete.
Reginária
grita algumas palavras, e Kadu dispara:
KADU – Late só periguete, late só!
Por mais
que ele negue querer algo com a periguete, sempre foi o desejo do filho do
Walcyr. Kadu sai, deixando Reginária no vácuo que segue seu rumo, chamando a
atenção com seus seios fartos e sua bumbum torneado.
CENA
02/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Ônix chega
na empresa. E é recebido de cara por Monique muito sorridente e super feliz da
vida.
MONIQUE – Bom dia, Dr. Ônix!!!
Irritado
com Egídio, o filho de Orlando descarrega toda sua ira na coitada da
secretária:
ÔNIX – (irritado) O que têm de bom? Por
que esse sorriso sonso estampado nessa sua cara de reboco? Olha, é
inacreditável como gente muito feliz me irrita. E mais, eu ainda não faço ideia
de como você pode estar ocupando esse cargo.
Tensa, ela
responde:
MONIQUE – Poxa Dr. Ônix, estou aqui porque
sou competente.
Ônix solta
uma risada sínica e continua:
ÔNIX –Vamos testar então essa sua
“competência”. Veremos se o você é realmente competente para ocupar esse cargo.
Me responda uma coisa. Sabe me dizer se o abominável, digo, se o Egídio já
chegou?
MONIQUE – Não, ainda não chegou.
Ônix
aumenta o tom pra falar com a secretária:
ÔNIX – Senhor!
MONIQUE – Desculpe-me, mas eu não entendi.
Senhor?!
ÔNIX – (grita) Será que você é burra?
Eu sou teu patrão, lembra? Você deve me tratar com respeito. Quando falar
comigo sempre me tratando por senhor, quando responder alguma pergunta, sempre
me tratando por senhor. Estamos entendidos?
Monique
abaixa a cabeça e responde:
MONIQUE – Desculpas.
Irritado:
ÔNIX – Eu não estou acreditando! Pelo
amor de Zeus! O que será que eu fiz pra ouvir um pedido de desculpas? Sabe
Monique, o momento pra pedir desculpas é quando a pessoa ofendida tá por baixo.
Quando ela tá por cima, com o poder nas mãos, do que vale um pedido de
desculpas?
Silêncio da
parte da secretária:
ÔNIX – (grita) Vou logo avisando: Será
inútil qualquer tentativa sua de conquistar a minha simpatia.
Silêncio.
ÔNIX – (grita) Você está me ouvindo?
MONIQUE – Sim senhor.
Sendo frio:
ÔNIX – Assim espero.
Antes de
deixar a recepção, o vilão ordena:
ÔNIX – Me avise quando o Egídio chegar.
MONIQUE – Sim senhor!
Logo em
seguida ele sai.
CENA
03/ SCARION MIL/ SALA PRESIDENCIAL/ INT./ DIA
Magnus
apresenta a sala presidencial para Arlan.
MAGNUS – Então, gostou?
A nova sala
presidencial de Arlan é definitivamente a mais sofisticada de todas as outras
da empresa.
O rapaz
fica boquiaberto.
ARLAN – Fantástico!
MAGNUS – Sabia que iria gostar! Venham
quero lhe mostrar o seu computador.
Sogro e
genro aproximam-se da mesa.
MAGNUS – Sente-se. – ordena o empresário
ao rapaz.
Arlan
senta-se.
MAGNUS – O que achou?
ARLAN – Muito confortável.
Magnus
continua:
MAGNUS – Então rapaz, esse é o seu
computador, aqui você terá acesso a todos os documentos precisos da Scarion
Mil. Se você clicar aqui nesse ícone, você terá acesso a tudo o que diz
respeito a economia da empresa.
ARLAN – Qual ícone?
MAGNUS – Esse daqui.
Arlan dá
dois cliques e logo se vê a tela do PC abre com todos os dados econômicos da
empresa.
ARLAN – Quantos zeros! – pensa Arlan.
MAGNUS – Arlan, nesse computador, você
pode fazer transações em qualquer quantia em dinheiro. Veja, estão disponíveis
a moeda americana, para transações americanas, a moeda Brasileira para
transações dentro do país e o Euro. Como pode ver meu rapaz, aqui tem tudo o
que você precisa.
ARLAN – Concordo plenamente com você, otário. Tem tudo o que preciso para começar
a desviar dinheiro pra minha conta no exterior. – pensa Arlan.
MAGNUS – Venha, quero apresentar-lhe a
sua secretária.
Magnus
ordena para que a nova secretária do novo diretor-presidente da empresa entre.
Logo em
seguida, uma jovem mulher deslumbrante que chamara a atenção do Arlan por suas
curvas e seu rosto belíssimo e sensual entra na sala.
MAGNUS – Arlan quero apresenta-lhe sua
nova secretária particular. Karen Ribeiro.
A moça
sorrir para Arlan. Os dois cumprimentam com um aperto de mão.
KAREN – Prazer!
ARLAN – Prazer todo meu.
Magnus
continua:
MAGNUS – Arlan, meu rapaz, a Karen irá
lhe ajudar em tudo o que precisar, não é verdade, Karen?
KAREN – É verdade sim, Dr. Magnus.
Ela se vira
para Arlan e arremata:
KAREN – Estou aqui para ajudar em tudo,
Dr. Arlan. Em tudo mesmo.
Arlan
começa a ficar excitado a partir do dado momento. Porém, não tão excitado
quanto a própria Karen que está louca para dar o bote no rapaz.
Magnus olha
rapidamente seu relógio de pulso:
MANGNUS – Bom, tenho que ir. Preciso
deixar vocês a sós. Afinal, há muito trabalho para vocês. Com vossa licença.
Magnus
deixa a sala.
Karen toda
sensual perante Arlan:
KAREN – Então Arlan, vamos logo ao que
nos interessa?
Karen não
perde tento e parte pra cima de Arlan. Os dois se beijam.
ABERTURA DA NOVELA
CENA
04/ UNIVERSIDADE/ PÁTIO/ EXT./ DIA
Samya e
Aléxya.
SAMYA – Então amiga, você contratou
mesmo o tal detetive pra ficar na cola do Arlan?
ALÉXYA – Claro que contratei. Ontem mesmo
ele começou a trabalhar. Seguiu o Arlan e tudo mais depois que ele deixou minha
casa após o jantar. Quero ter certeza de que o Arlan não está me traindo, junto
com aquele amigo dele, o Ônix.
SAMYA – Fez bem amiga.
As duas
continuam a andar, eis que Samya avista alguém vindo na direção delas.
SAMYA – IVO! – gritou ela.
ALÉXYA – Ivo? Quem é Ivo?
SAMYA –Ele é o cara que vai nos ajudar
no nosso trabalho da Constituição Da República Federativa do Brasil. Lembra?
Aléxya
acena que sim.
Ivo é um
rapaz bonito, sensual e que atualmente está cursando a faculdade de direito na
mesma sala que Samya e Aléxya. Mora na Vila Mariana, bem próxima ao Bar do
Walcyr. É filho de dona Yeda, mora apenas com a mãe. Não chegou a conhecer seu
pai. Ivo é apenas apelido, seu nome verdadeiro é Ivandro. Recebeu o apelido no
último ano do ensino médio. Possui um segredo que compartilha consigo mesmo. É
homossexual. Por mais que sinta atração por pessoas do mesmo sexo, o rapaz
nunca aceitou estar nessa condição. No ensino médio, namorou uma tal de Carla.
Namoro esse com o objetivo de inverter o quadro de sua homossexualidade, sem
sucesso. Esconde da mãe sua orientação sexual, por medo de desaponta-la e de
ser rejeitado.
Ivo
aproxima-se das duas.
IVO – Me chamou?
SAMYA – Sim, chamei. Tá lembrando que
você prometeu que iria me ajuda, digo, nos ajudar com o trabalho da
Constituição, não é?
IVO – Sim! Claro que lembro. Então,
quando podemos marca pra nos encontrar?
SAMYA – Por mim pode ser agora. O que
acha Aléxya?
ALÉXYA – Tanto faz. Eu me livrando da
droga desse trabalho de uma vez por todas é o que importa.
IVO – Tudo bem então. Podemos nos
reunir agora na biblioteca. Vamos?
ALÉXYA – Vão indo. Preciso ir no
banheiro.
SAMYA – Eu vou com você, Aléxya.
IVO – Tudo bem, espero por vocês lá.
SAMYA – Ivo, pode faz um pequeno favor?
IVO – Claro!
SAMYA – Leva pra biblioteca esse meu
livro?
ALÉXYA – Leva o meu também?
Sempre de
coração bom, o rapaz, não recusa.
CENA
05/ UNIVERSIDADE/ CORREDOR/ INT./ DIA
Com seis
livros em mãos, o filho de dona Yeda segue o corredor que o levará até a
biblioteca. De repente ele acaba esbarrando com o novo professor. Os livros
escorregam da mão de Ivo e caem contra o chão.
IVO – Desculpa.
POLLO – Eu sinto muito. Deixa eu te
ajudar.
Os dois
recolhem os livros juntos.
Com livro
em mãos, os dois entreolham.
IVO – Que gato! – Pensa Ivo.
POLLO – Que cara bonito! – pensa Pollo.
IVO – Eu sinto muito. Desculpa mas,
você é novo por aqui? Nunca tinha o visto antes.
POLLO – Você tem razão. Me chamo Pollo
Nazário. Sou o novo professor de direito da instituição.
Pollo
acabara de chegar na universidade. Apesar de sua profissão, não aparenta ser
professor e sim aluno. De corpo atlético, além de ensinar, Pollo adora nadar,
correr e malhar. Esconde, como todas as outras pessoas segredos, como por
exemplo a sua homossexualidade. E acabar de se encantar por Ivo.
Os dois se
cumprimentam com um aperto de mão. Olho a olho.
POLLO – Que mãos delicadas! – pensa Pollo.
IVO – Disse que é professor novo?
POLLO – Sim, irei substituir o senhor
Odair.
Ivo abre um
belo sorriso:
POLLO – Por que o sorriso?
IVO – Não é nada. É que o Odair é meu
professor, ou melhor era.
POLLO – Então isso significa que estou
de frente com um dos meus alunos?
IVO – Sim, está.
Os dois
trocam risadas juntos.
POLLO – Que legal rapaz.
O professor
mira seu olhar para um dos livros na mão de Ivo e ler:
POLLO – Constituição Da República
Federativa do Brasil.
IVO – É... Tenho um trabalho da
constituição que o Odair pediu pra fazer.
Pollo
arremata:
POLLO – Não tem mais!
IVO – Como?! – diz o filho de dona
Yeda sem entender.
POLLO – Lembra que agora sou seu novo
professor? Então, não precisa mais me entregar esse trabalho. Pode descarta-lo.
E seria bom você avisar aos demais colegas sobre isso.
IVO – É você tem razão. Vou nessa.
POLLO – Até a próxima aula.
IVO – Nos veremos lá.
Ivo sai.
Pollo vai em direção a sala dos professores.
Ivo
comunica a todos, inclusive à Samya e Aléxya que devido o professor novo, não
será mais preciso entregar o tal trabalho da constituição.
CENA
06/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ TARDE
Egídio chega
a empresa.
EGÍDIO – Bom dia Monique.
MONIQUE – Bom dia, Dr. Egídio.
A
secretária fica olhando fixamente para Egídio. Seu olhar queria lhe dizer algo.
EGÍDIO – Aconteceu alguma coisa?
MONIQUE – Nada, é que o senhor aparenta
ser o único de bom humor nessa empresa.
EGÍDIO – O que foi? Problemas com o Ônix?
Ela acena
que sim.
EGÍDIO – O que foi que ele fez?
No momento
em que a secretária iria responder a pergunta do executivo, Ônix resolve aparecer:
ÔNIX – (sínico) Egídio!!!! O que anda
fazendo conversando com a minha secretária incompetente que, aliás, deveria ter
comunicado a minha pessoa sua chegada.
MONIQUE – Eu já iria lhe comunicar doutor
Ôn/
Ele
interrompe Monique:
ÔNIX – Nenhuma palavra!
Monique se
cala.
Egídio
vira-se para Monique e declara:
EGÍDIO – Descobrir qual o seu problema.
O executivo
se volta para Ônix:
EGÍDIO – Não entendo o motivo de tanta
alegria em me receber Ônix. Depois da conversa que tivemos ontem, você deveria
me odiar pro resto de sua vida.
ÔNIX – Te odiar? Por que te odiaria?
Isso não é motivo pra te odiar, caro colega de trabalho. Você sabe que nada ou
ninguém poderá afetar nossa amizade. Venha, vamos até minha sala. Gostaria de
levar um papo reto com você adorável colega.
Os dois
segue para a sala de Ônix.
CENA
07/ GRUPO KUHN/ ESCRITÓRIO ÔNIX/ INT./ TARDE
Ônix e
Egídio. Sentados frente a frente.
Egídio a
falar:
EGÍDIO – Francamente Ônix. Ainda não sei
como você pode fazer uma coisa dessa com seu pai.
ÔNIX – Egídio, escuta aqui. Não se
preocupa. Eu repito, não se preocupa.
EGÍDIO – Como não me preocupar, Ônix?
Quem já se viu uma coisa dessas. Um filho capaz de trair dessa maneira,
roubando a empresa do próprio pai. Isso é inominável!
ÔNIX – Egídio, sei exatamente como
podemos resolver essa situação.
Egídio se
apoia na mesa:
EGÍDIO – Ah é?!
Ônix acena
lenta que sim.
EGÍDIO – Então vamos lá. Como você vai
resolver essa situação?
Ônix abre a
gaveta de sua mesa e tira de dentro um bolo de dinheiro e o joga sob na mesa.
O filho de
Orlando fixa seu olhar cínico em Egídio que está processando a mensagem.
EGÍDIO – Você está querendo comprar o meu
silêncio Ônix? É isso?
ÔNIX – É exatamente isso, Egídio. É uma
excelente proposta. Então, aceita?
Egídio
resolve pegar o dinheiro jogado na mesa e o guarda no bolso do paletó. Ônix
então conclui que Egídio cedeu e acabou aceitando a proposta.
ÔNIX – Eu sabia que você iria aceitar
minha proposta, Egídio.
Ônix sorrir
sarcasticamente.
Egídio
arremata:
EGÍDIO – Eu não aceitei!
Ônix desfaz
o sorriso.
ÔNIX – Como é que é? Você pegou o
dinheiro. É obvio que você aceitou!
Egídio
enfrente Ônix.
EGÍDIO – Eu peguei o dinheiro, como prova
de que você além de roubar a empresa do próprio pai, quis me comprar o
silêncio. Achou que iria se safar dessa comprando o meu silêncio não é verdade
Ônix? Se deu mal. Você está aqui óh... Na palma da minha mão.
Ônix fica
perplexo e se reação.
CENA
08/ SCARION MIL/ SALA PRESIDENCIAL/ INT./ TARDE
Eles mal se
conhecem, mas já engataram uma transa. Após se conhecerem, Arlan e Karen
transam em plena sala presidencial.
ARLAN – Vem aqui sua gostosa! Vem cá
vem...
Karen geme
baixinho sem sessar.
Arlan
estava prestes a ejacular, eis que ambos são surpreendidos por uma voz do outro
lado da porta a chamar por Arlan.
ARLAN – Pera... Pera... Parece que tem
alguém me chamando.
Eles param
por alguns segundos o sexo. Outra vez a voz volta a chamar por Arlan. Nisso,
Arlan conclui que é Aléxya. Outra vez ela volta a chamar pelo noivo:
ALÉXYA – (bate na porta) Arlan! Abre a
porta! Abre amor! Sou eu, o amor da sua vida! Sua pétala de rosa.
Os dois
tomam um susto.
ARLAN – (surpreso) É a Aléxya!
O desespero
toma conta do rapaz.
A imagem
congela no rosto molhado de suor de Arlan.
FIM DO CAPÍTULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário