sexta-feira, 25 de março de 2016

Capítulo 4: Amor Bandido

CENA 01/ VILA MARIANA/ CALÇADA/ EXT./ DIA
Continuação do capítulo anterior. Kadu chega na vila Mariana no carrão do Magnus e chama atenção geral de todos. Ele estaciona em frente ao bar do pai (Bar do Walcyr) que chega logo em seguida.
WALCYR – O que é isso meu filho? De quem é esse carro? Não vai me dizer que outra vez pediu pra dona Máxima liberar o carro dela pra você!
KADU – Pai, não enche.
De top e mini-saia, a piriguete do bairro, Reginária, entra em cena:
REGINÁRIA – (grita) Vejam só quem outra vez pegou emprestado o carro da patroa ricaça para bancar um de rico: O filho do botequeiro!
WALCYR – (grita) Botequeiro não sua sirigaita!
KADU – Pai! Pai! Pai! Não dá ouvidos à essazinha aí.
REGINÁRIA – Essazinha não meu querido! Eu sou Reginária Sthefanny Volckmann, linda, poderosa e exclusiva. Você só diz isso porque foi o único do bairro que nunca me levou pra cama. Até seu pai que é seu pai já deu uns pega na gata aqui!
WALCYR – (grita) Me tira dessa piriguete!
REGINÁRIA – (grita) Eu falei alguma mentira por acaso?
Kadu diante de Reginária:
KADU – (grita) Você acha mesmo que sinto muito por isso? Escuta aqui, eu não sou homem que pega periguete, aliás, isso me faz lembrar uma frase que vi na internet que era mais ou menos assim: Periguete é igual Facebook, primeiro, você curte; Depois cutuca; e por último compartilha com amigos. Eu sou homem que pega mulher com bastante carne está me ouvindo? Curto mulheres que tem peito e bunda, e você, Reginária Sthefanny Hickmann/
REGINÁRIA – (grita) É Volckmann!
KADU – (grita) Que seja!
Ele continua:
KADU – E você não se encaixa nesse perfil.
Reginária não é de levar desaforo pra casa e retruca o rapaz:
REGINÁRIA – Do que adiante ter peito e bunda se a carne não é Friboi? Óh, a carne aqui meu bem é de outro nível, não é Friboi, mas é Free!
KADU – Quer sabe de uma coisa? Não tenho cabeça pra discutir com periguete.
Reginária grita algumas palavras, e Kadu dispara:
KADU – Late só periguete, late só!
Por mais que ele negue querer algo com a periguete, sempre foi o desejo do filho do Walcyr. Kadu sai, deixando Reginária no vácuo que segue seu rumo, chamando a atenção com seus seios fartos e sua bumbum torneado.

CENA 02/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Ônix chega na empresa. E é recebido de cara por Monique muito sorridente e super feliz da vida.
MONIQUE – Bom dia, Dr. Ônix!!!
Irritado com Egídio, o filho de Orlando descarrega toda sua ira na coitada da secretária:
ÔNIX – (irritado) O que têm de bom? Por que esse sorriso sonso estampado nessa sua cara de reboco? Olha, é inacreditável como gente muito feliz me irrita. E mais, eu ainda não faço ideia de como você pode estar ocupando esse cargo.
Tensa, ela responde:
MONIQUE – Poxa Dr. Ônix, estou aqui porque sou competente.
Ônix solta uma risada sínica e continua:
ÔNIX –Vamos testar então essa sua “competência”. Veremos se o você é realmente competente para ocupar esse cargo. Me responda uma coisa. Sabe me dizer se o abominável, digo, se o Egídio já chegou?
MONIQUE – Não, ainda não chegou.
Ônix aumenta o tom pra falar com a secretária:
ÔNIX – Senhor!
MONIQUE – Desculpe-me, mas eu não entendi. Senhor?!
ÔNIX – (grita) Será que você é burra? Eu sou teu patrão, lembra? Você deve me tratar com respeito. Quando falar comigo sempre me tratando por senhor, quando responder alguma pergunta, sempre me tratando por senhor. Estamos entendidos?
Monique abaixa a cabeça e responde:
MONIQUE – Desculpas.
Irritado:
ÔNIX – Eu não estou acreditando! Pelo amor de Zeus! O que será que eu fiz pra ouvir um pedido de desculpas? Sabe Monique, o momento pra pedir desculpas é quando a pessoa ofendida tá por baixo. Quando ela tá por cima, com o poder nas mãos, do que vale um pedido de desculpas?
Silêncio da parte da secretária:
ÔNIX – (grita) Vou logo avisando: Será inútil qualquer tentativa sua de conquistar a minha simpatia.
Silêncio.
ÔNIX – (grita) Você está me ouvindo?
MONIQUE – Sim senhor.
Sendo frio:
ÔNIX – Assim espero.
Antes de deixar a recepção, o vilão ordena:
ÔNIX – Me avise quando o Egídio chegar.
MONIQUE – Sim senhor!
Logo em seguida ele sai.

CENA 03/ SCARION MIL/ SALA PRESIDENCIAL/ INT./ DIA
Magnus apresenta a sala presidencial para Arlan.
MAGNUS – Então, gostou?
A nova sala presidencial de Arlan é definitivamente a mais sofisticada de todas as outras da empresa.
O rapaz fica boquiaberto.
ARLAN – Fantástico!
MAGNUS – Sabia que iria gostar! Venham quero lhe mostrar o seu computador.
Sogro e genro aproximam-se da mesa.
MAGNUS – Sente-se. – ordena o empresário ao rapaz.
Arlan senta-se.
MAGNUS – O que achou?
ARLAN – Muito confortável.
Magnus continua:
MAGNUS – Então rapaz, esse é o seu computador, aqui você terá acesso a todos os documentos precisos da Scarion Mil. Se você clicar aqui nesse ícone, você terá acesso a tudo o que diz respeito a economia da empresa.
ARLAN – Qual ícone?
MAGNUS – Esse daqui.
Arlan dá dois cliques e logo se vê a tela do PC abre com todos os dados econômicos da empresa.
ARLANQuantos zeros! – pensa Arlan.
MAGNUS – Arlan, nesse computador, você pode fazer transações em qualquer quantia em dinheiro. Veja, estão disponíveis a moeda americana, para transações americanas, a moeda Brasileira para transações dentro do país e o Euro. Como pode ver meu rapaz, aqui tem tudo o que você precisa.
ARLANConcordo plenamente com você, otário. Tem tudo o que preciso para começar a desviar dinheiro pra minha conta no exterior. – pensa Arlan.
MAGNUS – Venha, quero apresentar-lhe a sua secretária.
Magnus ordena para que a nova secretária do novo diretor-presidente da empresa entre.
Logo em seguida, uma jovem mulher deslumbrante que chamara a atenção do Arlan por suas curvas e seu rosto belíssimo e sensual entra na sala.
MAGNUS – Arlan quero apresenta-lhe sua nova secretária particular. Karen Ribeiro.
A moça sorrir para Arlan. Os dois cumprimentam com um aperto de mão.
KAREN – Prazer!
ARLAN – Prazer todo meu.
Magnus continua:
MAGNUS – Arlan, meu rapaz, a Karen irá lhe ajudar em tudo o que precisar, não é verdade, Karen?
KAREN – É verdade sim, Dr. Magnus.
Ela se vira para Arlan e arremata:
KAREN – Estou aqui para ajudar em tudo, Dr. Arlan. Em tudo mesmo.
Arlan começa a ficar excitado a partir do dado momento. Porém, não tão excitado quanto a própria Karen que está louca para dar o bote no rapaz.
Magnus olha rapidamente seu relógio de pulso:
MANGNUS – Bom, tenho que ir. Preciso deixar vocês a sós. Afinal, há muito trabalho para vocês. Com vossa licença.
Magnus deixa a sala.
Karen toda sensual perante Arlan:
KAREN – Então Arlan, vamos logo ao que nos interessa?
Karen não perde tento e parte pra cima de Arlan. Os dois se beijam.

ABERTURA DA NOVELA

CENA 04/ UNIVERSIDADE/ PÁTIO/ EXT./ DIA
Samya e Aléxya.
SAMYA – Então amiga, você contratou mesmo o tal detetive pra ficar na cola do Arlan?
ALÉXYA – Claro que contratei. Ontem mesmo ele começou a trabalhar. Seguiu o Arlan e tudo mais depois que ele deixou minha casa após o jantar. Quero ter certeza de que o Arlan não está me traindo, junto com aquele amigo dele, o Ônix.
SAMYA – Fez bem amiga.
As duas continuam a andar, eis que Samya avista alguém vindo na direção delas.
SAMYA – IVO! – gritou ela.
ALÉXYA – Ivo? Quem é Ivo?
SAMYA –Ele é o cara que vai nos ajudar no nosso trabalho da Constituição Da República Federativa do Brasil. Lembra?
Aléxya acena que sim.
Ivo é um rapaz bonito, sensual e que atualmente está cursando a faculdade de direito na mesma sala que Samya e Aléxya. Mora na Vila Mariana, bem próxima ao Bar do Walcyr. É filho de dona Yeda, mora apenas com a mãe. Não chegou a conhecer seu pai. Ivo é apenas apelido, seu nome verdadeiro é Ivandro. Recebeu o apelido no último ano do ensino médio. Possui um segredo que compartilha consigo mesmo. É homossexual. Por mais que sinta atração por pessoas do mesmo sexo, o rapaz nunca aceitou estar nessa condição. No ensino médio, namorou uma tal de Carla. Namoro esse com o objetivo de inverter o quadro de sua homossexualidade, sem sucesso. Esconde da mãe sua orientação sexual, por medo de desaponta-la e de ser rejeitado.
Ivo aproxima-se das duas.
IVO – Me chamou?
SAMYA – Sim, chamei. Tá lembrando que você prometeu que iria me ajuda, digo, nos ajudar com o trabalho da Constituição, não é?
IVO – Sim! Claro que lembro. Então, quando podemos marca pra nos encontrar?
SAMYA – Por mim pode ser agora. O que acha Aléxya?
ALÉXYA – Tanto faz. Eu me livrando da droga desse trabalho de uma vez por todas é o que importa.
IVO – Tudo bem então. Podemos nos reunir agora na biblioteca. Vamos?
ALÉXYA – Vão indo. Preciso ir no banheiro.
SAMYA – Eu vou com você, Aléxya.
IVO – Tudo bem, espero por vocês lá.
SAMYA – Ivo, pode faz um pequeno favor?
IVO – Claro!
SAMYA – Leva pra biblioteca esse meu livro?
ALÉXYA – Leva o meu também?
Sempre de coração bom, o rapaz, não recusa.

CENA 05/ UNIVERSIDADE/ CORREDOR/ INT./ DIA
Com seis livros em mãos, o filho de dona Yeda segue o corredor que o levará até a biblioteca. De repente ele acaba esbarrando com o novo professor. Os livros escorregam da mão de Ivo e caem contra o chão.
IVO – Desculpa.
POLLO – Eu sinto muito. Deixa eu te ajudar.
Os dois recolhem os livros juntos.
Com livro em mãos, os dois entreolham.
IVOQue gato! – Pensa Ivo.
POLLO – Que cara bonito! – pensa Pollo.
IVO – Eu sinto muito. Desculpa mas, você é novo por aqui? Nunca tinha o visto antes.
POLLO – Você tem razão. Me chamo Pollo Nazário. Sou o novo professor de direito da instituição.
Pollo acabara de chegar na universidade. Apesar de sua profissão, não aparenta ser professor e sim aluno. De corpo atlético, além de ensinar, Pollo adora nadar, correr e malhar. Esconde, como todas as outras pessoas segredos, como por exemplo a sua homossexualidade. E acabar de se encantar por Ivo.
Os dois se cumprimentam com um aperto de mão. Olho a olho.
POLLOQue mãos delicadas! – pensa Pollo.
IVO – Disse que é professor novo?
POLLO – Sim, irei substituir o senhor Odair.
Ivo abre um belo sorriso:
POLLO – Por que o sorriso?
IVO – Não é nada. É que o Odair é meu professor, ou melhor era.
POLLO – Então isso significa que estou de frente com um dos meus alunos?
IVO – Sim, está.
Os dois trocam risadas juntos.
POLLO – Que legal rapaz.
O professor mira seu olhar para um dos livros na mão de Ivo e ler:
POLLO – Constituição Da República Federativa do Brasil.
IVO – É... Tenho um trabalho da constituição que o Odair pediu pra fazer.
Pollo arremata:
POLLO – Não tem mais!
IVO – Como?! – diz o filho de dona Yeda sem entender.
POLLO – Lembra que agora sou seu novo professor? Então, não precisa mais me entregar esse trabalho. Pode descarta-lo. E seria bom você avisar aos demais colegas sobre isso.
IVO – É você tem razão. Vou nessa.
POLLO – Até a próxima aula.
IVO – Nos veremos lá.
Ivo sai. Pollo vai em direção a sala dos professores.
Ivo comunica a todos, inclusive à Samya e Aléxya que devido o professor novo, não será mais preciso entregar o tal trabalho da constituição.

CENA 06/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ TARDE
Egídio chega a empresa.
EGÍDIO – Bom dia Monique.
MONIQUE – Bom dia, Dr. Egídio.
A secretária fica olhando fixamente para Egídio. Seu olhar queria lhe dizer algo.
EGÍDIO – Aconteceu alguma coisa?
MONIQUE – Nada, é que o senhor aparenta ser o único de bom humor nessa empresa.
EGÍDIO – O que foi? Problemas com o Ônix?
Ela acena que sim.
EGÍDIO – O que foi que ele fez?
No momento em que a secretária iria responder a pergunta do executivo, Ônix resolve aparecer:
ÔNIX – (sínico) Egídio!!!! O que anda fazendo conversando com a minha secretária incompetente que, aliás, deveria ter comunicado a minha pessoa sua chegada.
MONIQUE – Eu já iria lhe comunicar doutor Ôn/
Ele interrompe Monique:
ÔNIX – Nenhuma palavra!
Monique se cala.
Egídio vira-se para Monique e declara:
EGÍDIO – Descobrir qual o seu problema.
O executivo se volta para Ônix:
EGÍDIO – Não entendo o motivo de tanta alegria em me receber Ônix. Depois da conversa que tivemos ontem, você deveria me odiar pro resto de sua vida.
ÔNIX – Te odiar? Por que te odiaria? Isso não é motivo pra te odiar, caro colega de trabalho. Você sabe que nada ou ninguém poderá afetar nossa amizade. Venha, vamos até minha sala. Gostaria de levar um papo reto com você adorável colega.
Os dois segue para a sala de Ônix.

CENA 07/ GRUPO KUHN/ ESCRITÓRIO ÔNIX/ INT./ TARDE
Ônix e Egídio. Sentados frente a frente.
Egídio a falar:
EGÍDIO – Francamente Ônix. Ainda não sei como você pode fazer uma coisa dessa com seu pai.
ÔNIX – Egídio, escuta aqui. Não se preocupa. Eu repito, não se preocupa.
EGÍDIO – Como não me preocupar, Ônix? Quem já se viu uma coisa dessas. Um filho capaz de trair dessa maneira, roubando a empresa do próprio pai. Isso é inominável!
ÔNIX – Egídio, sei exatamente como podemos resolver essa situação.
Egídio se apoia na mesa:
EGÍDIO – Ah é?!
Ônix acena lenta que sim.
EGÍDIO – Então vamos lá. Como você vai resolver essa situação?
Ônix abre a gaveta de sua mesa e tira de dentro um bolo de dinheiro e o joga sob na mesa.
O filho de Orlando fixa seu olhar cínico em Egídio que está processando a mensagem.
EGÍDIO – Você está querendo comprar o meu silêncio Ônix? É isso?
ÔNIX – É exatamente isso, Egídio. É uma excelente proposta. Então, aceita?
Egídio resolve pegar o dinheiro jogado na mesa e o guarda no bolso do paletó. Ônix então conclui que Egídio cedeu e acabou aceitando a proposta.
ÔNIX – Eu sabia que você iria aceitar minha proposta, Egídio.
Ônix sorrir sarcasticamente.
Egídio arremata:
EGÍDIO – Eu não aceitei!
Ônix desfaz o sorriso.
ÔNIX – Como é que é? Você pegou o dinheiro. É obvio que você aceitou!
Egídio enfrente Ônix.
EGÍDIO – Eu peguei o dinheiro, como prova de que você além de roubar a empresa do próprio pai, quis me comprar o silêncio. Achou que iria se safar dessa comprando o meu silêncio não é verdade Ônix? Se deu mal. Você está aqui óh... Na palma da minha mão.
Ônix fica perplexo e se reação.

CENA 08/ SCARION MIL/ SALA PRESIDENCIAL/ INT./ TARDE
Eles mal se conhecem, mas já engataram uma transa. Após se conhecerem, Arlan e Karen transam em plena sala presidencial.
ARLAN – Vem aqui sua gostosa! Vem cá vem...
Karen geme baixinho sem sessar.
Arlan estava prestes a ejacular, eis que ambos são surpreendidos por uma voz do outro lado da porta a chamar por Arlan.
ARLAN – Pera... Pera... Parece que tem alguém me chamando.
Eles param por alguns segundos o sexo. Outra vez a voz volta a chamar por Arlan. Nisso, Arlan conclui que é Aléxya. Outra vez ela volta a chamar pelo noivo:
ALÉXYA – (bate na porta) Arlan! Abre a porta! Abre amor! Sou eu, o amor da sua vida! Sua pétala de rosa.
Os dois tomam um susto.
ARLAN – (surpreso) É a Aléxya!
O desespero toma conta do rapaz.
A imagem congela no rosto molhado de suor de Arlan.


FIM DO CAPÍTULO

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