segunda-feira, 28 de março de 2016

Capítulo 5: Amor Bandido

CENA 01/ SCARION MIL/ SALA PRESIDENCIAL/ INT./ DIA
Continuação imediata do capítulo anterior. Outra vez a voz volta a chamar por Arlan. Nisso, ele conclui que é Aléxya. Outra vez ela volta a chamar pelo noivo:
ALÉXYA – (bate na porta) Arlan! Abre a porta! Abre amor! Sou eu, o amor da sua vida! Sua pétala de rosa.
Os dois tomam um susto.
ARLAN – (surpreso) É a Aléxya!
O desespero toma conta do rapaz.
Rapidamente os dois vestem suas roupas. Aléxya continua a chamar pelo noivo.
ALÉXYA – Amor, eu sei que você está ai. Abra já essa porta.
ARLAN – (grita) Calma amor!
Segundos depois, vestido, Arlan atende a porta. Aléxya entra como um avião e dá de cara com Karen sentada à mesa com papel e caneta em mãos.
ALÉXYA – Quem é essa?!
Karen aproxima-se de Aléxya e a cumprimenta como se nada houvesse acontecido.
KAREN – Olá dona Aléxya. Muito prazer, eu sou a nova secretária do Dr. Arlan. Me chama Karen Ribeiro.
Aléxya fica com a pulga atrás da orelha:
ALÉXYA – Posso saber o que vocês dois faziam sozinhos aqui com a porta fechada? Ou melhor, porque a porta estava fechada com vocês dois sozinhos aqui dentro?
Arlan e Karen entreolham. O rapaz tenta explicar para a filha de Magnus.
ARLAN – Simples, eu e a Karen, a minha secretária, bem estávamos/
Karen interrompe Arlan:
KAREN – Estávamos muito atarefados. Estudando alguns relatórios da empresa e/
ALÉXYA – E por que a porta fechada?
ARLAN – Não queríamos que ninguém nos atrapalhasse, porque estamos afundados em coisas pra fazer, como você pode ver, a mesa está repleta de papeis e documentos que ainda faltam serem analisados. Por isso decidir fechar a porta com chave.
Aléxya estuda a situação por rápidos segundos e acaba engolindo toda história.
KAREN – Bom Dr. Arlan, já conclui minha parte.
ARLAN – Obrigado Karen.
Karen deixa a sala. Arlan diante de Aléxya.
ARLAN – Vem cá meu docinho. Quero te encher de beijos.
 O rapaz puxa Aléxya pelo braço e a enche de beijos e abraços.

CENA 02/ GRUPO KUHN/ ESCRITÓRIO ÔNIX/ INT./ TARDE
Egídio diante de Ônix.
EGÍDIO – Você achou mesmo que compraria o meu silêncio por esse mísero bolo de dinheiro?
Ônix permanece em silêncio.
Egídio arremata:
EGÍDIO – Ninguém compra o meu silêncio porque ele não está à venda. Eu sou um homem de princípios, Ônix.
ÔNIX – (grita) Eu também sou homem de princípios Egídio.
Egídio interrompe o filho de Orlando:
EGÍDIO – Você?! Você não passa apenas de um mer/
ÔNIX – (grita) Veja bem o que você vai falar!
Egídio decide não concluir sua frase. O executivo levanta-se e declara.
EGÍDIO – Não tenho mais nada pra tratar com você.
Ônix ameaça:
ÔNIX – Egídio irá de arrepender profundamente por não ter aceitado minha proposta.
EGÍDIO – É algum tipo de ameaça, Ônix?
ÔNIX – Entenda como quiser. O fato é que estarei por cima sempre e ganharei essa guerra.
Egídio trata Ônix com desdém e deixa a sala.
Sozinho, o filho de Orlando range os dentes. Pega o telefone celular, digita e logo leva ao ouvido.
Do outro lado da linha Selim fala:
SELIM – Fala chefia!
ÔNIX – Animal o que está esperando pra sequestrar de uma vez por todas o crápula do Egídio?
SELIM – Ué chefia/
Ônix grita histericamente:
ÔNIX – Para de me chamar de chefia que não gosto desse “pronome de tratamento”. Você pode, ou melhor dizendo, você deve me chame de senhor, de Deus, de Lúcifer, de iluminado, Doutor, do que quiser, mas para de me chamar de chefia. Eu detesto isso seu animal!
SELIM – Calma Dr. Ônix, não precisa ficar nervoso.
ÔNIX – Quem aqui está nervoso, animal?! Escuta aqui Selim, eu te dei uma ordem, tá entendendo? Quando é que você vai sequestrar de vez o tonto do Egídio? O que está esperando?
SELIM – Estou esperando uma ordem sua, chefe.
ÔNIX – (grita) Pelo amor de Zeus!
Ônix respira fundo, tenta acalmar os ânimos.
ÔNIX – Selim me escuta. Sexta agora meu pai chega de viagem, vai ter um jantar e tudo mais para recepciona-lo. O fato é que o Egídio estará presente nesse jantar. Seria uma boa oportunidade de sequestra-lo. Muito movimento, muita gente fresca e mesquinha em um só lugar. Ambiente perfeito. Será imperceptível o sumiço do crápula.
SELIM – É uma ótima ideia.
ÔNIX – (grita) Claro que é uma ótima ideia, seu tonto. Agora faz o que mandei.
Ônix desliga o celular. E fica ali pensativo. Com o ódio corroendo seu coração.

ABERTURA DA NOVELA

CENA 03/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ TARDE
Empolgadíssimo, Magnus conta à mulher que Arlan ficou feliz com sala presidencial.
 MAGNUS – Você tinha que ver, Máxima, a cara de espanto dele quando disse que aquela seria sua sala. O Arlan ficou mega feliz. Só faltou pular de tanta euforia.
Máxima inicia uma discursão:
MÁXIMA – Você não tinha nada em nomear aquele rapaz como presidente.
MAGNUS – (grita) De novo isso Máxima! É sempre o mesmo discurso! Você não cansa?
MÁXIMA – (grita) Quer saber? Eu estou cansada disso tudo. Estou cansada dessa vida, dessa casa, de tudo. Maldita hora que decidir ficar com você após aquela traição. Melhor seria ter deixado você praquela sua vagabunda que você tirou do bordel.
MAGNUS – (grita) Máxima já faz 20 anos que isso aconteceu.
MÁXIMA – Exatamente, Magnus. Vinte anos e eu ainda não esqueci. Você não faz ideia do ódio que me subiu em mente. Depois de ter pego vocês dois, com os corpos grudados um à um na cama. Eu nunca irei esquecer disso. Essa cena nunca irá sair da minha cabeça. Está guardado aqui óh em minha mente.
Magnus interrompe Máxima:
MAGNUS – (grita) Máxima! Já colocamos uma pedra sobre esse assunto! Não vamos mais mexer nisso.
Kadu entra logo em seguida:
KADU – Desculpa atrapalhar, eu só vim comunicar a dona Máxima que já estou no aguardo.
MÁXIMA – Tudo bem Kadu. Já estou indo.
Kadu deixa a sala.
MAGNUS – Pra onde você vai?
MÁXIMA – O que é agora? Vai me impedir de ir a algum lugar?
Magnus acena que não.
MÁXIMA – A vida é minha. Faço dela o que bem entender. Não tenho que dar explicações pra onde vou.
Máxima deixa a sala. Magnus fica estudando a situação. Ou estaria relembrando a relação amorosa que tivera vinte anos atrás?

CENA 04/ MANSÃO SCARION/ QUARTO ALÉXYA/ INT./ NOITE
Aléxya aparenta estar pensativa e isso chama a atenção de Samya. O que leva a mesma a perguntar:
SAMYA – Aléxya, você está ai? Aconteceu alguma coisa?
Ela não responde Samya insiste:
SAMYA – Aléxya!
Silêncio.
SAMYA – (grita) Aléxya, você está ai?
Com o grito, a consciência da filha de Máxima é despertada:
ALÉXYA – O que foi?
SAMYA – Bem que percebi. Você não estava prestando atenção no que estava falando. Me conta, vai. Andou acontecendo alguma coisa e você não quer me contar?
Aléxya responde um tanto relutante:
ALÉXYA – É o Arlan, Sam.
SAMYA – O que foi que ele aprontou?
ALÉXYA – Nada. Quer dizer, tudo. Eu não sei. Hoje à tarde, depois da universidade fui até o prédio da Scarion Mil, pra fazer uma visita surpresa ao Arlan.
SAMYA – Até aí, tudo bem... Continua...
ALÉXYA – Ai acabei pegando ele na sala com a secretária dele.
SAMYA – Como é?  Quer dizer que você pegou o Arlan com outra mulher na sala presidencial?
Aléxya faz sinal que sim.
ALÉXYA – Sim! Mas eles não estavam fazendo nada demais. O que mais me chamou a atenção foi pelo fato da porta estar fechada com chave.
SAMYA – Vai ver que eles queria privacidade pra trabalhar juntos, ou coisa do tipo.
ALÉXYA – Foi exatamente isso que me disseram.
SAMYA – Ai amiga você está criando expectativas demais de encontrar o Arlan te traindo e ainda mais com uma secretaria.
ALÉXYA – Só que ela não é uma secretaria. Ela é bonita, sensual, atraente, toda elegante, toda trabalhada no look.
SAMYA – Aléxya, me escuta, o Arlan é completamente apaixonado por você. Acha mesmo que ele iria te trair com uma secretária em pleno local de trabalho dele?
ALÉXYA – É, você está coberta de razão...  Estou criando expectativas demais quanto a isso... Vou deixa o detetive fazer o trabalho dele...

CENA 05/ MANSÃO KUNH / SALA / INT./ NOITE
 Após longo dia de trabalho, Ônix volta para casa e é recebido pela emprega, Simone.
SIMONE – Boa noite, Dr. Ônix. Já voltou do trabalho?
ÔNIX – (grita) Mas que pergunta é essa agora? Não está me vendo aqui, criatura?
SIMONE – Desculpas.
ÔNIX – Olha Simone, não venha com pedidos de desculpas essas horas da noite. Pelo amor de Zeus.
SIMONE – Tudo bem, Dr. Ônix.
Ônix toma a palavra:
ÔNIX – Alguém me ligou?
SIMONE – Ligou sim, hoje cedo.
ÔNIX – Quem criatura?
SIMONE – O seu pai. O doutor Orlando.
ÔNIX – (surpreso) O papai me ligou?!
Simone acena que sim.
ÔNIX – E o que ele queria?
Simone fixa seus olhos em Ônix.
Silêncio.

CENA 06/ BAR DO WALCYR/ INT./ NOITE
Música: Sissi – Alexandre Pires
O Bar do Walcyr é o point de advogados, médicos, e todos os outros tipos de executivos se encontram após um longo dia de trabalho. É de se admirar o bar lotado de executivos. Eis que Reginária entra em cena sensualizando, chamando atenção geral de todos.
WALCYR – Dona Reginária! São horas de se apresentar ao trabalho?
A piriguete entrega um papel para o dono do bar e diz:
REGINÁRIA – Aqui o atestado médico. Rotavirus até ontem.
WALCYR – Sei! Sei! Enxaqueca numa semana, dengue na outra, rotavirus na outra. Pra mim admira que a senhora esteja tão assim, tão bem de saúde não é? A senhora quase que um milagre da medicina.
REGINÁRIA – Sabe o que é seu Walcyr? É que eu sou exposta a milhões de micróbios trabalhando no seu bar. Entendeu? É muita gente, muito entra e sai. Sabe esse povo sem vacina, não dá.
WALCYR – Entendi! Entendi! Agora a senhora tem que entender uma coisa: Vá lá dentro, ponha o seu uniforme e venha atender os clientes. Porque senão este micróbio aqui vai acabar com a sua raça.
Reginária sai. Walcyr admira o rebolado da piriguete. Kadu entra logo em seguida.
WALCYR – E o senhor seu Kadu, cuide em trocar o seu uniforme e atender os clientes. As cervejas não vão se servir sozinhas!
KADU – Poxa pai. Acabei de chegar do trabalho, tô morto. Tenho que acordar cedo amanhã e/
WALCYR – Isso não me interessa! Como meu filho, você tem que me ajudar no bar. Anda! Rápido! Rápido! Sem perca de tempo! É como sempre digo: Dinheiro é tempo!
KADU – Não seria o contrário?
WALCYR – (grita) Que seja! Que seja!
Walcyr sai. Kadu segue até o depósito do bar.

CENA 07/ BAR DO WALCYR/ DEPÓSITO/ INT./ NOITE
Chegando ao depósito. Kadu começa a retirar o uniforme do trabalho da mansão Scarion, ficando apenas de cueca. De repente Reginária da de cara com Kadu praticamente nu.
KADU – Ta olhando o que piriguete? Vai me dizer que nunca viu um homem sarado de cueca?!
Reginária não desgruda os olhos do corpo sarado do rapaz. Ele aproxima-se de Reginária e diz:
KADU – Ta surda?
Ela “desperta”:
REGINÁRIA – Sai daqui! – e empurra o rapaz.
Kadu pega Reginária pelo braço e taca-lhe um beijaço.
             
CENA 08/ BAR DO WALCYR/ INT./ NOITE
Sentados. Arlan diante de Ônix.
ARLAN – Então Ônix, por que me chamou até aqui?
ÔNIX – Arlan, meu querido... Depois que você começou a trabalhar na empresa do Magnus, foram raras as vezes que nos encontramos e não tivemos a oportunidades de discutir sobre o golpe na Scarion Mil. Então o seu querido amigo aqui, resolveu marcar essa, como eu posso dizer? Essa reuniãozinha para falarmos do tal golpe.
Arlan toma a palavra:
ARLAN – Entendo.
Arlan dá um gole em sua cerveja antes de responder:
ARLAN – Ônix, eu ainda não coloquei o plano em prática. Eu ainda não comecei a desviar a grana. Não criei nem caixa dois nem nada ainda/
Exaltado, Ônix interrompe Arlan:
ÔNIX – (exaltado) Como não?! Eu te ensinei tudo o que você precisa saber. Te ensinei a criar caixa dois e tudo mais.
ARLAN – Está muito cedo e além do mais/
ÔNIX – (exaltado) Cedo?! Você acha mesmo que ainda está cedo?! Meu Zeus do céu! Arlan me escuta: Você tem que colocar em prática o plano o mais rápido possível. Não perde tempo e começa a desviar a grana do imbecil do Magnus. Quanto antes começarmos a desviar a grana, melhor!
De repente Ônix flagra alguém do lado de fora do bar fotografando-o e tira uma conclusão.
O filho de Orlando levanta a sobrancelha e declara:
ÔNIX – (desconfiado) Mas o que é isso agora?
ARLAN – O que foi Ônix? Aconteceu alguma coisa?
ÔNIX – Tem algum maluco lá fora nos fotografando!
ARLAN – (surpreso) Como é que é?!
Suspense.
CORTA PARA:

FIM DO CAPÍTULO









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