segunda-feira, 2 de maio de 2016

Capítulo 11: Amor Bandido

CENA 01/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA JANTAR/ INT./ DIA
Completamente ensopado Arlan grita:
ARLAN – (grita) Olha o que você fez garota!
ALYNE – Ai desculpa eu sinto muito.
Ao ouvir os gritos da cozinha, Rubina aparece e ao se deparar com o rapaz completamente ensopado de suco diz:
RUBINA – Filha, olha só o que você fez! Molhou o moço todo... Deixa-me dar um jeito nisso.
ARLAN – (irritado) Mas era só que me falta mesmo. Molhou minha roupa toda.
ALYNE – Desculpas... Eu sinto muito... Não sei como a jarra se desequilibrou.
LÍRIO – Calma gente, foi apenas pequeno adicente. Isso acontece...
Ele ser vira para o golpista e diz:
LÍRIO – Arlan não deixarei você voltar assim pra casa... Alyne minha querida já que foi você a causadora desse estrago todo, leve o rapaz até o banheiro da minha suíte e logo em seguida leve a ele um dos meus ternos.
 ALYNE – Sim senhor.
ARLAN – Não é preciso Lírio.
LÍRIO – Eu faço questão!
ARLAN – Já que insiste! Tudo bem.
Arlan se vira para Alyne e diz:
ARLAN – Então vamos! – diz com um tom enraivado.
ALYNE – Vamos!
Os dois saem.

CENA 02/ MANSÃO SCULTZ/ SUÍTE MASTER/ BANHEIRO/ INT./ DIA
Alyne apresenta o banhei à Arlan.
ALYNE – Aqui é o banheiro e aqui está o terno pra você trocar depois do banho.
ARLAN – É incrível como você fala com tamanha naturalidade. Se você não tivesse jogado todo suco da jarra em mim não precisaria me trazer até aqui! Mas isso é o que dá contratar uma empregada incompetente. Eu se fosse teu patrão te demitia na hora.
ALYNE – (grita) Eu já disse foi um acidente!
ARLAN – (grita) Acidente?!
ALYNE – (grita) Acidente sim! Imagina se eu ia jogar propositadamente um suco em você. Agora me dá licença. – diz dando meia volta.
Arlan puxa a moça pelo braço e a puxa. Rostos colados um no outro os dois se beijam.
ABERTURA DA NOVELA

CENA 03/ FLAT/ QUARTO/ INT./ DIA
Após noite de amor com seu professor, Ivo acorda e estranha o local onde se encontra.  Ao se virar ele dá de cara com Pollo que estava observando-o. Pollo sorrir para o filho de dona Yeda e diz:
POLLO – Bom dia Ivo!
O rapaz fica surpreso, mas não entende:
IVO – Eu... O que aconteceu?!
POLLO – Não tá lembrado de ontem? – diz com um sorriso estampado no rosto.
Ivo faz uma expressão de quem está tentando lembrar-se de algo. O estudando leva as mãos até a cabeça e diz:
IVO – Eu não acredito que fiz isso!
Pollo se assusta com a reação do rapaz:
POLLO – Ivo aconteceu alguma coisa?
IVO – (grita) Não toca em mim! – grita o rapaz com uma expressão de ódio no rosto.
POLLO – Ivo eu não entendo, porque está agindo dessa forma depois de ontem.
IVO – Eu não acredito que fiz isso. Eu não posso ter feito isso! E o pior de tudo... Com você! – grita ainda mais forte.
POLLO – Ivo, o que está acontecendo, porque está agindo dessa forma?
IVO – Eu já mandei você não tocar em mim caramba! – grita.
Pollo fica abismado com reação do rapaz:
IVO – Maldita hora que resolvi aceita aquele seu convite de sair com você. – diz enraivado enquanto se veste.
POLLO – Ivo eu não sei o que está acontecendo com você. O que eu fiz que te deixou assim? Alguma coisa que falei ontem?
Enfurecido, Ivo se vira para o professor e diz:
IVO – (brada) Eu tenho nojo de você seu viado... Sua... Sua bichinha! – diz Ivo antes de deixar o flat.
Surpreso, Pollo chora enquanto tenta entender o que motivou tudo isso.

Vila Mariana – SP
CENA 04/ CASA YEDA/ SALA/ INT,/ DIA
Tranquilamente, dona Yeda toma seu café enquanto assiste ao programa Encontro com Fátima Bernardes. De repente, Ivo, enfurecido, entra na sala pela porta.
YEDA – Oi meu filho? Porque não avisou que ia dormir fora de casa ontem/
Completamente irritado, o rapaz passa pela mãe como um raio e vai direto pro quarto. Yeda estranha e vai atrás do rapaz.
YEDA – Ivo aconteceu alguma coisa? – grita preocupada.

CENA 05/ CASA YEDA/ QUARTO/ INT./ DIA
Ivo se tranca dentro do quarto. Se joga na cama e começa a chorar.
YEDA – Meu filho o que foi que aconteceu? Porque está chorando? – diz preocupada.
Dentro do quarto, o rapaz chora inconsolavelmente. Ele levanta a cabeça como se estivesse contemplando o céu e começa a falar com um tom de ódio com Deus:
IVO – Porque eu?... Porque justamente eu tive que nascer assim meu Deus do céu? O que eu fiz?

CENA 06/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Detetive Ângello diante de Monique.
MONIQUE – Pois não?
O detetive mostra seu distintivo para a secretária e diz:
ÂNGELLO – Gostaria de falar com o Dr. Orlando Kuhn.
MONIQUE – Eu sinto muito ele se encontra numa reunião importantíssima no momento. Não gostaria de esperar?
ÂNGELLO – Olha minha querida, eu não tenho todo tempo do mundo. Eu preciso falar urgentemente com o seu patrão, é assunto de seu interesse.
Monique ousa em pergunta:
MONIQUE – É sobre o sumiço do doutor Egídio não é?
ÂNGELLO – Exatamente. O que você sabe sobre ele?
Monique se excita ao responde:
MONIQUE – Nada! Nada! Eu não sei de nada sobre o sumiço do doutor Egídio.
ÂNGELLO – Você excitou! Você sabe de alguma coisa. Eu vejo nos seus olhos. Vejo que você sabe de alguma coisa, mas não quer me dizer. Você tem medo de me dizer.
Monique fica apreensiva ao ouvir as palavras do detetive. Ângello inclina-se no balcão em direção à Monique e diz:
ÂNGELLO – Vamos lá... Estou esperando você me responder. O que você sabe sobre o sumiço do Dr. Egídio?
Monique engole em seco.
Suspense.

Vila Mariana - SP
CENA 07/ CASA YEDA/ EXT./ DIA
Apesar de ter sido chamado de viado e de bichinha por Ivo pela manhã, Pollo decide ir até a casa do rapaz e tentar entender o porquê do “surto” do aluno. Pollo diante de dona Yeda.
YEDA – Em que posso ajudar?
POLLO – Dona Yeda?
YEDA – Sim, sou eu. E você quem é?
Sorridente, Pollo estende a mão e diz:
POLLO – Prazer, Pollo Nazário. Eu sou o professor de direito da universidade em que seu filho, Ivo, estuda.
YEDA – Então o senhor é o professor do meu filho. Pollo, por favor, entre.
Pollo entra e se acomoda no sofá a pedido de Yeda.
YEDA – Sente-se, por favor. Então meu rapaz, o que veio fazer aqui.
POLLO – Bem... Eu vim conversar com o Ivo.
YEDA – Olha seu Pollo, eu não sei se o Ivo queira falar com alguém agora.
POLLO – Mas por quê? – pergunta o rapaz preocupado.
YEDA – Eu não sei bem o que aconteceu. Hoje de manhã ele chegou em casa muito irritado e foi direto pro quarto. Se trancou e não para de chorar. Não quer papo com ninguém, nem mesmo comigo que sou sua mãe. Mas se quiser eu digo a ele que o senhor está aqui e/
Pollo interrompe da dona de casa e diz:
POLLO – Não! Não! Não é preciso. Acredito que o Ivo esteja precisando de um espaço. É bom não incomoda-lo.
YEDA – Como o senhor desejar.

CENA 08/GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Ângello diante de Monique.
ANGELLO – Então Monique, o que você sabe sobre o sumiço do Egídio?
Apreensiva e completamente nervosa, Monique desvia seu rosto do olhar fixo do detetive.
MONIQUE – Eu juro, eu não sei de nada.
ÂNGELLO – Escuta aqui garota, com essa informação que você tem você pode ajudar na investigação. E quem sabe se tivermos sorte encontrar o doutor Egídio.
Monique estuda a situação e acaba cedendo:
MONIQUE – Está bem.
Monique inclinasse no balcão e cochicha à Ângelo:
MONIQUE – Dias antes do sumiço do Egídio, eu ouvi por detrás da porta uma discursão entre ele e o doutor Ônix.
ANGELLO – Discursão é? – diz o detetive com uma das sobrancelhas levantada.
Monique acena que sim. Logo em seguida Ônix entra em cena esbanjando muita simpatia:
ÔNIX – Bom dia detetive Ângello – diz sorridente.
Ângello diante de Ônix:
ÂNGELLO – Ônix! – diz o policial desconfiado.
Ônix diante de Ângello.
ÔNIX – Então o que faz aqui? Novidades sobre o caso do Egídio? Ai eu espero que seja isso. Eu confesso que não dormir direito depois do sumiço do pobre do Egídio/
O detetive corta Ônix e diz:
ÂNGELLO – Eu preciso falar com você!
ÔNIX – Falar comigo – diz surpreso – mas do que se trata o assunto?
Suspense.

CENA 09/ GRUPO KUHN/ SALA PRESIDENCIAL ÔNIX/ INT./ DIA
Ônix completamente histérico aos gritos diante do detetive Ângello.
ÔNIX – Pera ai, o senhor está desconfiando que eu seja o responsável pelo sumiço do Egídio é isso?! – grita histericamente.
ÂNGELLO – Não exatamente doutor Ônix! – fala tranquilamente tentando se explicar.
ÔNIX – (grita histericamente) Claro que é isso! Você acabou de falar! Quem já se viu! Pelo amor da santa! Era só oque me faltava mesmo! O Egídio some sem dar explicação e eu levo a culpa. Se o senhor veio até aqui me acusar de uma coisa que não fiz vou logo avisando que eu sou capaz de/
De repente Orlando entra em cena pela porta:
ORLANDO – Ônix por que os gritos? – pergunta.
Orlando encontra o detetive e o cumprimenta com um aperto de mão.
ORLANDO – Detetive Ângello, o que faz aqui?
Histericamente, Ônix toma a palavra e diz:
ÔNIX – (aos gritos) Eu lhe digo papai. O Ângello veio aqui me acusar do sumiço do Egídio!
O dono do Grupo Kuhn vira-se para o detetive e diz:
ORLANDO – Ângello isso é uma acusação forte demais!
ÂNGELLO – Eu não vi acusar ninguém doutor Orlando. O fato é que fiquei sabendo através da Monique, a recepcionista, que antes do sumiço do Egídio, ele e seu filho, Ônix, haviam tido uma desavença.
ÔNIX – Então quer dizer que foi o exu Monique?! – grita histericamente – mas eu vou demiti-la agora mesmo!
Orlando grita:
ORLANDO – Você não vai a lugar nenhum, Ônix. Agora nos diga, é verdade que dias antes do desaparecimento do Egídio você dois haviam tido uma discursão?
O vilão não pensa duas vezes e responde:
ÔNIX – É verdade! Mas não foi uma discursão horrorosa como vocês devem está pensando, foi apenas um bate boca. Coisa boba.
ORLANDO – E qual foi o motivo do bate boca de vocês dois?
ÔNIX – Ah não pelo amor da santa, que interrogatório é esse? Gente, foi apenas um bate boca. Nada demais.
ORLANDO – Ônix, eu e o detetive Ângelo só queremos saber o motivo do bate boca de você e do Egídio!
ÔNIX – Está bem, já que insiste. Eu e o Egídio discutimos simplesmente porque eu havia perdido uma papelada de documentos da empresa que o Egídio havia me emprestado. Pronto. Satisfeito? – mente e logo se retira da sala.

CENA 10/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Após deixar a sala presidencial, irritado, Ônix vai até recepção e encontra Monique.
ÔNIX – Monique! – grita.
MONIQUE – Ai que susto doutor Ônix!
Irritado, Ônix vai direto ao ponto:
ÔNIX – Porque falou ao detetive Ângello que havia discutido com o Egídio dias antes de ele desaparecer?
A secretária engole em seco.
Suspense.

Rio de Janeiro - RJ
CENA 11/ MANSÃO SCULTZ/ SUÍTE MASTER/ BANHEIRO/ INT./ DIA
Alyne e Arlan a se beijar. Alyne interrompe o beijo roubado por Arlan e diz:
ALYNE – Me larga você ficou maluco?
ARLAN – Só se for por você! – e volta a roubar mais um beijo da filha de Rubina.
De inicio Alyne tenta fugir do beijo de Arlan, mas acaba desistindo e se entrega ao rapaz.

SÃO PAULO - SP
CENA 12/ GRUPO KUHN/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Ônix a enfrentar Monique.
ÔNIX – Responde crápula! Porque foi correndo dizer pro detetive que havia brigado com o Egídio dias antes dele sumir? – grita.
MONIQUE – Desculpas doutor Ônix/
ÔNIX – Desculpas?! Desculpas? – diz irritado – Olha querida não adianta pedir desculpas, a merda já foi feita! Agora eu não entendo como você ouviu a nossa discursão... Por acaso você anda escutando por detrás das portas?
Envergonhada, Monique abaixa a cabeça e acena que sim.
ÔNIX – Não diga nada! Não diga absolutamente nada! Eu devia era te demitir por tua incompetência, Monique.
MONIQUE – Eu só queria ajudar na investigação doutor Ônix. - diz tentando se explicar.
ÔNIX – Ajudasse ficando calada. O fato é que você acabou me prejudicando.
MONIQUE – Eu sinto muito.
ÔNIX – Da próxima vez que eu souber que você continua ouvindo detrás da porta irei demiti-la por justa causa! Entendidos?
MONIQUE – Sim senhor!
ÔNIX – Eu não ouvi, o que você disser?
MONIQUE – Sim senhor!
ÔNIX – Ah?
MONIQUE – Sim senhor, doutor Ônix! – grita.
ÔNIX – Hm... – e logo deixa o local.

Vila Mariana - SP
CENA 13/ CASA DONA YEDA/ QUARTO IVO/ INT./ DIA
Dona Yeda diante de Ivo.
YEDA – Eu trouxe esse leite com biscoito pra você meu filho.
IVO – Obrigado mãe, mas eu não estou com fome.
YEDA – Mas você vai pra universidade sem se alimentar meu filho? Isso não pode.
IVO – Mãe eu já tenho dezoito anos, não sou mais uma criança.
YEDA – Tudo bem meu filho. Sabe Ivo, hoje mais cedo, aquele seu professor da universidade, o Pollo esteve aqui e queria falar com você. Pelo jeito era algo muito sério.
Ivo fica surpreso ao ouvir aquilo.
A imagem congela em Ivo.

FIM DO CAPÍTULO



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