quarta-feira, 22 de junho de 2016

Capítulo 22: Amor Bandido

CENA 01/ HOSPITAL SAN MAGNO/ RECEPÇÃO/ INT./ NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior. Após receber a notícia de que seu pai está internado no hospital, Ônix não perde e tempo e parte pra lá. Chegando lá, ele encontra Alyne:
ÔNIX – Alyne! – grita.
Ao ver o rapaz ali, Alyne corre para os braços do mesmo.
ALYNE – Ônix! – aos prantos – O seu pai.
ÔNIX – Como ele está?
ALYNE – Eu ainda não sei. Ele passou mal em casa enquanto lia. Não sei muito bem, mas segundo os médios, parece que ele teve um ataque cardíaco.
ÔNIX – De novo! – revela o vilão.
ALYNE – Como assim de novo? Ele já sofria antes de ataque cardíaco?
ÔNIX – Já sim. Há um tempo. – os olhos do vilão se enchem de lágrimas ao falar – Aconteceu quando minha mãe se foi. Quando minha mãe veio a falecer ele não aguentou e acabou sofrendo o seu primeiro ataque miocárdio catastrófico, essa é a segunda vez. Mas enfim, isso não vem ao caso agora. Eu quero saber como o meu pai está.
O médico entra em cena, Ônix pergunta:
ÔNIX – Doutor Josenildo, como é que está o meu pai? O doutor Orlando?
MÉDICO – O estado do paciente é grave e infelizmente ele se encontra em estado de coma.
ÔNIX – Meu Deus do céu. Coitado do papai. – diz Ônix que por dentro é só alegria.
ALYNE – Eu preciso ver o doutor Orlando.
MÉDICO – Eu só posso permitir a entrada de uma pessoa por vez. Vem você primeiro, já que é o filho. – diz o médico.
Os dois deixam o local.

CENA 02/ HOSPITAL SAN MAGNO/ QUARTO ORLANDO/ INT./ NOITE
Ônix entra na sala acompanhado pelo médico. Ônix encontra seu pai deitado completamente encubado. O médico decide deixar o vilão a sós com o pai. O rapaz aproxima-se de Orlando e diz:
ÔNIX – Velho... Você não está mais apto a viver papai, ou melhor dizendo, doutor Orlando. – há uma longa pausa antes dele continuar – Sabe, eu nunca gostei de você. Nunca gostei dessa ideia de te chamar de pai. Acho uó tudo isso. – sorrir – É papai (tom debochado), o mundo dá voltas. Dias atrás você me humilhou, me expulsou de casa, hoje o senhor está ai, deitado, com o pé na cova. – volta a sorrir – Sabe... O senhor bem que podia me dar alegria. Morresse logo de vez e deixasse tudo pra mim. A empresa, a mansão, os carros, toda grana. Se eu pudesse, eu desligava esses aparelhos todinho, apenas pra satisfazer os meus desejos de te ver a sete palmos debaixo da terra. – declara o vilão diante do próprio pai.
CENA 03/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ NOITE
Magnus diante de Arlan.
MAGNUS – E o Ônix? – pergunta o empresário.
ARLAN – Acabou de sair. Não sei muito bem, mas parece que o pai dele, o doutor Orlando, passou mal e está internado no hospital.
MAGNUS – O Orlando?! – surpreso – Em qual hospital ele está internado?
ARLAN – O hospital San Magno.
Preocupado com o grande amigo, Magnus decide ir até lá.

ABERTURA DA NOVELA

CENA 04/ HOSPITAL SAN MAGNO/ RECEPÇÃO/ INT./ NOITE
Alyne sentada aos prantos. Ônix vem se aproximando, ao vê-lo a moça levanta-se e vai em sua direção:
ALYNE – Então? Como ele está? – pergunta a moça preocupada pelo multibilionário.
ÔNIX – Ele vai ficar bem. – responde o vilão.
De repente, Magnus entra em cena e procura por Ônix na recepção. Alyne vê o empresário e para não ser visto pelo mesmo resolve se esconder.
ÔNIX – Pra onde você vai?
ALYNE – Eu vou ali. – tensa.
ÔNIX – Ali onde criatura? – pergunta.
ALYNE – Ali... Ali... – diz ela antes de deixar Ônix sozinho.
Nisso, Magnus encontra Ônix próximo dali e diz:
MAGNUS – Ônix... O Arlan me disse que seu pai passou mal e está internado aqui. Como é que o meu amigo está?
ÔNIX – Perguntei ao médico e ele me disse que o estado dele é grave. Mas ele não corre risco de vida.
MAGNUS – Ainda bem. Mas então, o que foi que aconteceu?
ÔNIX – O papai teve um ataque cardíaco.
MAGNUS – Ataque cardíaco? – surpreso – Todos esses anos que conheço o Orlando eu nunca ouvi falar que ele sofria disso.
ÔNIX – Essa já é a segunda vez. A primeira vez foi quando a mamãe morreu. Ele sofreu demais com a morte da mamãe e não aguentou.
Nesse momento, o médico entra em cena. Ônix e diz:
ÔNIX – Pelo amor da santa, não venha o senhor me dizer que o papai piorou!
MÉDICO – Pelo contrário doutor Ônix – sorrir – O doutor Orlando acabou de acordar do coma.
MAGNUS – Mais isso é ótimo! – vibra Magnus – Não é Ônix?!
ÔNIX - Sim claro. É ótimo! Estou pulando de alegria em ouvir isso - diz com um sorriso falso no rosto.
Magnus diante do médico:
MAGNUS – Eu sou muito amigo do paciente, e gostaria de vê-lo. Seria possível?
MÉDICO – Sim, claro. Me acompanhe, por favor.
O médico sai.
MAGNUS – Não vem comigo Ônix? – pergunta.
ÔNIX – Não. Não. Antes eu preciso encontrar uma pessoa – diz referindo-se a Alyne.
MAGNUS – Tudo bem então. – diz antes de deixar o local.
Ônix a buscar Alyne pela recepção.
ÔNIX – Onde será que a Alyne se meteu?

CENA 05/ HOSPITAL SAN MAGNO/ CORREDORES/ INT./ NOITE
Alyne fugindo as escondidas de Magnus:
ALYNE – Eu preciso sair daqui. O doutor Magnus não pode me ver se não ele acaba contado pro Arlan e eles descobrem que estou aqui. Caso contrário, adeus meu plano de vingança.

CENA 06/ HOSPITAL SAN MAGNO/ INT./ NOITE
Orlando deitado. Magnus ao lado do amigo de pé.
MAGNUS – Você nos deu um susto Orlando, mas graças a Deus você, meu velho amigo, está bem. Quando o Ônix me disse que/
Orlando interrompe Magnus e diz:
ORLANDO – Pera ai... O Ônix está na tua casa? – surpreso.
MAGNUS – Está sim. Depois que você o expulsou de casa ele não tinha pra onde ir.
ORLANDO – E você o abrigou de braços abertos?
MAGNUS – O rapaz não tinha pra onde ir. Isso porque você o expulsou sem nenhum motivo. – argumenta.
ORLANDO – Eu tive meus motivos de ter expulsado o Ônix de casa. E se eu fosse você, não perdia tempo e o expulsa sem perca de tempo, antes que ele resolva fazer com você o que ele fez comigo.
MAGNUS – O que foi que ele fez de tão grave assim pra você ter expulsando-o de casa?
Envergonhado pelo filho, o empresário decide não dizer:
ORLANDO – Eu não quero falar sobre isso. Agora se você me dá licença, eu preciso repousar um pouco depois de tudo o que aconteceu.
MAGNUS – Sim. Claro. Fica bom logo. – sorrir.
Magnus deixa a sala.

CENA 07/ FLAT POLLO/ QUARTO/ INT./ NOITE
Ivo adverso diante de Pollo:
POLLO – O que foi meu amor? Não está animado pra ir ao show?
IVO – Depois de tudo o que aconteceu hoje... Não.
POLLO – O que foi que aconteceu que te deixou de baixo astral?
IVO – Nada Pollo. Nada demais!
Pollo pega Ivo pela cintura o beija e depois pergunta:
POLLO – Meu lindo, me conta, vai. Me fala. O que está acontecendo com você. Quem sabe, eu posso te ajudar. o que está acontecendo? Não está feliz em ir ao show da tua cantora favorita?
IVO – Não Pollo. Não é isso. – com lágrimas nos olhos.
POLLO – Então o que é? – preocupado.
IVO – Hoje pela manhã, um oficial de justiça apareceu lá em casa com uma ordem de despejo. – fala o rapaz relutante aos prantos.
Surpreso, o professor pergunta:
POLLO – Como assim, uma ordem de despejo? Aquela casa que você e sua mãe moram não pertence a vocês?
IVO – Não mesmo. É alugada e o dono decidiu nos despejar por falta de pagamento. Ele até nos deu um prazo de quinze dias pra pagar os alugueis atrasados e continuarmos na casa, mas nem eu e nem a mamãe tem o dinheiro pra pagar. Não sabemos o que fazer. Estou desesperado.
Pollo se oferece e diz:
POLLO – Quem sabe eu posso ajudar... Eu tenho um dinheiro no banco quem sabe eu/
Pollo mal termina a frase e Ivo o interrompe:
IVO – Não! Por favor. – diz repreendendo o parceiro – Não faça isso que está pensando.
POLLO – Mas vocês precisam de ajuda. – argumenta.
IVO – Pollo, eu entendo o seu posicionamento de querer nos ajudar, mas eu não posso aceitar.
POLLO – Mas por que?
IVO – Pollo não me questione, eu te peço.
Há um momento de silêncio antes do professor dizer:
POLLO – Está bem. Como quiser.
Em seguida, Pollo puxa Ivo para junto de se e o beija carinhosamente.

CENA 08/ HOSPITAL SAN MAGNO/ CORREDOR/ INT./ NOITE
Alyne continua fugindo, pelos corredores do hospital, para que Magnus não a veja.
 ALYNE – Onde será que fica a saída meu Deus do céu?! - diz completamente perdida.
De repente Alyne avista a saída e não perde tempo. Ela corre até a porta e acaba se surpreendendo com Ônix que aparece na sua frente:
ÔNIX – Fugindo de alguém Alyne?
Alyne pálida. Ônix a enfrentar Alyne.
ÔNIX – Você ainda não respondeu a minha pergunta, Alyne. De quem você está fugindo?
ALYNE – Fugindo?! Quem está fugindo? – se faz de desentendida.
ÔNIX – Você. – friamente - E não se faça de songamonga. Do jeito que você saiu da recepção deixou bastante claro que você estava fugindo de alguém. E agora essa... Você deixando às pressas o hospital. Há uma explicação. Não há?
ALYNE – Ônix, de quem eu havia de fugir? – mente.
ÔNIX – Eu ainda não sei. Mas que estava, estava. – declara.
ALYNE – Olha Ônix, se me dá licença eu preciso voltar à mansão pra pegar algumas trocas de roupas pro doutor Orlando.
ÔNIX – Faça isso.
Alyne pega um taxi (na frente do hospital) e deixa o local. Ônix fica pensativo.

CENA 09/ ESTRADA/ TAXI/ INT./ NOITE
Alyne sentada no banco traseiro do taxi a pensar alto:
ALYNE – Ufa... Foi por pouco! – diz a moça aliviada.

Dias depois:
CENA 10/ MANSÃO KUHN/ SALA/ INT./ DIA
Após sofrer ataque cardíaco há alguns dias, Orlando melhora e recebe alta do hospital.
Ele entra na sala em uma cadeira de rodas, acompanhado por um segurança que o empurrava e ao lado Alyne.
ORLANDO – Eu fico imaginando: O que seria de mim sem você do meu lado, Alyne. Você foi a única que me fez companhia esse tempo todo enquanto estive internado naquele hospital.
ALYNE – Era o mínimo que podia fazer pelo senhor, doutor Orlando. O senhor que me recebeu de braços abertos em sua casa. – diz a moça com um sorriso estampado no rosto.
A empregada da mansão entra logo em seguida e ao ver o patrão ali faz uma festa:
SIMONE – Doutor Orlando! Que bom que o senhor está de volta. – diz a faz tudo animada.
ORLANDO – Sentiu minha falta Simone? – pergunta.
A empregada acena que sim. De repente, Ônix entra em cena e diz:
ÔNIX – Não tanto quanto eu! – declara com um sorriso sínico estampado no rosto.
Ao ver o filho de volta em casa, o empresário se irrita e diz:
ORLANDO – (irritado) Mas o que esse desgraçado faz aqui? – ranger de dentes – Eu já te expulsei outras vezes e posso te expulsar de novo! – ameaça aos gritos.
Alyne intervém e diz:
ALYNE – Calma doutor Orlando! O Ônix está aqui há pedido meu. – declara.
O empresário se acalma e pergunta:
ORLANDO – Como é que é?
ALYNE – Eu pedi para que ele volta-se a morar aqui porque só assim ele podia ministrar a casa enquanto estava no hospital com o senhor.
ORLANDO – Alyne, minha querida, eu até entendo que você queria me ajudar, mas colocar o Ônix pra dentro de casa é inadmissível.
Alyne argumenta:
ALYNE – Doutor Orlando, eu não sei o que o Ônix fez pro senhor ter expulsado ele de casa, mas acredito que ele esteja arrependido pelo que fez. Por favor, dê uma segunda chance a ele. Deixa ele voltar pra casa.
Ônix faz um gesto de misericórdia ao pai.
ÔNIX – Pelo amor da santa, pai, por favor.
O empresário pensa um pouco antes de dizer:
ORLANDO – Está bem. Você fica. – declara – Isso por que foi a Alyne quem pediu.
Assim como Alyne, Ônix fica feliz com a decisão.
ORLANDO – Agora, Ônix, vê se serve pra alguma coisa e me leve até o meu quarto.
ÔNIX – Claro pai. Vem. Vamos. – diz o vilão empurrando a cadeira de rodas.

CENA 11/ MANSÃO KUHN/ SUÍTE ORLANDO/ INT./ DIA
Alyne diante de Orlando.
ALYNE – Fiquei muito feliz por ter deixado o Ônix voltar pra casa.
ORLANDO – Não gostei nada da ideia de colocar o Ônix pra dormir no mesmo teto que eu. Mas como foi você quem pediu. – sorrir.
ALYNE – O senhor ainda não me disse o que ele fez de tão grave assim.
ORLANDO – Um dia quem sabe, eu te conto tudo.
Há um longo momento de silêncio da parte de ambos antes de Orlando roubar um beijaço de Alyne.
A imagem congela nos dois se beijando.
FIM DO CAPÍTULO


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