CENA
01/ HOSPITAL SAN MAGNO/ RECEPÇÃO/ INT./ NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior. Após
receber a notícia de que seu pai está internado no hospital, Ônix não perde e
tempo e parte pra lá. Chegando lá, ele encontra Alyne:
ÔNIX – Alyne! – grita.
Ao ver o
rapaz ali, Alyne corre para os braços do mesmo.
ALYNE – Ônix! – aos prantos – O seu pai.
ÔNIX – Como ele está?
ALYNE – Eu ainda não sei. Ele passou mal
em casa enquanto lia. Não sei muito bem, mas segundo os médios, parece que ele
teve um ataque cardíaco.
ÔNIX – De novo! – revela o vilão.
ALYNE – Como assim de novo? Ele já
sofria antes de ataque cardíaco?
ÔNIX – Já sim. Há um tempo. – os olhos
do vilão se enchem de lágrimas ao falar – Aconteceu quando minha mãe se foi.
Quando minha mãe veio a falecer ele não aguentou e acabou sofrendo o seu primeiro
ataque miocárdio catastrófico, essa é a segunda vez. Mas enfim, isso não vem ao
caso agora. Eu quero saber como o meu pai está.
O médico
entra em cena, Ônix pergunta:
ÔNIX – Doutor Josenildo, como é que
está o meu pai? O doutor Orlando?
MÉDICO – O estado do paciente é grave e
infelizmente ele se encontra em estado de coma.
ÔNIX – Meu Deus do céu. Coitado do
papai. – diz Ônix que por dentro é só alegria.
ALYNE – Eu preciso ver o doutor Orlando.
MÉDICO – Eu só posso permitir a entrada
de uma pessoa por vez. Vem você primeiro, já que é o filho. – diz o médico.
Os dois
deixam o local.
CENA
02/ HOSPITAL SAN MAGNO/ QUARTO ORLANDO/ INT./ NOITE
Ônix entra
na sala acompanhado pelo médico. Ônix encontra seu pai deitado completamente
encubado. O médico decide deixar o vilão a sós com o pai. O rapaz aproxima-se
de Orlando e diz:
ÔNIX – Velho... Você não está mais apto
a viver papai, ou melhor dizendo, doutor Orlando. – há uma longa pausa antes
dele continuar – Sabe, eu nunca gostei de você. Nunca gostei dessa ideia de te
chamar de pai. Acho uó tudo isso. – sorrir – É papai (tom debochado), o mundo
dá voltas. Dias atrás você me humilhou, me expulsou de casa, hoje o senhor está
ai, deitado, com o pé na cova. – volta a sorrir – Sabe... O senhor bem que
podia me dar alegria. Morresse logo de vez e deixasse tudo pra mim. A empresa,
a mansão, os carros, toda grana. Se eu pudesse, eu desligava esses aparelhos
todinho, apenas pra satisfazer os meus desejos de te ver a sete palmos debaixo
da terra. – declara o vilão diante do próprio pai.
Magnus
diante de Arlan.
MAGNUS – E o Ônix? – pergunta o
empresário.
ARLAN – Acabou de sair. Não sei muito
bem, mas parece que o pai dele, o doutor Orlando, passou mal e está internado
no hospital.
MAGNUS – O Orlando?! – surpreso – Em qual
hospital ele está internado?
ARLAN – O hospital San Magno.
Preocupado
com o grande amigo, Magnus decide ir até lá.
ABERTURA DA NOVELA
CENA
04/ HOSPITAL SAN MAGNO/ RECEPÇÃO/ INT./ NOITE
Alyne
sentada aos prantos. Ônix vem se aproximando, ao vê-lo a moça levanta-se e vai
em sua direção:
ALYNE – Então? Como ele está? – pergunta
a moça preocupada pelo multibilionário.
ÔNIX – Ele vai ficar bem. – responde o
vilão.
De repente,
Magnus entra em cena e procura por Ônix na recepção. Alyne vê o empresário e
para não ser visto pelo mesmo resolve se esconder.
ÔNIX – Pra onde você vai?
ALYNE – Eu vou ali. – tensa.
ÔNIX – Ali onde criatura? – pergunta.
ALYNE – Ali... Ali... – diz ela antes de
deixar Ônix sozinho.
Nisso,
Magnus encontra Ônix próximo dali e diz:
MAGNUS – Ônix... O Arlan me disse que seu
pai passou mal e está internado aqui. Como é que o meu amigo está?
ÔNIX – Perguntei ao médico e ele me
disse que o estado dele é grave. Mas ele não corre risco de vida.
MAGNUS – Ainda bem. Mas então, o que foi
que aconteceu?
ÔNIX – O papai teve um ataque cardíaco.
MAGNUS – Ataque cardíaco? – surpreso –
Todos esses anos que conheço o Orlando eu nunca ouvi falar que ele sofria
disso.
ÔNIX – Essa já é a segunda vez. A
primeira vez foi quando a mamãe morreu. Ele sofreu demais com a morte da mamãe
e não aguentou.
Nesse
momento, o médico entra em cena. Ônix e diz:
ÔNIX – Pelo amor da santa, não venha o senhor me dizer que o
papai piorou!
MÉDICO – Pelo contrário doutor Ônix –
sorrir – O doutor Orlando acabou de acordar do coma.
MAGNUS – Mais isso é ótimo! – vibra
Magnus – Não é Ônix?!
ÔNIX - Sim claro. É ótimo! Estou
pulando de alegria em ouvir isso - diz com um sorriso falso no rosto.
Magnus diante
do médico:
MAGNUS – Eu sou muito amigo do paciente,
e gostaria de vê-lo. Seria possível?
MÉDICO – Sim, claro. Me acompanhe, por
favor.
O médico
sai.
MAGNUS – Não vem comigo Ônix? – pergunta.
ÔNIX – Não. Não. Antes eu preciso
encontrar uma pessoa – diz referindo-se a Alyne.
MAGNUS – Tudo bem então. – diz antes de
deixar o local.
Ônix a
buscar Alyne pela recepção.
ÔNIX – Onde será que a Alyne se meteu?
CENA
05/ HOSPITAL SAN MAGNO/ CORREDORES/ INT./ NOITE
Alyne
fugindo as escondidas de Magnus:
ALYNE – Eu preciso sair daqui. O doutor
Magnus não pode me ver se não ele acaba contado pro Arlan e eles descobrem que
estou aqui. Caso contrário, adeus meu plano de vingança.
CENA
06/ HOSPITAL SAN MAGNO/ INT./ NOITE
Orlando
deitado. Magnus ao lado do amigo de pé.
MAGNUS – Você nos deu um susto Orlando,
mas graças a Deus você, meu velho amigo, está bem. Quando o Ônix me disse que/
Orlando
interrompe Magnus e diz:
ORLANDO – Pera ai... O Ônix está na tua
casa? – surpreso.
MAGNUS – Está sim. Depois que você o
expulsou de casa ele não tinha pra onde ir.
ORLANDO – E você o abrigou de braços
abertos?
MAGNUS – O rapaz não tinha pra onde ir.
Isso porque você o expulsou sem nenhum motivo. – argumenta.
ORLANDO – Eu tive meus motivos de ter
expulsado o Ônix de casa. E se eu fosse você, não perdia tempo e o expulsa sem
perca de tempo, antes que ele resolva fazer com você o que ele fez comigo.
MAGNUS – O que foi que ele fez de tão
grave assim pra você ter expulsando-o de casa?
Envergonhado
pelo filho, o empresário decide não dizer:
ORLANDO – Eu não quero falar sobre isso.
Agora se você me dá licença, eu preciso repousar um pouco depois de tudo o que
aconteceu.
MAGNUS – Sim. Claro. Fica bom logo. –
sorrir.
Magnus
deixa a sala.
CENA
07/ FLAT POLLO/ QUARTO/ INT./ NOITE
Ivo adverso
diante de Pollo:
POLLO – O que foi meu amor? Não está
animado pra ir ao show?
IVO – Depois de tudo o que aconteceu
hoje... Não.
POLLO – O que foi que aconteceu que te
deixou de baixo astral?
IVO – Nada Pollo. Nada demais!
Pollo pega
Ivo pela cintura o beija e depois pergunta:
POLLO – Meu lindo, me conta, vai. Me
fala. O que está acontecendo com você. Quem sabe, eu posso te ajudar. o que
está acontecendo? Não está feliz em ir ao show da tua cantora favorita?
IVO – Não Pollo. Não é isso. – com lágrimas
nos olhos.
POLLO – Então o que é? – preocupado.
IVO – Hoje pela manhã, um oficial de
justiça apareceu lá em casa com uma ordem de despejo. – fala o rapaz relutante
aos prantos.
Surpreso, o
professor pergunta:
POLLO – Como assim, uma ordem de
despejo? Aquela casa que você e sua mãe moram não pertence a vocês?
IVO – Não mesmo. É alugada e o dono
decidiu nos despejar por falta de pagamento. Ele até nos deu um prazo de quinze
dias pra pagar os alugueis atrasados e continuarmos na casa, mas nem eu e nem a
mamãe tem o dinheiro pra pagar. Não sabemos o que fazer. Estou desesperado.
Pollo se
oferece e diz:
POLLO – Quem sabe eu posso ajudar... Eu
tenho um dinheiro no banco quem sabe eu/
Pollo mal
termina a frase e Ivo o interrompe:
IVO – Não! Por favor. – diz
repreendendo o parceiro – Não faça isso que está pensando.
POLLO – Mas vocês precisam de ajuda. –
argumenta.
IVO – Pollo, eu entendo o seu
posicionamento de querer nos ajudar, mas eu não posso aceitar.
POLLO – Mas por que?
IVO – Pollo não me questione, eu te
peço.
Há um
momento de silêncio antes do professor dizer:
POLLO – Está bem. Como quiser.
Em seguida,
Pollo puxa Ivo para junto de se e o beija carinhosamente.
CENA
08/ HOSPITAL SAN MAGNO/ CORREDOR/ INT./ NOITE
Alyne
continua fugindo, pelos corredores do hospital, para que Magnus não a veja.
ALYNE
– Onde será que fica a saída meu Deus do céu?! - diz completamente perdida.
De repente
Alyne avista a saída e não perde tempo. Ela corre até a porta e acaba se
surpreendendo com Ônix que aparece na sua frente:
ÔNIX – Fugindo de alguém Alyne?
Alyne
pálida. Ônix a enfrentar Alyne.
ÔNIX – Você ainda não respondeu a minha
pergunta, Alyne. De quem você está fugindo?
ALYNE – Fugindo?! Quem está fugindo? –
se faz de desentendida.
ÔNIX – Você. – friamente - E não se
faça de songamonga. Do jeito que você saiu da recepção deixou bastante claro
que você estava fugindo de alguém. E agora essa... Você deixando às pressas o
hospital. Há uma explicação. Não há?
ALYNE – Ônix, de quem eu havia de fugir?
– mente.
ÔNIX – Eu ainda não sei. Mas que
estava, estava. – declara.
ALYNE – Olha Ônix, se me dá licença eu
preciso voltar à mansão pra pegar algumas trocas de roupas pro doutor Orlando.
ÔNIX – Faça isso.
Alyne pega
um taxi (na frente do hospital) e deixa o local. Ônix fica pensativo.
CENA
09/ ESTRADA/ TAXI/ INT./ NOITE
Alyne
sentada no banco traseiro do taxi a pensar alto:
ALYNE – Ufa... Foi por pouco! – diz a
moça aliviada.
Dias
depois:
CENA
10/ MANSÃO KUHN/ SALA/ INT./ DIA
Após sofrer
ataque cardíaco há alguns dias, Orlando melhora e recebe alta do hospital.
Ele entra
na sala em uma cadeira de rodas, acompanhado por um segurança que o empurrava e
ao lado Alyne.
ORLANDO – Eu fico imaginando: O que seria
de mim sem você do meu lado, Alyne. Você foi a única que me fez companhia esse
tempo todo enquanto estive internado naquele hospital.
ALYNE – Era o mínimo que podia fazer
pelo senhor, doutor Orlando. O senhor que me recebeu de braços abertos em sua
casa. – diz a moça com um sorriso estampado no rosto.
A empregada
da mansão entra logo em seguida e ao ver o patrão ali faz uma festa:
SIMONE – Doutor Orlando! Que bom que o
senhor está de volta. – diz a faz tudo animada.
ORLANDO – Sentiu minha falta Simone? –
pergunta.
A empregada
acena que sim. De repente, Ônix entra em cena e diz:
ÔNIX – Não tanto quanto eu! – declara
com um sorriso sínico estampado no rosto.
Ao ver o
filho de volta em casa, o empresário se irrita e diz:
ORLANDO – (irritado) Mas o que esse
desgraçado faz aqui? – ranger de dentes – Eu já te expulsei outras vezes e
posso te expulsar de novo! – ameaça aos gritos.
Alyne
intervém e diz:
ALYNE – Calma doutor Orlando! O Ônix
está aqui há pedido meu. – declara.
O empresário
se acalma e pergunta:
ORLANDO – Como é que é?
ALYNE – Eu pedi para que ele volta-se a
morar aqui porque só assim ele podia ministrar a casa enquanto estava no
hospital com o senhor.
ORLANDO – Alyne, minha querida, eu até
entendo que você queria me ajudar, mas colocar o Ônix pra dentro de casa é
inadmissível.
Alyne
argumenta:
ALYNE – Doutor Orlando, eu não sei o que
o Ônix fez pro senhor ter expulsado ele de casa, mas acredito que ele esteja
arrependido pelo que fez. Por favor, dê uma segunda chance a ele. Deixa ele
voltar pra casa.
Ônix faz um
gesto de misericórdia ao pai.
ÔNIX – Pelo amor da santa, pai, por
favor.
O
empresário pensa um pouco antes de dizer:
ORLANDO – Está bem. Você fica. – declara –
Isso por que foi a Alyne quem pediu.
Assim como
Alyne, Ônix fica feliz com a decisão.
ORLANDO – Agora, Ônix, vê se serve pra
alguma coisa e me leve até o meu quarto.
ÔNIX – Claro pai. Vem. Vamos. – diz o
vilão empurrando a cadeira de rodas.
CENA
11/ MANSÃO KUHN/ SUÍTE ORLANDO/ INT./ DIA
Alyne
diante de Orlando.
ALYNE – Fiquei muito feliz por ter
deixado o Ônix voltar pra casa.
ORLANDO – Não gostei nada da ideia de
colocar o Ônix pra dormir no mesmo teto que eu. Mas como foi você quem pediu. –
sorrir.
ALYNE – O senhor ainda não me disse o
que ele fez de tão grave assim.
ORLANDO – Um dia quem sabe, eu te conto
tudo.
Há um longo
momento de silêncio da parte de ambos antes de Orlando roubar um beijaço de
Alyne.
A imagem
congela nos dois se beijando.
FIM DO CAPÍTULO
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