Capítulo 10
CENA 1/
CAFEZAL/ NOITE/ EXT.
Continuação
imediata da última cena do capítulo anterior;
Maria Tereza e Helena se encaram com ódio. Maria Tereza puxa o cabelo de
Helena e as duas caem no chão. Ambas saindo no tapa. Rogério amarrado. Helena
se levanta rapidamente, desamarra Rogério, e os dois correm para senzala. Maria
Tereza parada, com ódio.
M. TEREZA –
(grita) Desgraçada! Desgraçada!
Close em Maria Tereza toda molhada, com raiva. CORTA PARA/
CENA 2/ MANSÃO DE AFONSO/ NOITE/
INT./ SALA DE ESTAR.
Afonso
lendo um livro, sentado no sofá. Maria Tereza entra toda molhada, com muita
raiva. Afonso larga o livro e hesita.
AFONSO – O que aconteceu?
M. TEREZA – Aquela pobretona
desgraçada... A tal de Helena! Viu o amiguinho preto apanhar e logo veio pra
cima de mim. Mas ela ainda vai pagar muito caro!
AFONSO – Mas quantas vezes eu vou ter
que repetir que você precisa dar uma trégua pra essa gente, Maria Tereza?! Eu
já não agüento mais as suas reclamações!
M. TEREZA – Espera aí... Você está me
vendo? Ta vendo o meu estado... Eu estou toda molhada, Afonso. E você
simplesmente me diz que eu preciso dar trégua? Vá plantar batatas!
Maria
Tereza sobe revoltada. Afonso se enfurece.
AFONSO – Repete isso e quem vai ser o próximo a dar uma coça em você vai
ser eu!
Afonso volta a ler seu
livro. CORTA PARA/
CENA 3/
STOCK-SHOTS/ MONTE VELHO.
TAKES DO
AMANHECER NA CIDADE. PESSOAS INDO PARA SEUS TRABALHOS. VIOLEIROS TOCANDO NAS
PRAÇAS. TAKE FINAL NA FACHADA DA MANSÃO DE AFONSO. CORTA PARA/
CENA 4/ RUA/ EXT./ DIA.
Filomena
sai da lanchonete. Saulo do lado de fora olha ela saindo e segue-a. Ela
desconfia, olha para trás, mas não vê ninguém.
Saulo vê
Filomena entrando em sua casa, dá um sorriso, e volta. CORTE RÁPIDO PARA/
CENA 5/ FLORICULTURA/ DIA/ INT.
Saulo entra
no local. Olha as flores que estão ao lado, pega uma margarida e leva até o
balcão.
SAULO – Vou querer esse buquê!
BALCONISTA – São lindas. A pessoa que vai
receber há de gostar muito!
SAULO – Que bom! Assim eu espero!
A balconista
arruma o buquê e entrega nas mãos de Saulo/
SAULO – Muito obrigado!
Saulo tira
a carteira do bolso e entrega o dinheiro a balconista. Ele sai em seguida. CORTA PARA/
CENA 6/ MATA/ DIA/ EXT.
CAM ANDA
pelo local. FOCA em Domingos, solitário, pensando. FLAHS dele em um
barco, que afunda aos poucos. Desespero. Os flashes acabam.
DOMINGOS – Quem sou eu? O que eu estou
fazendo aqui?
Close Up em Domingos, sem entender
nada. CORTA PARA/
CENA 7/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/
INT./ SALA DE ESTAR.
Maria
Tereza se senta ao lado de Afonso. O rádio tocando baixo.
AFONSO – Está pensativa. O que houve?
M. TEREZA – Eu estava pensando aqui, mas
pode ser coisa da minha cabeça!
AFONSO – E o que você tava pensando?
M. TEREZA – Eu acho que devíamos retomar
as buscas por Domingos, Afonso!
AFONSO – O quê?
M. TEREZA – Pensa bem no perigo que você
está correndo se Domingos resolve reaparecer.
AFONSO – Eu duvido muito que ele
ainda esteja vivo, Maria Tereza.
M. TEREZA – Eu não duvido de mais nada.
De mais nada!
AFONSO – Está bem!
M. TEREZA – Mas e se ele estiver vivo?
Se ele resolver contar pra todo mundo que.../
Afonso
corta Maria Tereza, colocando a mão em sua boca.
AFONSO – Se ele reaparecer, vai ser
pela última vez. Porque ele vai morrer!
Closes alternados dos dois
aflitos. CORTA PARA/
CENA 8/ SENZALA/ DIA/ INT./
COZINHA.
Vicente
comendo uma maçã sentado na mesa. Helena aparece na cozinha, e dá um beijo
nele.
VICENTE – Onde você estava essa noite,
Helena?
HELENA – Eu?!
VICENTE – Acordei de madrugada para ir
ao banheiro e não te vi deitada ao meu lado!
HELENA – Fui salvar Rogério, Vicente.
Só isso!
VICENTE – Salvar Rogério? Mas salvar
de quê?
HELENA – Escutei gritos à noite e
resolvi averiguar no cafezal.
VICENTE – Está maluca? Não sabe como é
perigoso aparecer no cafezal a noite... O Barão já avisou várias vezes do
perigo.
HELENA – Eu sei, mas mesmo assim
resolvi ir e me assustei com o que vi, Vicente.
VICENTE – O que você viu?
HELENA – Maria Tereza... A
governanta... Ela estava espancando Rogério, como se ele fosse um animal!
VICENTE – (indignado) Tem certeza
disso? É uma acusação séria, Helena.
HELENA – Tenho tanta certeza que
rolei no chão com ela e consegui desamarrar Rogério... Foi horrível!
Vicente se
levanta com raiva. Helena hesita.
HELENA – Onde você está indo?
VICENTE – Vou até a mansão, Helena.
Vicente sai
do local. Close Up em Helena, que
deixa uma lágrima desce dos olhos. CORTA
PARA/
CENA 9/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/
INT./ SALA DE ESTAR.
Vicente
entra nervoso no local. Afonso desce as escadas correndo.
AFONSO – Mas o que está acontecendo
aqui?
VICENTE – Eu queria falar com o
senhor, Barão. Queria falar que nós não vamos aceitar que alguém nos maltrate!
Respeito muito o senhor, mas isso eu não permito!
AFONSO – Já estou sabendo do que
aconteceu. Queria pedir desculpas, e que Maria Tereza será punida da forma que
deve ser!
VICENTE – Assim eu espero!
Os dois se
encaram. CORTA PARA/
CENA 10/
MONTE PRAZER/ DIA/ INT./ SALÃO.
Luzia arrumando o local. Raquel varrendo, pensativa.
RAQUEL – Eu estava pensando aqui e... Já se passaram 4 meses que a senhora me
pediu pra voltar para Florianópolis e nada!
LUZIA – Eu não posso te mandar agora, Raquel. Eu preciso de você aqui!
RAQUEL – Não, Luzia... Não estou questionando isso, só achei estranho.
LUZIA – É só ter calma e esperar... O momento certo chegará e você vai sair desse
inferno!
RAQUEL – Eu comecei a gostar de ficar aqui, Luzia. Só não sei o porquê!
LUZIA – O dia que você descobrir como são de verdade os habitantes dessa cidade,
te afirmo... Nunca mais vai querer voltar pra cá!
As duas se encaram. Raquel pensando. CORTA PARA/
CENA 11/
STOCK-SHOTS/ DIA.
TAKES DA CIDADE DE
FLORIANÓPOLIS. TAKE FINAL NA FACHADA DA CASA DE RUBENS. CORTA PARA/
CENA 12/
MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ QUARTO DE AFONSO.
Maria Tereza vê uma carta em cima da mesa de canto. Se espanta,
aproxima-se da carta e abre-a aos poucos. Afonso entra no local, pega a carta
da mão dela e lê.
RUBENS – (off) Escrevo a ti esta carta, caro filho. Sei que te fiz sofrer, sei que
fui um pai que nunca mereceu. Mas por favor... Perdoe-me... Estou doente, não
vai demorar a hora de minha partida e a única coisa que quero é sentir teu
cheiro novamente, olhar nos seus olhos e reconhecer você como meu filho
novamente. Sei que o passado sempre nos reservou peças e sei também que eu
sempre fiz a questão de colocar essas peças em nosso caminho. Hoje, eu,
beirando os cem anos, sei como é estar ao lado da morte e não fazer nada para
mudar isso. Mas posso tentar mudar a vida... Posso tentar refazer o meu destino
e ir em paz, dignamente. A tosse e a febre tomam conta da minha vida, e a cada
dia me sinto mais próximo da partida. E novamente não mudarei isso. Preciso da
sua ajuda e creio que quando estiver lendo essa carta meu estado terá piorado.
Me perdoe, novamente peço. Eu te amo apesar de tudo, meu filho. Quero seu bem,
e não quero que tenha o mesmo fim que eu tive. Solitário, com apenas uma fiel
empregada. Abraços... Rubens Monteiro de Leroy Bragança.
Afonso rasga a carta. Maria Tereza se espanta.
M. TEREZA –
O que você ta fazendo, Afonso?!
AFONSO – Um homem que nunca se importou se eu estava passando fome, frio, se
precisava de carinho, agora vem me pedir pra ajuda-lo? Nunca! Se depender de
mim ele vai morrer com uma saúde precária e sozinho. (grita) EU QUERO QUE ESSE
VELHO MORRA!
Afonso sai
do local revoltado. Maria Tereza fica sozinha pensando. Ela se senta na cama.
FLASHES dos tapas que Helena deu nela.
M. TEREZA – Em 45 anos de idade, nunca
alguém ousou em tocar as mãos em mim!
Maria
Tereza se levanta com raiva e joga objetos da cômoda no chão.
M. TEREZA – (CONT.) Me aguarde,
Helena... A sua morte está mais próxima do que você imagina!
CLOSE no
olhar doentio de Maria Tereza. CORTE
IMEDIATO PARA/
CENA 12/
CAFEZAL/ DIA/ EXT.
ÂNGULO
BAIXO. Helena cantarolando colhendo café e
colocando em uma cesta. Clima de
suspense. Helena desconfiada, olhando para os lados, porém não encontrando
nada.
Ela se assusta e deixa o cesto cair no chão. CAM MOSTRA Maria
Tereza com olhar doentio e um revólver apontado para Helena, a frente de um
cavalo.
M. TEREZA –
Nunca mais! Nunca mais você vai ousar em encostar um
dedo podre seu em mim! (grita) NUNCAAA MAIS!
Maria Tereza dispara um tiro no ombro de Helena, que grita e cai
rapidamente no chão. Escuta-se a voz de Vicente gritando por Helena. Maria
Tereza, em ato desesperado, sobe no cavalo e galopa. Helena estirada no chão.
Vicente chega e abaixa para ajudá-la.
VICENTE – (desesperado) Quem fez isso com você, meu amor?!
HELENA – (chorando de dor) Me ajuda, Vicente. Por favor... Me ajuda! Me leva para
o hospital!
Vicente pega Helena no colo. CORTA PARA/
CENA 13/
MATA/ DIA/ EXT.
Domingos dentro de sua cabana, com frio, comendo uma maçã. FLASHES das
brigas de Domingos e Afonso.
DOMINGOS – Afonso! Afonso de Leroy! É isso... Afonso!
FOCA em Domingos alegre. CORTA PARA/
CENA 14/ SENZALA/ DIA/ INT.
Rogério
inquieto andando de um lado para o outro, nervoso. Chiara sentada preocupada.
Germana e Valter rezando em prantos.
CHIARA – Para de ficar andando de um
lado para o outro, Rogério. Não vê que isso não adianta em nada?!
ROGÉRIO – Foi ela, Chiara... Foi a
desgraçada... Foi a demônia!
CHIARA – De quem você está falando?
ROGÉRIO – Da governanta, Chiara... Da
governanta... Maria Tereza Chermount! Ela tentou matar Helena! Foi ela!
Germana
levanta nervosa/
GERMANA – (grita) Não vê que estamos
preocupados, imundo?! E ainda fica tentando colocar a culpa em pessoas
inocentes... Não vê que isso é errado? O seu lugar nem era aqui junto com a
gente... O seu lugar era na África... Preto imundo!
ROGÉRIO – Posso ser preto, mas tenho
mais dignidade que a senhora!
CHIARA – (a Germana/grita) Escuta
aqui... Se a senhora pensa que é assim que vai ajudar, é melhor calar a boca! O
que vi aqui foi só uma mulher desequilibrada e sem caráter!
Closes
alternados entre Chiara e Rogério. CORTA
PARA/
CENA 15/ HOSPITAL/ DIA/ INT./
QUARTO.
Vicente
bate na porta e entra. Helena deitada com um curativo no braço.
VICENTE – Está melhor?
HELENA – Sim. Já não dói mais!
VICENTE – Estou sentindo você tão
quieta!
HELENA – Eu fico tentando imaginar o
porquê de tanta crueldade, Vicente.
VICENTE – Eu sei que não devia estar
te perturbando com essa situação agora, mas preciso perguntar.
HELENA – Pois então pergunte!
VICENTE – Quem deu esse tiro em você?
Helena fica
pensativa e chora, ficando em silêncio depois.
VICENTE – (CONT.) Não precisa falar...
Me desculpa.../
HELENA – (corta Vicente) Foi ela...
Maria Tereza!
A CAM SE APROXIMA de Vicente,
que fica indignado. CORTA PARA/
CENA 16/
CACHOEIRA/ DIA/ EXT.
SONOPLASTIA: Sensível
Demais – Jorge Versilo
Gabriel e Cristina juntos sentados em uma pedra.
GABRIEL – Eu vinha muito aqui quando era criança.
CRISTINA – Eu também... Me lembro muito dos piqueniques que fiz com meu pai!
GABRIEL – O perdeu muito cedo, né?
CRISTINA – Sim... Meu pai era um homem muito compromissado. Quase nunca tinha tempo
pra mim, mas quando tinha brincávamos muito. Eu fazia ele ser criança
novamente.
Ambos riem. Gabriel se aproxima dela, porém ela recua e entra na água.
Ele vai atrás. Um joga água no outro. Se encaram. Gabriel se aproxima e eles se
beijam apaixonadamente. CORTA PARA/
CENA 17/ CASA DAS IRMÃS/ DIA/ INT./
SALA DE ESTAR.
Filomena
costura no sofá. BATIDAS NA PORTA. Ela atende. É Saulo com um buquê de flores
na mão.
SAULO – Não vai me convidar pra entrar?
FILOMENA – Claro. Entre!
Saulo entra
e se senta no sofá. Margarida e Bernarda vêem e descem. Elas cumprimentam
Saulo.
FILOMENA – Meninas... Esse é Saulo!
BERNARDA – Prazer, Saulo. Minha irmã
fala muito de você!
Filomena dá
um beliscão em Bernarda.
MARGARIDA – Seja bem vindo!
SAULO – Obrigado! (a Filomena, entregando
as flores) Essas flores são para você!
FILOMENA – (pegando a flor) Para mim?!
Obrigada!
SAULO – Mas não vim apenas para isso...
FILOMENA – Não?!
SAULO – Eu queria perante as suas irmãs...
Quero pedir você em namoro!
Todas se
espantam. Saulo tranqüilo. Filomena fica vermelha.
MARGARIDA – Aceita, Filó.
BERNARDA – Aceita, minha irmã. Olha o
pitel que você vai perder.
FILOMENA – Sim... Eu aceito!
Saulo se
aproxima de Filomena e tasca um beijo nela. Margarida e Bernarda aplaudem. CORTA PARA/
CENA 18/ MANSÃO DE AFONSO/ DIA/
INT./ SALA DE ESTAR.
Vicente
entra nervoso no local, aos berros. Afonso vai até a sala.
AFONSO – Você aqui de novo?!
VICENTE – Não sei se você sabe da nova
da sua governanta, Barão.
AFONSO – O que aconteceu desta vez?
VICENTE – Maria Tereza atirou em
Helena.
AFONSO – Quando isso?
VICENTE – Há poucas horas atrás...
AFONSO – Impossível... Maria Tereza
foi para o centro da cidade ainda cedo!
VICENTE – Pois isso aconteceu, Barão.
AFONSO – Rapaz, vocês tem um preto
junto a vocês. E preto não presta!
VICENTE – Rogério não seria capaz de
tamanha atrocidade!
AFONSO – Muito menos Maria Tereza!
Vicente sai
nervoso. Afonso com raiva.
AFONSO – (grita) MURILO!
Murilo
chega rapidamente e fica a frente de Afonso.
MURILO – O que houve, Barão?
AFONSO – Prenda o negrinho... Prendam
ele! Eu ordeno!
FOCA no
olhar sombrio de Afonso. CORTA PARA/
CENA 19/ SENZALA/ DIA/ INT.
Os capangas
entram no local com agressividade e vão logo segurando Rogério que tenta se
soltar.
ROGÉRIO – Me soltem Por favor... Me soltem!
CHIARA – Mas o que está acontecendo
aqui?
MURILO – Ordem do Barão, dona
Chiara... Não temos nada haver com isso!
Chiara se
desespera. Eles levam Rogério.
Vicente
chega minutos depois com raiva.
VICENTE – Foi ela mais uma vez, mãe.
Maria Tereza tentou matar Helena!
CHIARA – Então realmente não foi
Rogério?
VICENTE – Até você, mãe... O Barão
acusou Rogério! Aliás, onde está ele?
CHIARA – Levaram ele, meu filho. E eu
já não sei mais o que fazer! O Barão mandou prende-lo!
VICENTE – (nervoso) Eu vou voltar
lá... Não vou deixar que o Rogério pague por um crime que aquela desgraçada
cometeu!
Vicente sai correndo. CORTE IMEDIATO PARA/
CENA 22/
MANSÃO DE AFONSO/ DIA/ INT./ SALA DE ESTAR.
Vicente entra novamente, com raiva. Afonso fica observando a ira dele.
VICENTE – Por que fez isso?
AFONSO – Mas para que tanta ira?! Só estou fazendo a justiça!
VICENTE – (grita) O senhor não tem o direito de condenar um homem inocente!
Afonso se aproxima de Vicente e passa a mão por seu rosto.
AFONSO – Eu vou fazer uma coisa que devia ter feito desde quando você chegou nesta
casa!
Afonso dá um soco no rosto de Vicente, que passa a mão no rosto, com
ódio.
AFONSO – Se estiver incomodado que saia daqui! Suma da minha fazenda!
Vicente sai sem dizer nada, mas nervoso. CORTA PARA/
CENA 23/ SENZALA/ DIA/ INT.
Vicente
entra revoltado. Chiara se levanta tentando acalma-lo.
CHIARA – O que aconteceu?
VICENTE – Aquele desgraçado me deu um
soco na cara, mãe... E disse que se eu não estivesse satisfeito que era pra eu
me mandar daqui... E sabe de uma coisa... É o que eu vou fazer!
FOCA em
Vicente decidido. CORTA PARA/
CEMA 24/ STOCK-SHOTS/ EXT.
TAKES DO
ANOITECER EM MONTE VELHO. TAKE FINAL NA FACHADA DO HOSPITAL. CORTE RÁPIDO PARA/
CENA 25/ HOSPITAL/ NOITE/ INT./
QUARTO.
Tudo
escuro. Helena dorme profundamente. Maria Tereza aparece na porta do local com
um travesseiro na mão, e se aproxima de Helena, que acorda desesperada.
HELENA – (nervosa) Sai daqui! Por
favor, sai daqui!
M. TEREZA – Faça suas últimas orações,
porque chegou a sua hora de partir... Italiana desgraçada!
EFEITO
FINAL: CONGELA EM MARIA TEREZA COM CARA
FECHADA
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