VIDAS EXPOSTAS - Episódio 01 (ESTREIA)

EPISÓDIO 1

“INVESTIGAÇÃO”

CENA 1/COBERTURA DE UM PRÉDIO/EXT.NOITE

APÓS ACABAR O DESFILE DA MODELO, “MARÍLIA VIEIRA”, TODAS AS PESSOAS PRESENTES SAEM DA COBERTURA E A MODELO FICA SOZINHA OLHANDO PARA AS ESTRELAS E NÃO SABE QUE ESTÁ SENDO VIGIADA.

MARÍLIA – Isso me faz um bem, olhar as estrelas, o céu. E essa noite, foi à noite, me senti completamente realizada e amanhã estarei em todos os jornais, revistas e sites. Esse foi o meu momento.

MARÍLIA ESCUTA UNS PASSOS, ELA SE VIRA, MAS NÃO VÊ NADA. MARÍLIA RETORNA AONDE ESTAVA. A PESSOA QUE ESTAVA VIJIANDO A MESMA, TOCA NELA. ELA FICA DE CARA A CARA COM ESSA PESSOA E SE SURPREENDE.

MARÍLIA (SURPRESA) – Você? Quanto tempo!

MARÍLIA É SURPREENDIDA NOVAMENTE, QUANDO A PESSOA COM UMA LUVA PRETA TODA COBERTA (SEM MOSTRAR SE É UMA MÃO DE MULHER OU DE HOMEM), ENFIA UM CANIVETE NO PESCOÇO DA MODELO, E OUTRO CANIVETE NO BRAÇO. DESSA MANEIRA, MARÍLIA SE DESEQUILIBRA E ACABA CAINDO DO PRÉDIO. A PESSOA FOGE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. AS PESSOAS SE APROXIMAM E RECONHECEM A MODELO, FAZENDO COM QUE A POLÍCIA, EMERGÊNCIA E OS JORNALISTAS CHEGUEM AO LOCAL.

CORTA PARA/

CENA 2/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.DIA

MURILO CHEGA NERVOSO COM UM JORNAL NA MÃO, JUNTO Á DANILO E MARINA. MURILO JOGA O JORNAL NA MESA DE SÉRGIO.

MURILO – Olha isso. Por que isso anda acontecendo?

SÉRGIO (NERVOSO) – Você acha que eu não vi isso idiota? Eu, mais outros policiais fomos ontem cobri isso, vê esse crime de perto. Mais um assassinato, que tipo de assassino é esse? Qual é esse joguinho desse criminoso? Eu preciso saber.

MARINA – É um verdadeiro serial killer. Fico completamente impressionada com ele, arma as coisas de uma maneira surpreendente.

MURILO – Você fala de uma maneira como se você fosse mesmo à assassina, a criminosa.

MARINA – Aí, por favor, não seja ridículo.

DANILO – Eu acredito que a pessoa que anda cometendo todos esses crimes, seja uma mulher. É muito calculista, as mulheres são calculistas.

MARINA – Eu vou fingir que eu não escutei isso.

SÉRGIO – A questão é o seguinte; Temos que descobri quem é esse ou essa pessoa doente por artistas, a ponto de matar todas elas. O que mais me intriga, é que esse maldito consegue escapar das mãos da polícia, sempre e isso está acabando com tudo.

MURILO – Então, vamos fazer uma aposta?

MARINA – O quê?

SÉRGIO – Qual aposta?

MURILO – Eu e minha equipe vamos descobri quem é esse serial killer, dentro de um mês. Se não conseguirmos, você nos coloca na rua e/

MARINA (CORTA/ALTO) – O quê? Você ficou maluco? Seu irresponsável.

MURILO – Calma amor vai dar tudo certo.

MARINA (IRRITADA) – Não me chama de amor, seu babaca ridículo. Você tá colocando minha carreira em jogo, pra você mostra que é um bom policial.

SÉRGIO – Fechado! Se não conseguir até o prazo, estão todos na rua.

MARINA SAI IRRITADA DA SALA.

SÉRGIO – Tenho a dizer que a minha noiva, vai começar a trabalhar hoje.

DANILO – A Helena?

SÉRGIO – Exatamente. Ela ficará na equipe do Murilo. Mas claramente, não vai acontecer nada se você falhar Murilo. E eu acredito que você não vai conseguir.

MURILO – Isso é o que veremos.

CORTA PARA/

CENA 3/DELEGACIA FEDERAL/SALA DE MURILO/INT.DIA

MURILO LÊ ALGUNS PAPÉIS, NESSE MOMENTO, HELENA ENTRA EM SUA SALA.

MURILO – Helena? O que trás você aqui?

HELENA – Bom você já sabe que eu sou nova na equipe e queria conhecer mais a delegacia. E já vi que essa sala é o meu lugar favorito.

MURILO – Cadê o Sérgio?

HELENA - Ele saiu. Disse que ia em casa, resolver algumas coisas, a noite retorna.

HELENA OLHA DIRETAMENTE PARA OS OLHOS de MURILO E ANDA EM DIREÇÃO A ELE. HELENA SENTA NO COLO DE MURILO.

MURILO - Helena... Alguém pode entrar.

HELENA - Não fique preocupado com isso meu querido.

HELENA PASSA A MÃO NA CALÇA DELE E ENFIA SUA MÃO DENTRO DA CALÇA DE MURILO.

HELENA – Nossa... Que arma é essa? Sempre quis colocar a mão nela, agora quando ela está armada do jeito que tá, eu nunca pensei que ela fosse grande desse jeito.

MURILO (NERVOSO) – Helena, você é noiva, alguém pode aparecer.

HELENA – Se poupe, Murilo! Você e eu nos beijamos já e você sabe da minha intenção com esse noivado. E eu desde nova queria transar com você, agora que estamos juntos, sozinhos e excitados nessa sala, não podemos perder essa oportunidade, eu quero transar com você em cima dessa mesa, no chão, igual uma vadia obcecada por sexo, sedenta por sexo.

MURILO (SORRINDO) – Como você quiser!

MURILO SE LEVANTA E TRANCA A PORTA.

MURILO – Vem cá!

HELENA VAI ATÉ MURILO, ABAIXA AS CALÇAS DELE.

MURILO – Você sabe o que fazer não é mesmo?

HELENA – Pode ter certeza que eu sei.

HELENA SE ABAIXA ATÉ MURILO. MURILO TIRA SUA CAMISA. ALGUNS MINUTOS DEPOIS, MURILO DEITA NO CHÃO. HELENA TIRA A CAMISA, MOSTRANDO SEUS SEIOS PARA MURILO E SENTA EM CIMA DELE. – AO SOM DE ISABELLA TAVIANI (LUXÚRIA).

HELENA – Você vai adora isso, querido!

MURILO – Eu quero isso!

ENTÃO, OS DOIS CONTINUAM SE BEIJANDO E SE PEGANDO, DEITADOS NO CHÃO DA SALA DE MURILO.

CORTA PARA/

CENA 4/RECEPÇÃO DA DELEGACIA/INT.DIA

MARINA E DANILO DISCUTE, ENQUANTO PESSOAS PASSAM.

MARINA (NERVOSA) – Ai que ódio do Murilo, ele não tinha o menor direito de fazer isso comigo, colocar a minha carreira, o meu trabalho em uma aposta ridícula dele só para aumentar o ego dele.

DANILO – Calma Marina, na maioria das operações, investigações que o Murilo está, ele sempre consegue as coisas no final.

MARINA – Mas acontece Danilo, que descobri quem é o assassino misterioso desses artistas está uma missão impossível, ele não deixa pista nenhuma, nenhum vestígio. E tem outra a gente não sabe quem vai ser a próxima vítima.

DANILO – Ai que você está errada. Eu segui a lógica desse criminoso e conclui. Ele gosta de aparecer, o ato criminoso que ele faz, ele quer que esteja nas primeiras páginas. Não é mesmo?

MARINA – Sim e daí?

DANILO PEGA UM PAPEL QUE GUARDOU NO BOLSO E ENTREGA A MARINA.

DANILO – Eu anotei três artistas que estarão em evidência na mídia hoje á noite, com isso podemos ir e investigar, ou até descobri logo.

MARINA – Interessante esse seu pensamento, mas tem uma questão no ar. Qual desses artistas vai ser morto?

DANILO – Eu acho que temos que ir na sorte, escolher um desses três e ir. Afinal de contas, não sabemos o que passa na cabeça desse assassino ou assassina, o que ele planeja, a lógica dele. Vamos tentar.

CORTA PARA/

CENA 5/APARTAMENTO DE MARTA E ALBERTO/QUARTO DE MARTA E ALBERTO/INT.NOITE

MARTA SE ARRUMA, SE MAQUEIA, ESCOLHE UM VESTIDO VERMELHO, COLOCA UMA BOTA PRETA, USA UM COLAR CHAMATIVO, BRINCOS BRANCOS, BATOM ROXO FORTE E PEGA SUA BOLSA. – AO SOM DE ZÉ RICARDO (PERIGOSA).

MARTA (SORRINDO) – Maravilhosa, mais uma vez essa noite, não tem problema.

MARTA SAI DO QUARTO.

CORTA PARA/

CENA 6/APARTAMENTO DE MARTA E ALBERTO/SALA DE ESTAR/INT.NOITE

MARTA DESCE AS ESCADAS CHEGANDO À SALA, ENQUANTO ALBERTO TOMA UM DRINK.

ALBERTO – Aonde que você pensa que vai?

MARTA – Primeiro lugar, eu não penso que eu vou, eu vou com toda a certeza. E eu vou trabalhar, marquei com um cliente agora a pouco, afinal, alguém precisa trabalhar nessa casa não é mesmo? Já que você nunca trabalha só fica enchendo a cara com os drinks que eu pago, para tentar esquecer a vidinha básica que você tem.

ALBERTO – Cuidado com as palavras Marta. Não fala assim comigo.

MARTA – E você vai fazer o quê? Nada! Eu pelo menos estou trabalhando, já você? Não é nada.

ALBERTO – Eu achei que você me amasse, mas parece que aqueles seus juramentos diante do padre era tudo lorota.

MARTA – Por favor, Alberto! Sem dramas baratos agora, eu amo você, mas essa vida não tá dando, arranja um emprego, você bêbado é mais patético ainda.

MARTA SAI E BATE A PORTA. ALBERTO ENTÃO COLOCA MAIS UM COPO DE DRINK.

CORTA PARA/

CENA 7/ESTÚDIO DA EMISSORA/EXT.NOITE

OS POLICIAS CONVERSAM DO LADO DE FORA ANTES DE ENTRAREM. – AO SOM DE INSTRUMENTAL (SUSPENSE).

MURILO – Então qual artista vai ser aqui?

DANILO – Eu e a Marina decidimos, então vamos ver uma entrevista com a cantora Helena Brian.

MURILO – Por que vocês acham que essa cantora pode ser a próxima vítima?

MARINA – Nós não achamos isso, fomos na sorte, não sabemos o que esse criminoso quer, pode ser ela, como não pode.

MURILO – Entendo.

HELENA – Eu acho que pode ser aqui sim, apenas um palpite.

MARINA – Se o assassino aparecer hoje, pegamos ele e colocamos atrás das grades e crime resolvido.

MURILO – E eu ganho a aposta e tenho uma moral com o delegado.

MARINA – Claro, para enaltecer o seu minúsculo ego.

DANILO – Melhor a gente entrar.

MARINA – Vamos!

TODOS OS POLICIAIS ENTRAM NO ESTÚDIO. DE LONGE, MARTA OS VÊ E ENTRA PELOS FUNDOS PARA NÃO SER VISTA POR NINGUÉM.

CORTA PARA/

CENA 8/ESTÚDIO DA EMISSORA/INT.NOITE

NA PLATÉIA, OS POLICIAS ASSISTEM A ENTREVISTA DA CANTORA, ENQUANTO CONVERSAM ENTRE SI.

MURILO – Todos de olho na cantora, não podemos perder nenhum momento. Esse assassino pode querer atirar da plateia, então é melhor a gente espalhar. Eu fico aqui com a Helena, já você Marina, vai para o outro lado da plateia com o Danilo.

MARINA – Típico isso de você.

DANILO – Gente, não vamos perder a concentração.

MARINA – Tem razão, vamos!

MURILO OLHA DO OUTRO LADO DA PLATÉIA E VÊ MARTA DE ÓCULOS ESCUROS E COM UM PACOTE NA MÃO E OLHANDO O RELÓGIO O TEMPO TODO. ELE DESCONFIA, PORÉM DECIDE FICAR ONDE ESTÁ.

CORTA PARA/

CENA 9/ESTÚDIO DA EMISSORA/INT.NOITE

NA PLATÉIA, MARTA SAI AOS POUCOS, PORÉM MURILO PERCEBE QUE ELA ESTÁ SAINDO E DECIDE IR ATRÁS. MURILO A PERDE DE VISTA, ENTÃO DECIDE IR ATÉ OS BASTIDORES. – AO SOM DE INSTRUMENTAL (SUSPENSE).

CORTA PARA/

CENA 10/PALCO/INT.NOITE

A CANTORA VAI PARA O MEIO DO PALCO, PEGA O SEU MICROFONE.

HELENA BRIAN – A canção que vou cantar agora, é uma canção muito importante para a minha vida, eu escrevi ela em momento muito difícil pra mim/

ENQUANTO A CANTORA FALA, UMA MÃO SEM MOSTRA O ROSTO MECHE NOS CIRCUITOS ELÉTRICOS DO ESTÚDIO. – AO SOM DE INSTRUMENTAL (SUSPENSE).

HELENA BRIAN – “Eu sei que você vem, pode demora, mas você vem..”

A LUZ APAGA, O ESTÚDIO FICA NA COMPLETA ESCURIDÃO, AS PESSOAS GRITAM E SE DESESPERAM, VIDROS SÃO QUEBRADOS.

HELENA BRIAN (GRITA) – SOCORRO!

MURILO (GRITA) – Todos mantenham a calma, silêncio.

UM TIRO É DISPARADO.

HELENA BRIAN (DESESPERO) – AAAAAAAAAAH!

PARA A SURPRESA DE TODOS, A LUZ VOLTA, TODOS ESTRANHAM O ACONTECIMENTO, MAS SE SURPREENDEM COM A CANTORA HELENA BRIAN, COM O PESCOÇO AMARRADO NO LUSTRE DO ESTÚDIO E DERRAMANDO SANGUE PELA BOCA, PEITO E NARIZ.

HELENA (SURPRESA) – Meu Deus, ela tá morta, foi assassinada, brutalmente assassinada.

MURILO (GRITA) – DROGAAAAAAAAAA! MEEEERDA!

CENA 11/GARAGEM/EXT.NOITE

MURILO ENTÃO VAI PARA O LADO DE FORA DO ESTÚDIO E FLAGRA MARTA FUGINDO, INDO PARA O SEU CARRO. – AO SOM DE INSTRUMENTAL (SUSPENSE).

MURILO (GRITA) – Pare agora!

MARTA ENTÃO IGNORA MURILO E ENTRA NO CARRO, MURILO CORRE E CONSEGUE ALCANÇAR MARTA E VÊ O SEU ROSTO.

MARTA – Me deixa em paz!

MURILO (GRITA) – Fala! Foi você não é? Assassina!

MARTA – Some da minha frente, não sei do que você está falando.

MARTA LIGA O CARRO, MURILO VAI ATÉ O SEU CARRO QUE NÃO ESTÁ MUITO LONGE DO CARRO DE MARTA E COMEÇA UMA PERSEGUIÇÃO.

MURILO (NERVOSO) – Eu vou prender você sua assassina maldita.

MARTA (SORRI) – Esse idiota vai querer lutar comigo? Então vamos lá baby, vamos jogar!

MURILO (NERVOSO) – Vadia você não me escapa dessa vez, o jogo dos artistas acaba aqui.

A PERSEGUIÇÃO CONTINUA EM ALTA VELOCIDADE.

CORTA PARA/

CENA 12/CASA DE HENRIQUE/SALA DE ESTAR/INT.NOITE

A CAMPAINHA TOCA VÁRIAS VEZES, HENRIQUE ATENDE E É SÉRGIO NERVOSO.

HENRIQUE – Aconteceu alguma coisa?

SÉRGIO (NERVOSO) – Você não vai acreditar!

HENRIQUE (CONFUSO) – Eu não tô conseguindo entender o que você está tentando dizer.

SÉRGIO (NERVOSO/ALTO) – Liga a televisão, rápido!

HENRIQUE – Tá!

ENTÃO HENRIQUE LIGA A TELEVISÃO E VÊ O NOTICIÁRIO DO ASSASSINATO DE MAIS UM ARTISTA.

HENRIQUE – Meu Deus do céu, não consigo acreditar. O assassino atacou novamente.

SÉRGIO (NERVOSO/GRITA) – Merda! Merda! Eu mandei a equipe que está com esse caso nas mãos, eu preciso de notícias.

HENRIQUE - Mas você acha que eles descobriram tudo?

SÉRGIO (NERVOSO) – Acho que não, o assassinato foi muito bem planejado.

HENRIQUE – Foi?

SÉRGIO – É! Agora preciso ir à delegacia, vem comigo?

HENRIQUE – Vou!

CORTA PARA/

CENA 13/RUA/EXT.NOITE

A PERSEGUIÇÃO DOS CARROS CONTINUA EM ALTA VELOCIDADE. MURILO TENTA FAZER CURVAS PARA ALCANÇAR MARTA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, ALGUNS JOVENS PASSAM NA RUA E MURILO SE VÊ OBRIGADO A PARAR O CARRO. COM ISSO ELE PERDE MARTA DE VISTA.

CORTA PARA/

CENA 14/DELEGACIA FEDERAL/SALA DO DELEGADO/INT.NOITE

HELENA, DANILO E MARINA DISCUTEM.

DANILO – Mais uma vez o assassino escapou das nossas mãos, das mãos da polícia federal.

MARINA – Eu não consigo entender que ser humano é esse. Muito calculista, articulou direitinho.

HELENA – Soube muito bem como fazer as coisas, como matar a artista, que curiosamente tem o mesmo nome que o meu. Mas aonde será que foi o Murilo?

DANILO – Ele correu atrás de uma das pessoas que estavam fugindo.

MARINA – Você viu quem era essa pessoa?

DANILO – Eu não vi, só vi o Murilo nervoso correndo.

HELENA – Eu acho que o Murilo conseguiu alguma informação, alguma prova, sei lá.

MARINA – Olha, o que eu sei/

MURILO ENTRA NERVOSO NA SALA.

MARINA – Murilo!

HELENA – Enfim, descobriu algo?

DANILO – Fala de uma vez.

MURILO OLHA PARA TODOS ATENTAMENTE E SENTA-SE NA CADEIRA QUE ESTAVA AO SEU LADO.

MURILO – Sim, eu descobri.

MARINA SE APROXIMA DE MURILO.

MARINA – Para de fazer tantos rodeios e nos diga logo. Alguma prova? 

MURILO – O criminoso é uma mulher, uma verdadeira assassina.

DANILO E HELENA FICAM SURPRESOS.

CORTA PARA/

CENA 15/APARTAMENTO DE ALBERTO E MARTA/SALA DE ESTAR/INT.NOITE

ALBERTO CHEGA SUADO E CANSADO.

ERICK – O que foi que aconteceu papai?

ALBERTO – Nada, só preciso de um banho.

ALBERTO SOBE AS ESCADAS, LOGO DEPOIS MARTA ENTRA PELA PORTA.

ERICK – Nossa, por que tá todo mundo assim?

MARTA – Todo mundo como meu filho?

ERICK – Papai chegou cansado e um pouco assustado, agora você com essa cara pálida.

MARTA – Não foi nada, muito trabalho. Eu vou tomar um banho, pois amanhã será um longo dia. O que você está vendo aí?

ERICK – Noticiário. Como as pessoas são violentas, eu gostava tanto dessa cantora.

MARTA – É lamentável, mas cada um merece o destino que tem.

CORTA PARA/

CENA 16/DELEGACIA FEDERAL/SALA DE MURILO/INT.DIA

MARINA E MURILO DISCUTEM.

MARINA – Murilo, primeiramente só você viu isso. Não vai dar em nada, alias essa mulher pode lhe processar por acusações sem provas. 

MURILO – Essa mulher me desacatou, estava fugindo da polícia, ela vai ser presa e ainda eu vou provar que ela é a assassina.

MARINA – Não vai adiantar de nada. Vocês só discutiram, não teve nada. Eu esperava mais de você, um policial eficiente que você é.

MURILO – Mas Marina, eu tenho certeza que ela é a assassina. Peguei ela fugindo do crime. Qual mais prova você precisa?

MARINA – Mas só você viu, isso não é prova, não vai adiantar de nada, não seja idiota.

MURILO – Tá certo! Mas eu vou investigá-la, custe o que custar, essa mulher vai me pagar. Ela não vai matar mais ninguém.

MARINA – Bom, eu vou indo, tenho que fazer umas coisas para terminar ainda.

MURILO – Espera...

MARINA – O que você quer ainda?

MURILO – Você sabe que eu quero. Eu quero te ter de volta, eu já te expliquei que tudo foi uma armação. Vamos voltar Marina, eu te amo.

MARINA – Por favor, Murilo! Eu não quero mais discutir esse assunto com você, já discutimos tudo que tinha que ser discutido. Não quero mais sofrer.

MURILO ABRAÇA MARINA.

MURILO – Por favor, vamos nos dar mais uma chance.

MARINA FICA PENSATIVA ATÉ VÊ UM PACOTE DE CAMISINHA ABERTO NA MESA.

MARINA – Murilo, como você é sínico.

MURILO – O quê?

ENTÃO MARINA DA UM TAPA NA CARA DELE.

MARINA – A nossa história acabou, galinha!

MARINA SAI E MURILO FICA SEM ENTENDER O QUE ACONTECEU.

CORTA PARA/

CENA 17/APARTAMENTO DE MARTA E ALBERTO/SALA DE ESTAR/INT.TARDE

MURILO E ERICK CONVERSAM.

ERICK – Quanto tempo que não nos vemos amigo.

MURILO – Então você mudou para casa dos seus pais agora?

ERICK – Foi o jeito, mas eu tô bem, sempre tive contato com eles. Bom, eu vou buscar o seu cd no quarto, eu já volto.

MURILO – Tá certo.

ERICK SOBE AS ESCADAS, NESSE MOMENTO MARTA APARECE NA SALA DE ESTAR ENQUANTO MURILO ESTÁ DE COSTAS.

MARTA – E aí meu rapaz? Como vai?

MURILO RECONHECE A VOZ E FICA FRENTE A FRENTE COM MARTA.

MURILO (SURPRESO) – Você!

MARTA SORRI. 

FIM DO EPISÓDIO

ESCRITO POR: EVERTON BRANDÃO

DIREÇÃO GERAL: JOÃO CARVALHO

PRODUÇÃO: TVN

2016