segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Capítulo 2: Jogo de sedução




Cena 01 – Rodoviária de São Paulo/Dia
Continuação imediata do capítulo anterior...
O capítulo se inicia com Roberto e Lavínia de mãos dadas, em cumprimento.
Lavínia – Espera por alguém? Algum parente, ou amigo?
Roberto – Primo!
Lavínia – Ah, claro!
Roberto – Mas acho que ele ainda não chegou.
Lavínia – Então eu lhe ofereço uma carona.
Roberto (desconfiado) – A senhora? E porque me ajudaria depois de tudo isso?
Lavínia – Primeiramente nada de senhora, me faz parecer velha. (risos) E na verdade eu estou querendo reparar o meu mau comportamento.
Roberto – Agradeço sua gentileza, mas prefiro aguardar o meu primo aqui mesmo.
Lavínia – Ora, vamos. Só estou tentando lhe ajudar. Além do mais já está quase na hora do almoço e com certeza você ainda nem comeu nada. Eu prometo que não morderei.
Roberto fica pensativo, enquanto olha para os lados como se tivesse esperança em ver Hugo.
Roberto – Tudo bem.
Lavínia – Ótimo! Vamos.
Corta para:

Cena 02 – Frente ao Prédio de Hugo/Dia
Vemos em imagem aberta o carro de Lavínia parando em frente ao prédio. Corte de cena... Agora o foco é nos dois, dentro do carro.
Lavínia – Pelo endereço que me passou, é aqui.
Roberto – Muito obrigado, dona. Jamais esquecerei sua ajuda.
Lavínia – Não precisa me agradecer. Já disse que queria apenas reparar meu mau comportamento. Além disso, (mexe na bolsa) vou lhe dar meu cartão. Tem meu número. Qualquer coisa que precisar é só me ligar. Algum trabalho ou até mesmo para conversar. (Pausa/Estende o cartão) Gostei de você.
Roberto (pega o cartão) – Obrigado!
Roberto sai do carro e caminha até o portão. Lavínia observa enquanto ele entra. Ela abre um sorriso e arranca com o carro.
Corta para:

Cena 03 – Apartamento de Hugo/Sala/Dia
Hugo abre a porta do apartamento e fica feliz ao ver Roberto.
Hugo – Primo! (abraço) Que bom que você veio.
Roberto – E porque não foi me pegar na rodoviária como combinado?
Hugo – Me desculpa. Perdi a noção do tempo. Como chegou até aqui? Veio de táxi?
Roberto – Que táxi que nada. Ganhei carona de uma senhora muito gentil.
Hugo – Sei. Aposto que teve que pagar de algum jeito. Foram para algum motel? Ou foi no carro mesmo?
Hugo ria de suas palavras.
Roberto (sério) – Nada disso. Existem pessoas boas, sem segundas intenções.
Hugo – Claro que existe. Mas tudo bem.
Hugo coloca a mão no ombro esquerdo de Roberto.
Hugo – Fico feliz que esteja aqui. De verdade.
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Cena 04 – Externa/São Paulo/Dia
Música: Calvin Harris ft. HAIM - Pray to God
Imagens da cidade... Parque do Ibirapuera... Um rasante pela Avenida Paulista e em seguida sobre o alto da cidade. Fecha a cena na fachada do Colégio Charles Darwin.
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Cena 05 – Colégio Charles Darwin/Interior/Dia
Música diminui o som e cessa.
Vemos Paula (filha de Lavínia) conversando com sua amiga, e colega de colégio, Bruna. As duas estão sentadas no degrau de uma escada. Conversa já em andamento.
Bruna – Nossa, eu te confesso que eu jurava que você e o Diego iam acabar se casando. Vocês eram tão grudados.
Paula – Impressão sua. Diego e eu temos visões bem diferentes. Pra ser bem sincera eu nem sei ao certo como começamos a namorar.
Bruna – Bom, vai ver o Diego tenha alguma qualidade que você goste. Agora me diz uma coisa: você ainda sente alguma coisa por ele?
Paula – A única coisa que sinto por ele é pena. Conseguiu jogar nosso relacionamento no lixo por uma qualquer. Eu não perdoou traição. Jamais.
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Cena 06 – Externa/Santos/SP/Dia
Música: Mag - Garoto de Programa
Apresentando a cidade... Imagens diversas do alto revelando as casas e alguns prédios... Vemos algumas imagens do porto e das praias... Finaliza a cena apresentando a marina.
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Cena 07 – Santos/SP/Marina/Dia
Em meio aos “montes” de iates atracados na marina, vemos Kelly andando sobre o píer. Olha deslumbrada para os lados até ver um rapaz em pé observando ela. Ela o reconhece de imediato: era seu cliente, Lucas... Música diminui.
Kelly – Lucas?
Lucas – Em carne e osso, princesa. Suba a bordo.
Kelly abre um sorriso e ajeita o cabelo atrás da orelha. Ela sobe no iate... Música aumenta.
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Cena 08 – Alto Mar/Iate/Dia
Vemos o iate cortando as águas do mar em alta velocidade. Na frente, vemos Kelly de braços abertos ao vento, de biquíni. Lucas guia o iate.
Rápido corte de cena... Agora vemos Lucas deitado sobre a cama, enquanto Kelly, em pé, de costas para ele vai retirando o sutiã e revelando seus seios.
Lucas olha para ela, que agora está de frente. Ele se joga sobre ela, arremessando-a sobre a cama.
Lucas beija todo o corpo de Kelly, enquanto suas mãos passeiam sobre ele. Os dois se beijam...
Corte de cena... Lucas está deitado, enquanto Kelly está por cima dele. Em imagem panorâmica vemos ela subir e descer, com as mãos apoiada sobre o peito de Lucas. Ele agarra ela colocando uma das mãos atrás da nuca e a outra deslizando em seus seios. Ele a beija e mordisca os lábios dela.
Novo corte de cena... Vemos Kelly deitada na cama e Lucas sobre ela. Seu bumbum à mostra. Ele desliza seu corpo, indo e vindo sobre ela, que agarra firme nos lençóis da cama... Foco no rosto de Kelly que morde os lábios. Close final nos dois se beijando.
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Cena 09 – Apartamento de Lenara/Sala/Dia
Inicia a cena com uma externa da fachada do prédio...
Música cessa aqui.
Corte de cena... Vemos Lenara e Viviane sentadas no sofá. Conversa em andamento.
Viviane – Já tem alguns dias que tenho notado você um pouco estranha. Está acontecendo alguma coisa?
Lenara – Não é nada com que se deva preocupar. É coisa minha. Bobagem.
Viviane – Eu te conheço muito bem, Lenara. Somos amigas de muitos anos. Você nunca conseguiu me enganar. Me conta o que está acontecendo.
Nesse momento Lenara baixa a cabeça. Vemos uma expressão de preocupação em seu semblante.
Lenara – Tudo bem. Eu vou te contar o que está acontecendo comigo.
Um pequeno suspense se faz presente na cena, até Lenara disparar.
Lenara – Eu estou grávida, Vivi.
Viviane – Grávida? Você está grávida? Meu Deus, Lenara... Mas como?
Viviane fica em desespero. Caminha pela sala.
Viviane – Como isso foi acontecer?
Lenara – Eu não sei. Simplesmente aconteceu. Eu não queria isso.
Viviane – E agora? O que você pretende fazer?
Lenara – Ainda estou pensando a respeito. Mas temo que minha solução não seja de muitas opções.
Viviane senta ao lado de Lenara novamente e segura suas mãos.
Viviane – Sabe que pode contar comigo para o que você precisar.
Lenara (emocionada) – Obrigada!
As duas se abraçam.
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Cena 10 – Restaurante Qualquer/Int./Dia
Música ambiente. Algumas mesas ocupadas por figurantes. Pessoas bem vestidas. Garçons andando pelo local. A CAM se aproxima lentamente da mesa em que se encontram Lavínia e Anselmo. Diálogo já em andamento.
Anselmo – Confesso que fiquei surpreso com o seu convite para este almoço. Ainda me lembro suas últimas palavras de que ficar perto de mim era indigesto.
Lavínia – E desde quando você guarda mágoas, meu querido. As coisas mudam o tempo todo. Você é político! Deveria saber disso.
Anselmo (rindo) – Claro! Eu conheço bem a mulher com quem me casei. Agora me diga o motivo desse encontro.
Lavínia – Em primeiro lugar vamos deixar bem claro que não se trata de um encontro. É apenas um almoço de negócios.
Anselmo – Negócios? E posso saber que tipo de negócios nós temos para tratar?
Lavínia – O aumento da minha pensão!
Anselmo (após uma risada) – Você só pode estar brincando comigo. Aumento de pensão? Já lhe dou uma pensão de 15 mil por mês. Eu ainda não fui convocado para o planalto.
Lavínia – Anselmo, meu querido, eu sei muito bem de seus negócios extra, além da política de fachada que você exerce. Aumentar minha pensão não te deixará menos pobre. Sabe que os gatos aumentaram com essa crise toda. Eu não posso deixar de bancar meus gastos. São necessários.
Anselmo – Supérfluos, você quer dizer... Mas tudo bem. Eu não vou me furtar a negar seu pedido. Mas sabe que essa generosidade tem um preço.
Lavínia – Claro! Eu sei muito bem como funciona os negócios com políticos. (erguendo a taça) Tin, tin?
Anselmo sorri e brinda.
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Cena 11 – Externa/Bauru/Dia
Música: 3LAU  feat. Bright Lights - How You Love Me
Imagem completa da cidade... Em seguida vemos o Parque Vitória Régia e, Logo após, o Teatro Municipal, seguido do Aeroclube e do Museu Ferroviário Regional da cidade.
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Cena 12 – Bauru/Lavanderia/Dia
Música cessa aqui.
Vemos Gisele (namorada de Roberto) atendendo um cliente no balcão. Guilherme (amigo de Roberto) se aproxima e aguarda ela concluir o atendimento. Em seguida fica frente a frente com Gisele.
Guilherme – Bom dia, moça bonita!
Gisele – Bom dia, Guilherme!
Guilherme – Vim te convidar para tomar um sorvete mais tarde. Está afim?
Gisele (sem dar atenção a ele) – Não! Tenho muito trabalho aqui. Depois tenho coisas para fazer em casa também.
Guilherme a observa por alguns segundos.
Guilherme – Porque tenho a sensação de que você me evita?
Gisele (é visível sua impaciência) – Porque talvez seja verdade. Guilherme não é de hoje que venho percebendo suas investidas em mim, mas eu sou namorada do Roberto. Seu amigo. Pelo menos eu acho que é. No mínimo você deveria respeitá-lo. Agora se me der licença eu tenho muito trabalho.
Gisele se retira para dentro de uma salinha. Guilherme fica pensativo.
Guilherme (para si mesmo) – Você ainda vai ver que eu sou bem melhor que o Roberto.
Guilherme sai.
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Cena 13 – Apartamento de Hugo/Sala/Dia
Abre a cena na fachada do prédio... Rápido corte de cena... Vemos Hugo sentado ao lado de Roberto. Começam a dialogar.
Roberto – Tudo o que eu preciso agora é conseguir um trabalho e logo.
Hugo – E vai. Aqui em São Paulo o que não falta são oportunidades. (sério) Agora tem uma coisa que eu preciso te contar.
Roberto – E pela sua cara não é nada bom.
Hugo – Ai vai depender da sua cabeça.
Roberto – Como assim? O que está acontecendo?
Hugo – Roberto, eu não tenho o trabalho que minha família acha que eu tenho aqui em São Paulo. Meu negócio é outra coisa.
Roberto – Tudo bem. Mas o que isso tem demais?
Hugo – Muito. Eu trabalho na noite. E às vezes durante o dia também... Eu sou Acompanhante de Luxo.
Roberto – Acompanhante de luxo? O que é exatamente isso?
Hugo – Em outras palavras eu sou um Garoto de Programa. Meu trabalho e dar prazer e o meu negócio é o sexo.
Roberto – Você é um prostituto? Você vende o seu corpo? Mas por quê? Se sua família descobre, eles te matam. Como você tem coragem de fazer isso.
Hugo – É um mundo onde o dinheiro entra fácil. Faço muito dinheiro na noite. Você não faz idéia de quanto eu ganho com um cliente por noite.
Roberto – Cliente... Mulheres?
Hugo – Mulheres, homens e até casais. Essa profissão não tem classificação. Somos como cameleões. Devemos nos adaptar a todo tipo de cliente.
Roberto – Então você transa com homens por dinheiro? E com consegue isso? Ou vai me dizer que...
Hugo – Que eu sou gay? Não... Eu vendo o meu corpo e o cliente que paga tem o direito de ter o que comprou. Na cama eu sou apenas um pedaço de carne. Não existe sentimento ali. O engraçado é que eu nem mesmo sei o que é ter um sentimento verdadeiro na cama.
Roberto – Sinceramente eu estou surpreso com tudo isso. Eu jamais poderia imaginar isso de você. Mas tudo bem. Não vai ser eu que vou te julgar. Cada um sabe o que faz de sua vida.
Hugo – Era exatamente isso que esperava de você. Obrigado pela compreensão. Agora se arruma que hoje eu vou te mostrar a noite paulistana.
Close no rosto de Hugo, sorrindo.

Música: Dragonette - Let The Night Fall
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Cena 14 – Externa/São Paulo/Noite
Uma deslumbrante visão da cidade, completamente iluminada. Um passeio pela Avenida Paulista, fechando na frente de uma boate, qualquer, da cidade. Uma grande concentração na frente.
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Cena 15 – Boate/Int./Noite
Música em alto som. Pessoas bem vestidas e dançando. Luzes de neon, bebidas e DJs. Logo encontramos Roberto e Hugo entrando na festa. Roberto com um olhar deslumbrado.
Hugo (alto) – Bem vindo à capital das baladas.
Vemos mulheres dançando em coreografias sensuais e ousadas.
Roberto (alto) – Isso aqui é muito bom. Sente só essa música.
Hugo (alto) – Então aproveita meu amigo... Vamos dançar que a noite é nossa.
Os dois partem para o meio da pista de dança. Logo já os vemos dançando com algumas garotas. Em seguida vemos Roberto bebendo e logo depois beijando uma garota. Hugo coloca algo em sua boca. É uma droga alucinógena. Depois o vemos de olhos fechados sentindo a vibração da música.
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Cenas de Passagem de tempo...
Vemos pessoas caminhando. Por do sol e nascer do sol. Trânsito de veículos. Imagens do alto de São Paulo. Parque Ibirapuera e depois Avenida Paulista.

Lê: Dias depois...
Música cessa aqui
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Cena 16 – Apartamento de Hugo/Sala/Dia
Hugo está deitado no sofá. Roberto entra no apartamento. Percebe-se a empolgação em seu semblante.
Roberto – Eu consegui! A vaga de emprego é minha.
Hugo – Ai garoto. Meus parabéns! Eu te disse que aqui você teria sucesso.
Roberto – Sinto que minha vida só vai fluir de agora em diante. Nada poderá me impedir. Nada.
Hugo – Que os anjos digam amém!
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Cena 17 – Bauru/Rua/Dia
Abre a cena com uma imagem aérea da cidade... Corte de cena... Ponto de ônibus. Vemos algumas pessoas esperando o ônibus, incluindo Geraldo (pai de Roberto). O ônibus chega e os passageiros embarcam. A CAM acompanha Geraldo dentro do ônibus. Vemos ele pagando a passagem e em seguida sentando em um banco próximo ao cobrador.
Há um corte de cena... Logo vemos um homem de boné se levantando do fundo do ônibus e sacando um revólver em direção ao cobrador.
Homem – Passa tudo o que tem aí. (aos passageiros) E vocês também. Eu quero dinheiro, celulares e jóias. Colaborem ou eu atiro em todo mundo.
Percebemos o pânico dentro do ônibus. A CAM foca em Geraldo, que fica sério.
O homem fica de frente ao cobrador, que recolhe o dinheiro da gavetinha.
Geraldo se levanta e agarra o homem. Ambos se jogam no corredor do ônibus. Geraldo acaba levando um soco no nariz e larga o assaltante, que se levanta e mira em Geraldo.
Homem – Filho da mãe!
Em uma imagem de fora do ônibus, vemos através da janela o homem disparar três vezes contra Geraldo.
Cena muda a partir de agora. Jogo de imagens em sequência, em que vemos o rosto do Assaltante. Em seguida vemos o corpo de Geraldo com três furos: dois no peito esquerdo, outro na barriga. Sangue espalhando pelo corredor. O rosto das pessoas chocadas com a cena.
Corta para:

Cena 18 – Apartamento de Hugo/Sala/Dia
Início de cena na fachada do prédio... Dá para ouvir o som do telefone tocando... Corte de cena... Roberto está sentado no sofá lendo um livro. Telefone continua a tocar. Ao fundo, vemos Hugo atendendo. A Imagem fica neste mesmo ângulo. Roberto sentado no sofá e Hugo ao fundo.
Hugo – Alô! Quem fala?
Depois de alguns segundos. Vemos Hugo vindo em direção à Roberto com o telefone em mãos.
Hugo (sério) – É para você!
Roberto – Para mim? Quem é?
Hugo – É melhor atender.
Roberto pega o telefone. Ele pressente que há algo de errado. Fica tenso.
Roberto – Alô!
Telefone (só ouvimos a voz) – Roberto? Sou eu, Gisele. Sua mãe pediu para te comunicar. Ela está muito arrasada e precisando de você.
Roberto – O que aconteceu Gisele?
Telefone (só a voz) É o seu pai. Ele reagiu a um assalto e foi baleado. Ele está morto.
Vemos a expressão mudar no rosto de Roberto, que lentamente vai tirando o telefone do ouvido e mirando o nada.
A imagem fica em preto em branco e termina o capítulo.


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