Apenas Desejo: Capítulo 17(Última Semana)

Norma e Íris se abraçam forte.
Norma: Filha, achei que nunca mais  fosse te ver, meu amor...
Íris: Tive tanto medo, mãe. Achei que fosse morrer.
Norma: Mas acabou meu anjo. Agora você está aqui comigo. Eu te protejo.
Norma olha para o céu e grita emocionada.
Norma: Obrigada meu Deus.
Minutos depois, Norma estava no telefone falando com a delegada Renata.
Renata: Então ela foi deixada aí na frente de sua casa? Você conseguiu ver quem estava no carro?
Norma: Não, os vidros eram escuros.
Renata: Mas e a placa? Conseguiu ver a placa?
Norma: Não... Eu só consegui ver a minha filha e mais nada.
Renata fica decepcionada.
Renata: Tudo bem, eu compreendo. Mas de qualquer forma, eu preciso conversar com a sua filha.
Norma: Claro, eu vou levá-la até você.
Renata: Certo, eu ficarei aguardando.
Renata desliga e olha para Abreu.
Renata: Libertaram a irmã da Clarice.
...........
Norma chega até a cela de Clarice, que estava deitada na cama. Clarice se levanta e caminha até Renata.
Renata: Sua mãe acabou de me telefonar. Ela me disse que sua irmã foi libertada. Está bem.
Clarice: Meu Deus!
Clarice começa a chorar e agradecer a Deus.
Renata: Ela logo estará aqui para que eu possa interrogá-la.
Clarice: Por favor, delegada. Quando ela estiver aqui eu te imploro... Deixe eu vê-la.
Renata: Não se preocupe. Eu avisarei quando puder vê-la.
Renata se retira.
Clarice: Delegada.
Renata para e olha para Clarice.
Clarice: Obrigada!
Renata sorri para Clarice e sai.
...........
Raul estava sentado em seu escritório. Sua secretária anuncia que Amadeu está a sua espera. Ele pede para que o deixe entrar. Amadeu entra na sala e vai estendendo o braço para cumprimentar Raul.
Amadeu: Raul!
Raul dá um soco no rosto de Amadeu, que cai sobre a cadeira.
Raul: Isso é pelos anos que você e a minha ex-mulher me fizeram de palhaço.
Amadeu começa a se levantar com a mão no rosto.
Amadeu: Eu não sei do que você está falando...
Raul pega Amadeu pelo colarinho da camisa e o pressiona.
Raul: Não se faça de cínico. Eu já sei que você e a cachorra da Laura têm um caso. Seja homem ao menos uma vez na vida e enfrente a verdade.
Amadeu se esforça e consegue se soltar de Raul.
Amadeu: Está bem, Raul. Eu não vou me fazer de desentendido. Eu e sua mulher...
Raul: Ex-mulher.
Amadeu: Tudo bem... Laura e eu nos amamos. Eu gosto dela.
Raul: Então agora o caminho está livre. Vocês podem ficar juntos.
Raul caminha e se senta em sua cadeira.
Raul: Agora pode se retirar. Suma da minha frente e nunca mais apareça. Acaba de perder um amigo e um cliente.
Amadeu recolhe sua pasta do chão e sai.
...........
Henrique chega em seu apartamento e percebe que a porta está entreaberta. Ele abre devagar e entra com cuidado.
Henrique: Tem alguém aí?
Ele caminha com cuidado, temendo ter alguém no apartamento. Suas coisas estavam jogadas pelo chão.
Henrique: Eu já chamei a polícia. Eles estão a caminho. É melhor se mandar.
Henrique percebe que não há ninguém no apartamento e fica intrigado. Ele retira a carta que recebera de Suzana de seu bolso.
Henrique: Maldito. Estava atrás disso.
...........
Laura estava sentada no sofá da sala pensativa. Seu aspecto era desolador. A campainha toca e a empregada atende. Era Amadeu.
Amadeu: Meu amor, como você está? Já soube do que aconteceu e vim ver se está tudo bem.
Raul: Como você espera que esteja? O Raul terminou comigo.
Amadeu senta ao lado de Laura.
Amadeu: Eu já sei. Ele me falou tudo. Mas veja pelo lado bom. Agora podemos ficar juntos meu amor.
Laura olha para Amadeu. Ela começa a rir dele que não entende e fica olhando para ela. Laura levanta e caminha pela sala. Ela olha para ele.
Amadeu: Não estou entendendo sua atitude. Porque os risos? Não fica feliz em saber que agora temos o caminho livre.
Laura: Caminho livre? Para quê? Para viver ao seu lado e morrer de fome? Sim, porque o seu salário não chega nem a metade do que eu costumo gastar ao lado do Raul.
Amadeu: Laura, do que você está falando. E o nosso amor?
Laura: Amor? Que amor? Eu não te amo e nunca te amei. Você sempre foi inferior ao Raul, tanto que escolhi ele. E vejo que não fiz nada errado. Jamais trocaria ele por você. Você não é homem para mim, Amadeu.
Amadeu se levanta furioso.
Amadeu: Então eu te desejo boa sorte. Agora eu percebo que perdi anos da minha vida amando a pessoa errada. Duvido muito que consiga ter o Raul de volta.
Laura: Isso não é problema seu. Agora vá embora.
Laura abre a porta. Amadeu caminha em direção à porta. Antes de sair ele olha sério para Laura.
Laura: Você está enganada quando diz que eu não sou homem para você. Na verdade, você é que nunca foi e nunca será a mulher certa para mim. Passar bem, Laura.
Amadeu vai embora e Laura fecha a porta.
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Renata estava sentada na sala de frente para Íris.
Renata: Você não se lembra de nenhum detalhe dos homens que te pegaram?
Íris: Não! Eles usavam capuz preto e na maioria do tempo eu ficava com venda nos olhos. A única coisa que sei deles é a voz. A voz do homem me ameaçando não sai da minha cabeça. Foi horrível.
Íris abraça Norma.
Norma: Está tudo bem, meu amor.
Abreu: Acho que ela não vai ajudar muito delegada. Ela ainda está traumatizada.
Renata: Está certo. Vocês estão liberadas. Ah, antes que eu esqueça. Vou mandar chamarem a Clarice para ver vocês.
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Clarice aparece na sala de visita a ao ver Íris, começa a chorar. As duas se abraçam.
Clarice: Íris! Você está bem meu anjo. Fiquei com tanto medo.
Íris: Sim! Estou bem, Clarice. Mas porque você está presa?
Clarice: Não importa agora. O que importa é você.
Elas se abraçam.
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Leonel estava sendo julgado por ter abusado de uma adolescente de 15 anos quando trabalhava em um posto de gasolina. A audiência estava sendo procedida. Ele estava diante dos pais da garota. O juiz estava prestes a ler a sentença.
Juiz: Fica decidido, aqui nesta seção, que o réu, Leonel Villar, brasileiro, viúvo, acusado de aliciar e estuprar a jovem, Carolina Nunes, é culpado. Devendo cumprir pena de 10 anos de reclusão, sem direito a fiança. Sendo assim, declaro este caso encerrado.
Leonel: Isso é um absurdo, eu não fiz nada com essa vagabunda...
Mãe: Não fala assim da minha filha seu pervertido. Você fez um inferno na vida dela. Mas agora vai pagar. A justiça está sendo feita.
Leonel é conduzido pelos guardas para a prisão.
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Clarice estava sentada lendo um livro. A carcereira se aproxima e entrega um bilhete para ela. Ela agradece. Clarice abre o bilhete.
“Assim como você fez sua parte, também fizemos a nossa. Mas queria adverti-la de que ainda posso machucar a sua família, caso você decida abrir o bico. “O bilhete foi feito com recortes. Clarice respira fundo.
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Ricardo estava olhando as fotos em seu computador. Ele tinha esperança de conseguir encontrar mais alguma coisa. Norma já tinha lhe avisado sobre Íris, portanto ele estava mais tranqüilo. De repente ele para em uma foto.
Ricardo: Espera um pouco. Ele dá zoom na foto. Eu não acredito nisso. Estávamos enganados.
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Renata é avisada de que Henrique quer falar com ela. Ela pede para que deixem ele entrar.
Henrique: Com licença, delegada.
Renata: Seja breve. O que o trás aqui?
Henrique retira a carta do bolso e entrega para Renata.
Renata: O que é isso?
Henrique: Está carta foi enviada para mim. Quem mandou foi a Suzana, dias depois de sua morte.
Renata: O que?
Renata abre a carta e lê.
Renata: Mas aqui está claro que ela suspeita de alguém.
Henrique: Isso mesmo. Vocês estavam procurando a pessoa que sempre esteve ao lado de vocês.
Renata: Eu não acredito nisso.
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Ricardo estava sentado na sala de espera. Clarice é trazida. Ela entra e se surpreende com a presença dele.
Clarice: Você? O que quer aqui? Já disse tudo o que tinha para dizer e...
Ricardo: Para, Clarice. Apenas veja isso.
Ele entrega a foto que imprimiu. Clarice olha a foto. Ela fica séria e olha para Ricardo.
Ricardo: Agora me diga, porque assumiu a culpa de um crime que você não cometeu?