Cena 01. Ext. Rio de Janeiro. Clipe de imagens
do RJ. Manhã.
(Sonoplastia:
“Celebrar” – Jammil e Uma Noites)
Imagens
aéreas do Rio de Janeiro. Pessoas andam de bicicleta, fazem caminhada, vão à
praia, surfam, fazem piqueniques, dentre outras coisas.
Corta
para:
Cena 02. Int. Casa de Rodrigo. Banheiro. Manhã.
Rodrigo
tira a barba e joga spray de barbear no rosto de seu irmão mais novo, Caio.
Cena 03. Int. Casa de Gi. Quarto. Manhã.
Gi
veste um short curto e põe suas
pulseiras coloridas. A gata se olha no espelho e beija o ombro. Ela sai do
quarto.
Cena 04. Int. Casa de Tetéia. Quarto. Manhã.
Bilu
penteia o cabelo de Tetéia, enquanto a mesma lê uma revista de moda.
Cena 05. Ext. Casa de Marília. Frente. Manhã.
Raul estaciona sua moto em frente à
casa de Marília, que monta. Os dois partem.
Cena 06. Ext. Rua. Manhã.
Batera e Gago andam a pé. Gi passa por
eles. Batera fica encantado com a jovem.
Rodrigo
passa, de carro, em frente aos dois. Caio corre atrás do carro.
Cena 07. Int. Academia Friedrich. Fachada.
Manhã.
Imagem da
ACADEMIA FRIEDRICH. A Academia de Artes Friedrich é uma academia que forma
vários artistas. Lá, eles mostram seu talento na atuação.
Corta
para:
Cena 08. Int. Academia Friedrich. Interior.
Manhã.
(Sonoplastia: Fade Out > “Celebrar”)
Rodrigo
e Marília ensaiam a peça “Romeu e Julieta”.
RODRIGO:
Só
se ri das cicatrizes aquele que nunca sentiu uma ferida. Qual é a luz que
brilha através daquela janela? É o
Oriente, e Julieta é o Sol. Ergue-te, ó, Sol resplandecente, e mata a Lua
invejosa, que já está fraca e pálida ao ver que tu, sua sacerdotisa, és muito
mais bela do que ela própria.
Senhor Aristeu,
o dono da Academia, chega ao lugar e bate palmas ao ver a apresentação.
SR.
ARISTEU: Esse é o meu garoto prodígio!
RODRIGO:
Que
é isso, seu Aristeu?
SR.
ARISTEU: Ora, eu estou falando a verdade. Desde que você entrou nesta
academia, eu vi em você o filho que eu não tive, a revelação do mundo da arte.
Raul
vê a cena, com inveja de Rodrigo.
RODRIGO:
Ah,
seu Rodrigo, eu não sou tudo isso, não. Bondade sua. Eu apenas gosto do que eu
faço. É aí que está o segredo!
Caio,
o irmão mais novo de Rodrigo, que estava sentado na plateia, levanta-se.
CAIO:
É
isso aí. Meu irmão é um Hitler da arte!
Todos
olham para Caio.
CAIO:
Ué,
falei alguma coisa errada?
RODRIGO:
Caio,
se não tiver nada pra falar, é melhor ficar calado.
CAIO:
Então
tá...
Caio
volta a sentar-se.
MARÍLIA:
Bom,
vamo voltar pra peça?
RODRIGO:
Boa.
Vamo continuar!
Sr.
Aristeu senta-se na plateia.
RODRIGO:
Não
queiras mais ser sua sacerdotisa, já que tão invejosa é. As roupagens de vestal
são doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deitas-as fora. Esta é
minha dama!
Rodrigo
e Marília continuam se apresentando. Raul olha para Rodrigo com um olhar de
inveja.
Corta
para:
Cena
09. Int. Academia Friedrich. Banheiro Feminino. Manhã.
Bilu
e Tetéia estão no banheiro feminino. Bilu maquia Tetéia.
BILU:
Tetéia,
eu já disse que eu não gosto de entrar no banheiro feminino e muito menos de te
maquiar.
TETÉIA:
Zip,
Bilu, zip! Não discute e continua me maquiando.
BILU:
Mas
pra que tanta maquiagem, hein, Tetéia?
TETÉIA:
Bilu,
você não sabe que uma dançarina que se preza precisa estar sempre esplendorosa?
BILU:
É,
isso é, mas...
TETÉIA:
Mas
nada, Bilu. Zip! Continua me maquiando, e calado, hein?
Bilu
continua maquiando Tetéia. Bilu acaba borrando o rosto de Tetéia.
TETÉIA:
Bilu!
Olha só o que você fez. Como maquiador você é um excelente cantor, hein?
BILU:
Desculpa,
Tetéia, é que você se mexeu e...
TETÉIA:
Zip,
Bilu! Deixa que eu me maquio sozinha.
Tetéia
pega o estojo de maquiagem e um lenço para se limpar. Bilu olha.
TETÉIA:
Tá
olhando o quê? Não é você que não gosta de entrar no banheiro feminino? Pode
sair. Tá dispensado.
BILU:
Não,
é que...
TETÉIA:
Zip!
Bilu
fica calado e sai do banheiro. Tetéia continua com a maquiagem.
TETÉIA:
Olha
só, ele me borrou toda.
Corta
para:
Cena 10. Int. Academia Friedrich. Interior.
Manhã.
Rodrigo
e Marília continuam se apresentando.
MARÍLIA:
Oh,
Romeu. Por que és, Romeu? Rejeita teu pai, recusa teu nome. Ou assim não
querendo agir, dize: verdadeiramente te amo. Então como Capuleto não estarei
mais.
SR.
ARISTEU(bate palmas): Bravo, bravíssimo! Nunca vi melhor apresentação
de Romeu e Julieta. Parabéns. Você, Rodrigo, você foi ótimo. Um excelente ator!
MARÍLIA:
Eu
também fui bem, seu Aristeu?
SR.
ARISTEU(sem dar atenção): Sim, foi. Rodrigo, você foi esplêndido.
Esplêndido! Parabéns, meus parabéns.
Marília
não gosta da rejeição.
Corta
para:
Cena
11. Int. Colégio Alberto Villani. Fachada. Manhã.
Vários
alunos entram na escola. Os alunos dizem “bom dia” ao porteiro. Ouve-se o sinal
tocando:
“TRIIIIIIIMMMM”
Corta
para:
Cena
12. Int. Colégio Alberto Villani. Sala de Aula. Manhã.
É
o primeiro dia de aula na escola. Gi dança um funk na frente de seus colegas de classe. Um de seus colegas é
Batera, chamado assim por tocar bateria muito bem, que gosta de ver a colega
dançando. Gago, outro aluno da Alberto Villani, chega perto de Batera.
GAGO:
E-ela
é mui-muito bo-bo-bo-bo...
BATERA:
Bonita?
GAGO:
Bo-bo-boazuda.
BATERA:
Que
é isso, Gago? Sabia que é falta de respeito reparar essas coisas nas meninas?
GAGO:
Huummm...
tá co-com ciúme-me-me, Bate-tera?
BATERA:
Claro
que não, Gago. Se toca!
O
professor chega na sala.
PROFESSOR:
Posso
saber o que significa isso?
GI:
Quem
é você?
PROFESSOR:
Eu
sou o novo professor de vocês. Agora me responda: o que significa isso?
GI:
Desculpa,
professor, é que a gente só tava descontraindo um pouco, mas a gente já ia
parar.
PROFESSOR:
Mas
o que é isso? Vai parar por que? Isso significa cultura. Pode continuar!
GI:
É
sério isso?
PROFESSOR:
Mas
é claro. Mas primeiro, deixa eu me apresentar direito pra vocês.
O
professor vai até a lousa. Gi se senta.
PROFESSOR:
Bom,
gente, eu sou o novo professor de música de vocês.
BATERA:
Professor,
dá licença. O que aconteceu com o professor Tenório Impiedous?
PROFESSOR:
Bem,
o professor Tenório Impiedous teve que se afastar do emprego por um problema em
uma parte do corpo que eu acho melhor não falar o nome.
BATERA:
Ah,
entendi. Pode continuar.
PROFESSOR:
Bom,
o meu nome é Artur Malta. Mas podem me chamar de professor Cabeção.
TODOS:
Cabeção?
Todos
começam a rir.
CABEÇÃO:
Algum
problema com o meu nome?
GI:
Mas
professor Artur... quer dizer, professor Cabeção. Eu não conheço você de algum
lugar?
CABEÇÃO:
Não
sei. Será que de alguma telenovela adolescente?
GI:
Não
sei.
Professor
Cabeção escreve seu nome na lousa, porém escreve “CABESSÃO”.
BATERA:
Professor
Cabeção!
CABEÇÃO:
Sim?
BATERA:
O
“cê” com cedilha mandou um abraço.
CABEÇÃO:
Ah,
entendi.
O
professor corrige o erro.
CABEÇÃO:
Eu
nunca fui muito bom em português. Desde que eu estudava naquele colégio. Acho
que o nome era Escolha Dissertativa, Múltipla Redação... alguma coisa assim.
Bom, mas, voltando. Vamos continuar com a dança?
GI:
Ué,
mas você não é professor de música?
CABEÇÃO:
Sim,
e nada melhor do que uma dança pra aquecer o esqueleto nesse primeiro dia de
aula. A música é prima da dança!
GAGO:
Que-quem
disse?
CABEÇÃO:
Que-quem
disse eu não sei, mas eu tô dizendo agora. Bom, vamos voltar, senhorita...
GI:
Meu
nome é Giovana.
TODOS:
Eita,
Giovana!!!!
GI:
Mas
eu prefiro ser chamada de Gi.
CABEÇÃO:
Então,
vem pra cá, Gi. Só não deixa o forninho cair, hein?
GI:
Engraçadinho
você, hein? Mas eu gosto.
Gi
vai para perto do professor e continua com sua dança.
Corta
para:
Cena
13. Int. Academia Friedrich. Interior. Manhã.
Tetéia
apresenta sua dança, um foxtrote.
CAIO
(para Bilu): O que é isso que ela tá dançando?
BILU:
O
nome é foxtrote. É conhecida no Brasil como sapateado. Ela tá linda, né?
CAIO:
Se
você tá dizendo...
Tetéia
acaba termina a apresentação.
TETÉIA:
E
aí, fui bem?
SR.
ARISTEU: Foi ótima. Eu acho que... ai!
Aristeu
coloca a mão no peito. Rodrigo corre até ele.
RODRIGO:
Seu
Aristeu, o senhor tá bem? O que aconteceu?
SR.
ARISTEU: Nada, é coisa da idade mesmo.
RODRIGO:
Nada
disso, eu vou levar o senhor pra casa agora. Meu pai me emprestou o carro.
Vamos?
SR.
ARISTEU: Não precisa, meu jovem.
MARÍLIA:
Precisa
sim, seu Aristeu. Posso levar ele pra casa com você, Rodrigo?
RODRIGO:
Valeu,
Marília, mas não precisa. Eu levo ele sozinho.
Marília
não gosta de ser rejeitada por Rodrigo. Rodrigo leva Aristeu para fora da
academia. Caio o acompanha.
CAIO:
O
que ele teve, mano? Um derrame? Um infarto? Um câncer encefálico? Ele tá com
ebola?
RODRIGO:
Cala
a boca, molecote! Não joga praga pra cima do seu Aristeu.
CAIO:
Então
tá. Eu só tava curioso.
Rodrigo
coloca sr. Aristeu em seu carro. Após tê-lo feito, entra no carro. Caio também
entra.
RODRIGO:
Cinto
de segurança, hein, Caio?
CAIO
(colocando o cinto): Tudo bem.
O carro parte. Em
frente à academia de artes, há uma oficina, onde Celina, Sócrates e Nando estão
trabalhando.
Corta para:
Cena 14.
Int. Oficina. Interior. Manhã.
Celina conserta uma bicicleta. Ela
está suja de graxa. Ao lado dela, Sócrates e Nando trabalham enchendo um pneu.
Sócrates:
Ah,
cadê o Gago que não chega?
Nando:
Ah,
Sócrates, ele ainda tá na escola.
Sócrates:
Por
quê?
Nando:
Ué,
porque tem aula pra ele.
Sócrates:
Por
quê?
Nando:
Porque
ele precisa tirar nota boa pra passar de ano, né, sua anta?
Sócrates:
Por
quê?
Celina:
Ah,
gente, para com isso. Já tô de saco cheio dessas suas perguntas, Sócrates. Pô,
que coisa chata. E você, Nando, ainda dá ouvidos pra esse doidão aí.
Nando:
Nossa,
Celina, não precisava sapatear na nossa cabeça não, viu?
Celina:
Por
quê?
Sócrates: Olha aí, depois diz que eu não paro de fazer perguntas.
Sócrates: Olha aí, depois diz que eu não paro de fazer perguntas.
Celina:
Ah,
vocês me deixam louca. Vou logo terminar isso aqui que eu ganho mais.
Sócrates:
Por
quê?
Nando dá um tapa na cabeça de Sócrates.
Nando dá um tapa na cabeça de Sócrates.
Corta para:
Cena
15. Int. Colégio Alberto Villani. Sala de aula. Manhã.
Os alunos estão dançando na sala de
aula. Cabeção também entra na dança. O diretor Rômulo chega.
Rômulo:
O
que significa isso?
Todos
param de dançar. Cabeção desliga o som.
Rômulo:
Professor
Artur, por favor. Logo no seu primeiro dia de aula você comente essa gafe? Você
está sendo pago para dar aula de música, não pra ficar dançando com esses...
Gi:
Esses
o quê?
Rômulo:
Garota,
não se mete.
Cabeção:
É,
Gi, deixa que meus forninhos eu acerto com o diretor. (para Rômulo) Diretor
Rômulo, é que, como é meu primeiro dia aqui, eu achei legal dar um clima
descontraído pra aula.
Rômulo:
Ah,
um clima descontraído?
Cabeção:
Sim,
alguma coisa contra?
Rômulo:
Não,
que é isso? Eu não tenho nada contra a um clima descontraído. Eu sou contra
apenas a bagunça dentro da minha escola.
Cabeção:
Desculpa,
seu diretor. Não vai mais acontecer.
Rômulo:
Assim
espero. Bom, eu vim aqui para dar um bom dia a todos e também para dizer que
todos se sintam bem-vindos aqui. Aos bolsistas, muito cuidado para não perder a
bolsa, certo, dona Giovana?
Gi
faz que sim com a cabeça.
Rômulo:
Bem,
é isso. Boas aulas!
Rômulo
sai. Cabeção liga o som, mas deixa em um volume um pouco mais baixo. Os alunos
voltam a dançar.
Corta para:
Cena
16. Int. Casa de Aristeu. Sala. Manhã.
Rodrigo e Caio chegam na casa de
sr. Aristeu segurando o homem. Eles o colocam deitado no sofá.
Caio:
É
magrinho, mas pesa...
Rodrigo:
Cala
a boca, molecote!
Caio:
Ih,
já não tá mais aqui quem falou.
Aristeu:
Rodrigo,
por favor, pega o meu remédio ali, em cima da mesa de centro.
Rodrigo
(pega uma caixa): É esse aqui, da caixa branca?
Aristeu:
É,
é esse. Me traz um comprimido. Caio, pega um copo d’água pra mim na cozinha,
por favor.
Caio
vai para a cozinha. Rodrigo entrega o comprimido para Aristeu.
Aristeu:
Rápido,
Caio.
Caio
volta com um copo d’água. Aristeu pega e toma o comprimido.
Aristeu:
Obrigado,
meninos. Podem voltar pra academia.
Caio:
Isso,
vamo Rodrigo.
Rodrigo
puxa Caio pela camisa.
Rodrigo:
Não,
senhor. A gente vai ficar aqui cuidando do seu Aristeu.
Aristeu:
Não
precisa, filho.
Rodrigo:
Precisa
sim, seu Aristeu. Eu vou ficar aqui até a dona Olga chegar.
Aristeu:
Obrigado
por se preocupar comigo, Rodrigo.
Rodrigo:
Que
é isso, seu Aristeu? Só faço minha obrigação.
Caio
(murmura): Às vezes se preocupa até de mais.
Rodrigo:
Você
disse alguma coisa, Caio?
Caio:
Eeeeeeuuuuu?
Não, imagina. Deve ter sido impressão sua.
Rodrigo
balança a cabeça negativamente.
Corta
para:
Cena
17. Int. Colégio Alberto Villani. Sala de aula. Manhã.
Os alunos cantam “Te levar”, da
banda Charlie Brown Jr.
Gi
(canta): Tive pensando em me mudar, sem te deixar pra trás, yeah!
Batera
(canta): Resolvi pensar em nós, yeah!
Letícia
(canta): Vou te levar daqui, vou te levar, yeah!
Todos
(cantam): Te levar daqui, yeah! Vou te levar, yeah! Te levar daqui.
Cabeção:
Pô,
cês mandam bem na música, hein? Ainda mais essa música do Charlie Brown, que me
marcou muito. Bom, parabéns pra todo mundo!
Todos
aplaudem Cabeção.
Cabeção:
Ah,
gente, para. Só não choro porque eu sou macho, né?
Todos
riem.
Cabeção:
Então,
vamo cantar outra? “Pais e Filhos”. Gi, pode começar?
Gi
faz que sim com a cabeça.
Gi
(canta): Estátuas e cofres e paredes pintadas, ninguém sabe o que
aconteceu.
O
sinal do intervalo toca.
Todos:
AAAAAAHHHHHH!!!
Cabeção:
Gente,
foi ótimo, mas acabou. Amanhã a gente se encontra.
Todos
saem para o intervalo.
Cena 18. Int. Colégio Alberto Villani. Pátio.
Manhã.
(Sonoplastia:
Meu Novo Mundo – Charlie Brown Jr.)
Alguns alunos pegam seus lanches
com dona Olga, mulher de seu Aristeu, que trabalha como merendeira na escola.
Os alunos sentam-se nas mesas e conversam.
Cena
19. Ext. Pontos do Rio de Janeiro. Manhã/Tarde.
Entardece
no Rio de Janeiro. Pessoas andam de bicicleta, o bondinho se movimenta. CAM
aérea mostra o Cristo Redentor.
Close
na casa de Sr. Aristeu.
(Sonoplastia:
Fade Out > “Meu Novo Mundo”)
Cena
20. Int. Casa de Aristeu. Tarde.
Dona
Olga: Mas por que vocês não me ligaram?
Rodrigo:
Dona
Olga, a gente não ia atrapalhar seu trabalho, né? Ainda mais que ficar com o
seu Aristeu foi muito legal.
Caio:
Nossa,
muito legal. Olha a minha cara de divertimento. Yuppiiee!!
Rodrigo:
Cala
a boca, molecote! (para Olga) Bom, dona Olga, agora a gente precisa ir. (para
Aristeu) Melhoras, viu, seu Aristeu?
Aristeu:
Obrigado,
Rodrigo.
Rodrigo
e Caio vão embora. Dona Olga senta ao lado de Aristeu, que está deitado no
sofá.
Cena
21. Ext. Rio de Janeiro. Rua. Tarde.
Rodrigo está dirigindo o carro.
Caio está no banco de trás.
Caio:
Eu
ainda não entendi por que eu não posso ir no banco da frente.
Rodrigo:
Você
ainda não tem idade pra isso, Caio.
Caio:
Ah,
lá vem esse papo de novo. Você não tem idade pra isso, você não tem idade pra
aquilo. Quando é que a idade certa pra tudo chega?
Rodrigo:
Sei
lá, Caio. Para de me encher de pergunta que eu não tô pra isso hoje.
Caio:
Nossa,
me engole logo.
Rodrigo
olha para o retrovisor e vê um homem de capa branca o encarando.
Rodrigo:
Ah,
não.
Caio:
Que
foi, Rodrigo?
Rodrigo:
Nada,
Caio, nada. Não aconteceu nada.
Caio:
Então
tá, né?
Rodrigo
(pensa): Eu não acredito que esse cara de capa branca voltou a me
perseguir. Quem será essa pessoa? Por que será que ela vive me seguindo?

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