Cena 01.
Cruzeiro Municipal/ Ext./ Noite.
Eva está
vestida com o vestido de noiva, admirando a paisagem ao lado de Miguel.
Miguel – Quero me
casar com você.
Eva – Só se você
me pegar.
Miguel – Então vai
ser agora.
Eva começa
a correr, Miguel corre atrás dela. Eva se enrosca na cauda do vestido e cai no
chão.
Eva
(desesperada) – Me ajuda Miguel, tô sentindo muitas dores.
Miguel
levanta Eva do chão, e vê uma enorme poça de sangue no chão. Close no desespero
de Miguel.
Eva
(gritando/chorando) – Eu vou perder nosso bebê Miguel, me ajuda. Eu
sinto que nosso filho está indo embora.
Miguel
(desesperado) – Calma meu amor, vou te levar a um hospital.
Miguel
carrega Eva, rapidamente, até o carro. Ambos entram e ele dá partida
rapidamente.
Corta para:
Cena 02.
Mansão Amadeu/ Quarto de Vitória/ Int./ Dia.
Vitória
está queimando o cartão misterioso que recebeu, quando Eneida entra no quarto.
Eneida
(curiosa) – Tá queimando o que?
Vitória – Não conhece
a lei da boa educação? Usa-se bater antes de entrar no quarto de outras
pessoas.
Eneida – Eu te fiz
uma pergunta. Pra não dizer que sou ruim, vou repetir: Tá queimando o que?
Vitória
termina de queimar o cartão e joga as cinzas no chão.
Vitória – Um cartão.
Um cartão que o Ângelo me deu quando ficamos noivos. Decidi queimar qualquer
passado que me ligue à memória daquele velhote nojento.
Eneida – Tenho uma
coisa muito séria pra te contar.
Vitória – Vai me
falar do Lucído novamente? Melhor, vai falar da sua filha vadiazinha?
Eneida – Não. A
história da vez é sobre seu filho amado e a sua norinha desejada.
Vitória – O que essa
dupla dinâmica aprontou dessa vez?
Eneida
fecha a porta e se senta na cama ao lado de Vitória.
Eneida – A Milena
não está grávida.
Vitória
(assustada) – O que?
Vitória
fica olhando, assustada, para Eneida.
Corta para:
Cena 03.
Casa de Julieta/ Sala/ Int./ Dia.
Lucído e
Edu estão assistindo TV, quando Julieta vem da sala e para no local, trajando
um vestido longo azul de seda.
Julieta (a
todos) – Estou bem?
Edu – Hoje é formatura
de quem?
Julieta – Não é
formatura nenhuma. Hoje é o dia da audiência do divórcio, e eu quis estar
radiante para que seu pai, o juiz, os advogados e todo o resto do planeta veja
a burrada que está sendo feita. Seu pai vai desistir dessa separação, eu juro!
Lucído – Não crie
falsas expectativas Julieta, o César não vai voltar nunca mais. Ele ama a
Fernanda.
Julieta – Acontece
que a Fernanda não quer o seu filho. Até ela viu a burrada que o seu filho fez.
Lucído – Espero que
você não tenha aprontado para cima dela.
Julieta – O que acha
que sou? Eu sou gente, sou humana. Estou apenas defendendo o que é meu por
direito. Mas eu não sairei desse divórcio com as mãos abanando. O César vai ter
que me dar uma ótima pensão. Já pedi a Doutora Noriko que providencie isso.
Edu – Quem é
Doutora Noriko?
Julieta – É a minha
advogada. Se seu pai contratou o Álvaro, eu não fiquei por baixo e contratei a
Noriko.
Edu – E posso
saber com que dinheiro?
Julieta – Economias.
Eu tenho uma pequena fortuna no banco.
Edu – Eu espero
que você não arme um escândalo no Fórum.
Julieta – Quando eu
quero, eu sei ser de classe. Agora me deixe passar uma chapinha nessa juba.
Julieta sai
em direção ao quarto. Edu e Lucído voltam a assistir TV.
Corta para:
Cena 04.
Mansão Amadeu/ Quarto de Vitória/ Int./ Dia.
Vitória e
Eneida sentadas na cama. Vitória olhando assustada.
Vitória (se
levantando) – O que você me disse?
Eneida – A Milena e
o Miguel estão te passando à perna. Você sabe que eu sou meio bruxa de vez em
quando, e suspeitei que essa gravidez fosse uma farsa. Aí hoje eu resolvi
entrar no quarto deles e descobri uma caixa cheia de barrigas falsas.
Vitória
(cismada) – Não, eu me recuso a acreditar nessa história.
Eneida – Você não
precisa acreditar em mim, basta ir até o quarto do seu filho e constatar com
seus próprios olhos o cenário desse teatro todo.
Vitória – Então era
por isso que a Milena nunca me deixava passar a mão na barriga dela? Eu nunca
vi aquela barriga.
Vitória vai
até a penteadeira, pega um frasco de perfume e joga contra a parede.
Vitória
(gritando) – Inferno! Que inferno de vida.
Eneida se
levanta e tenta conter Vitória.
Vitória
(irritada) – Tira a mão de mim.
Eneida – Você tem
que manter a calma.
Vitória – Manter a
calma como? Me explica. A Milena fazer isso, eu entendo, não é problema nenhum,
sempre foi uma cobra mesmo, mas e o Miguel? O meu filho, que eu gestei,
amamentei, eduquei, criei e fui parceira. Esse ingrato vem e me calunia pelas
costas, arma um teatro e me faz de espectadora? Mas eles vão ter o que merecem.
Eneida
(assustada) – O que você vai fazer?
Vitória – Na hora
certa você saberá.
Vitória
vira-se para a penteadeira e com muito ódio começa a pentear seu cabelo.
Corta para:
Cena 05.
Hospital/ Sala de Espera/ Int./ Dia.
Miguel está
sentado em um dos sofás da sala, folheando, sem paciência, uma revista. Até que
se levanta e começa a andar de um lado para o outro. Nesse instante Fernanda e
Malu chegam.
Fernanda
(desesperada) – Miguel, como está a minha sobrinha?
Miguel – Não sei
dona Fernanda. Os médicos estão lá dentro examinando. Não me deixaram entrar.
Malu – O que
aconteceu de fato?
Miguel – A Eva se
enroscou na cauda de um vestido que dei para ela, caiu de barriga no chão
enquanto corria.
Fernanda – Meu Deus
tomara que tudo fique bem. Vou rezar para Nossa Senhora da Glória, pedir
proteção e força a minha sobrinha e seu bebê.
Fernanda
vai a um canto, se ajoelha e começa a rezar, enquanto Miguel volta a andar de
um lado para outro e Malu se senta, folheando revistas.
Corta para:
Cena 06.
Cidade Flores/ Pontos Turísticos/ Ext./ Dia.
(Música “Um
história de Amor” – Fanzine). Clipe com imagens do Pórtico de entrada da
cidade, Cruzeiro Municipal, Praça Central, até chegar ao Fórum.
(Fad out
trilha “Uma história de Amor”).
Corta para:
Cena 07.
Fórum/ Fachada/ Ext./ Dia.
Imagens
aéreas de um enorme prédio, com o letreiro “Fórum”.
Corta para:
Cena 08.
Fórum/ Sala de audiência/ Int./ Dia.
Sala com
uma enorme mesa de vidro, com uma cadeira na ponta e outras duas de cada lado.
Álvaro e César estão sentados de um lado da mesa conversando.
César – Enfim vou
ficar aliviado. Não aguentava mais ficar casado com aquela mulher. Sei que é
mãe do meu filho, mas a Julieta é uma bruxa.
Álvaro – Você
enxergou isso agora por quê?
César – Tô
apaixonado. Apesar de tudo que ouvi, eu não consigo esquecer a Fernanda.
Álvaro – Sei como é
isso. Eu ando pensando demais na Helena. Ela é linda.
César – Você tá
traindo a Meg?
Álvaro – Não. Ainda
não. Mas sinto uma vontade muito grande.
Nesse
instante Julieta entra a sala acompanhada de uma mulher, de descendência
japonesa, magra, baixa.
Julieta (a
César) – Estava a minha espera?
César – Olá
Julieta.
Julieta e
sua advogada se sentam do outro lado da mesa.
Julieta – Esta é
minha advogada, a doutora Noriko.
César – Não
precisava.
Julieta – Se você
pode trazer o marido da prefeita pra te defender, nada mais justo que eu também
trouxesse uma artilharia pesada.
Álvaro (a
Julieta) – Você está vendo isso daqui como uma guerra.
Julieta – E é uma
guerra. E vou mostrar a vocês como se vence uma guerra.
César e
Julieta se olham sérios.
Corta para:
Cena 09.
Hospital/ Sala de Espera/ Int./ Dia.
Fernanda,
Miguel e Malu estão sentados no sofá, tristes. Até que um médico chega próximo
deles. Os três se levantam rapidamente.
Miguel – E aí
doutor?
Fernanda – A minha
sobrinha está bem?
Malu – O bebê dela
está vivo?
Médico – A Eva teve
um acidente bem grave, mas está bem.
Todos
vibram felizes.
Miguel – E o meu
filho? Como ele está?
Médico – Fique calmo
meu jovem, seu filho não corre perigo, ele está ótimo. Sã e salvo.
Miguel
abraça o médico, que fica acanhado. Fernanda e Malu sorriem felizes.
Corta para:
Cena 10.
Fórum/ Sala de Audiência/ Int./ Dia.
Estão
sentados a mesa, de um lado: Julieta e Noriko, e do outro: César e Álvaro. O
juiz chega e todos se levantam. O Juiz se senta.
Juiz – Podem se
sentar.
Todos se
sentam.
Juiz – Esta é uma audiência
de conciliação, estou ciente que ambos querem por fim ao matrimônio, mas é meu
réu desejo assegurar-lhes quanto suas escolhas. César tem certeza que deseja se
separar?
César
(convicto) – Sim. Com certeza. Absoluta certeza!
Juiz – E você
Julieta?
Julieta – Eu não
concordo com o divórcio, não vou assinar. Acho que a gente tá passando por uma
crise, como qualquer casal, mas podemos conversar e chegar a um acordo.
Juiz – Dona
Julieta, essa é uma conciliação de praxe, mesmo que uma das partes não queira,
o divórcio é decretado.
Julieta – Eu acho
isso um absurdo. Eu vivi durante anos com esse homem, lavei, passei e cozinhei.
Criei nosso filho, cuidei do pai dele como se fosse meu pai, não é justo que
nessa altura do jogo, eu seja jogada fora como uma chuteira velha que não serve
mais. Eu tenho sentimentos.
Álvaro – Nós não
estamos discutindo de sentimentos.
Noriko (a
Álvaro) – Perdoe-me caro colega, mas o casamento, o que une duas pessoas,
é sim o sentimento. Não é justo que a minha cliente saia desse casamento sem
ter um reembolso.
César – Como assim?
Julieta – Eu
trabalhei feito uma escrava naquela casa, cuidei de três homens, deixei de lado
a minha vaidade, não é justo que eu não seja gratificada, ao menos agora, no
fim do relacionamento.
César – Entendi
tudo, a Julieta quer uma gorda pensão.
Julieta – Fica comigo
e eu esqueço essa história de pensão.
César – Nem que
você fosse à última mulher da face do planeta.
Julieta
engole o choro e segue cabisbaixa.
Juiz – Agora que
já discutiram a relação, eu decreto o divórcio de César de la Vega e Julieta de
Souza. A sentença sai em dez dias.
Noriko – E a pensão
da minha cliente?
Juiz – Fica
decretado, como foi pedido anteriormente pela senhora Julieta de Souza, uma
pensão na quantia de dois salários mínimos, sendo paga pelo senhor César de la
Vega.
César – Como assim?
Julieta – Você venceu
a batalha, mas a grande ganhadora dessa guerra fui eu. Xeque-mate.
Julieta
olha para César com ironia.
Corta para:
Cena 11.
Hospital/ Quarto/ Int./ Dia.
Eva está
deitada em uma cama, com sono na veia. Quando Miguel aparece.
Miguel
(meigo) – Meu amor, como você está?
Eva – Eu tô bem.
Graças a Deus, o nosso bebê também está bem.
Miguel
passa a mão sobre a barriga de Eva.
Eva – A culpa é
toda minha, eu que fiz aquela brincadeira estúpida.
Miguel – Não fala
isso. Ninguém teve culpa. Eu fiquei com muito medo de perder o nosso filho.
Eva – Ah meu
amor, graças a Deus, nosso bebê está bem. Agora só quero ir para casa.
Miguel – A sua tia e
sua prima estão lá fora, mas o médico disse que você passará essa noite aqui,
por medida de precaução. Amanhã eu voltarei. Hoje eu necessito muito ir para
casa.
Eva – Eu te amo
Miguel.
Miguel dá
um selinho carinhoso na boca de Eva.
Miguel – Você é o
amor da minha vida.
Miguel
começa a alisar a barriga de Eva.
Corta para:
Cena 12. Mansão
Amadeu/ Jardim/ Ext./ Dia-Noite.
(Música
“Vai e Chora” – Sorriso Maroto). Imagens do jardim ensolarado. Transposição do
dia para a noite. O jardim fica todo iluminado.
Corta para:
Cena 13.
Mansão Amadeu/ Quarto de Miguel/ Int./ Noite.
Teresa está
colocando algumas roupas no guarda-roupas, quando Vitória adentra o quarto.
Teresa – Só estou
terminando de colocar essas roupas passadas do senhor Miguel aqui, já estou
descendo para servir o jantar.
Vitória – Onde meu
filho está?
Teresa – Ele e a
dona Milena foram comprar uma torta de nozes, pois ela está com desejo.
Vitória – Desejo? Bom
saber!
Teresa
termina de colocar a roupa no armário.
Teresa – Precisa de
mim por agora?
Vitória – Não,
obrigada. Só diga ao Miguel e a Milena, que venham ao meu quarto após o jantar.
Teresa – Sim
senhora.
Vitória – Agora vá
cuidar do jantar. Eu não descerei, estou sem fome.
Teresa
(saindo) – Com licença.
Teresa sai.
Vitória fecha a porta do quarto vagarosamente e começa a vasculhar o armário.
Vitória
(pra si) – Tem que estar aqui em algum lugar.
Vitória
começa a abrir as portas e gavetas do armário, até que acha uma caixa suspeita,
a qual ela pega e coloca em cima da cama. Vitória abre a caixa e acha várias
barrigas falsas, de diferentes meses de gestação.
Vitória
(raiva) – Então os amadores estavam mesmo a fim de me passar pra trás. É
hoje que eu pego vocês.
Vitória
guarda as barrigas dentro da caixa e se senta na cama, pensativa.
Corta para:
Cena 14.
Mansão Trajano/ Sala de Jantar/ Int./ Noite.
Estão
sentados a mesa jantando: Meg, Álvaro, Mafalda e Tia Pombinha.
Meg – Tia
Pombinha, a senhora tem previsão de quando vai embora?
Tia
Pombinha – Talvez nunca mais.
Meg – O que?
Tia
Pombinha – Eu não estou a fim de ir embora. Vocês são a minha
família, acho que devo ficar aqui.
Mafalda – Tia, eu
falarei no bom e velho português: Nós não queremos a senhora aqui em casa.
Álvaro – Detesto
admitir, mas a Mafalda está certa, nós não queremos saber de você enfiada aqui
em casa.
Tia
Pombinha – Se o problema é esse, eu saio dessa casa. Mas daqui
uns quinze dias. Não imaginava que me detestassem tanto assim.
Meg (se
levantando) – Eu preciso analisar algumas licitações, com licença.
Meg sai da
sala.
Álvaro – Acho que a
Meg resolveu brincar de ser prefeita.
Mafalda – Espero que
ela tome gosto pela coisa e se torne de verdade uma prefeita.
Tia
Pombinha se levanta e sai.
Mafalda – Tia
Pombinha já está fazendo cena. Sempre foi assim, mas dessa vez ela não vai nos
dobrar.
Álvaro – Não mesmo.
Essa trambiqueira tem que ficar o mais longe possível da gente.
Álvaro e
Mafalda voltam a jantar.
Corta para:
Cena 15.
Mansão Trajano/ Escritório/ Int./ Noite.
Meg está
sentada a mesa, lendo alguns papéis, quando Tia Pombinha entra.
Meg – Faça favor
de sair. Estou trabalhando, coisa que a senhora não conhece.
Tia
Pombinha – Eu fui light com você durante esses meses, mas agora
chega. Vamos conversar sério agora.
Meg se
levanta.
Tia
Pombinha – Você vai convencer sua irmã e seu marido de que eu
tenho que viver aqui, pra sempre.
Meg
(debochando) – Você tomou seu remédio de cabeça hoje? Porque tá
pirada. Eu jamais farei uma coisa dessa. Quero você longe daqui.
Tia
Pombinha – Já que não vai por bem, vai por mal mesmo. Quem
filmou a Vitória matando o Antero fui eu.
Meg
(chocada) – O que?
Tia
Pombinha – Isso mesmo que tu ouviu, eu sou a pessoa que está
mandando os presentinhos para a sua best friend.
Meg fica
paralisada.
Meg
(abobada) – Mas como? Como você fez isso?
Tia
Pombinha – Eu gravei uma conversa sua com a Vitória, assim a
ouvi dizendo onde e quando mataria o Antero. Foi fácil demais. A Vitória se
acha muito esperta, mas está nas minhas mãos, vai comer o pão que o diabo
amassou.
Meg – Você não
tinha o direito.
Tia
Pombinha – Se essa gravação, junto com o vídeo, chegarem à
polícia, vocês duas serão presas.
Meg – Você não
teria coragem.
Tia
Pombinha – Experimenta Meg Trajano. Experimenta pra ver do que
sou capaz.
Meg fica
muito assustada.
Tia
Pombinha – Amanhã você vai convencer aqueles dois palermas de
que eu continuarei morando aqui, porque sou uma velha indefesa e sozinha.
Tia
Pombinha começa a rir diabolicamente.
Tia
Pombinha – E bico calado, eu não quero que você conte essa
história para a Vitória ainda. Se você contar, as duas vão parar atrás das
grades.
Meg
(nervosa/ assustada) – Como a senhora quiser.
Tia
Pombinha (saindo) – Assim que eu gosto. Boa Noite.
Tia
Pombinha sai e Meg fica muito assustada.
Corta para:
Cena 16.
Mansão Amadeu/ Quarto de Vitória/ Int./ Noite.
Vitória
está sentada de frente para o espelho se sua penteadeira, passando hidratante,
quando batem a porta.
Vitória
(tom alto) – Podem entrar.
Miguel abre
a porta e entra junto com Milena.
Miguel – A senhora
queria conversar com a gente?
Vitória – Como futura
vó, queria saber da gravidez.
Milena – Tá ótima.
Vitória – Então daqui
poucos meses teremos mais um integrante a família?
Miguel – Tô
apostando num meninão forte.
Vitória – Vocês
conheceram a atriz Graziela Durval?
Miguel – Não.
Milena – Aquela do
canivete?
Vitória
saca seu canivete.
Vitória
(séria) – Essa mesma.
Miguel – Mãe, que canivete
é esse?
Vitória – Graziela
Durval era uma heroína que arrancava as confissões das pessoas, com um canivete
feito este.
Miguel e
Milena riem.
Vitória – É verdade.
Com um simples canivete de aço, ela conseguia descobrir quem estava tentando
fazê-la de boba.
Milena – E o que
isso tem haver com a gente.
Vitória – Eu sou
muito fã dela. E como grande fã, vou seguir a cartilha dela. Vou agora arrancar
a verdade de vocês.
Miguel
(irônico) – Vai matar a gente?
Vitória – Se achar
necessário, eu mato. Mas o que farei é simples, olha só.
Vitória
enfia o canivete com toda a força na barriga de pano de Milena.
Miguel
(gritando/ assustado) – Para, para! Você vai matar!
Vitória – Cala a sua
boca.
O canivete
cai no chão, em seguida Milena cai ajoelhada, com os olhos arregalados e
apontados para Vitória, que lhe dá um tapão no rosto.
Vitória
(ódio) – Eu matei. Matei uma mentira! Você nunca esteve grávida sua
vagabunda.
Vitória
olha com ódio para Miguel.
FIM
Nenhum comentário:
Postar um comentário