sábado, 16 de maio de 2015

Capítulo 8: Mar da vida

Personagens deste capítulo


Alberto
Brenda
Carvalho
César
Cristina
Diogo
Felipe
Fredy
Guto
Helena
Henrique
Leandro
Lílian
Marina
Matilde
Mônica
Olga
Rúbia
Sérgio
Silvana
Tânia
Tomás
Vera
Virgínia



Participação Especial
Dono do Bar, Policial 01, Policial 02









CENA 01. CASA ALBERTO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Continuação do capítulo anterior. Felipe questiona Tânia sobre seu ódio por Marina.

FELIPE: - Então tia? Vai me dizer o porquê de tanto ódio pela Marina?
TÂNIA (tentando fugir da pressão): - Ai Felipe! São coisas minhas... Tenho os meus motivos...
FELIPE: - Motivos muito fortes por sinal, pra te causar esse nervoso todo!

Nesse instante, o celular de Felipe toca. Ele olha e identifica a chamada, tendo uma certa expressão de apreensão.

FELIPE: - Com licença, vou atender... (saindo)

Tânia fica curiosa em saber quem ligou para Felipe, ao mesmo tempo que aliviada por ter se livrado das perguntas dele.

CENA 02. PROJETO AMBIENTAL. SALA CÉSAR. INT. DIA.

César está examinando uns papéis, quando se dá conta da falta de alguns relatórios. Ele sai de sal sala à procura dos papéis.

CENA 03. PROJETO AMBIENTAL. SALA FREDY. INT. DIA.

César entra na sala rapidamente.

CÉSAR: - Fredy, você viu os relatórios...

César flagra Fredy e Lílian aos beijos, que se separam rapidamente.

CÉSAR (fazendo graça): - Oh! Desculpa! Eu não queria atrapalhar a pesquisa de vocês...
LÍLIAN (surpresa): - César!
FREDY (sem jeito): - Não atrapalhou em nada não... (olhando para Lílian)
CÉSAR: - Não precisam ter vergonha não... Até que vocês formam um casal bacana.
LÍLIAN: - César? Não tem casal não...
FREDY: - É, foi só um beijinho inocente.
CÉSAR: - Beijo inocente? Então eu nem quero ver o beijo com vontade! (risos) Vamos trabalhar pessoal!
LÍLIAN: - Isso mesmo! Vamos trabalhar!
CÉSAR: - Eu estava vendo esses papéis aqui e está faltando a relação dos relatórios que nós fizemos...

César mostra os papéis para Fredy e Lílian que analisam o material, ainda fazendo algumas trocas de olhares.

CENA 04. CENTRO DA CIDADE. IMOBILIÁRIA. EXT. DIA.

Helena passa em frente à imobiliária de Diogo e é avistada por ele. Diogo se aproxima de Helena.

DIOGO: - Oi Helena!
HELENA (seca): - Oi Diogo.
DIOGO: - Tenho uma notícia boa pra te dar.
HELENA: - Qual?
DIOGO (contente): - Fui promovido a diretor geral da imobiliária!
HELENA (esnobe): Diretor geral? (risos debochados) Isso você acha uma notícia boa? Diogo... Você e seus pensamentos pequenos. Mesmo com essa pífia promoção, você não vai se tornar alguém importante... Sempre vai ter alguém acima de você! Um diretor, um presidente, um dono!... Você nunca vai deixar de ser empregado de alguém, Diogo. E não é esse o exemplo de pai que eu quero que meu filho siga!

Diogo olha para Helena com olhar entristecido.

HELENA: - Agora deixa eu ir embora...

Helena sai e Diogo fica cabisbaixo com as palavras ditas por ela. De repente, o telefone dele toca.

DIOGO: - Alô?
(T)
DIOGO: - Adriano! Que beleza!
(T)
DIOGO: - Já está aqui? Certo, estou indo pra aí agora! Até mais!

CENA 05. CASA ALBERTO. CORREDOR. INT. DIA./ CASA ALBERTO. ESCRITÓRIO. INT. DIA.

Tânia está no corredor, próxima a porta do escritório, tentando ouvir a conversa de Felipe, que está do lado de dentro, conversando ao telefone.

FELIPE: - Eu falei que não era para você me ligar! Eu te ligo!
(T)
FELIPE: - Claro! Ninguém pode saber disso! Ninguém!
(T)
FELIPE: - Hoje à noite?
(T)
FELIPE: - Está certo então. Eu irei...

Do lado de fora, Tânia tenta ouvir a conversa, quando escuta barulho de pessoas próximas ao local. Ela vai até a sala de estar.

CENA 06. CASA ALBERTO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Na sala, Tânia encontra Marina e Alberto.

TÂNIA: Alberto, querido, César ligou antes, dizendo que vai trazer a nova namorada para jantar aqui em casa hoje.
ALBERTO: - Que maravilha! Hoje é o dia das emoções, das novidades! Daqui a pouco estarei indo para a empresa, tenho uma reunião de dez milhões de dólares.
MARINA: - Nossa papai! Que negócio, hein!
ALBERTO: - Empresários norte-americanos, minha filha. Ficaram encantados com nosso pescado tropical e resolveram importar. Se tudo der certo, o contrato será assinado hoje mesmo!
MARINA: - Isto é muito bom pai! Com certeza dará tudo certo!
TÂNIA: - Mas é bom ir logo, para você não atrasar!
ALBERTO: - Claro, já estou de saída... E o Felipe, já saiu?

Felipe entra na sala.

FELIPE: - Estou aqui tio!
ALBERTO: - Vamos lá meu rapaz, que uma longa reunião nos espera! (pegando sua maleta e saindo) E Tânia, organize com Olga um belo jantar. Quero tudo do bom e do melhor para recepcionar minha nova nora.
TÂNIA: - Claro meu bem, pode deixar que eu cuidarei disso pessoalmente.
MARINA (animada): - Eu posso ajudar também! Tenho boas ideias para o cardápio!
ALBERTO: - Bom, vejo então que o jantar estará em boas mãos! Até à noite!

Alberto e Felipe saem. Tânia fica olhando para Marina, que está sentada no sofá. Marina encara Tânia que se retira e vai para o seu quarto, no andar de cima.

CENA 07. CALÇADÃO PRAIA REAL. QUIOSQUE. INT. DIA.

Virgínia, antes de ir embora, vai até um quiosque. Carvalho a segue, mas não se aproxima muito.

VIRGÍNIA (ao atendente): - Uma água de côco, por favor!

O atendente entrega a água de côco para Virgínia, que bebe em pé mesmo, próximo ao balcão, sendo sempre observada por Carvalho. Após beber a água de côco, Virgínia pede a conta.

VIRGÍNIA: - Vê pra mim quanto deu isso?

O atendente traz a conta e entrega para Virgínia.

VIRGÍNIA: - Um e cinquenta. Espere aí que eu já te pago.

Virgínia fica catando moedas dentro de uma bolsinha, mas não consegue achar muita coisa. O atendente fica aguardando e Virgínia fica sem jeito, procurando o dinheiro. Carvalho então se aproxima.

CARVALHO (ao atendente): - Deixa que eu pago! (entregando o dinheiro)
VIRGÍNIA: - Muito obrigada, cavalheiro! Eu vim para praia desprevenida... Acontece, não é?
CARVALHO: - Claro, acontece!
VIRGÍNIA: - Bom, eu já vou indo... Muito obrigada novamente, viu? Você foi muito gentil!
CARVALHO: - Não precisa agradecer, madame... Eu te acompanho até o seu hotel.
VIRGÍNIA: - Hotel?
CARVALHO: - Sim! Você não está hospedada em algum hotel da cidade? Não é turista?
VIRGÍNIA: - Ah, meu querido! Faz tempo que eu não sei o que é ficar em um hotel de verdade, viu? (risos) Estou morando aqui na redondeza, mas é só por um tempo.
CARVALHO: - Bom, sendo assim, eu te acompanho até sua casa. (pegando e beijando a mão de Virgínia)
VIRGÍNIA: - Muito agradecida!

Os dois saem em direção a casa de Virgínia.

CENA 08. TRANSIÇÃO DO TEMPO. EXTERNAS PRAIA REAL. ANOITECER.

Imagens da beira da praia, do calçadão movimentado, com pessoas fazendo exercício, casais fazendo caminhadas. Imagens do centro da cidade, transação do tempo. Anoitece. Imagens da lua, iluminando a beira da praia.

CENA 09. BAIRRO PRAINHA. RUA. EXT. NOITE.

Silvana e Henrique caminhando quando encontram Diogo saindo de uma linda casa, uma das mais bonitas do bairro.

SILVANA: - Diogo! Você por aqui!
DIOGO: - Sim, vim entregar esta casa para um amigo. Vai ficar aqui por um tempo.
HENRIQUE: - Uma casa grande dessa só pra aluguel?
DIOGO: - É, ele tem condições... Vai abrir um hotel aqui na prainha.
HENRIQUE: - Então foi ele que comprou aquele espaço grande ao lado da garagem das lanchas da minha companhia...
DIOGO: - Isso mesmo, na parte sul.
SILVANA: - Bom, já que eles serão nossos vizinhos profissionais, nada mais legal do que promover um jantar de integração!
HENRIQUE: - Boa ideia Silvana! E você janta com a gente Diogo, já que é o nosso amigo em comum!
DIOGO: - Combinado! Vocês marcam e me avisam, que eu ligo para eles e a gente combina.
SILVANA: - Acho que daqui a uns dois dias está bom
HENRIQUE: - Diogo?
DIOGO: - Está marcado então! Amanhã eu ligo para eles e aviso do jantar.

CENA 10. CASA BRENDA. QUARTO RÚBIA. INT. NOITE.

Rúbia termina de se arrumar em seu quarto, quando Matilde entra no local.

MATILDE: - Rúbia, minha querida, você vai sair agora? Eu já estou colocando o jantar...
RÚBIA: - Não precisa se preocupar vovó, eu vou jantar na casa do César.
MATILDE: - Na casa do César?
RÚBIA: - Sim, ele quer me apresentar pra família dele hoje!
MATILDE (contente): - Que bom minha querida! Sinal de que ele quer coisa séria com você...
RÚBIA (abraçando Matilde): - Que bom vovó!

Nesse instante, Brenda, que iria entrar no quarto, fica do lado de fora e escuta a conversa de Matilde e Rúbia.

RÚBIA: - Parece coisa de cinema, de outro mundo vovó! Acho que pela primeira vez eu estou amando alguém... É amor que eu estou sentindo, é amor!

Matilde pega Rúbia pela mão e senta com ela na cama.

MATILDE: - O amor é o mais lindo e puro dos sentimentos, minha filha. E deve ser sentido com mais sincera vontade e verdade.
RÚBIA: - E eu sinto que ele me ama também! Ele é o homem da minha vida e sou a mulher da vida dele, vovó!

Brenda, ouvindo a conversa do lado de fora, chora e vai para fora de casa.

CENA 11. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT. NOITE.

Guto está organizando as coisas no restaurante quando vê Brenda saindo às pressas e chorando.

GUTO: - Brenda! Brenda!... Deve ter acontecido alguma coisa...

Guto vai atrás de Brenda.

CENA 12. CASA BRENDA. QUARTO RÚBIA. INT. NOITE.

Matilde e Rúbia seguem conversando.

MATILDE: - Mas como você vai pra casa dele? Ele vem te buscar?
RÚBIA: - Não, não. Vou no meu carro.
MATILDE: - Cuidado Rúbia! Você sabe que esse trânsito está perigoso! Use o cinto, dirija com cuidado e se beber, nem pense em pegar no volante!
RÚBIA: - Já sei de tudo isso vovó! Pode ficar tranqüila!
MATILDE: - Mas não custa nada relembrar...

Rúbia termina de se aprontar.

RÚBIA: - Pronto. Já estou indo! Beijos!
MATILDE: - Beijos, minha filha e bom jantar!

As duas se abraçam e Rúbia sai do quarto.

CENA 13. CASA TOMÁS. QUARTO CRISTINA. INT. NOITE.

Cristina conversa com Vera.

CRISTINA (sentada em sua cama): - Fiquei muito contente em ver a Silvana feliz, alegre... Bonita!
VERA (em frente ao espelho): - Ai Cristina, confesso que fiquei com uma ponta de inveja sabia?
CRISTINA: - Mas por que?
VERA (vira-se para Cristina): - Ah, ela falou das coisas boas que passou e que ainda vive com o Henrique, só alegrias, viagens, passeios, momentos a dois... Sabe há quanto tempo eu não faço um programa romântico com o Leandro? Um bom tempo... Faz 3 anos que nós não viajamos...
CRISTINA: - Já é um bom tempo...
VERA: - E eu estou sentindo falta disso, sabe? De um momento só pra nós dois.
CRISTINA: - Ei, Vera! Por que vocês dois então não fazem um passeio agora.
VERA: - Como assim, agora?
CRISTINA: - Agora, por esses dias!
VERA: - Mas como nós vamos viajar, Cristina? O Leandro está cheio de projetos na Best Fish, negócios... Não tem como ir pra Europa num momento desses...
CRISTINA: - E quem aqui falou em Europa?
VERA: - Mas você quer que eu vá pra onde?
CRISTINA: - Vera, para se ter um momento romântico, não precisa ir pra Paris ou Grécia... Por que vocês não passam um final de semana em Petrópolis?

Vera se vira para o espelho.

VERA: - Petrópolis?
CRISTINA: - Claro! Agende uma estadia num hotel fazenda bem aconchegante, por um final de semana... Só vocês dois, naquele ar maravilhoso da Serra...
VERA (empolgada): - De dia, passeios à cavalo, cafés... À noite, um vinho à beira da lareira...
CRISTINA: - Isso mesmo!
VERA (indo abraçar Cristina): - Cristina! Você é um anjo minha irmã!

As duas se abraçam.

CRISTINA: - E pode ir tranqüila, que eu cuido da boutique... E da Sabrina também! (risos)
VERA (risos): - É mesmo, tem a Sabrina ainda!... Mas ela vai entender...
CRISTINA: - Claro que vai, Sabrina não é mais criança... Mas então está resolvido!
VERA: - Falarei com o Leandro. Tenho certeza que ele vai gostar!

As duas se olham com cumplicidade e sorriem.

CENA 14. CASA ALBERTO. COZINHA. INT. NOITE.

Marina e Olga preparam o jantar especial, sob os olhos atentos de Tânia, que espia tudo na porta da cozinha.

OLGA: - Está com cheiro ótimo esse molho, Marina!
MARINA (mexendo o molho na panela): - Receita norueguesa, Olga!
OLGA (empolgada): - Quero aprender, hein!
MARINA: - Pode deixar que eu te ensino!... Ele já está quase pronto... Olga, você pode dar uma mexida aqui para mim, enquanto eu tomo banho?
OLGA: - Claro querida, pode ir.
MARINA: - Mas antes eu vou provar meu molho! (risos)

Marina prova o molho na palma da mão.

MARINA: - Hum! Está divino! Prove Olga!

Olga também prova o molho.

OLGA: - Mas está uma maravilha, Marina! Muito bom mesmo! Agora vá tomar seu banho, deixa que eu cuido das coisas aqui!

Marina sai da cozinha sem perceber a presença de Tânia. Logo, Tânia entra no local.

TÂNIA: - Olga, por favor, dê uma geral na decoração da casa.
OLGA: - Mas eu fiz isso agora a pouco, dona Tânia.
TÂNIA: - Então você está precisando de óculos, pois eu vi folhas secas nos arranjos e flores desorganizadas...
OLGA: - Mas eu...
TÂNIA (interrompendo Olga): - Ande logo, Olga! As coisas não podem ficar uma bagunça numa noite especial como hoje!
OLGA: - Tudo bem, já estou indo.

Olga sai e Tânia fica sozinha na cozinha. Ela abre a tampa da panela e experimenta o molho.

TÂNIA (expressão de nojo): - Eca! Que coisa mais sem graça!... Só podia ser invenção da Marina mesmo. Que menina sem graça, nojenta!... Mas eu acho que posso ajudar ela a preparar o jantar... Esse molho está precisando de um pouco mais de pimenta...

Tânia coloca o condimento no molho sem medir a quantidade.

TÂNIA: - Um pouco de vinagre também daria um toque especial... Um sabor exótico! (risos)

Tânia coloca vinagre no molho.

TÂNIA (debochada/irônica): - Agora sim o molho vai ficar divino! (risos)

Após estragar o molho, Tânia sai cozinha.



CENA 15. BEST FISH. SALA DE REUNIÕES. INT. NOITE.

Alberto cumprimenta os empresários norte-americanos pelo sucesso das negociações. Felipe demonstra satisfação com os resultados da reunião.

CENA 16. BEST FISH. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE.

Felipe e Alberto caminham em direção ao carro de Alberto.

FELIPE: - Nossa, tio, como eu posso ser tão esquecido!
ALBERTO: - O que houve, Felipe?
FELIPE: - Não poderei ir ao jantar do César hoje. Tenho que resolver algumas pendências, os negócios do apartamento.
ALBERTO: - Claro, entendo... Mas você não quer então uma carona até...
FELIPE: - Não, não tio. Não precisa se incomodar! Vá para a casa, se preparar para o jantar. Eu me viro...
ALBERTO: - Tudo bem então. Boa noite pra você! Mas se der, faça um esforço para ir ao jantar. Será muito importante para o César a presença de toda família.
FELIPE: - Claro, farei o possível.

Alberto entra no carro e sai.

FELIPE: - Importante para o César... Quero que ele se dane...

CENA 17. CENTRO DA CIDADE. AVENIDA MOVIMENTADA. EXT. NOITE.

Felipe vai até um ponto de táxi. Antes de embarcar, ele vigia para ver se ninguém o está seguindo. Ele entra no veículo e embarca.

CENA 18. BAIRRO PRAINHA. RUA. EXT. NOITE.

Carvalho e Virgínia caminham em direção a casa dela, tomando sorvete e conversando bastante. Os dois chegam em frente a casa de Virgínia, toda escura.

VIRGÍNIA: - Chegamos. Muito obrigada pela companhia, Carvalho.
CARVALHO: - Eu é que lhe agradeço a honra.

Carvalho beija a mão de Virgínia. Ela fica envergonhada.

CARVALHO: - Boa noite, Virgínia. Durma bem.
VIRGÍNIA: - Você também. Boa noite!

Virgínia entra para o pátio de casa e Carvalho vai embora.

CENA 19. CASA VIRGÍNIA. SALA. INT. NOITE.

Virgínia abre a porta de casa e entra na sala toda escura.

VIRGÍNIA: - Meu Deus do céu! Que escuridão!

Virgínia vai acender a luz da sala, quando percebe que não há energia elétrica na casa, pois a companhia cortou sua luz.

VIRGÍNIA: - Sem luz?! Ah não, essa não!...

CENA 20. BEST FISH. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE.

Tomás se despede de Leandro e vai embora. Antes de entrar em seu carro, Leandro olha em volta para ver se não encontrará Mônica. Ele não vê nada e fica um tanto aliviado. Mas quando vai entrar no carro, Mônica aparece de surpresa e o agarra pelas costas.

LEANDRO (surpreso): - Mônica! O que você está fazendo aqui!
MÔNICA: - Não poderia deixar você ir embora sem se despedir de mim...
LEANDRO (dando um beijo na testa de Mônica): - Boa noite! Pronto, já me despedi!
MÔNICA: - Leandro, assim não né? Quero beijo na boca!
LEANDRO: - Mônica! Aqui é perigoso! Imagina se alguém nos flagra!
MÔNICA: - Que nada! Ninguém vai ver... (tirando o casado de Leandro)

Leandro tenta resistir as investidas de Mônica, mas não consegue. Ele abre a porta de trás do carro e entra com a moça no veículo, aos beijos.

CENA 21. CENTRO DA CIDADE. BAR. EXT. NOITE.

Sérgio anda maltrapilho. Sem querer, ele tropeça e cai sobre algumas mesas de um bar. O dono do local, furioso, chama alguns policiais que estavam de ronda pelo local.

POLICIAL 01: - O que está acontecendo aqui?
DONO DO BAR: - Esse mendigo aí! Ta atrapalhando a diversão dos meus clientes aqui!
SÉRGIO: - Foi sem querer, eu tropecei e...
POLICIAL 02: - Deve estar alcoolizado ou drogado já...
SÉRGIO: - Isso não, meu senhor! Não bebo e nunca usei nenhum tipo de droga! O senhor me respeite!
POLICIAL 02: - Me respeite o senhor! Indigente! Pilantra! Vou te levar em cana! Desacato a autoridade!
SÉRGIO: - Vocês não podem fazer isso comigo! Eu não tenho culpa!
DONO DO BAR: - Tem culpa sim! Quebrou copo, assustou os clientes... Pode levar policial, pode levar!
    
Os policiais algemam Sérgio e decretam prisão.

CENA 22. BEIRA DA PRAIA. DUNAS. EXT. NOITE.

Guto encontra Brenda sentada, chorando.

GUTO: - O que foi Brenda? Você passou rápido lá pelo restaurante, te procurei por toda parte...
BRENDA: - A Rúbia vai jantar na casa do César hoje, vai ser apresentada como namorada dele e talvez até noiva. Eu ouvi ela conversando com a vovó. Ela ama ele, Guto! Ela ama ele de verdade!
GUTO: - E isso te doi, né?
BRENDA: - Muito!... Estou traindo a minha irmã!
GUTO: - Mas você está triste por estar traindo sua irmã ou por ela ser apresentada como namorada na casa dele?
BRENDA (olhando fixamente para Guto): - O que você está querendo dizer, Guto?
GUTO: - Será que você não está com inveja da Rúbia? Não era você quem deveria estar no lugar dela? Esse não é o seu desejo?

Brenda fica a encarar Guto.

             FIM DO CAPÍTULO


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