Personagens deste capítulo
Alberto
Brenda
Carvalho
César
Cristina
Diogo
Felipe
Fredy
Guto
Helena
Henrique
Leandro
Lílian
Marina
Matilde
Mônica
Olga
Rúbia
Sérgio
Silvana
Tânia
Tomás
Vera
Virgínia
Participação Especial
Dono do Bar, Policial 01, Policial 02
CENA
01. CASA ALBERTO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.
Continuação do capítulo anterior. Felipe questiona Tânia sobre seu ódio
por Marina.
FELIPE: - Então tia? Vai me dizer o porquê de
tanto ódio pela Marina?
TÂNIA (tentando fugir da pressão): - Ai
Felipe! São coisas minhas... Tenho os meus motivos...
FELIPE: - Motivos muito fortes por sinal, pra
te causar esse nervoso todo!
Nesse instante, o celular de
Felipe toca. Ele olha e identifica a chamada, tendo uma certa expressão de apreensão.
FELIPE: - Com licença, vou atender...
(saindo)
Tânia fica curiosa em saber quem
ligou para Felipe, ao mesmo tempo que aliviada por ter se livrado das perguntas
dele.
CENA
02. PROJETO AMBIENTAL. SALA CÉSAR. INT. DIA.
César está examinando uns papéis,
quando se dá conta da falta de alguns relatórios. Ele sai de sal sala à procura
dos papéis.
CENA
03. PROJETO AMBIENTAL. SALA FREDY. INT. DIA.
César entra na sala rapidamente.
CÉSAR: - Fredy, você viu os relatórios...
César flagra Fredy e Lílian aos
beijos, que se separam rapidamente.
CÉSAR (fazendo graça): - Oh! Desculpa! Eu não
queria atrapalhar a pesquisa de vocês...
LÍLIAN (surpresa): - César!
FREDY (sem jeito): - Não atrapalhou em nada
não... (olhando para Lílian)
CÉSAR: - Não precisam ter vergonha não... Até
que vocês formam um casal bacana.
LÍLIAN: - César? Não tem casal não...
FREDY: - É, foi só um beijinho inocente.
CÉSAR: - Beijo inocente? Então eu nem quero
ver o beijo com vontade! (risos) Vamos trabalhar pessoal!
LÍLIAN: - Isso mesmo! Vamos trabalhar!
CÉSAR: - Eu estava vendo esses papéis aqui e
está faltando a relação dos relatórios que nós fizemos...
César mostra os papéis para Fredy
e Lílian que analisam o material, ainda fazendo algumas trocas de olhares.
CENA
04. CENTRO DA CIDADE. IMOBILIÁRIA. EXT. DIA.
Helena passa em frente à
imobiliária de Diogo e é avistada por ele. Diogo se aproxima de Helena.
DIOGO: - Oi Helena!
HELENA (seca): - Oi Diogo.
DIOGO: - Tenho uma notícia boa pra te dar.
HELENA: - Qual?
DIOGO (contente): - Fui promovido a diretor
geral da imobiliária!
HELENA (esnobe): Diretor geral? (risos
debochados) Isso você acha uma notícia boa? Diogo... Você e seus pensamentos
pequenos. Mesmo com essa pífia promoção, você não vai se tornar alguém
importante... Sempre vai ter alguém acima de você! Um diretor, um presidente,
um dono!... Você nunca vai deixar de ser empregado de alguém, Diogo. E não é
esse o exemplo de pai que eu quero que meu filho siga!
Diogo olha para Helena com olhar
entristecido.
HELENA: - Agora deixa eu ir embora...
Helena sai e Diogo fica
cabisbaixo com as palavras ditas por ela. De repente, o telefone dele toca.
DIOGO: -
Alô?
(T)
DIOGO: -
Adriano! Que beleza!
(T)
DIOGO: - Já está aqui? Certo, estou indo pra
aí agora! Até mais!
CENA
05. CASA ALBERTO. CORREDOR. INT. DIA./ CASA ALBERTO. ESCRITÓRIO. INT. DIA.
Tânia está no corredor, próxima a
porta do escritório, tentando ouvir a conversa de Felipe, que está do lado de
dentro, conversando ao telefone.
FELIPE: - Eu falei que não era para você me
ligar! Eu te ligo!
(T)
FELIPE: - Claro! Ninguém pode saber disso!
Ninguém!
(T)
FELIPE: - Hoje à noite?
(T)
FELIPE: - Está certo então. Eu irei...
Do lado de fora, Tânia tenta
ouvir a conversa, quando escuta barulho de pessoas próximas ao local. Ela vai
até a sala de estar.
CENA
06. CASA ALBERTO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.
Na sala, Tânia encontra Marina e
Alberto.
TÂNIA: Alberto, querido, César ligou antes,
dizendo que vai trazer a nova namorada para jantar aqui em casa hoje.
ALBERTO: - Que maravilha! Hoje é o dia das
emoções, das novidades! Daqui a pouco estarei indo para a empresa, tenho uma
reunião de dez milhões de dólares.
MARINA: - Nossa papai! Que negócio, hein!
ALBERTO: - Empresários norte-americanos,
minha filha. Ficaram encantados com nosso pescado tropical e resolveram
importar. Se tudo der certo, o contrato será assinado hoje mesmo!
MARINA: - Isto é muito bom pai! Com certeza
dará tudo certo!
TÂNIA: - Mas é bom ir logo, para você não
atrasar!
ALBERTO: - Claro, já estou de saída... E o
Felipe, já saiu?
Felipe entra na sala.
FELIPE: - Estou aqui tio!
ALBERTO: - Vamos lá meu rapaz, que uma longa
reunião nos espera! (pegando sua maleta e saindo) E Tânia, organize com Olga um
belo jantar. Quero tudo do bom e do melhor para recepcionar minha nova nora.
TÂNIA: - Claro meu bem, pode deixar que eu
cuidarei disso pessoalmente.
MARINA (animada): - Eu posso ajudar também!
Tenho boas ideias para o cardápio!
ALBERTO: - Bom, vejo então que o jantar
estará em boas mãos! Até à noite!
Alberto e Felipe saem. Tânia fica
olhando para Marina, que está sentada no sofá. Marina encara Tânia que se
retira e vai para o seu quarto, no andar de cima.
CENA
07. CALÇADÃO PRAIA REAL. QUIOSQUE. INT. DIA.
Virgínia, antes de ir embora, vai
até um quiosque. Carvalho a segue, mas não se aproxima muito.
VIRGÍNIA (ao atendente): - Uma água de côco,
por favor!
O atendente entrega a água de
côco para Virgínia, que bebe em pé mesmo, próximo ao balcão, sendo sempre
observada por Carvalho. Após beber a água de côco, Virgínia pede a conta.
VIRGÍNIA: - Vê pra mim quanto deu isso?
O atendente traz a conta e
entrega para Virgínia.
VIRGÍNIA: - Um e cinquenta. Espere aí que eu
já te pago.
Virgínia fica catando moedas
dentro de uma bolsinha, mas não consegue achar muita coisa. O atendente fica
aguardando e Virgínia fica sem jeito, procurando o dinheiro. Carvalho então se
aproxima.
CARVALHO (ao atendente): - Deixa que eu pago!
(entregando o dinheiro)
VIRGÍNIA: - Muito obrigada, cavalheiro! Eu
vim para praia desprevenida... Acontece, não é?
CARVALHO: - Claro, acontece!
VIRGÍNIA: - Bom, eu já vou indo... Muito
obrigada novamente, viu? Você foi muito gentil!
CARVALHO: - Não precisa agradecer, madame...
Eu te acompanho até o seu hotel.
VIRGÍNIA: - Hotel?
CARVALHO: - Sim! Você não está hospedada em
algum hotel da cidade? Não é turista?
VIRGÍNIA: - Ah, meu querido! Faz tempo que eu
não sei o que é ficar em um hotel de verdade, viu? (risos) Estou morando aqui
na redondeza, mas é só por um tempo.
CARVALHO: - Bom, sendo assim, eu te acompanho
até sua casa. (pegando e beijando a mão de Virgínia)
VIRGÍNIA: - Muito agradecida!
Os dois saem em direção a casa de
Virgínia.
CENA
08. TRANSIÇÃO DO TEMPO. EXTERNAS PRAIA REAL. ANOITECER.
Imagens da beira da praia, do
calçadão movimentado, com pessoas fazendo exercício, casais fazendo caminhadas.
Imagens do centro da cidade, transação do tempo. Anoitece. Imagens da lua,
iluminando a beira da praia.
CENA
09. BAIRRO PRAINHA. RUA. EXT. NOITE.
Silvana e Henrique caminhando quando
encontram Diogo saindo de uma linda casa, uma das mais bonitas do bairro.
SILVANA: - Diogo! Você por aqui!
DIOGO: - Sim, vim entregar esta casa para um
amigo. Vai ficar aqui por um tempo.
HENRIQUE: - Uma casa grande dessa só pra
aluguel?
DIOGO: - É, ele tem condições... Vai abrir um
hotel aqui na prainha.
HENRIQUE: - Então foi ele que comprou aquele
espaço grande ao lado da garagem das lanchas da minha companhia...
DIOGO: - Isso mesmo, na parte sul.
SILVANA: - Bom, já que eles serão nossos
vizinhos profissionais, nada mais legal do que promover um jantar de
integração!
HENRIQUE: - Boa ideia Silvana! E você janta
com a gente Diogo, já que é o nosso amigo em comum!
DIOGO: - Combinado! Vocês marcam e me avisam,
que eu ligo para eles e a gente combina.
SILVANA: - Acho que daqui a uns dois dias
está bom
HENRIQUE: - Diogo?
DIOGO: - Está marcado então! Amanhã eu ligo
para eles e aviso do jantar.
CENA
10. CASA BRENDA. QUARTO RÚBIA. INT. NOITE.
Rúbia termina de se arrumar em
seu quarto, quando Matilde entra no local.
MATILDE: - Rúbia, minha querida, você vai
sair agora? Eu já estou colocando o jantar...
RÚBIA: - Não precisa se preocupar vovó, eu
vou jantar na casa do César.
MATILDE: - Na casa do César?
RÚBIA: - Sim, ele quer me apresentar pra
família dele hoje!
MATILDE (contente): - Que bom minha querida!
Sinal de que ele quer coisa séria com você...
RÚBIA (abraçando Matilde): - Que bom vovó!
Nesse instante, Brenda, que iria
entrar no quarto, fica do lado de fora e escuta a conversa de Matilde e Rúbia.
RÚBIA: - Parece coisa de cinema, de outro
mundo vovó! Acho que pela primeira vez eu estou amando alguém... É amor que eu
estou sentindo, é amor!
Matilde pega Rúbia pela mão e
senta com ela na cama.
MATILDE: - O amor é o mais lindo e puro dos
sentimentos, minha filha. E deve ser sentido com mais sincera vontade e
verdade.
RÚBIA: - E eu sinto que ele me ama também!
Ele é o homem da minha vida e sou a mulher da vida dele, vovó!
Brenda, ouvindo a conversa do
lado de fora, chora e vai para fora de casa.
CENA
11. RESTAURANTE MARESIA. SALÃO. INT. NOITE.
Guto está organizando as coisas
no restaurante quando vê Brenda saindo às pressas e chorando.
GUTO: - Brenda! Brenda!... Deve ter
acontecido alguma coisa...
Guto vai atrás de Brenda.
CENA
12. CASA BRENDA. QUARTO RÚBIA. INT. NOITE.
Matilde e Rúbia seguem
conversando.
MATILDE: - Mas como você vai pra casa dele?
Ele vem te buscar?
RÚBIA: - Não, não. Vou no meu carro.
MATILDE: - Cuidado Rúbia! Você sabe que esse
trânsito está perigoso! Use o cinto, dirija com cuidado e se beber, nem pense
em pegar no volante!
RÚBIA: - Já sei de tudo isso vovó! Pode ficar
tranqüila!
MATILDE: - Mas não custa nada relembrar...
Rúbia termina de se aprontar.
RÚBIA: - Pronto. Já estou indo! Beijos!
MATILDE: - Beijos, minha filha e bom jantar!
As duas se abraçam e Rúbia sai do
quarto.
CENA
13. CASA TOMÁS. QUARTO CRISTINA. INT. NOITE.
Cristina conversa com Vera.
CRISTINA (sentada em sua cama): - Fiquei
muito contente em ver a Silvana feliz, alegre... Bonita!
VERA (em frente ao espelho): - Ai Cristina,
confesso que fiquei com uma ponta de inveja sabia?
CRISTINA: - Mas por que?
VERA (vira-se para Cristina): - Ah, ela falou
das coisas boas que passou e que ainda vive com o Henrique, só alegrias,
viagens, passeios, momentos a dois... Sabe há quanto tempo eu não faço um
programa romântico com o Leandro? Um bom tempo... Faz 3 anos que nós não
viajamos...
CRISTINA: - Já é um bom tempo...
VERA: - E eu estou sentindo falta disso,
sabe? De um momento só pra nós dois.
CRISTINA: - Ei, Vera! Por que vocês dois
então não fazem um passeio agora.
VERA: - Como assim, agora?
CRISTINA: - Agora, por esses dias!
VERA: - Mas como nós vamos viajar, Cristina?
O Leandro está cheio de projetos na Best Fish, negócios... Não tem como ir pra
Europa num momento desses...
CRISTINA: - E quem aqui falou em Europa?
VERA: - Mas você quer que eu vá pra onde?
CRISTINA: - Vera, para se ter um momento
romântico, não precisa ir pra Paris ou Grécia... Por que vocês não passam um
final de semana em Petrópolis?
Vera se vira para o espelho.
VERA: - Petrópolis?
CRISTINA: - Claro! Agende uma estadia num
hotel fazenda bem aconchegante, por um final de semana... Só vocês dois,
naquele ar maravilhoso da Serra...
VERA (empolgada): - De dia, passeios à
cavalo, cafés... À noite, um vinho à beira da lareira...
CRISTINA: - Isso mesmo!
VERA (indo abraçar Cristina): - Cristina!
Você é um anjo minha irmã!
As duas se abraçam.
CRISTINA: - E pode ir tranqüila, que eu cuido
da boutique... E da Sabrina também! (risos)
VERA (risos): - É mesmo, tem a Sabrina
ainda!... Mas ela vai entender...
CRISTINA: - Claro que vai, Sabrina não é mais
criança... Mas então está resolvido!
VERA: - Falarei com o Leandro. Tenho certeza
que ele vai gostar!
As duas se olham com cumplicidade
e sorriem.
CENA
14. CASA ALBERTO. COZINHA. INT. NOITE.
Marina e Olga preparam o jantar
especial, sob os olhos atentos de Tânia, que espia tudo na porta da cozinha.
OLGA: - Está com cheiro ótimo esse molho,
Marina!
MARINA (mexendo o molho na panela): - Receita
norueguesa, Olga!
OLGA (empolgada): - Quero aprender, hein!
MARINA: - Pode deixar que eu te ensino!...
Ele já está quase pronto... Olga, você pode dar uma mexida aqui para mim,
enquanto eu tomo banho?
OLGA: - Claro querida, pode ir.
MARINA: - Mas antes eu vou provar meu molho!
(risos)
Marina prova o molho na palma da
mão.
MARINA: - Hum! Está divino! Prove Olga!
Olga também prova o molho.
OLGA: - Mas está uma maravilha, Marina! Muito
bom mesmo! Agora vá tomar seu banho, deixa que eu cuido das coisas aqui!
Marina sai da cozinha sem perceber
a presença de Tânia. Logo, Tânia entra no local.
TÂNIA: - Olga, por favor, dê uma geral na
decoração da casa.
OLGA: - Mas eu fiz isso agora a pouco, dona
Tânia.
TÂNIA: - Então você está precisando de
óculos, pois eu vi folhas secas nos arranjos e flores desorganizadas...
OLGA: - Mas eu...
TÂNIA (interrompendo Olga): - Ande logo,
Olga! As coisas não podem ficar uma bagunça numa noite especial como hoje!
OLGA: - Tudo bem, já estou indo.
Olga sai e Tânia fica sozinha na
cozinha. Ela abre a tampa da panela e experimenta o molho.
TÂNIA (expressão de nojo): - Eca! Que coisa
mais sem graça!... Só podia ser invenção da Marina mesmo. Que menina sem graça,
nojenta!... Mas eu acho que posso ajudar ela a preparar o jantar... Esse molho
está precisando de um pouco mais de pimenta...
Tânia coloca o condimento no
molho sem medir a quantidade.
TÂNIA: - Um pouco de vinagre também daria um
toque especial... Um sabor exótico! (risos)
Tânia coloca vinagre no molho.
TÂNIA (debochada/irônica): - Agora sim o
molho vai ficar divino! (risos)
Após estragar o molho, Tânia sai
cozinha.
CENA
15. BEST FISH. SALA DE REUNIÕES. INT. NOITE.
Alberto cumprimenta os
empresários norte-americanos pelo sucesso das negociações. Felipe demonstra
satisfação com os resultados da reunião.
CENA
16. BEST FISH. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE.
Felipe e Alberto caminham em
direção ao carro de Alberto.
FELIPE: - Nossa, tio, como eu posso ser tão
esquecido!
ALBERTO: - O que
houve, Felipe?
FELIPE: - Não poderei ir ao jantar do César
hoje. Tenho que resolver algumas pendências, os negócios do apartamento.
ALBERTO: - Claro, entendo... Mas você não
quer então uma carona até...
FELIPE: - Não, não tio. Não precisa se
incomodar! Vá para a casa, se preparar para o jantar. Eu me viro...
ALBERTO: - Tudo bem então. Boa noite pra
você! Mas se der, faça um esforço para ir ao jantar. Será muito importante para
o César a presença de toda família.
FELIPE: - Claro, farei o possível.
Alberto entra no carro e sai.
FELIPE: - Importante para o César... Quero
que ele se dane...
CENA
17. CENTRO DA CIDADE. AVENIDA MOVIMENTADA. EXT. NOITE.
Felipe vai até um ponto de táxi.
Antes de embarcar, ele vigia para ver se ninguém o está seguindo. Ele entra no
veículo e embarca.
CENA
18. BAIRRO PRAINHA. RUA. EXT. NOITE.
Carvalho e Virgínia caminham em
direção a casa dela, tomando sorvete e conversando bastante. Os dois chegam em
frente a casa de Virgínia, toda escura.
VIRGÍNIA: - Chegamos. Muito obrigada pela
companhia, Carvalho.
CARVALHO: - Eu é que lhe agradeço a honra.
Carvalho beija a mão de Virgínia.
Ela fica envergonhada.
CARVALHO: - Boa noite, Virgínia. Durma bem.
VIRGÍNIA: - Você também. Boa noite!
Virgínia entra para o pátio de
casa e Carvalho vai embora.
CENA
19. CASA VIRGÍNIA. SALA. INT. NOITE.
Virgínia abre a porta de casa e
entra na sala toda escura.
VIRGÍNIA: - Meu Deus do céu! Que escuridão!
Virgínia vai acender a luz da
sala, quando percebe que não há energia elétrica na casa, pois a companhia
cortou sua luz.
VIRGÍNIA: - Sem luz?! Ah não, essa não!...
CENA
20. BEST FISH. ESTACIONAMENTO. INT. NOITE.
Tomás se despede de Leandro e vai
embora. Antes de entrar em seu carro, Leandro olha em volta para ver se não
encontrará Mônica. Ele não vê nada e fica um tanto aliviado. Mas quando vai
entrar no carro, Mônica aparece de surpresa e o agarra pelas costas.
LEANDRO (surpreso): - Mônica! O que você está
fazendo aqui!
MÔNICA: - Não poderia deixar você ir embora
sem se despedir de mim...
LEANDRO (dando um beijo na testa de Mônica):
- Boa noite! Pronto, já me despedi!
MÔNICA: - Leandro, assim não né? Quero beijo
na boca!
LEANDRO: - Mônica! Aqui é perigoso! Imagina
se alguém nos flagra!
MÔNICA: - Que nada! Ninguém vai ver...
(tirando o casado de Leandro)
Leandro tenta resistir as
investidas de Mônica, mas não consegue. Ele abre a porta de trás do carro e
entra com a moça no veículo, aos beijos.
CENA
21. CENTRO DA CIDADE. BAR. EXT. NOITE.
Sérgio anda maltrapilho. Sem
querer, ele tropeça e cai sobre algumas mesas de um bar. O dono do local,
furioso, chama alguns policiais que estavam de ronda pelo local.
POLICIAL 01: - O que está acontecendo aqui?
DONO DO BAR: - Esse mendigo aí! Ta
atrapalhando a diversão dos meus clientes aqui!
SÉRGIO: - Foi sem querer, eu tropecei e...
POLICIAL 02: - Deve estar alcoolizado ou
drogado já...
SÉRGIO: - Isso não, meu senhor! Não bebo e
nunca usei nenhum tipo de droga! O senhor me respeite!
POLICIAL 02: - Me respeite o senhor!
Indigente! Pilantra! Vou te levar em cana! Desacato a autoridade!
SÉRGIO: - Vocês não podem fazer isso comigo!
Eu não tenho culpa!
DONO DO BAR: - Tem culpa sim! Quebrou copo,
assustou os clientes... Pode levar policial, pode levar!
Os policiais algemam Sérgio e
decretam prisão.
CENA
22. BEIRA DA PRAIA. DUNAS. EXT. NOITE.
Guto encontra Brenda sentada,
chorando.
GUTO: - O que foi Brenda? Você passou rápido
lá pelo restaurante, te procurei por toda parte...
BRENDA: - A Rúbia vai jantar na casa do César
hoje, vai ser apresentada como namorada dele e talvez até noiva. Eu ouvi ela
conversando com a vovó. Ela ama ele, Guto! Ela ama ele de verdade!
GUTO: - E isso te doi, né?
BRENDA: - Muito!... Estou traindo a minha
irmã!
GUTO: - Mas você está triste por estar
traindo sua irmã ou por ela ser apresentada como namorada na casa dele?
BRENDA (olhando fixamente para Guto): - O que
você está querendo dizer, Guto?
GUTO: - Será que você não está com inveja da
Rúbia? Não era você quem deveria estar no lugar dela? Esse não é o seu desejo?
Brenda fica a encarar Guto.
FIM DO CAPÍTULO
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