Capítulo 2: Anjo Negro

Cena 01 – Estação Rodoviária/Dia

Continuação imediata do capítulo anterior...

A CAM se aproxima da porta de um ônibus, onde desce uma mulher (loira, uns 40 anos). A mulher arruma sua bolsa no ombro.

Mulher – Rio de Janeiro. Em algum lugar aqui você está escondida e eu vou te encontrar, Alessandra.

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Cena 02 – Externa/Rua/Dia

A CAM foca na imagem da mesma mulher caminhando entre as pessoas, com sua bolsa pendurada no ombro esquerdo, enquanto puxa uma mala de rodinhas com a mão direita. Ela para em frente a um hotel chamado “Solar”, ficando por alguns segundos. Depois ela entra.

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Cena 03 – Hotel Solar/Interior/Recepção/Dia

A CAM acompanha a mulher se aproximando da recepção. A recepcionista logo a atende.

Recepcionista - Posso ajuda-la?

Mulher (colocando a bolsa sobre o balcão) - Meu nome é Dolores e eu gostaria de um quarto.

Recepcionista - Certo. Antes preciso de alguns dados para o registro.

Dolores (abrindo um sorriso) - Claro.

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Cena 04 – Externa/Rio de Janeiro/Noite

(Música: 10 - Mister Jam feat Ali Pierre King TEF - Walkin' On Air)

Imagens da praia de Copacabana do alto, com seus prédios e calçadão iluminados. A CAM foca na frente da casa de Eduarda e Maurício.

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Cena 05 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Noite

(Música: fad-out)

Está na sala Glória, sentada no sofá, Maurício, no outro sofá, com Ana Paula ao lado, e Júlio sentado no chão em frente a TV. Surge Eduarda acompanhada de Alessandra, parando diante de todos os outros.

Eduarda (a Alessandra) - Bem Alessandra, está é a minha família. Minha mãe, Glória. Meu marido, Maurício, e os meus filhos, Ana Paula e Júlio. Pessoal está aqui é a Alessandra. É uma amiga minha, que atualmente está me ajudando lá no restaurante, que ficará um tempo aqui com a gente.

Vemos as expressões de surpresa no rosto de Glória e Maurício. Maurício se levanta e caminha até Eduarda.

Maurício (a Eduarda) - Como assim, querida? (Beijando Eduarda) Porque não nos contou antes?

Eduarda - Ah, meu amor, é que não deu tempo. Além do mais a Alessandra é uma pessoa maravilhosa. Tenho certeza de que vocês vão gostar dela. Ela é nova no Rio de Janeiro, está com dificuldades em se adaptar e como ela me ajudou muito nesses últimos dias eu me vi na obrigação de também ajuda-la.

Alessandra (envergonhada) - Peço desculpas pelo incômodo. Não é a minha intensão deixar vocês desconfortáveis. (a Eduarda) Eu agradeço sua intensão, mas eu não posso ficar aqui. Eu não quero ser um problema...

Eduarda (segurando os braços de Alessandra) - Não fale assim. Você não tem culpa de nada. É claro que você não é um problema aqui. O que acontece é que meu marido ficou surpreso, o que é totalmente compreensível visto que sempre tomamos decisões juntos. Por favor, não os julgue.

Maurício (a Alessandra) - Por favor, digo eu. Me desculpa a forma como falei. Se a minha mulher te trouxe aqui é por que teve os motivos dela e eu não vou julgá-la ou desautorizar sua decisão. Sinta-se a vontade enquanto estiver conosco.

Alessandra (abraçando Eduarda) - Obrigada. Eu não sei como agradecer tanta bondade.

Eduarda - Apenas continue sendo essa mulher batalhadora que você é. Agora venha que eu vou te mostrar onde você vai dormir.

Eduarda segura à mão de Alessandra e as duas saem da cena. Maurício senta novamente no sofá e Glória olha para ele com um olhar pensativo.

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Cena 06 – Casa de Eduarda/Int./Quarto de Alessandra/Noite

Eduarda acende a luz do quarto. Alessandra entra, olhando para todos os lados e colocando a mala sobre a cama.

Eduarda - Este quarto pertencia a uma antiga empregada que trabalhava para a minha mãe. Ela foi embora há um tempo e desde então ficou como quarto de visitas. Espero que goste.

Alessandra (a Eduarda) - Isso aqui é como se eu estivesse em uma suíte no Copacabana Palace. Não tenho palavras para te agradecer.

Eduarda (contente) - Imagina. Não precisa dizer nada, apenas sinta-se em casa. Vou deixa-la a vontade para se instalar. Depois te apresento o resto da casa.

Alessandra abraça Eduarda.

Alessandra - Obrigada!

Eduarda se retira do quarto. Alessandra senta na cama e abre sua mala.

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Cena 07 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Noite

Estava na sala apenas Glória, sentada no sofá. Eduarda entra na sala.

Eduarda (sentando ao de Glória) - Ainda acordada?

Glória (recebendo um beijo no rosto) - Já estava indo dormir. O Maurício já foi colocar as crianças para dormir.

Eduarda - Que bom. Eu estou morta.

Glória - Imagino.

Silêncio de cinco segundos.

Glória (a Eduarda) - Eduarda? O que você sabe dessa moça, a Alessandra? De onde ela vem?

Eduarda (percebendo a desconfiança de Glória) - Bem, a Alessandra veio de Vitória, no Espírito Santo. Ela veio à procura de trabalho.

Glória - E você deu emprego a ela e abrigo.

Eduarda - Mais ou menos. NA verdade a Alessandra apareceu na minha vida há uns dias atrás. Pra ser sincera foi no mesmo dia em que o papai faleceu. Ela ajudou muito. Ela até esteve no velório. A Mônica que me contou o quanto ela foi útil lá no restaurante durante a minha ausência.

Glória - Entendo meu amor. Mas se me permite falar, eu acho que você se precipitou muito em trazer essa moça para dentro de casa. Assim, do nada. É muito arriscado.

A CAM revela que Alessandra escuta tudo escondida atrás de uma parede.

Eduarda - Mãe. A Alessandra não é nenhuma bandida. Ela me pareceu uma mulher a procura de uma chance de crescer aqui. Eu dificilmente me engano com as pessoas a minha volta. Para ser sincera eu a considero um anjo salvador. Graças a ela muita coisa está de pé lá no restaurante.

Glória - Bem. Se você confia assim nessa mulher, então tudo bem. Agora eu só espero estar perdendo o meu tempo com desconfiança boba.

Eduarda (abraçando Glória) - Ah, mãe.

CAM foca no rosto inexpressivo de Alessandra, que logo sai do foco.

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ABERTURA OFICIAL

[Introduzir vídeo de abertura aqui]

Cena 08 – Casa de Eduarda/Int./Quarto de Eduarda/Noite

Maurício encontra-se deitado sobre a cama, sem camisa. Eduarda está em pé, de camisola, passando um creme nas pernas. Conversa já em andamento.

Eduarda - O que você achou da Alessandra?

Maurício - Como assim, o que achei da Alessandra?

Eduarda - Bom. Qual foi a impressão que ela te deu? Você sentiu alguma desconfiança em relação a ela?

Maurício - Não estou entendendo.

Eduarda - A minha mãe conversou comigo agora pouco. Ela não achou uma boa ideia eu ter trazido a Alessandra para ficar com a gente. O que você achou da minha atitude?

Maurício - Ah, amor.

Eduarda (colocando o creme sobre a penteadeira) - Pode dizer a verdade. Eu juro que não fico brava.

Maurício - Eu confio em você. Eu tenho certeza de que você sabe muito bem o que faz.

Eduarda (deitando ao lado de Maurício) - Que marido confiante que eu arrumei. Acho que posso me considerar uma mulher de sorte.

Maurício - Com certeza. Mas eu também tenho que me considerar de sorte por ter uma mulher incrível como você.

Eduarda e Maurício se beijam.

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Cena 09 – Externa/Rio de Janeiro/Dia

(Música: Frejat – Segredos)

Imagens dos morros cariocas no amanhecer. As praias do Leblon, seguida por Copacabana e o Bondinho do Pão de Açúcar.

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Cena 10 – Casa de Eduarda/Int./Cozinha/Dia

(Música: fad-out)

Vemos Alessandra arrumando a mesa do café da manhã. Eduarda entra na cozinha.

Eduarda (surpresa) - Alessandra? Minha nossa, mas você acordou cedo pra preparar o café?

Alessandra (sorrindo) - Bom dia! Eu costumo a acordar cedo.

Eduarda - Mas não precisava se incomodar dessa forma.

Alessandra – Imagina. Não é incômodo nenhum ajudar nas atividades da casa. Isso aqui é pouco para agradecer o carinho e a atenção que você tem me dado desde que nos conhecemos.

Eduarda sorri.

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Cena 11 – Casa de Eduarda/Int./Cozinha/Dia

Estão sentados à mesa, Maurício, Eduarda, Glória, Alessandra e as crianças, Ana Paula e Júlio.

Maurício - Tenho que admitir que esse café da manhã está fantástico.

Eduarda - É verdade. A Alessandra caprichou muito.

Alessandra - Imagina. Eu só fiz o que pude.

Alessandra percebe o olhar desconfiado de Glória. E logo fica um pouco séria.

Glória (a Alessandra) - A Eduarda me disse que você é do Espirito Santo. Vitória? Uma bela cidade.

Alessandra - Sim. É uma cidade como qualquer outra. Menos como o Rio.

Alguns risos de Maurício, Eduarda e Alessandra.

Glória - E o que te motivou a vir para o Rio de Janeiro?

Alessandra - Bem, o Rio de Janeiro sempre foi um sonho de infância. Eu disse para mim mesma que assim que eu pudesse me mudaria para cá.

Glória - E foi muito corajosa. Não é qualquer um que sai de sua região e se muda para um lugar sem ter ao menos uma base de sustento.

Um silêncio constrangedor, quebrado pelo som dos talheres.

Glória - Tenho que parabenizar a sua coragem.

Alessandra - Obrigada!

Eduarda - Bom. Chega desse papo de polícia. Mamãe, o que vamos fazer no seu aniversário esse ano?

Glória - Ah, não. Nem vem com esse papo de aniversário porque da última vez eu fiquei sem graça com tanta gente me olhando.

Todos dão risadas. CAM foca em Alessandra.

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Cena 12 – Bar No Prato/Frente/Dia

Mônica estava limpando as mesas em frente ao bar. Dolores se aproxima.

Dolores - Bom dia.

Mônica - Bom dia! Deseja alguma coisa?

Dolores - Sim. Um copo de suco, por favor.

Há um corte de cena. Agora vemos Dolores sentada e Mônica trazendo o suco.

Mônica - Aqui está o seu suco.

Dolores - Obrigada.

Mônica sorri e entra no restaurante. Dolores fica tomando o suco e observando o movimento da rua. Imediatamente ela tira os óculos que estava usando e fica surpresa.

Dolores - Eu não acredito.

A CAM foca em Alessandra vindo em direção ao restaurante. Alessandra não vê Dolores e vai em direção à entrada.

Dolores (gritando) - ALESSANDRA!

Alessandra olha para ela e fica surpresa em ver Dolores. A CAM foca no rosto de Dolores, sorrindo.

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- INTERVALO –

Cena 13 – Bar No Prato/Frente/Dia

... Continuação imediata da cena anterior.

Alessandra se aproxima de Dolores.

Alessandra (séria) - O que você está fazendo aqui? Como me encontrou?

Dolores (sorrindo) - Filha...

Alessandra - Não me chama de filha. Você não deveria estar aqui.

Dolores (séria) - É mesmo? E você, deveria estar aqui?

Alessandra - O que você quer?

Dolores - Eu só vim porque me preocupei com você. Que ideia foi essa de sumir assim, do nada? Ficou louca?

Alessandra - Você sabe muito bem que eu não tive escolha.

Dolores - Claro. Mas acontece que não vai adiantar viver igual uma nômade sem teto. Onde você está vivendo?

Alessandra - Isso não te diz respeito. Eu sou adulta e sei me cuidar. Agora me faz um favor e vai embora.

Dolores - Tudo bem. Eu posso ir embora, mas depois não diga que eu não te avisei.

Dolores coloca os óculos e pega sua bolsa.

Alessandra - Espera. Do que você está falando?

Dolores (tirando os óculos) - O Rubéns está vindo atrás de você.

Alessandra - O quê? Mas como ele descobriu onde eu estava? Você contou alguma coisa?

Dolores - Não meu amor. Mas você sabe muito bem que não dá pra se esconder fácil de um cara como ele.

Alessandra - Que droga. Mas eu sei me cuidar. Agradeço sua preocupação. Agora vai embora.

Dolores - De nada!

Dolores abre um sorriso e sai. CAM focada no rosto, com ar de preocupação, de Alessandra.

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Cena 14 – Externa/Rodovia/Dia

(Música: Madonna - Don't Tell Me)

Do alto, vemos um homem sobre uma moto, andando em meio a alguns carros. Há vários cortes de cenas, que mostram diversos ângulos desse motoqueiro. Este motoqueiro é Rubéns.

Há outro corte de cena, onde agora vemos Rubéns chegando a um posto de gasolina. Ele para a moto próxima a uma das bombas de gasolina e retira o capacete. Era jovem, um pouco barbudo e bem charmoso.

(Música tocando baixa, agora)

Rubéns - Enche o tanque, por favor.

(Música aumenta novamente)

A CAM acompanha Rubéns até que ele entre na lojinha do posto.

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Cena 15 – Externa/Rio de Janeiro/Dia

Vemos imagens do alto de alguns voos de asa delta, do cristo redentor e da lagoa Rodrigo de Freitas.

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Cena 16 – Bar No Prato/Int./Dia ou Noite

(Música: fad-out)

Vemos Alessandra servindo algumas mesas. Mônica preparando algumas bebidas e Eduarda no caixa fazendo alguns cálculos. Alessandra se aproxima do balcão e coloca as mãos na cabeça, respirando fundo. Eduarda percebe e se aproxima dela.

Eduarda - Você está bem?

Alessandra - Eu não sei. Estou um pouco tonta. Deve ser o calor.

Eduarda - Deve ser a pressão. Tem que comer algo.

Alessandra - Não, tudo bem. Eu sempre tive isso. Vai passar logo.

Eduarda - Mas também, nem deve ter dormido o suficiente. Acordou cedo demais. Quer saber? Vai para casa e descansa.

Alessandra - Não, Eduarda, eu estou bem.

Eduarda - Não é um pedido, é uma ordem. Eu não quero que você se sacrifique dessa forma. Eu e a Mônica cuidamos de tudo por aqui. Descansa e amanhã se estiver melhor você vem.

Alessandra - Obrigada!

Alessandra retira o avental e se afasta. Mônica se aproxima.

Mônica - O que deu nela?

Eduarda - Estava se sentindo mal. Mandei ela ir para casa.

Eduarda volta para o caixa e Mônica pega a bandeja de bebidas e se dirige para as mesas.

Mônica (servindo) - Prontinho. Está aqui.

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Cena 17 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Dia

Alessandra entra na sala e coloca sua bolsa sobre o sofá.

Alessandra: Olá? Alguém em casa?

- Cozinha: Alessandra olha na cozinha e não vê ninguém. Ela sai.

- Quarto de Eduarda: Alessandra abre a porta devagar e não vê ninguém.

- Banheiro: Alessandra entra no banheiro e começa a tirar a roupa. Ela liga o chuveiro e entra debaixo, deixando a água escorrer pelo seu corpo. A CAM revela parte de sua nudez, sem revelar partes íntimas.

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Cena 18 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Dia

Maurício entra em casa e passa pela sala em direção ao quarto.

- Quarto de Eduarda: Maurício entra no quarto e coloca sua pasta sobre a cama. Ele ouve o barulho do chuveiro e abre um sorriso. Ele sai do quarto.

- Banheiro: Alessandra Desliga o chuveiro e pega a toalha. Maurício entra.

Maurício - Oi, amor.

Alessandra (assustada) - Aaaah!

Maurício (envergonhado) - Meu Deus. Desculpa.

Maurício sai do banheiro. Alessandra se enrola na toalha.

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Cena 19 – Casa de Eduarda/Int./Cozinha/Dia

Maurício estava sentado lendo um livro. Alessandra entra na cozinha.

Maurício (sem jeito) - Meu Deus, Alessandra. Mil desculpas. Eu pensei que fosse a Eduarda.

Alessandra - Tudo bem. Não tem problema. Eu sei que você não teve culpa. Ainda não está acostumado com a minha presença aqui. É totalmente compreensível.

Maurício - Prometo que isso não vai mais acontecer.

Alessandra - Está tudo bem, Maurício.

Ouve-se o barulho da campainha.

Maurício (fechando o livro) - Quem será?

Alessandra - Não se preocupe. Pode deixar que eu atendo. Pode continuar sua leitura.

Maurício - Obrigado.

Alessandra sai da cozinha.

Corta para...

Cena 20 – Casa de Eduarda/Int./Sala/Dia

Alessandra surge na sala, indo em direção até a porta de entrada. Ela abre.

Alessandra (surpresa) - Você?

Foco em Dolores.

Dolores (tirando os óculos) - Então é aqui que você se esconde.

CAM foca no rosto de Alessandra.

Corta para...

Fim do Capítulo

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