SONOPLASTIA: “BLAME” – CALVIN HARRIS FT. JOHN NEWMAN.
TAKES NOTURNOS. CASAS DE SHOWS, BOATES, LUGARES
JOVENS, MUITO AGITO EM FRENTE ÀS BOATES.
A CÂM VAI BUSCAR RÁPIDA, A FACHADA DA BARONESA
GLAM. ILUMINADA, COM A RÉPLICA EM FRENTE, TODA ILUMINADA DE LED VERMELHO. FILA
NA PORTA, SEGURANÇA CONTROLANDO. DO INTERIOR, MÚSICA VEM ABAFADA.
CORTA
PARA:
CENA 02.
BARONESA GLAM. INTERIOR. NOITE
MESMA MÚSICA ANTERIOR. GALERA AGITANDO NA PISTA.
UMA TENDA MONTADA COM LUZES DE LED NUM CANTO DA BOATE, DISTRIBUINDO LEMBRANÇAS
DA ÚLTIMA NOITE DO ANO DA CASA. DJ AGITADO NA CABINE. LUZES DE LED COLORIDAS
DISPARADAS NA PISTA DE DANÇA. SEGUNDO ANDAR TAMBÉM CHEIO.
CÂM VAI BUSCAR EM EFEITO CHICOTE, NO BAR, LÉO SE
AGARRANDO COM UMA MENINA, LEILA PERTO DALI, OLHA OS DOIS, INCOMODADA, PUXA
MARIANA PARA OUTRO CANTO DA BOATE.
NA PISTA, BIBI TENTA SE APROXIMAR DE HENRIQUE,
DANÇANDO SENSUALMENTE. ELE ESTÁ COM OUTRA MORENA, DANÇA COM ELA, NÃO SE
IMPORTANDO COM BIBI. BIBI FRUSTRADA, ACABA AGARRANDO UM GAROTÃO, QUE SE DIVERTE
COM ELA. OS DOIS SE BEIJANDO.
CORTA
PARA DANTE E
AMANDA, NO SEGUNDO ANDAR, AMANDA DANÇA SENSUALMENTE, COM UMA TAÇA DE CHAMPANHE
NAS MÃOS. DO PV DE DANTE: AMANDA DANÇA E HENRIQUE NA PISTA. ELE ENCARA
OS DOIS, MUITO DESCONFIADO.
CORTA
PARA:
CENA 03.
BARONESA GLAM. TERRAÇO. EXTERIOR. NOITE
PRIMEIRA VEZ MOSTRADO O AMBIENTE. NO TERRAÇO DO
PRÉDIO DA BARONESA, UM JARDIM SUSPENSO COM ALGUMAS COLUNAS BARROCAS, FAZENDO ÀS
VEZES DE MESAS. UM JARDIM COM FONTE PEQUENA. PÚBLICO ALI, CONVERSANDO MAIS
SOSSEGADOS. MÚSICA VINDO DA BOATE, TOCA ALI, EM TOM MAIS BAIXO.
HENRIQUE COM BIBI EM UMA MESA, ELES COMEM ALGUMA
COISA.
BIBI – Nossa,
você tá tão gato hoje, Rique.
HENRIQUE – Eu sempre
estou, Bibi.
BIBI – (Se
aproxima) Hoje parece estar mais.
HENRIQUE SORRI. BIBI VAI SE APROXIMAR DELE. OS
ROSTOS ESTÃO PRÓXIMOS, QUANDO UMA MÃO ENTRA NA TELA. ELA SE ENCOSTA-SE À MESA
DOS DOIS. HENRIQUE E BIBI ENCARAM. CÂM REVELA DANTE, COM CARA DE POUCOS AMIGOS.
HENRIQUE – Que
susto, Dante!
DANTE – Tem
motivos pra isso, Henrique?
HENRIQUE – Não.
Claro que não.
DANTE – Eu
quero conversar com você.
ELE OLHA DISCRETAMENTE PARA BIBI, QUE LEVANTA OS
BRAÇOS
BIBI –
(Saindo) Já entendi. Tô sobrando. Já entendi!
E SAI DA MESA. HENRIQUE SEM ENTENDER.
DANTE – Na
verdade, eu vim te devolver uma coisa sua e te perguntar uma coisa que tá me
incomodando. Incomodando mais do que eu achei que iria.
DANTE TIRA DO BOLSO A GRAVATA DE HENRIQUE, QUE FICA
LÍVIDO AO VER O OBJETO.
HENRIQUE – Isso
é...
DANTE – Isso é
uma gravata sua! Essa gravata foi encontrada na minha casa hoje. Encontrada
hoje, mas você estava com ela ontem, na reunião... Bom, eu gostaria muito de
saber como essa gravata parou lá em casa em questão de uma noite. Seria tele
transporte?
CLOSES ALTERNADOS. EM HENRIQUE, SEM SAÍDA.
CORTA
PARA:
CENA 04.
BARONESA GLAM. INTERIOR. NOITE
SONOPLASTIA: “STOLE
THE SNOW” – KYGO & PARSON JAMES (house remix).
CÂM BUSCA NA PISTA, CADÚ, DANÇANDO COM UM GRUPO DE
AMIGOS (HOMENS E MULHERES). ELE BEBE, ESTÁ VISIVELMENTE ALTERADO. ELE DANÇA, SE
DIVERTE, RI MUITO, EXAGERADO.
CORTES DESCONTÍNUOS DA PISTA E DO PASSAR PELOS
CONVIDADOS, TAMBÉM BEBENDO E DANÇANDO. ALGUNS SE AGARRANDO PELOS CANTOS OU NA
PRÓPRIA PISTA.
CADÚ PEGA SEU CELULAR, FREEZE NAS LIGAÇÕES DE
CELINA. ELE DESLIGA O TELEFONE E DEIXA NO BOLSO. VAI ATÉ O BAR, PEDE MAIS UMA.
NELE.
CORTA
PARA:
CENA 05.
MANSÃO LINHARES. SUÍTE DE CELINA. INTERIOR. NOITE
CELINA TENTA NO CELULAR, DESLIGADO. IRRITA-SE,
JOGANDO-O NA CAMA.
CELINA – (P/
Si) Onde você se enfiou Cadú?!
NELA, IRRITADA. SONOPLASTIA OFF.
CORTA
PARA:
CENA 06.
BARONESA GLAM. TERRAÇO. EXTERIOR. NOITE
Continuação
cena 03/ Cap. 13.
HENRIQUE PEGA SUA GRAVATA EM MÃOS.
HENRIQUE – Dante,
você por um acaso tá querendo supor alguma coisa?
DANTE –
Henrique, eu nunca fui homem de suposições. Vou ser bem direto. Você e a minha
mulher estão tendo um caso?
HENRIQUE EXULTA. ENCARA DANTE, DE PÉ.
HENRIQUE –
(Alterado) Nunca! Tá me ouvindo? Nunca eu teria um caso com a sua mulher. A
Amanda é uma mulher bonita, interessante, mas eu nunca teria um caso com a
mulher do meu melhor amigo. Isso é canalhice!
DANTE O ANALISA QUIETO. INSTANTES. CONCORDA.
DANTE – Mas
você é o maior galinha do Rio de Janeiro. Isso nós também temos que concordar.
HENRIQUE – Até
posso ser. Aceito o título, mas com mulher de amigo meu não!
DANTE CONCORDA.
DANTE – Eu só
queria entender./
HENRIQUE – (Por
cima) Sim. Essa gravata é minha sim, mas como eu tenho essa, tenho várias
outras iguais ou parecidas, Dante. Eu não sou de escolher gravata, acho chato,
me aperta, me irrita, tenho pra ir nessas reuniões de negócios. Mas tenho
várias iguais! Posso muito bem ter ido à sua casa num dia desses e ter tirado a
gravata, esquecido em algum lugar, sei lá... Mas você desconfiar de mim?
DANTE – Eu te
conheço há anos.
HENRIQUE – O
suficiente pra saber que eu nunca seria capaz de uma cafajestagem dessas com
você!
DANTE – Tudo
bem então. Eu devo estar “viajando”, como dizem. Vou deixar você curtir a sua
noite e me desculpa.
DANTE SAI. HENRIQUE O ENCARA SAIR. ELE SENTA-SE NA
MESA. PASSA A MÃO PELO ROSTO.
HENRIQUE – Isso
tá indo longe demais, Amanda... Longe demais!
NELE, RESPIRANDO MAIS ALIVIADO.
CORTA
PARA:
CENA 07.
BISTROT CASTRO MAISON. INTERIOR. NOITE
MÚSICA LOUNGE, AMBIENTE ILUMINADO COM VELAS, DANDO
TOM MAIS INTIMISTA, À MEIA LUZ. GARÇONS SERVINDO. EMÍLIA CHECA TUDO POR ALI,
CUMPRIMENTA UM CASAL, CONVERSA POR INSTANTES. CORTA. EM UMA MESA ESTÃO
RAULZINHO E INÊS, JANTAR À MEIO.
RAULZINHO – Amor,
vamos amanhã marcar a data do nosso casamento?
INÊS –
Raul... De novo com essa história, amor?
RAULZINHO – Inês,
eu quero casar, você ainda não entendeu?!
INÊS – Nós
estamos bem do jeito que estamos! Você que ainda não entendeu isso. Eu não
quero casar, Raulzinho!
RAULZINHO EXULTA. NERVOSO.
RAULZINHO – Como é
que é?!
O TOM ALTO ATRAI ALGUNS OLHARES. INÊS OLHA PARA OS
LADOS.
INÊS – Baixa
o tom, pelo amor de Cristo! Não preciso de platéia!
RAULZINHO – E você
precisa de que? De outro cara pra fazer de idiota?
INÊS JOGA O GUARDANAPO NA MESA.
INÊS – Talvez
seja isso mesmo. Talvez seja de um homem, de outro cara, menos idiota, menos
possessivo, menos louco e cego de ciúmes, que eu precise mesmo!
RAULZINHO ESFREGA O ROSTO.
RAULZINHO – Eu não
acredito que to ouvindo isso.
INÊS – E eu
ainda não acredito que eu to aqui.
INÊS LEVANTA-SE. RAULZINHO SE LEVANTA, A IMPEDINDO
DE SAIR.
RAULZINHO – Você
não vai embora!
INÊS – Não,
é? E quem vai me impedir? Você?!
RAULZINHO SEGURA O BRAÇO DE INÊS.
RAULZINHO –
(Entredentes) Você é minha noiva!
INÊS – (Tom
alto) Você não é meu dono!
EMÍLIA SE APROXIMA DO CASAL. MOVIMENTAÇÃO EM VOLTA,
PESSOAS OLHANDO A CENA.
EMÍLIA –
Raulzinho! Solta a Inês!
RAULZINHO ENCARANDO INÊS, DEPOIS OLHA EMÍLIA.
EMÍLIA – Solta
agora!
RAULZINHO SOLTA INÊS, QUE SE RECOMPÕE.
INÊS – (De
dedo) Agora eu vou embora e você não vai atrás de mim! A partir de hoje...
INÊS ARRANCA A ALIANÇA DO DEDO.
RAULZINHO – Não
faz isso, Inês!
INÊS – (Por
cima/ Tom) A partir de hoje, nós não somos mais nada.
RAULZINHO – Eu te
amo, Inês.
INÊS – Eu já
te amei também, Raul, mas hoje perto de você, o que eu sinto é nojo! Nojo dessa
sua possessão, dessa sua doença!
EMÍLIA – Inês,
minha filha. Melhor vocês conversarem em outro momento e em outro lugar.
INÊS –
Desculpa dona Emília. Uma cena desnecessária essa dentro do seu restaurante. Me
desculpa de verdade.
INÊS PEGA SUA BOLSA. RAULZINHO SEGURA SUA MÃO.
RAULZINHO – Não
faz isso. Eu te imploro! Eu vou mudar meu amor! Eu mudo, Inês!
INÊS – Sabe
quantas vezes eu já li esse texto no roteiro do nosso relacionamento? (Nega com
a cabeça) Essa novela eu já vi, não preciso de reprise!
INÊS SAI. RAULZINHO TENTA IR ATRÁS, EMÍLIA SE PÕE
NA FRENTE, SEGURANDO EM SEU PEITO.
EMÍLIA –
(Incisiva) Não! Você não vai atrás dela!
RAULZINHO – Mas
mãe./
EMÍLIA –
(Agressiva) Você não vai, Raul! Nem que eu tenha que te amarrar, mas você não
vai procurar a Inês agora.
RAULZINHO ENCARA A MÃE. INSTANTES.
EMÍLIA – Amanhã
vocês conversam.
RAULZINHO – (Choraminga)
Eu amo essa mulher, mãe. Eu preciso dela!
EMÍLIA – O que
você precisa agora é de tratamento, Raul!
RAULZINHO – Não começa
mãe!
EMÍLIA OLHA PARA OS LADOS.
EMÍLIA – Não
aqui, mas nós vamos conversar seriamente a respeito disso.
RAULZINHO CONCORDA, CONTRARIADO. EMÍLIA OLHA PARA
AS PESSOAS E FAZ SINAL QUE ESTÁ TUDO BEM. MOVIMENTAÇÃO VOLTANDO AO NORMAL, MAS
AINDA COMENTAM SOBRE O ASSUNTO. EM RAULZINHO ARRASADO.
CORTA PARA:
CENA 08.
COPACABANA. PRAIA. EXTERIOR. NOITE
SONOPLASTIA:
“GOLDEN” – TRAVIE MCCOY E SIA.
PLANO GERAL. INÊS ANDA PELO CALÇADÃO. MOVIMENTAÇÃO
NOTURNA. PESSOAS CAMINHANDO PELA ORLA. ELA CHATEADA, LÁGRIMAS CAINDO PELO
ROSTO. ELA SECA, RAPIDAMENTE. CORTA PARA O LADO OPOSTO AO CALÇADÃO, SAINDO DE
UM QUIOSQUE, CADÚ, LEVEMENTE ALTERADO. ANDA OLHANDO DISTRAÍDO PARA A PRAIA.
INÊS TAMBÉM OLHA PARA O HORIZONTE, ENQUANTO ANDA.
SLOW-MOTION: OS DOIS ACABAM SE ESBARRANDO, ELA TROPEÇA E ELE A
SEGURA. ELE NÃO SEGURA AS PERNAS E LOGO OS DOIS VÃO PARA O CHÃO, ELA POR CIMA
DELE.
CADÚ E INÊS SE OLHAM INTENSAMENTE. NOS DOIS.
CORTA
PARA:
CENA 09.
APARTAMENTO DE RAULZINHO. SUÍTE. INTERIOR. NOITE
RAULZINHO ENTRA FURIOSO NO QUARTO. VAI ATÉ O
ESPELHO DO BANHEIRO, SE OLHA, DÁ MURROS NELE, QUE ACABA RACHANDO E CORTANDO SUA
MÃO.
CORTES DESCONTÍNUOS, RAULZINHO DESCONTA A SUA FÚRIA
EM OBJETOS PESSOAIS, NAS ESTANTES DO QUARTO. VAI REVIRANDO OS LENÇÓIS, JOGA
TUDO NO CHÃO. JOGA ROUPAS PELO CHÃO, ENFURECIDO. DESCONTA SUA RAIVA ALI.
POR FIM, NO CHÃO, CHORA DERROTADO.
CORTA
PARA:
CENA 10.
COPACABANA. PRAIA. QUIOSQUE. INTERIOR. NOITE
INÊS SENTADA EM UMA DAS CADEIRAS NO QUIOSQUE. CADÚ
VEM EM SUA DIREÇÃO COM DUAS ÁGUAS DE COCO. SONOPLASTIA BAIXA.
CADÚ –
(Entregando) A sua!
INÊS –
Obrigada.
CADÚ SENTA-SE AO LADO DE INÊS.
CADÚ – Pelo
menos o esbarrão serviu pra me curar do porre e essa água de coco foi
providencial.
INÊS – (Ri)
Também me ajudou a dar uma arejada.
CADÚ – Noite
difícil?
SONOPLASTIA OFF.
INÊS –
Bastante. Acabei de terminar meu noivado. Entre namoro e noivado, foi um
relacionamento de cinco anos acredita? É incrível como levamos tanto tempo pra
ter um relacionamento que planejamos ser eterno, para acabar em menos de cinco
minutos.
CADÚ – Poxa.
Imagino. Quer dizer, não na prática, já que eu nunca tive tanto tempo assim com
alguém, mas lamento.
OS DOIS TOMAM A ÁGUA DE COCO.
CADÚ –
Traição?
INÊS – Pior.
Ciúme!
CADÚ – Dele?
INÊS – Como
sabe?
CADÚ – Bonita
desse jeito, imagino que ele deva ser bem ciumento mesmo.
INÊS FICA TÍMIDA. CADÚ GAGUEJA.
CADÚ – Ah, me
desculpa. Não foi a intenção te constranger. Nem tô dando em cima, por favor,
não pensa que./
INÊS COMEÇA A RIR. CADÚ NÃO ENTENDE.
CADÚ – Que
foi?
INÊS – É que
você tentando se explicar ficou engraçado. Relaxa que eu sou super desencanada
com isso. Não acho que por ser mulher, todo homem que me faça um elogio está
dando em cima. Tranqüilo!
CADÚ –
Obrigado. E eu sinto muito pelo término do relacionamento. De verdade.
INÊS – Por
mais que estivesse desgastada a nossa relação e por mais que fosse insuportável
agüentar os ataques e as cenas de ciúme desnecessárias, nós sempre sofremos.
Não adianta, dói mesmo assim.
CADÚ – Eu
sei. Disso eu tenho certeza porque também já sofri disso.
INÊS OLHA DE FORMA INTENSA CADÚ, OS DOIS FICAM
CONSTRANGIDOS.
CADÚ – Nesse
esbarrão todo, eu nem perguntei o seu nome.
INÊS – É
Inês. (Cumprimenta) Prazer, apesar do esbarrão.
CADÚ – (Ri
cumprimentando) O meu é Carlos Eduardo.
INÊS – Que
nome enorme, Carlos Eduardo.
CADÚ – Todo
mundo me chama pelo apelido de infância, Cadú. Pode me chamar assim também.
INÊS – Bem,
Cadú, não sei nem se vai dar tempo de criar essa intimidade, porque realmente
eu preciso ir embora. Daqui a pouco é madrugada e fica meio tenso andar pelo
Rio.
CADÚ –
Imagina, eu te levo embora.
INÊS – Não.
Nada disso. Você disse que tava de porre. Não quero morrer essa noite.
CADÚ E INÊS RIEM.
CADÚ – Já
passou. A água de coco do Rio cura qualquer porre ou ressaca. E por sorte, acho
que hoje não vamos ter nenhuma blitz pelos arredores.
INÊS – Tudo
bem então. Vou aceitar só porque a companhia compensa.
CADÚ – Vamos
então?
INÊS – Bora.
Mas nem se empolga na conversa, porque moro aqui pertinho e nem vamos ter tanto
tempo assim.
CADÚ – Tudo
bem, eu sei otimizar o meu tempo.
OS DOIS SAEM RINDO DO QUIOSQUE.
CORTA
RAPIDAMENTE PARA:
CENA 11.
PRÉDIO DE ÁUREA. FRENTE. EXTERIOR. NOITE
O CARRO DE CADÚ ESTACIONA EM FRENTE. CADÚ DESCE DO
CARRO E ABRE A PORTA PARA INÊS.
INÊS – Sério
mesmo que você fez isso?
CADÚ – Ora,
moça. Sou um cavalheiro, apesar das circunstâncias em que nos conhecemos.
INÊS – Muito
obrigada então.
CADÚ OFERECE A MÃO PARA INÊS QUE SAI DO CARRO.
SONOPLASTIA:
“GOLDEN” – TRAVIE MCCOY E SIA.
OS DOIS SE OLHAM DE FORMA INTENSA.
CADÚ – Espero
então que o seu dia amanhã seja melhor.
INÊS – Espero
que hoje ele já melhore, afinal, já passou da meia-noite e é véspera de Natal.
CADÚ – Nossa,
é verdade. Esqueci completamente. Bom, então sendo assim, feliz Natal pra você.
INÊS –
(Sorri) Pra você também, espero que não percamos contato.
CADÚ BALANÇA O CELULAR.
CADÚ – Whats
salva!
INÊS – Whats
é vida!
OS DOIS RIEM. ELA PARA E ELE A ENCARA. ELA O BEIJA
NO ROSTO.
INÊS –
Obrigada por fazer a minha noite menos mexicana.
CADÚ –
Ninguém merece dormir parecendo Maria do Bairro.
INÊS – Não
mesmo. (Sorri) Boa noite.
OS DOIS TROCAM UM BEIJO NO ROSTO E ELA ENTRA NO
PRÉDIO. EM CADÚ, FASCINADO. ELE OLHA EM DIREÇÃO AO PRÉDIO E DEPOIS SE VIRA.
SORRI, LEVE.
CORTA
PARA:
CENA 12.
RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA
O RIO VAI AMANHECENDO, AO SOM DA MÚSICA ANTERIOR.
PAISAGENS CARIOCAS CONHECIDAS. ÚLTIMO TAKE NA FACHADA DO PRÉDIO DE ALBERICO.
CORTA
PARA:
CENA 13.
APARTAMENTO DE CONRADO. SALA. INTERIOR. DIA
SONOPLASTIA OFF. LIGAR NO ÁUDIO: CAMPAINHA.
CONRADO DESPONTA NO AMBIENTE.
CONRADO – (Tom)
Já vai!
CONRADO ABRE A PORTA. É GUIDA.
GUIDA – Bom
dia, bonitão!
CONRADO – (Sem
empolgação) Bom dia, Guida.
GUIDA – Nossa,
que xoxo. É Natal, gato!
ELA CUMPRIMENTA COM UM BEIJO NO ROSTO.
GUIDA – Tem
compromisso pra essa noite especial?
CONRADO – Não
tenho nenhum.
GUIDA – Vim te
convidar pra cearmos juntos.
CONRADO – Ah é
que não vai dar.
GUIDA – Mas
você disse que não tinha nenhum compromisso. E vai ser uma ceia agitada. Na
casa do seu Alberico, da dona Fátima./
CONRADO –
(Corta) Ah, vai ser no apê da frente? (Anima-se) Tá, eu vou sim.
GUIDA – Nossa!
Assim que eu gosto! Hoje vai ser bafão!
CONRADO SORRI SEM GRAÇA. GUIDA DÁ UM BEIJO EM SEU
ROSTO, PERTO DA BOCA.
GUIDA –
(Próxima) Te espero lá!
GUIDA PISCA O OLHO E SAI DO APARTAMENTO. CONRADO
FECHA A PORTA E SORRI, PENSATIVO.
CORTA
PARA:
CENA 14. APARTAMENTO
DE ALBERICO. SALA. INTERIOR. DIA
PINHEIRO ENFEITADO JUNTO DA ÁRVORE DE NATAL.
AGITAÇÃO. ALBERICO E FÁTIMA CONVERSAM ANIMADOS COM JAMIL. VITÓRIA AO CELULAR,
FALA RINDO. JULIANA VEM DO INTERIOR DA COZINHA, JUNTA-SE À PAULINA, DISCUTINDO
COISAS DA CEIA. GUIDA VEM DO EXTERIOR DO APÊ. PUXA FÁTIMA PARA UM CANTO.
GUIDA –
Fátima, convidei mais uma pessoa pro nosso jantar. Espero que não se incomode.
FÁTIMA – Mais
alguém? Quem?
GUIDA –
(Animada) O vizinho bonitão.
FÁTIMA –
(nervosa) O Conrado?
GUIDA – O seu
Apolinário do térreo é que não seria. Ai, fiz mal?
FÁTIMA –
(Rápida) Fez! Quer dizer, não. Mas é que...
GUIDA –
Desculpa. Eu sei que deveria ter avisado, mas ai, eu tô tão afim dele. E eu
sinto que ele também tá afim de mim, sabe.
FÁTIMA – Está?
GUIDA – Eu
sinto. Nos gestos.
FÁTIMA PENSATIVA.
FÁTIMA – Tudo
bem. Quem sou eu pra empatar o romance de vocês, não é? Um prato a mais não faz
diferença. Pode trazer o seu amigo.
GUIDA – Em
breve namorado, quiçá marido!
GUIDA COMEMORA ANIMADA, EM FÁTIMA, CONTRARIADA.
CORTA PARA JAMIL E CARMINHA. ELE A PUXA PARA UM
CANTO MAIS AFASTADO.
JAMIL – Amor,
eu quero te dar meu presente agora.
CARMINHA – Mas
agora? Tá cedo. Não é nem meia-noite ainda, Jamil!
JAMIL – É que
eu quero que você esteja usando ele na hora da ceia de Natal.
CARMINHA – Ótimo,
conseguiu me deixar curiosa. Agora tem que entregar o presente (Ri).
JAMIL TIRA DO BOLSO UMA CAIXINHA PEQUENA DE VELUDO.
ABRE E REVELA UM ANEL DELICADO, DE BRILHANTES. CARMINHA EMOCIONADA, SORRI.
CARMINHA – Isso é
o que eu tô pensando?
JAMIL – Esse
anel, essa aliança é sua, mas com uma condição. A de ser a minha esposa.
CARMINHA DEIXA UMA LÁGRIMA ROLAR. ELA PEGA O ANEL.
JAMIL – Na ni
na não. Deixa que eu coloco esse anel em você.
CARMINHA – Meu
amor.
JAMIL SORRI. ELA O ABRAÇA, DANDO UM BEIJO EM SEGUIDA.
CARMINHA – É
claro que eu aceito o seu pedido de casamento.
JAMIL COLOCA O ANEL EM CARMINHA. VITÓRIA EM SEGUNDO
PLANO ASSISTE.
VITÓRIA – (Tom alto, chamando a
atenção) Olha gente, a Carminha e o Jamil! Vão casar!
SONOPLASTIA: “EL
PERDÓN” – NICKY JAM E ENRIQUE IGLESIAS.
TODOS VOLTAM SUA ATENÇÃO. FALATÓRIO EM VOLTA DO
CASAL. CARMINHA E JAMIL FELIZES, COMPARTILHANDO A ALEGRIA.
CORTA
PARA:
CENA 15.
MANSÃO FAMÍLIA PRATINI. SALA. INTERIOR. DIA
WILSON VEM VINDO DO SEGUNDO ANDAR DA MANSÃO. SONOPLASTIA
OFF. ELE TERMINA DE DESCER AS ESCADAS E VÊ NA MESA DE CENTRO UMA CAIXA DE
PRESENTE, COM UM CARTÃO EM CIMA. ELE SE APROXIMA. FREEZE NO CARTÃO: “PARA
WILSON”. ELE FICA SURPRESO E ABRE A CAIXA. UMA CAMISA PÓLO BRANCA DENTRO DA
CAIXA. ELE PEGA O CARTÃO E O ABRE.
WILSON –
(Emocionado) É da dona Amanda.
WILSON SE ABRAÇA À CAMISA.
WILSON – Minha
diva!
SORRINDO, EMOCIONADO COM O PRESENTE.
CORTA
PARA:
CENA 16.
PETRÓPOLIS. EXTERIOR. DIA
SONOPLASTIA: “PRAYER IN C” – LILLY WOOD & THE PRICK
AND ROBIN SCHULZ.
UM HELICÓPTERO VAI CRUZANDO O CÉU, MOSTRANDO A
PAISAGEM DE PETRÓPOLIS LÁ EM BAIXO. CÂM SUPERIOR MOSTRANDO NO INTERIOR
DA AERONAVE: DANTE, AMANDA E MARIANA. OS TRÊS VÃO CHEGANDO À REGIÃO. CORTES
DESCONTÍNUOS DO HELICÓPTERO SOBREVOANDO OS ARREDORES DO HARAS DONA CAROLINA.
CORTA
PARA:
CENA 17.
HARAS DONA CAROLINA. EXTERIOR. DIA
NA PISTA DE POUSO DO HARAS (NUMA ÁREA LONGE DA
PARTE EQUITACIONAL), O HELICÓPTERO VAI DESCENDO. ALI, JÁ ESPERAM, CELINA E
FRANKLIN. O CASAL PERTO DO CARRO, AMBOS DE ÓCULOS ESCUROS, ELA DE CHAPÉU.
CELINA – Essa
mulher gosta de aparecer mesmo. Precisava vir de helicóptero?
FRANKLIN – Deve
ser pra evitar o trânsito, Celina. Para de implicância!
CELINA –
(Ignora) Ela deve achar muito fino essas entradas triunfais. Deve ter visto
algo num Cult do Coppola e achar o máximo. (Ri) O supra-sumo da pieguice.
CELINA RI DISCRETA. O HELICÓPTERO JÁ POUSOU. AMANDA
DESCE COM DANTE, MARIANA MAIS ATRÁS. VÃO SE APROXIMANDO.
CELINA –
(Falsa) Demoraram. Já estava preocupada.
FRANKLIN – Sejam
bem-vindos.
AMANDA CUMPRIMENTA CELINA COM UM BEIJO NO ROSTO.
AMANDA –
Demoraram pra liberar o helicóptero, acredita, garota? Nesse país se paga caro
por um serviço de primeira pra sair como um de quinta!
CELINA –
Brasil, querida!
AMANDA E CELINA SORRIEM FALSAMENTE UMA PARA A
OUTRA.
DANTE – E os
filhos, cadê?
FRANKLIN – Cadú e
Bruno chegam à tarde. Estão vindo de carro.
MARIANA SORRI, ANIMADA. FRANKLIN PERCEBE.
CELINA – Eles
não se importam com o trânsito.
CELINA ENCARA AMANDA, QUE SORRI AMARELO. NAS DUAS.
CORTA
PARA:
CENA 18.
HARAS DONA CAROLINA. CASA GRANDE. SALA. INTERIOR. DIA
A EMPREGADA ENTRA COM AS MALAS DOS CONVIDADOS.
INSTANTES. ENTRAM CELINA E FRANKLIN, JÁ ABRINDO PASSAGEM PARA AMANDA, DANTE E
MARIANA QUE ENTRAM.
AMANDA – (Olha
em volta) Que bom gosto, Celina. Linda a casa.
CELINA –
(Cochicha) Porque você ainda não viu as suítes, quéri!
AMANDA DESLUMBRADA, FAZ A CHIQUE. MARIANA RI.
FRANKLIN – Se
quiser descansar, Mariana, as suítes dos hóspedes, ficam no fim do segundo
andar.
MARIANA –
Obrigada, doutor Franklin.
FRANKLIN – Sem o
doutor, menina. Soube que Bruno e você já estão quase namorando.
MARIANA – (Sem
graça) Imagina. Eu e Brunos somos amigos.
DANTE –
Amizade colorida, como diriam na nossa época, Franklin!
MARIANA –
(Repreende) Pai!
DANTE E FRANKLIN RIEM.
CELINA – Mais
tarde vamos sair para cavalgar, Amanda. Quero que você monte um árabe que
chegou essa semana.
AMANDA – E é
manso?
CELINA – Tem a
sua personalidade. Por aí, você já pode imaginar o jeitinho carinhoso do
animal.
CELINA PROVOCA. AMANDA FUZILA COM O OLHAR,
DISCRETA. NAS DUAS SE ENCARANDO, FALSAS.
CORTA
PARA:
CENA 19.
ESTRADA RIO-PETRÓPOLIS. EXTERIOR. DIA
UM JEEP PRETO CRUZA A ESTRADA. NA DIREÇÃO ESTÁ
BRUNO, AO LADO NO BANCO DO CARONA, CADÚ. ELE DISTANTE, PENSATIVO.
FLASHES DA NOITE ANTERIOR COM INÊS. ELE SORRI.
BRUNO PERCEBE.
BRUNO – Ih,
qual foi desse sorrisinho aí? Mina nova no pedaço?
CADÚ – Qual
é, Bruno! Vai capinar um lote, irmão!
BRUNO –
(Divertido) Estudos apontam que 98% das pessoas que já te mandaram capinar um
lote, nunca viram uma enxada de perto.
CADÚ RI. BRUNO NA DIREÇÃO. CADÚ PEGA O CELULAR E VÊ
O CONTATO DE INÊS. VAI LIGAR, TITUBEIA, DESISTE.
BRUNO –
Cuidado pra não se envolver em mais uma paixonite, igual com aquela outra. A
tal mulher misteriosa que eu acho que tá mais pra mulher invisível.
CADÚ – Não
zoa não. Você só tá zoando porque tem umas aí se matando pra ficar com você.
BRUNO – É. No
seu caso, você que tá se matando pra saber com qual fica, a diferença é que
nenhuma delas sabe se quer ficar com você.
CADÚ BATE NO IRMÃO, QUE RI. NOS DOIS, DIVERTIDOS.
CORTA
PARA:
CENA 20.
RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. NOITE
SONOPLASTIA: “ALL I WANT FOR CHRISTMAS IS YOU” – FIFTH
HARMONY.
AS IMAGENS ENSOLARADAS DO RIO EM DIA DE NATAL VAI
DANDO LUGAR À NOITE ILUMINADA. VÁRIOS PONTOS ABERTOS, ESPERANDO MEIA-NOITE,
ILUMINADOS COM A DECORAÇÃO TÍPICA NATALINA.
CORTA
PARA:
CENA 21.
APARTAMENTO DE BIBI. SALA. INTERIOR. NOITE
BIBI E LEILA COM A SALA DECORADA. EM VOLTA DE UMA
PEQUENA CEIA, AS DUAS SENTAM-SE, FELIZES. CORTES DA CEIA, ELAS ERGUEM TAÇAS DE
CHAMPANHE.
CORTA
COMBINADO PARA:
CENA 22.
MANSÃO FRAGA LINHARES. SALA DE REFEIÇÕES. INTERIOR. NOITE
A TAÇA LEVANTADA NA CENA ANTERIOR FUNDE-SE COM A TAÇA
DESSA CENA, BAIXADA POR NATÁLIA. CAM ABRE EM PLANO GERAL, REVELANDO A EMPREGADA
NA CABECEIRA DA GRANDE MESA DE CENTRO DA FAMÍLIA, SOLITÁRIA. COM UM BELÍSSIMO
VESTIDO DE CELINA, CABELOS EM UM COQUE FINÍSSIMO. Á SUA FRENTE, UMA FARTA CEIA,
MAS ELA ESTÁ SOZINHA, ENTRISTECIDA.
CORTA
PARA:
CENA 23.
APARTAMENTO DE EMÍLIA. SALA. INTERIOR. NOITE
RAULZINHO SENTADO NO SOFÁ VÊ TELEVISÃO. EMÍLIA E
LÉO EM SEGUNDO PLANO ARRUMAM A MESA PARA A CEIA. ELA VAI ATÉ RAULZINHO E TENTA
ANIMÁ-LO, ELE FAZ CARA DE DESAGRADO. LÉO VEM COM UM SINO DA ÁRVORE DE NATAL E
FAZ BARULHO PRÓXIMO DO OUVIDO DO IRMÃO. RAULZINHO RI E CORRE ATRÁS DE LÉO. OS
DOIS RINDO. EMÍLIA SORRI MAIS ALIVIADA. EM PLANO GERAL DA ALGAZARRA DOS IRMÃOS.
CORTA
PARA:
SOLANGE E URBANO EM UMA CEIA BEM ÍNTIMA. LUZES
ILUMINAM O LOCAL. ELES JANTAM, ENQUANTO BRINDAM COM CHAMPANHE. CORTA PARA OS
DOIS DANÇANDO, PRÓXIMOS. SE OLHAM COM INTENSIDADE E UM BEIJO ACABA ACONTECENDO
ENTRE ELES. INSTANTES NO BEIJO DO CASAL.
SONOPLASTIA OFF.
CORTA
PARA:
CENA 25.
HARAS DONA CAROLINA. CASA GRANDE. SALA. INTERIOR. NOITE
CLIMA DE FESTA. ESTÃO REUNIDAS AS FAMÍLIAS LINHARES
E PRATINI. BRUNO E MARIANA NO SOFÁ, FAZENDO CARÍCIAS DISCRETAS UM NO OUTRO;
CELINA CONVERSA COM AMANDA, QUE GESTICULA MUITO, CELINA JÁ COM CARA DE TÉDIO;
DANTE, HENRIQUE E FRANKLIN CONVERSAM EM UMA RODA DE AMIGOS, RIEM; CADÚ AO
CELULAR, MEIO CHATEADO. A EMPREGADA VEM DO INTERIOR DA CASA E ABRE A PORTA.
CELINA VOLTA SUA ATENÇÃO, FAZ EXPRESSÃO DE
DESAGRADO. OLHA PARA FRANKLIN QUE TROCA OLHARES COM ELA. CELINA FAZ UM GESTO
DISCRETO PARA A PORTA. FRANKLIN ENCARA. CÂM REVELA FERNANDA.
FRANKLIN – (Se
aproximando) Fernanda.
FERNANDA – Boa
noite. Me convidaram para a Ceia. Espero não estar atrapalhando.
CELINA SE APROXIMA DOS DOIS.
CELINA – Pensei
realmente que você faria igual os outros empregados, que teria o bom senso em
não aparecer por aqui, mas vejo que você é audaciosa e não nega um bom jogo.
FERNANDA – Eu
acho que vou embora.
FRANKLIN – Não.
Por favor, fique.
CELINA – Isso,
querida! Fique e aprecie a noite. Acredito que ela ainda será de fortes
turbulências.
CLOSES ALTERNADOS DOS TRÊS. POR FIM EM FERNANDA
AMEDRONTADA E EM CELINA ENCARANDO-A.
CORTA
PARA:
EFEITO
FINAL: A TELA CONGELA EM EFEITO VITRAL.
FIM DO CAPÍTULO 13
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