FADE IN.
CENA 01/STOCK SHOTS/RIO DE JANEIRO/EXT./DIA
SONOPLASTIA: KÁTIA FLÁVIA – FAUSTO FAWCETT
Movimentos
rotineiros. Pessoas caminham pelas ruas. Trânsito não muito cheio. Um avião sai
da pista de pouso.
SONOPLASTIA CESSA.
Corta
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CENA 02/AVIÃO/INT./DIA
CAM
CHICOTE mostra vários passageiros sentados nos bancos. Uma aeromoça anda pelo
avião. Ela para ao lado de Kátia Flávia.
AEROMOÇA – Senhora,
eu gostaria de pedir que colocasse seu cinto de segurança, pois nós já estamos
chegando perto da zona de turbulência.
KÁTIA FLÁVIA – Primeiramente, minha querida, eu sou senhorita. Tá me achando
com cara de velha?
AEROMOÇA – Não
foi isso que eu quis dizer, senhora/
KÁTIA FLÁVIA – (corta) Senhorita! E eu não quero discutir com
ninguém, então eu vou fazer o que você me pediu.
Kátia
Flávia passa o cinto.
AEROMOÇA – Muito
obrigada. Tenha um bom voo.
A
aeromoça sai. Kátia Flávia olha para a janela.
KÁTIA FLÁVIA – (resmunga) Quem essa penosa pensa que é pra me chamar de velha e ainda por
cima me dar ordens?
O avião
começa a tremer.
KÁTIA FLÁVIA – (grita) Que é isso? O avião vai cair! Socorro! Eu sou muito jovem pra
morrer!
Todos
olham para ela.
KÁTIA FLÁVIA – Estão olhando o que, abusados? Vocês não temem a morte? Pois eu
sim. SOCORRO! AEROMOÇA!
A
aeromoça volta.
AEROMOÇA – O
que aconteceu? Eu ouvi gritos.
KÁTIA FLÁVIA – Menina, essa joça começou a tremer do nada. A gente vai morrer,
né? Gente, todo mundo dá as mãos numa corrente de oração.
AEROMOÇA – Calma,
senhorita. Nós só estamos enfrentando uma mudança na pressão do ar. Isso é
absolutamente normal.
KÁTIA FLÁVIA – Ah, é?
AEROMOÇA – Sim.
Por favor, queira se acalmar. O avião é um dos transportes mais seguros do
mundo.
A
aeromoça sai. Kátia Flávia envergonhada.
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CENA 03/CEMITÉRIO/INT./DIA
SONOPLASTIA: O QUE É, O QUE É – GONZAGUINHA
SLOW
MOTION. Dois caixões são enterrados simultaneamente por dois homens fortes.
Apenas Madalena e Angélica, de preto, assistem ao enterro. Angélica chora, abraçada
a Madalena, que passa a mão sobre seus cabelos.
Vemos
duas rosas brancas caindo em cima de cada caixão.
FADE OUT.
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CENA 04/STOCK SHOTS/RIO DE JANEIRO/EXT./DIA
Takes da
manhã carioca. Uma mulher empurra um carrinho de bebê. Panorâmica do Cristo
Redentor. Último take na frente da casa de Arturo.
SONOPLASTIA VAI CESSANDO AOS POUCOS.
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CENA 05/CASA DE ARTURO/SALA/INT./DIA
Arturo
ajoelhado em frente a Sandra, sem reação.
ARTURO – E
então, broto? Aceita se casar comigo?
Sandra
vai para o outro lado da sala. Arturo se levanta e a segue.
SANDRA – Seu
Arturo, eu não tava preparada pra isso.
ARTURO – Não
precisa estar preparada, é só dizer que sim. Aí a gente aproveita e tira o
atraso.
SANDRA – Eu
pensei que a nossa relação era estritamente profissional. Eu a empregada, você
o patrão. Apenas isso.
ARTURO – Você
não via aquela novela do Manoel Carlos que a empregada era amante do patrão?
Por que aqui não pode acontecer o mesmo?
SANDRA – Não
sei, seu Arturo. Pra mim, o casal precisa primeiro se conhecer, namorar e só
depois pensar em casar. Você já está pulando etapas de uma relação que muito
provavelmente não vai acontecer.
ARTURO – Então
é isso mesmo? Você não quer se casar comigo? E todos os momentos que vivemos
juntos?
SANDRA – Ah,
ótimos momentos. Eu pondo a sua fralda, ajudando o senhor a ir ao banheiro...
ARTURO – São
detalhes. Mas eu só vou perguntar mais uma vez. Quer casar comigo, Sandrinha?
Tempo.
SANDRA – Não,
seu Arturo.
Arturo
fecha a cara.
ARTURO – Pois
bem. Está despedida!
SANDRA – É
o quê?
ARTURO – É
isso que você ouviu. Está despedida, demitida, despachada, tudo. Já vou trazer
suas contas.
SANDRA – O
senhor não pode fazer isso. Quem me contratou foi a Nenê, portanto só ela pode
me demitir.
ARTURO – Mas
a casa está no meu nome, então eu faço nela o que eu quiser.
SANDRA – E
quem é que vai cuidar do senhor, seu Arturo? A Nenê me contratou justamente
porque ela não tem tempo.
ARTURO – Eu
vou pra um asilo. Pronto.
SANDRA – Asilo?
Seu Arturo/
ARTURO – (corta) Chega, Sandra. Fora daqui!
Tempo.
Sandra pega sua bolsa e sai, batendo a porta muito forte.
ARTURO – (grita) Tem geladeira em casa não?
Arturo
senta no sofá, chateado.
ARTURO – Broxei...
Corta
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CENA 06/QUARTO ESCURO/INT./DIA
Danilo
amarrado na cadeira. Társis o observa.
TÁRSIS – Tá
calado hoje. Eu te deixei ficar sem a fita na boca, hein?
DANILO – Eu
não tenho do que falar, Társis.
TÁRSIS – Tá
com cara de quem vai aprontar, hein...
Silêncio.
TÁRSIS – Eu
vou dar uma saída. É bom que você fique quietinho aí.
Corta
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CENA 07/RIO DE JANEIRO/RUA/EXT./DIA
Nínive
caminha pela rua com o bilhete na mão, olhando para todos os lados. Ela vê
Társis saindo do quarto escuro.
NÍNIVE – (grita) Társis?
Társis e
vira e vê Nínive. Ela vai correndo até ele.
TÁRSIS – O
que você tá fazendo aqui?
NÍNIVE – Repasso
a pergunta. O que é que você tá fazendo aqui? Pra onde essa portinha
leva?
Closes
alternados entre os dois.
Corta
para:
CENA 08/CASA DE VITÓRIA/QUARTO/INT./DIA
SONOPLASTIA: HELLO – ADELE
Lucas em
pé, em frente ao espelho.
LUCAS – Preparada,
amor?
VITÓRIA – (O.S.) Não sei, Lucas. Vai ser um choque muito grande pra mim.
LUCAS – Deixa
disso. Você já não quis se ver no espelho do hospital. Alguma hora você vai ter
que ver. E eu garanto: você continua linda.
VITÓRIA – (O.S.) Tudo bem, eu vou.
Vitória
senta na cadeira que está à frente do espelho/. Não vemos seu rosto.
LUCAS – E aí?
CAM
mostra Vitória careca. Ela passa as mãos sobre a cabeça e começa a chorar.
VITÓRIA – (chorando) Eu tô horrível, Lucas!
LUCAS – Não fala
isso, Vitória. Eu já disse que você tá linda!
Vitória
levanta de supetão.
VITÓRIA – Você
tá falando isso pra não me ver triste, mas eu sei que eu tô horrível. Eu tô
feia, Lucas! Eu tô careca!
Vitória
pega um abajur e joga na parede. Ela deita na cama, abraça um travesseiro e
continua chorando.
VITÓRIA – (grita/chora) EU TÔ HORRÍVEL! EU TÔ PARECENDO UM MONSTRO!
Lucas
deita ao lado de Vitória e a abraça.
VITÓRIA – ME
LARGA, LUCAS! EU QUERO FICAR SÓ!
LUCAS – Calma,
Vitória. Eu sei que é normal essa sua reação, mas/
VITÓRIA – (corta) Normal, Lucas?
Vitória
senta na cama, abraçando as pernas.
VITÓRIA –
Olha bem nos meus olhos. Olha pra mim! Você vai ter mesmo a coragem de me dizer
que eu não tô parecendo algo abjeto, ignóbil, uma coisa horrorosa? EU SOU UM
LIXO!
LUCAS – Vitória/
VITÓRIA – (corta) Todo mundo vai me olhar torto na rua, Lucas! Vão me apontar, vão
me chamar de feia, vão me chamar de careca... EU TÔ HORRÍVEL!
Lucas se
aproxima do rosto dela e a beija. Tempo. Eles separam os lábios.
LUCAS – Não
importa se você tá careca ou não. Eu já disse que eu te amo de qualquer forma.
E danem-se as pessoas que te apontarem. A vida é sua, a batalha é sua e a
conquista também vai ser sua. Entendeu, Vitória?
VITÓRIA – Eu
te amo!
Os dois
se beijam novamente.
SONOPLASTIA CESSA.
Corta
para:
CENA 09/RIO DE JANEIRO/RUA/EXT./DIA
CONTINUAÇÃO
DA CENA 07.
NÍNIVE – Anda,
Társis. Responde! O que é que você tava fazendo aí? Pra onde essa portinha
leva?
TÁRSIS – Isso
não é da sua conta, Nínive.
NÍNIVE – Eu
aposto que é aí que você mantem o Danilo preso, não é? Seu monstro!
TÁRSIS – Você
não tem o direito de me acusar assim. E olha o escândalo! A gente tá no meio da
rua!
NÍNIVE – Nem
que fosse no inferno, Társis. Eu vou acabar com esse seu joguinho agora!
Nínive
corre até a portinha e a abre.
TÁRSIS – SAI
DAÍ!
Társis
vai atrás de Nínive.
Corta
para:
CENA 10/QUARTO ESCURO/INT./DIA
Nínive
entra e vê Danilo.
NÍNIVE – Danilo!
Ela
desamarra-o e eles se abraçam. Társis entra.
TÁRSIS – Sai
daqui, Nínive. Agora!
NÍNIVE – E
quem vai me obrigar? Você?
TÁRSIS – Sou
eu mesmo. E daí?
Nínive se
aproxima de Társis.
NÍNIVE – E
daí que você não passa de uma criatura desprezível, ordinária, sem caráter
nenhum.
Nínive vê
um REVÓLVER no bolso de Társis, pega-o e aponta para a cabeça dele.
DANILO – Nínive,
olha bem o que você vai fazer. Não toma nenhuma atitude precipitada.
NÍNIVE – Pode
deixar, Danilo. Eu sei o que eu tô fazendo.
Nínive
passa o revólver pelo rosto de Társis.
NÍNIVE – Um
rosto tão lindo... quem vê até pensa que é santo. Mas por trás dessa sua pele
de cordeiro existe um lobo, Társis. Você é a pessoa mais horrível que eu já
conheci em toda a minha vida. Você não presta pra nada, é um vagabundo que não
trabalha e vive encostado. Quando não é na nossa mãe, é naquela enjoada da Walkiria.
Eu tenho nojo de você. Eu tenho vergonha de ser sua irmã! Eu fico constrangida
em dizer que meu irmão é um racista infeliz, que acha que tem cacife pra julgar
alguém pela cor. Quem você pensa que é, seu bostinha?
Társis
ofegante.
NÍNIVE – Ficou
mudo, Társis? Na hora de destilar o teu veneno, tinha uma língua maior que
qualquer coisa. Agora o que foi que aconteceu? Tá com medinho? Que vergonha,
hein... tamanho machão, que se acha boa bisca pra xingar alguém por ser negro,
com medo de revólver. E agora, cadê aquele seu peito estufado todo? Hein? FALA!
Nínive dá
um tapa na cara de Társis.
TÁRSIS – Vagabunda!
Társis
ergue o braço para bater em Nínive, mas Danilo segura-o.
DANILO – Deu
pra bater em mulher agora, mané?
TÁRSIS – É
bom você me soltar, escurinho!
DANILO – Escurinho
é como o teu olho vai ficar, Társis!
Danilo
soca a cara de Társis, que cai no chão.
NÍNIVE – Deixa
que agora é por minha conta!
Nínive
senta na barriga de Társis e começa a estapear o rosto dele.
NÍNIVE – (entre um tapa e outro) Desgraçado! Infeliz! Vagabundo! Eu tenho nojo de você! NOJO!
Nínive,
cansada, ofega. Ela sai de cima de Társis, que está com um pouco de sangue no
rosto.
NÍNIVE – Agora é
com você.
DANILO – Pode
deixar.
Danilo dá
um soco na barriga de Társis, que se retorce.
DANILO – Sofre
agora, infeliz! E não vai pensando que acabou, não. Isso é só o começo. Agora
você vai se ver com a polícia.
Danilo
cospe no rosto de Társis. Nínive pega o celular e digita um número.
CORTE
DESCONTÍNUO.
SONOPLASTIA: A THOUSAND YEARS – CRISTINA PERRI
Dois
policiais carregam Társis, desmaiado, para dentro da viatura, que parte.
NÍNIVE – A
gente tá livre de toda a ignorância dele, Danilo.
DANILO – Finalmente.
A justiça tarda, mas não falha.
Nínive e
Danilo dão as mãos.
NÍNIVE – Quando
duas mãos se encontram...
DANILO - ...
reflete no chão a sombra de uma mesma cor.
Os dois
se beijam.
SONOPLASTIA CESSA
Corta
para:
CENA 11/PRÉDIO ABANDONADO/FRENTE/EXT./DIA
Mayara,
Nenê e Rosicler escoradas na parede.
ROSICLER – Você
tem certeza que ele vem, Mayara?
MAYARA – Tenho
sim.
NENÊ – O que foi
que você usou como isca?
MAYARA – É
simples, minha querida. Hiago/
NENÊ – (corta) Gregório!
MAYARA – Que
seja. Gregório adora um rabo de saia, como vocês já sabem. Então eu liguei pra
ele e falei que já tinha me livrado de vocês. Lógico que ele já imaginou que
tava tudo bem entre nós dois. Aí eu marquei de encontrar com ele pra
supostamente reatarmos a relação.
ROSICLER – Ah,
já entendi. Você marcou com ele aqui, e quando já tiver tudo preparado... créu!
NENÊ – Amei a
ideia. Mas a gente precisa ficar atenta pra ver quando ele chega. Quando foi
que você marcou com ele, Mayara?
MAYARA – Às
três e meia. Agora são quinze pras quatro.
NENÊ – Homens
sempre atrasados...
Greg
surge na esquina.
ROSICLER – Olha
ele ali!
MAYARA – Rápido,
entrem no prédio. Eu vou até lá.
Rosicler
e Nenê entram no prédio. Mayara vai ao encontro de Greg. Eles se beijam.
GREG – Oi, meu
amor. Que bom que você quer reatar. O que você fez com aquelas duas?
MAYARA – Ah,
isso não vem ao caso. Vamo dar uma namoradinha ali?
Mayara
aponta para o prédio.
GREG – Mas ali?
Aquilo é um prédio abandonado, Mayara. Pode cair a qualquer momento!
MAYARA – Você
sabe que eu sempre adorei uma coisa bem selvagem, arriscada. Vamo lá.
Greg ri.
GREG – Você me
convenceu. Bora!
Os dois
entram no prédio.
Corta
para:
CENA 12/PRÉDIO ABANDONADO/INT./DIA
Greg
entra, com os olhos tapados pelas mãos de Mayara.
GREG – Você tá
tapando meus olhos. Isso quer dizer que tem uma surpresa.
MAYARA – É...
realmente vai ser uma surpresa. SEU TRASTE!
Mayara
tira as mãos dos olhos de Greg. Rosicler e Nenê correm até ele e o derrubam.
Rosicler com uma faca na mão. As duas caem em cima dele.
ROSICLER – Agora
você vai aprender a nunca mexer com uma mulher, porque a firma é forte!
Greg
nervoso.
Corta
para:
CENA 13/MANSÃO TRINDADE/SALA/INT./DIA
Maria
Fernanda sentada no sofá, vendo TV. Ingrid desce as escadas.
INGRID – Onde
está o Lucas, Maria Fernanda?
MARIA FERNANDA – Não soube? Aquela sem sal da namoradinha dele tá com complexo de
Carolina Dieckmann. Resolveu ficar doente.
INGRID – Não
diga bobagens, Fernanda. Você está careca de saber que a leucemia não é algo
que se tem controle, assim como nenhuma outra doença.
MARIA FERNANDA – Se eu tô careca de saber, o que dizer de Vitória? Hahaha!
INGRID – Muito
engraçada você.
Ingrid
pega o controle remoto e desliga a televisão.
MARIA FERNANDA – Que é isso? Eu estava assistindo, se você não percebeu.
INGRID – Nós
precisamos ter uma conversa séria, Maria Fernanda.
MARIA FERNANDA – Tudo pra velho é sério, né? Uma gripe vira câncer, um dedo
machucado vira uma amputação... é fogo conviver com gente da sua idade.
INGRID – Eu
podia lhe dar uma resposta à altura, mas o que tenho pra falar importa mais do
que as suas asneiras.
MARIA FERNANDA – Vamo lá, desembucha.
INGRID – Pois
bem... eu não queria, mas vou ter que repetir o que há anos venho te dizendo.
Eu e seu pai proporcionamos a você o melhor em tudo. Em educação, em moradia, e
principalmente em amor.
MARIA FERNANDA – Deu vontade de dormir agora, mamãe. Será que você não/
INGRID – (corta) Cale a sua boca quando eu estiver falando! Eu quero que saiba
que eu fico extremamente envergonhada em saber do que acabo de ver.
MARIA FERNANDA – O que você acabou de ver? Posso saber?
Ingrid
tira o testamento do bolso do blazer e mostra para Maria Fernanda.
INGRID – Eu
dei tudo do bom e do melhor pra minha filha e agora, vejam só... virou uma
bandida falsificadora de testamentos!
Maria
Fernanda se assusta.
INGRID – É
muito engraçado saber que toda a educação que você recebeu foi por água abaixo,
mas tudo o que nós não te ensinamos e fizemos questão de te manter longe acabou
tomando conta de você. Muito engraçado!
MARIA FERNANDA – Mamãe, eu tenho uma boa explicação/
INGRID – (corta) Me poupe das suas explicações, Maria Fernanda. Aliás, eu poderia
até reservar um tempo do meu dia para elas. Assim eu poderia aprender a contar
umas mentiras bem contadas. Porque é só isso que você sabe fazer, não é?
Mentir, mentir e mentir! A sua vida é feita de mentiras, Maria Fernanda. Só mentiras!
Maria
Fernanda levanta e tenta correr, mas Ingrid a pega pelos cabelos.
INGRID – Nada
disso! A senhora não sai daqui enquanto não tomar vergonha na cara de
falsificar o testamento do próprio pai!
Ingrid
joga Maria Fernanda no sofá, com bastante força. Ingrid enxuga uma lágrima.
Maria Fernanda ofegante.
FIM DO
CAPÍTULO
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