CENA
01/ HOTEL CINCO ESTRELAS/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA
Continuação imediata do capítulo anterior.
ÔNIX – Golpista?! Mais eu devia chamar
a polícia. Mandar processar o senhor. Mandar processar este hotel. - grita
histericamente.
O gerente
perde a cabeça com Ônix e diz em alto e bom som:
GERENTE – Escuta aqui, se o senhor
golpista não sair daqui imediatamente, ou serei obrigado a chamar o polícia e
manda-lo lhe prender. – ameaça.
Ônix engole
em seco. Dá meia volta e deixa o hotel.
CENA
02/ HOSPITAL/ QUARTO ALYNE/ INT./ DIA
Após ser
levado ao hospital desfalecida, Alyne já está bem melhor. Deitada, tendo ao
lado sua mãe, Rubina:
RUBINA – Que suto você me deu Alyne.
Quase morro ao te encontrar caída no chão.
ALYNE – Mas eu já estou melhor mãe. Não
foi nada demais.
RUBINA – Graças a Deus, minha filha – diz
com as mãos elevadas aos céus – Bom, agora só precisamos saber se o bebê vai
ficar bem. Com sua queda ele pode ter sido afetado.
ALYNE – Ai mãe, vira essa boca pra lá.
Meu bebê vai ficar bem, assim como eu. Além do mais eu não sinto mais nada. Foi
apenas um desmaio, nada demais.
A médica,
responsável pelo ultrassom entra em cena. Com a ajuda de um gel e uma maquina
ultrassonora, a profissional começa todo o processo. Há um longo momento de
silêncio por parte da mesma. Alyne começa a ficar preocupada e pergunta:
ALYNE – Então doutora, meu bebe vai
ficar bem?
A médica
relutante dá a notícia:
MÉDICA – Eu sinto muito, mas não há tem
batimento cardíaco.
ALYNE – Como é?! – diz arrasada.
Suspense.
ABERTURA DA NOVELA
Arrasada ao ouvir as palavras da profissional diz:
ALYNE – Não pode ser! Não pode ser. – grita desesperadamente.
MÉDICA – Eu sinto muito, mas não posso fazer nada.
ALYNE – Não! – chora desesperadamente pela perda do
bebê.
RUBINA – Calma minha filha. Tenha calma. – grita – não há
nada que pode ser feito minha filha. Você tem que se conformar.
Há uma pausa no choro da moça antes do ódio tomar
conta dela:
ALYNE – Foi ele. A culta é dele! – fala odiosamente.
RUBINA – Ele quem minha filha?
ALYNE - A culpa é dele mãe. A culpa é do Arlan! Se ele
não tivesse me deixado. Se ele não tivesse me deixado pra se casar com a outra.
RUBINA – Calma Alyne. O Arlan não tem culpa de nada. Foi
apenas um acidente.
Cheia de ódio, Alyne garante vingança contra o
rapaz.
ALYNE – O Arlan acabou comigo. Me fez de palhaça esse
tempo todo. Brincou com os meus sentimentos... Perdi meu filho por causa
daquele cretino. Mas eu juro... Ele vai pagar caro por tudo que fez. – diz a
moça cheia de ódio.
SÃO PAULO - SP
CENA 03/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA E ARLAN/
INT./ DIA
Arlan jogado na cama com o pensamento em Alyne. De
repente, ele ouve alguém bater a porta.
ARLAN – Quem é? – pergunta.
EDITH – Sou eu doutor Arlan. Edith.
ARLAN – Entra Edith, a porta ta aberta.
A empregada da mansão Scarion entra em cena e diz:
EDITH – O senhor tem visita. – declara casualmente.
ARLAN – Visita? – questiona – De quem se trata?
Edith dá de ombros.
CENA 04/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ DIA
Ônix diante de Arlan:
ARLAN – A empregada disse que tinha visitas, mas não
esperava que fosse você. Então... O que foi que aconteceu?
ÔNIX – Cara nem te conto. O papai descobriu os
superfaturamentos dos novos contratos de fornecimentos que contateis com os
fornecedores da empresa.
ARLAN – O que?! Mas como ele descobriu? – surpreso.
ÔNIX – Bem, na verdade quem descobriu tudo foi o idiota
do Ádones. Sabe? Aquele exu substituído do Egídio.
ARLAN – Sei sim.
ÔNIX – Então. Aquele animal descobriu tudo e foi
correndo contar pro papai.
ARLAN – E agora?! – diz preocupado.
ÔNIX – E agora – fala histericamente – Agora não tenho
pra onde ir. Tô na rua da amargura. O desgraçado bloqueou todos os meus
cartões.
ARLAN – Pera ai... Teu pai te expulsou de casa?
ÔNIX – Exatamente. Olha sinceramente – fala
histericamente – minha vida só pode ta assim porque não repassei aquelas
correntes do Orkut só pode ser.
ARLAN – Sim, e eu com isso Ônix?
ÔNIX – (histericamente) Oi?! Arlan... Hello... Você
está virando as costas pra mim no momento que mais preciso, é isso mesmo?
ARLAN – E o que eu posso fazer? Te colocar pra dentro
dessa casa sem ser minha?
ÔNIX – É o mínimo que você pode fazer por mim, já que
te ajudei e ensinei a como roubar a empresa do Magnus.
ARLAN – Você acha mesmo que o Magnus vai aceitar?
Nesse exato momento Magnus entra em cena e
pergunta:
MAGNUS – Aceitar o que?! – pergunta aos rapazes.
Ônix e Arlan entreolham surpresos.
CENA 05/ GRUPO KUHN/ SALA PRESIDENCIAL ORLANDO/
INT./ DIA
Orlando diante de Ádones.
ORLANDO – Ádones, meu rapaz. Você fez bem em revelar que o
meu filho, Ônix, estava me passando à perna.
ÁDONES – Não foi nada fácil contar isso pro senhor,
doutor Orlando. Eu não queria contar por medo de o senhor não acreditar em mim,
mas eu não podia deixar o Ônix continuar lhe enganando.
ORLANDO – Fez muito bem Ádones. Você foi profissional.
Tenho muita sorte de ter um rapaz como você trabalhando na empresa. Um rapaz
honesto em quem posso confiar. O garoto de ouro.
ÁDONES – Obrigado doutor Orlando. – diz orgulhoso de si.
O empresário olha seu relógio e pulso e diz:
ORLANDO – Bom, agora preciso voltar pra casa e preparar
minha bagagem.
ÁDONES – Sem querer me meter, o senhor vai viajar doutor
Orlando?
ORLANDO – Vou sim Ádones. Sou me encontrar com um velho
amigo meu no Rio de Janeiro. Já ouviu falar no Lírio Schultz?
ÁDONES – Claro que conheço. Li vários livros de
empreendimento e administração dele. É um grande empresário e escritor.
ORLANDO – Exatamente. – Ele volta a olhar o relógio e diz
– Bom, tenho que ir. Meu voo sai dentro de duas horas. Até em breve Ádones.
ÁDONES – Até e boa viagem doutor Orlando.
ORLANDO – Obrigado Ádones. Muito obrigado meu rapaz.
CENA 06/ AEROPORTO/ SALA DE EMBARQUE/ INT./ DIA
Duas horas depois Orlando embarca rumo ao Rio de
Janeiro.
HORAS DEPOIS...
RIO DE JANEIRO – RJ
CENA 07/ AEROPORTO/ SALA DE DESEMBARQUE/ INT./
TARDE
Orlando desembarca no Rio de Janeiro e segue para a
mansão Schultz em um taxi.
CENA 08/ CASA RUBINA/ SALA/ INT./ NOITE
Transtornada, Alyne promete se vingar de Arlan.
Alyne diante da mãe.
ALYNE – A culpa foi dele. A culpa foi toda dele por eu
ter perdido o meu filho. Mas o Arlan me paga. Eu vou acabar com a vida dele.
Ele vai se arrepender de ter nascido.
RUBINA – Alyne minha filha, o Arlan não tem culpa de
nada/
Antes que Rubina terminasse a frase, Alyne grita a
mãe e diz:
ALYNE – Cala a boca! A culpa foi dele e ponto final. –
há um ranger de dentes da parte da moça antes dela continuar - Mas eu vou dar
uma lição nesse desgraçado pra ele nunca mais esquecer. Vou esmagar com todo
amor a cabeça dele. – declara em alto e bom som.
CENA
09/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ TARDE
Magnos
diante de Arlan e Ônix.
MAGNUS – Aceitar o que? – pergunta.
ÔNIX – Magnus!
MAGNUS – Ônix!
Ambos se
cumprimentam com um forte aperto de mão. O empresário
toma a palavra:
MAGNUS – Arlan meu rapaz, porque não disse
que estava com visitas?
ARLAN – Eu nem sabia que o Ônix viria.
Fui pego praticamente de supressa.
Há um
momento de silêncio entre ambos. Magnus toma a palavra:
MAGNUS – Então do que conversavam?
ARLAN – Bem nós falávamos sobre/
Ônix
interrompe Arlan e diz:
ÔNIX – Eu falava justamente com o Arlan
que estou muito preocupado por não ter lugar pra onde ir.
MAGNUS – Como assim, você não tem pra
onde ir? Aconteceu alguma coisa?
ÔNIX – Aconteceu sim doutor Magnus – se
fazendo de coitadinho – Eu e o meu pai tivemos um terrível desentendimento e
ele acabou me expulsando de casa.
Surpreso ao
ouvir aquilo, o empresário diz:
MAGNUS – Mais que absurdo meu Deus do
céu! O que foi que aconteceu pro Orlando tomar tal decisão? Você fez algo de
errado Ônix?
Ônix mente
e diz:
ÔNIX – Eu não fiz nada. O senhor me
conhece muito bem, sabe que sou um homem de princípios e de fé.
MAGNUS – É verdade. Apesar do pouco tempo
que te conheço sei que você é um rapaz de princípios, mas eu não entendo o que
aconteceu entre vocês pra ele tomar essa decisão? Quem já se viu uma coisa
dessas, expulsar o próprio filho de casa...
ÔNIX – Pelo amor da santa doutor
Magnus, não comente nada com o papai. Tenho certeza que em breve ele voltará
atrás quanto a isso.
MAGNUS – Assim espero. Mas enquanto isso
você passara a morar aqui.
Arlan toma
um susto ao ouvir aquilo e diz:
ARLAN – Como é?!
MAGNUS – Algum problema Arlan?
ARLAN – Não. Nenhum.
ÔNIX – Muito agradecido doutor Magnus,
mas eu não posso ficar aqui/
MAGNUS – Eu faço questão, Ônix.
ÔNIX – Bom, já que insiste. Eu fico.
CENA
10/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA E ARLAN/ INT./ NOITE
Aléxya
irritada diante de Arlan.
ALÉXYA – Eu não me conforme que o papai
tenha deixado o Ônix se hospedar aqui em casa. Nunca fui com a cara dele.
Arlan diz:
ARLAN – Olha por mim ele dormiria
debaixo da ponte, mas o seu pai insistiu pra ele ficar. E o pior, por um tempo
indeterminado.
ALÉXYA - Papai e seu bom coração. Olha,
eu não sei de onde o papai criou esse vinculo de amizade com o Ônix.
ARLAN – Esqueceu que o seu pai e o pai
do Ônix, o doutor Orlando são sócios?
ALÉXYA – Há é verdade. Tinha até
esquecido isso.
Há um
rápido momento de silêncio antes de Aléxya perguntar ao marido:
ALÉXYA – Arlan...
ARLAN – Fala.
ALÉXYA – Você ainda não me disse o porquê
do doutor Orlando ter expulso o Ônix de casa. O que ele fez de tão grave?
ARLAN – O Ônix não me disse – mente –
Mas afinal de contas, isso não nos interessa não é verdade?
O rapaz
puxa a moça para junto de si e a beija apaixonadamente.
ARLAN – Te amo... Alyne.
De
imediato, Aléxya interrompe o beijo e diz:
ALÉXYA – Alyne?! Você me chamou de Alyne?
Arlan tenta
inverter a situação e diz:
ARLAN – Alyne? Não meu amor eu não te
chamei de Alyne. Você ouviu mal. – mente.
Alyne não
engole na mentirada de Arlan e coloca o rapaz contra a parede:
ALÉXYA – Claro que chamou. Eu ouvi muito
bem. E essa não é a primeira vez. Agora você vai me falar. Quem é essa tal de
Alyne?
Suspense.
RIO
DE JANEIRO - RJ
CENA
11/ CASA RUBINA/ SALA/ INT./ NOITE
Alyne
impaciente de um lado para outro.
ALYNE – Eu vou acabar com o Arlan. –
exaltada.
RUBINA – Minha filha o Arlan não tem
culpa de você ter perdido o bebê.
ALYNE – (alterada) Claro que tem mãe. O
Arlan é culpado de tudo de ruim que está acontecendo na minha vida. Mas eu
juro, ele vai pagar cara por tudo. Eu vou acabar com ele e com o casamento
dele.
RUBINA – Alyne o que você está pensando
em fazer com o Arlan.
Alyne
continua a pensar alto e diz:
ALYNE – Eu só preciso descobrir o
endereço dele. E já sei quem pode me ajudar com isso. – diz antes de deixar o
local.
RUBINA – Alyne pra onde você pensa que
vai.
Rubina sai
atrás da filha.
CENA
12/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA/ INT./ NOITE
Orlando
diante de Lírio.
LÍRIO – Orlando quanto tempo meu velho e
bom amigo.
ORLANDO – Lírio! – ambos se abraçam –
Quanto tempo. Já faz dez anos.
De repente,
sem mais nem menos, Alyne entra em cena como um furacão. Diante de Lírio a moça
não perde tempo e diz:
ALYNE – Mister Schultz eu preciso falar
com o senhor urgente!
Suspense.
FIM DO CAPÍTULO
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