segunda-feira, 6 de junho de 2016

Capítulo 20: AMOR BANDIDO

CENA 01/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA/ INT./ NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior. Alyne diante de Orlando e Lígio.
ORLANDO – E essa linda moça de quem se trata? – pergunta à Lírio.
Educada, Alyne apresenta-se a Orlando.
ALYNE – Alyne Sax. – diz estendendo a mão para o empresário que se encantou a primeira vista pela moça.
ORLANDO – Linda você Alyne Sax. Me chamo Orlando Kuhn é um prazer.
ALYNE – Obrigada e muito prazer em conhecer o senhor doutor Orlando.
ORLANDO – Prazer é todo meu Alyne.
A moça se vira para Lírio e diz:
ALYNE – Eu sinto muito ter interrompido a conversa dos senhores, mas é que eu preciso urgente de sua ajuda Mister Schultz! É muito importante.
LÍRIO – Ajuda? Mas o que foi que aconteceu? Em que posso ajudar?
ALYNE – Lembra-se do Arlan? Aquele rapaz que teve alguns meses atrás aqui com aquele empresário, o tal de Magnus Scarion?
LÍRIO – Claro que lembro do Arlan.
ALYNE – Então, eu preciso que o senhor me passe o endereço em que possa encontra-lo.
LÍRIO – Sinto muito Alyne, mas eu não tenho o endereço dele.
Alyne fica desapontada ao ouvir aquilo.
Orlando toma a palavra e diz:
ORLANDO – Acho que posso ajudar você mocinha. – diz acompanhado de um sorriso.
ALYNE – Pode?
ORLANDO – Claro. Eu conheço o Magnus Scarion e o genro dele o Arlan Berganttini, como também sei onde eles moram. Posso levar você até lá.
ALYNE – É sério isso?! O senhor me levaria até lá?
ORLANDO – Claro, sem nenhum problema. – diz o empresário sorridente.

CENA 02/ CASA RUBINA/ QUARTO ALYNE/ INT./ NOITE
Alyne diante da mãe:
ALYNE – Está tudo certo. Eu já combinei tudo com o doutor Orlando. Agente viaja amanhã de manhã pra São Paulo. Ele vai me ajudar a encontrar o Arlan.
RUBINA – Você ficou maluca Alyne? Quem já se viu uma coisa dessas.
ALYNE – Mamãe, ele prometeu que iria me ajudar a encontrar o Arlan. Essa é a única chance de poder mim vigar daquele desgraçado.
RUBINA – Alyne, o que você pretende fazer com o Arlan? Não vai fazer nenhuma besteira.

CENA 03/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA/ INT./ NOITE
Lírio diante de Orlando:
ORLANDO – Lírio, quem era mesmo aquela moça que teve aqui minutos atrás procurando ajuda?
LÍRIO – Alyne. Ela é filha da Rubina, minha empregada, por quê?
ORLANDO – Alyne. Muito linda ela.
LÍRIO – Pra uma filha de uma simples empregada ela é realmente muito linda. Não vai me dizer que você se interessou por ela?
ORLANDO – Fiquei encantado não só pela beleza física dela, mas também pela personalidade forte dela.
LÍRIO – Orlando, sei que não gosta de tocar nesse assunto, mas, não foi você mesmo que disse após a morte da sua mulher, a Samantha, que não se relacionaria com mais ninguém?
ORLANDO – Lírio, eu fui muito feliz ao lado da Samantha. Ela foi a mulher da minha vida. Vivi ao lado dela, momentos inesquecíveis que guardo comigo até hoje. Foi um amor intenso entre nós dois. Éramos tão jovens. Tão felizes, mas de repente aquele terrível acidente tira a vida dela e leva o meu bem tão precioso. Prometi a mim mesmo que jamais me relacionaria com mulher alguma após a Samantha. Mas pensando bem, eu não estou morto. Preciso aproveitar os restos de vida que me resta e quem sabe agora com a Alyne.
LÍRIO – Orlando, até entendo isso tudo, mas você acabou de conhecê-la não faz nem uma hora e já está fazendo planos futuros pra vocês dois. Não sabe nem se ela irá se interessar por você. Não sabe nem se ela... sei lá, se ela curte caras mais experientes pra não dizer mais velhos. Pensa nisso meu amigo.
Orlando foca o nada com uma expressão pensativa.

SÃO PAULO - SP
CENA 04/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA E ARLAN/ INT./ NOITE
Durante um beijo, Arlan chamou Aléxya de Alyne e deixou a moça com a pulga atrás da orelha. Irritada pelo marido ter trocado de nome, a filha de Magnus coloca o rapaz contra a parede:
ALÉXYA – Fala Arlan, quem é essa Alyne? – grita.
ARLAN – Aléxya, eu não sei do que você está falando.
ALÉXYA – Arlan não seja tão ingênuo e hipócrita. Sabe perfeitamente do que estou falando. Você me chamou de Alyne enquanto me beijava. – argumenta aos gritos – Quem é essa Alyne? É alguma amante sua?
Arlan se irrita e diz:
ARLAN – Escuta aqui Aléxya – grita – eu não vou ficar aqui ouvindo desaforo seu não. – diz o rapaz antes de deixar a suíte.
Irritada, Aléxya derruba tudo o que vê pela frente.

ABERTURA DA NOVELA

CENA 05/ FLAT ÁDONES/ SALA/ INT./ NOITE
Após longo dia de trabalho, Ádones volta para seu flat e o encontra totalmente destruído.
ÁDONES – (apoplético) Mas o que foi que aconteceu aqui? – diz sem acreditar diante da cena que vê.
De repente Ônix entra triunfante na sala e diz:
ÔNIX – Espero que tenha gostado da nova decoração do seu flat. Eu mesmo que fiz. – diz acompanhado de um sorriso cínico.
ÁDONES – Ônix... – boquiaberto.
ÔNIX – Ao vivo e em cores.
ÁDONES – Eu não acredito que você veio até o meu flat e fez isso tudo. Olha só o que você fez. Quebrou tudo.
ÔNIX – Vai me dizer que não gostou Ádones? Pensei que ficaria feliz com sua nova decoração. Eu particularmente adorei.
ÁDONES – Porque você fez isso cara? – arrasado.
ÔNIX – Não vai me dizer que você já se esqueceu o que você fez? – grita histericamente.
ÁDONES – A história dos contratos superfaturados.
ÔNIX – Exatamente. Por que você teve que contar pro meu pai sobre eles? – pergunta irritado.
ÁDONES – Eu não poderia ficar calando enquanto assistia de camarote o próprio filho roubando o próprio pai.
ÔNIX – Ádones me responda uma coisa, o que você ganha tentando ser bonzinho? O que você ganha fazendo o bem?
Há um momento de silêncio antes do vilão continuar:
ÔNIX – Nada! – grita – Nada! Você não ganha absolutamente nada sendo bonzinho. Pelo contrário, você só tem a perder. Já parou pra pensar que todo mundo que é ou pelo menos tentar ser bom acaba se ferrando? Olha pra você agora, você é um exemplo disso. Tentou fazer o bem contando ao meu pai sobre os contratos superfaturados e acabou se dando mal. Olha a situação do teu flat.
Ádones se irrita com Ônix e exige:
ÁDONES – Dá o fora daqui. – grita – Dá o fora daqui antes que resolva chamar a polícia.
Triunfante, com a cabeça erguida, e um sorriso estampado no rosto, Ônix deixa o local. Ádones, diante do desastre começa a chorar.

RIO DE JANEIRO - RJ
CENA 06/ CASA RUBINA/ QUARTO ALYNE/ INT./ NOITE
Alyne a preparar suas malas. Rubina ao lado da filha:
RUBINA – Alyne eu não acredito que você vai realmente a São Paulo para se vingar do Arlan.
ALYNE – Vou sim mãe. E a senhora e nem ninguém não vai me impedir. O Arlan precisa aprender uma lição. E eu vou ensinar direitinho a ele que toda ação gera uma reação. – diz acompanhado de ranger de dentes.
RUBINA – Alyne, deixa disso. O que foi que aconteceu com você minha filha. Você não é assim? Que ódio inominável é esse que você sente pelo Arlan?
Alyne tenta argumentar com a mãe:
ALYNE – Mãe você acha pouco o que o Arlan fez? Ele brincou comigo. Brincou com os meus sentimos. Me abandou dias antes do nosso casamento pra se casar com outra. Você não ver isso? Eu preciso me vingar dele. Preciso acabar com a vida dele. Tornar a vida dele um inferno.
RUBINA – Alyne, pensa bem no que você vai fazer, minha filha. Isso pode trazer graves consequências pra você.
ALYNE – Eu estou pouco me lixando pra isso. Quero mesmo é acabar com o Arlan. E eu não vou mudar de ideia.

NO DIA SEGUINTE...
CENA 07/ AEROPORTO/ SALA DE EMBARQUE/ INT./ DIA
Alyne embarca juntamente com Orlando rumo a São Paulo.
CENA 08/ MANSÃO KUHN/ SALA/ INT./ DIA
Alyne e Orlando chegam a São Paulo.
ORLANDO – Chegamos!
ALYNE – Graças a Deus. – ela dá uma pausa ao entrar na sala da mansão e fica encantada – Nossa... – boquiaberta – que mansão doutor Orlando. Parece um castelo essa sua casa.
ORLANDO – Gostou?
A filha de Rubina acena que sim e diz:
ALYNE – Agora eu faço como aquele rapaz da novela da tarde, Choquei!
Orlando sorrir. Alyne a admirar a mansão. De repente Simone, a empregada, entra em cena.
SIMONE – Já voltou de viagem doutor Orlando.
ORLANDO – Já sim Simone e trouxe companhia.
Educadamente, Alyne apresentasse a Simone.
ALYNE – Muito prazer. Me chamo Alyne.
SIMONE – Muito prazer dona Alyne. Sou Simone.
ORLANDO – A Simone, Alyne, é minha empregada. Trabalha comigo há anos.
ALYNE – Hm...
ORLANDO – Venha comigo Alyne. Vou acompanha-la até sua suíte.

CENA 09/ MANSÃO KUHN/ SUÍTE DE HOSPEDE/ INT./ DIA
Orlando diante de Alyne.
ORLANDO – Bem... É aqui.
ALYNE – (boquiaberta com a suíte) Gente, mas isso não é um quarto de hospedes. Só luxo.
ORLANDO – Bom. Acredito que tenha gostado.
ALYNE – Adorei.
ORLANDO – Bom... Já que conhece o seu quarto já pode desfazer as malas. Logo depois desça até a cozinha, mandei a Simone preparar um café da manhã delicioso.
ALYNE – Certo, doutor Orlando. Muito obrigada, não sei nem como agradecer ao senhor.
ORLANDO – Não precisa me agradecer mocinha. – diz antes de deixar o local.
CENA 10/ MANSÃO SCARION/ SALA DE JANTA/ INT./ DIA
Magnus, Máxima, Aléxya, Arlan e Ônix reunidos à mesa para o café da manhã.
MAGNUS – Dormiu bem Ônix? – pergunta o empresário.
ÔNIX – Maravilhosamente bem doutor Magnus. Obrigado por perguntar.
MÁXIMA – Acho bonito da sua parte Magnus em acolher o Ônix aqui em casa no momento mais difícil de sua vida. – ela inclina-se para o filho de Orlando e diz – Sabe Ônix, sinceramente, eu não sei o que aconteceu com seu pai pra ele te expulsar sem mais nem mesmo de casa. Você me parece ser um bom rapaz.
ÔNIX – E sou dona Máxima. – mente – Acontece que o papai anda muito estressado com alguns probleminhas com o Grupo Kuhn e... Enfim... Eu e ele acabamos tendo uma discursão horrorosa e ele decidiu me expulsar de casa. Mas, por favor, não comentem nada com ele. Muito menos digam que estou morando aqui.
MAGNUS – Não se preocupe meu rapaz. Seu pai não ficará sabendo que está alojado aqui em casa. Fique tranquilo. – garante.
Máxima deixa a mesa e Magnus diz:
MAGNUS – Vai sair Máxima? – pergunta à mulher.
MÁXIMA – Vou sim Magnus, por quê? Algum problema?
MAGNUS – Ultimamente você tem saído com bastante frequência. Não tem parado em casa um segundo. Por onde você tem andado Máxima?
MÁXIMA – Isso é problema meu. – diz antes de deixar o local.
Nesse momento Arlan toma a palavra:
ARLAN – Também estou de saída. – diz deixando a mesa.
ALÉXYA - Não vai nem tomar café meu amor? – pergunta.
ARLAN – Não. Estou sem tempo, Aléxya. Tenho uma reunião importantíssima logo cedo. – olha o relógio de pulso – Já estou atrasado. – e dá um beijo na moça. – Beijo.
ALÉXYA – Beijo meu lindo.
MAGNUS – Eu vou com você Arlan. Lembre-se que serei eu quem irá liderar a reunião.
ARLAN – Bom, então vamos não é, Magnus? Já estamos atrasados. Não podemos deixar os sócios da empresa esperando.
MAGNUS – Está coberto de razão. Vamos. Vamos. - deixa a mesa.
Magnus e Arlan deixam o local e só sobram Aléxya e Ônix.
Ônix toma a palavra:
ÔNIX – É... Sobramos. – diz o golpista acompanhado de um sorriso sedutor.
Aléxya retruca:
ALÉXYA – Por pouco tempo. – diz deixando a mesa.
Ônix faz o mesmo:
ÔNIX – Também vai sair? – pergunta.
ALÉXYA – E isso te interessa? – diz irritada.
Ônix puxa Aléxya para junto de si e diz:
ÔNIX – E se eu responder que sim. O que vai fazer.
E logo em seguida, Ônix taca um beijaço na moça.
A imagem congela em Aléxya e Ônix.

FIM DO CAPÍTULO


Nenhum comentário:

Postar um comentário