CENA
01/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA/ INT./ NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior. Alyne
diante de Orlando e Lígio.
ORLANDO – E essa linda moça de quem se
trata? – pergunta à Lírio.
ALYNE – Alyne Sax. – diz estendendo a
mão para o empresário que se encantou a primeira vista pela moça.
ORLANDO – Linda você Alyne Sax. Me chamo
Orlando Kuhn é um prazer.
ALYNE – Obrigada e muito prazer em
conhecer o senhor doutor Orlando.
ORLANDO – Prazer é todo meu Alyne.
A moça se
vira para Lírio e diz:
ALYNE – Eu sinto muito ter interrompido
a conversa dos senhores, mas é que eu preciso urgente de sua ajuda Mister
Schultz! É muito importante.
LÍRIO – Ajuda? Mas o que foi que
aconteceu? Em que posso ajudar?
ALYNE – Lembra-se do Arlan? Aquele rapaz
que teve alguns meses atrás aqui com aquele empresário, o tal de Magnus
Scarion?
LÍRIO – Claro que lembro do Arlan.
ALYNE – Então, eu preciso que o senhor
me passe o endereço em que possa encontra-lo.
LÍRIO – Sinto muito Alyne, mas eu não
tenho o endereço dele.
Alyne fica
desapontada ao ouvir aquilo.
Orlando
toma a palavra e diz:
ORLANDO – Acho que posso ajudar você
mocinha. – diz acompanhado de um sorriso.
ALYNE – Pode?
ORLANDO – Claro. Eu conheço o Magnus
Scarion e o genro dele o Arlan Berganttini, como também sei onde eles moram.
Posso levar você até lá.
ALYNE – É sério isso?! O senhor me
levaria até lá?
ORLANDO – Claro, sem nenhum problema. –
diz o empresário sorridente.
CENA
02/ CASA RUBINA/ QUARTO ALYNE/ INT./ NOITE
Alyne
diante da mãe:
ALYNE – Está tudo certo. Eu já combinei
tudo com o doutor Orlando. Agente viaja amanhã de manhã pra São Paulo. Ele vai
me ajudar a encontrar o Arlan.
RUBINA – Você ficou maluca Alyne? Quem já
se viu uma coisa dessas.
ALYNE – Mamãe, ele prometeu que iria me
ajudar a encontrar o Arlan. Essa é a única chance de poder mim vigar daquele
desgraçado.
RUBINA – Alyne, o que você pretende fazer
com o Arlan? Não vai fazer nenhuma besteira.
CENA
03/ MANSÃO SCHULTZ/ SALA/ INT./ NOITE
Lírio
diante de Orlando:
ORLANDO – Lírio, quem era mesmo aquela
moça que teve aqui minutos atrás procurando ajuda?
LÍRIO – Alyne. Ela é filha da Rubina,
minha empregada, por quê?
ORLANDO – Alyne. Muito linda ela.
LÍRIO – Pra uma filha de uma simples
empregada ela é realmente muito linda. Não vai me dizer que você se interessou
por ela?
ORLANDO – Fiquei encantado não só pela
beleza física dela, mas também pela personalidade forte dela.
LÍRIO – Orlando, sei que não gosta de
tocar nesse assunto, mas, não foi você mesmo que disse após a morte da sua
mulher, a Samantha, que não se relacionaria com mais ninguém?
ORLANDO – Lírio, eu fui muito feliz ao
lado da Samantha. Ela foi a mulher da minha vida. Vivi ao lado dela, momentos
inesquecíveis que guardo comigo até hoje. Foi um amor intenso entre nós dois.
Éramos tão jovens. Tão felizes, mas de repente aquele terrível acidente tira a
vida dela e leva o meu bem tão precioso. Prometi a mim mesmo que jamais me
relacionaria com mulher alguma após a Samantha. Mas pensando bem, eu não estou
morto. Preciso aproveitar os restos de vida que me resta e quem sabe agora com
a Alyne.
LÍRIO – Orlando, até entendo isso tudo,
mas você acabou de conhecê-la não faz nem uma hora e já está fazendo planos
futuros pra vocês dois. Não sabe nem se ela irá se interessar por você. Não
sabe nem se ela... sei lá, se ela curte caras mais experientes pra não dizer
mais velhos. Pensa nisso meu amigo.
Orlando
foca o nada com uma expressão pensativa.
SÃO
PAULO - SP
CENA
04/ MANSÃO SCARION/ SUÍTE ALÉXYA E ARLAN/ INT./ NOITE
Durante um
beijo, Arlan chamou Aléxya de Alyne e deixou a moça com a pulga atrás da
orelha. Irritada pelo marido ter trocado de nome, a filha de Magnus coloca o
rapaz contra a parede:
ALÉXYA – Fala Arlan, quem é essa Alyne? –
grita.
ARLAN – Aléxya, eu não sei do que você
está falando.
ALÉXYA – Arlan não seja tão ingênuo e
hipócrita. Sabe perfeitamente do que estou falando. Você me chamou de Alyne
enquanto me beijava. – argumenta aos gritos – Quem é essa Alyne? É alguma
amante sua?
Arlan se
irrita e diz:
ARLAN – Escuta aqui Aléxya – grita – eu
não vou ficar aqui ouvindo desaforo seu não. – diz o rapaz antes de deixar a
suíte.
Irritada,
Aléxya derruba tudo o que vê pela frente.
ABERTURA DA NOVELA
CENA
05/ FLAT ÁDONES/ SALA/ INT./ NOITE
Após longo
dia de trabalho, Ádones volta para seu flat e o encontra totalmente destruído.
ÁDONES – (apoplético) Mas o que foi que
aconteceu aqui? – diz sem acreditar diante da cena que vê.
De repente
Ônix entra triunfante na sala e diz:
ÔNIX – Espero que tenha gostado da nova
decoração do seu flat. Eu mesmo que fiz. – diz acompanhado de um sorriso
cínico.
ÁDONES – Ônix... – boquiaberto.
ÔNIX – Ao vivo e em cores.
ÁDONES – Eu não acredito que você veio
até o meu flat e fez isso tudo. Olha só o que você fez. Quebrou tudo.
ÔNIX – Vai me dizer que não gostou
Ádones? Pensei que ficaria feliz com sua nova decoração. Eu particularmente
adorei.
ÁDONES – Porque você fez isso cara? –
arrasado.
ÔNIX – Não vai me dizer que você já se
esqueceu o que você fez? – grita histericamente.
ÁDONES – A história dos contratos
superfaturados.
ÔNIX – Exatamente. Por que você teve
que contar pro meu pai sobre eles? – pergunta irritado.
ÁDONES – Eu não poderia ficar calando
enquanto assistia de camarote o próprio filho roubando o próprio pai.
ÔNIX – Ádones me responda uma coisa, o
que você ganha tentando ser bonzinho? O que você ganha fazendo o bem?
Há um
momento de silêncio antes do vilão continuar:
ÔNIX – Nada! – grita – Nada! Você não
ganha absolutamente nada sendo bonzinho. Pelo contrário, você só tem a perder.
Já parou pra pensar que todo mundo que é ou pelo menos tentar ser bom acaba se
ferrando? Olha pra você agora, você é um exemplo disso. Tentou fazer o bem
contando ao meu pai sobre os contratos superfaturados e acabou se dando mal.
Olha a situação do teu flat.
Ádones se
irrita com Ônix e exige:
ÁDONES – Dá o fora daqui. – grita – Dá o
fora daqui antes que resolva chamar a polícia.
Triunfante,
com a cabeça erguida, e um sorriso estampado no rosto, Ônix deixa o local.
Ádones, diante do desastre começa a chorar.
RIO
DE JANEIRO - RJ
CENA
06/ CASA RUBINA/ QUARTO ALYNE/ INT./ NOITE
Alyne a
preparar suas malas. Rubina ao lado da filha:
RUBINA – Alyne eu não acredito que você
vai realmente a São Paulo para se vingar do Arlan.
ALYNE – Vou sim mãe. E a senhora e nem
ninguém não vai me impedir. O Arlan precisa aprender uma lição. E eu vou
ensinar direitinho a ele que toda ação gera uma reação. – diz acompanhado de
ranger de dentes.
RUBINA – Alyne, deixa disso. O que foi
que aconteceu com você minha filha. Você não é assim? Que ódio inominável é
esse que você sente pelo Arlan?
Alyne tenta
argumentar com a mãe:
ALYNE – Mãe você acha pouco o que o
Arlan fez? Ele brincou comigo. Brincou com os meus sentimos. Me abandou dias
antes do nosso casamento pra se casar com outra. Você não ver isso? Eu preciso
me vingar dele. Preciso acabar com a vida dele. Tornar a vida dele um inferno.
RUBINA – Alyne, pensa bem no que você vai
fazer, minha filha. Isso pode trazer graves consequências pra você.
ALYNE – Eu estou pouco me lixando pra
isso. Quero mesmo é acabar com o Arlan. E eu não vou mudar de ideia.
NO
DIA SEGUINTE...
CENA
07/ AEROPORTO/ SALA DE EMBARQUE/ INT./ DIA
Alyne
embarca juntamente com Orlando rumo a São Paulo.
CENA
08/ MANSÃO KUHN/ SALA/ INT./ DIA
Alyne e
Orlando chegam a São Paulo.
ORLANDO – Chegamos!
ALYNE – Graças a Deus. – ela dá uma
pausa ao entrar na sala da mansão e fica encantada – Nossa... – boquiaberta –
que mansão doutor Orlando. Parece um castelo essa sua casa.
ORLANDO – Gostou?
A filha de
Rubina acena que sim e diz:
ALYNE – Agora eu faço como aquele rapaz
da novela da tarde, Choquei!
Orlando
sorrir. Alyne a admirar a mansão. De repente Simone, a empregada, entra em
cena.
SIMONE – Já voltou de viagem doutor
Orlando.
ORLANDO – Já sim Simone e trouxe
companhia.
Educadamente,
Alyne apresentasse a Simone.
ALYNE – Muito prazer. Me chamo Alyne.
SIMONE – Muito prazer dona Alyne. Sou
Simone.
ORLANDO – A Simone, Alyne, é minha
empregada. Trabalha comigo há anos.
ALYNE – Hm...
ORLANDO – Venha comigo Alyne. Vou
acompanha-la até sua suíte.
CENA
09/ MANSÃO KUHN/ SUÍTE DE HOSPEDE/ INT./ DIA
Orlando
diante de Alyne.
ORLANDO – Bem... É aqui.
ALYNE – (boquiaberta com a suíte) Gente,
mas isso não é um quarto de hospedes. Só luxo.
ORLANDO – Bom. Acredito que tenha gostado.
ALYNE – Adorei.
ORLANDO – Bom... Já que conhece o seu
quarto já pode desfazer as malas. Logo depois desça até a cozinha, mandei a
Simone preparar um café da manhã delicioso.
ALYNE – Certo, doutor Orlando. Muito
obrigada, não sei nem como agradecer ao senhor.
ORLANDO – Não precisa me agradecer
mocinha. – diz antes de deixar o local.
CENA
10/ MANSÃO SCARION/ SALA DE JANTA/ INT./ DIA
Magnus,
Máxima, Aléxya, Arlan e Ônix reunidos à mesa para o café da manhã.
MAGNUS – Dormiu bem Ônix? – pergunta o
empresário.
ÔNIX – Maravilhosamente bem doutor
Magnus. Obrigado por perguntar.
MÁXIMA – Acho bonito da sua parte Magnus
em acolher o Ônix aqui em casa no momento mais difícil de sua vida. – ela
inclina-se para o filho de Orlando e diz – Sabe Ônix, sinceramente, eu não sei
o que aconteceu com seu pai pra ele te expulsar sem mais nem mesmo de casa.
Você me parece ser um bom rapaz.
ÔNIX – E sou dona Máxima. – mente –
Acontece que o papai anda muito estressado com alguns probleminhas com o Grupo
Kuhn e... Enfim... Eu e ele acabamos tendo uma discursão horrorosa e ele
decidiu me expulsar de casa. Mas, por favor, não comentem nada com ele. Muito
menos digam que estou morando aqui.
MAGNUS – Não se preocupe meu rapaz. Seu
pai não ficará sabendo que está alojado aqui em casa. Fique tranquilo. –
garante.
Máxima
deixa a mesa e Magnus diz:
MAGNUS – Vai sair Máxima? – pergunta à
mulher.
MÁXIMA – Vou sim Magnus, por quê? Algum
problema?
MAGNUS – Ultimamente você tem saído com
bastante frequência. Não tem parado em casa um segundo. Por onde você tem
andado Máxima?
MÁXIMA – Isso é problema meu. – diz antes
de deixar o local.
Nesse
momento Arlan toma a palavra:
ARLAN – Também estou de saída. – diz
deixando a mesa.
ALÉXYA - Não vai nem tomar café meu amor?
– pergunta.
ARLAN – Não. Estou sem tempo, Aléxya.
Tenho uma reunião importantíssima logo cedo. – olha o relógio de pulso – Já
estou atrasado. – e dá um beijo na moça. – Beijo.
ALÉXYA – Beijo meu lindo.
MAGNUS – Eu vou com você Arlan. Lembre-se
que serei eu quem irá liderar a reunião.
ARLAN – Bom, então vamos não é, Magnus?
Já estamos atrasados. Não podemos deixar os sócios da empresa esperando.
MAGNUS – Está coberto de razão. Vamos.
Vamos. - deixa a mesa.
Magnus e
Arlan deixam o local e só sobram Aléxya e Ônix.
Ônix toma a
palavra:
ÔNIX – É... Sobramos. – diz o golpista
acompanhado de um sorriso sedutor.
Aléxya
retruca:
ALÉXYA – Por pouco tempo. – diz deixando
a mesa.
Ônix faz o
mesmo:
ÔNIX – Também vai sair? – pergunta.
ALÉXYA – E isso te interessa? – diz
irritada.
Ônix puxa
Aléxya para junto de si e diz:
ÔNIX – E se eu responder que sim. O que
vai fazer.
E logo em
seguida, Ônix taca um beijaço na moça.
A imagem congela em Aléxya e Ônix.
FIM DO CAPÍTULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário