CENA
01/ MANSÃO KUHN/ SALA DE JANTA/ INT./ DIA
Alyne e
Orlando sentados à mesa tomando o café. Alyne puxa assunto com o empresário:
ALYNE – Sabe doutor Orlando, eu ainda
não vi sua mulher por aqui. Ela está viajando?
Orlando
sorrir e diz:
ORLANDO – Eu não tenho mulher Alyne. Sou
viúvo.
ALYNE – Sério?! – surpresa.
ORLANDO – Verdade. Minha mulher morreu há
mais de trinta anos.
ALYNE – E como ela se chamava?
ORLANDO – Samantha.
ALYNE – Eu sinto muito pela Samantha,
doutor Orlando. Mas o senhor mora sozinho nessa mansão enorme?
ORLANDO – Bom, não... Eu tenho meu filho –
ele se corrige - Eu tinha, na verdade, meu filho Ônix.
ALYNE – E ele também morreu? – pergunta.
ORLANDO – Melhor se tivesse morrido. –
declara friamente.
ALYNE – Aconteceu alguma coisa entre
vocês dois? – pergunta.
ORLANDO – Nos desentendemos. – diz
relutante.
ALYNE – Se desentenderam, mas por quê?
ORLANDO – O Ônix andou aprontando coisas
terríveis. Ele... Como eu posso dizer... Ele andou fazendo coisas contra a lei.
Em decorrência disso eu acabei expulsando-o de casa.
ALYNE – Nossa! – surpresa - O senhor
expulsou seu próprio filho de casa?! O que o Ônix fez de tão terrível pro
senhor tomar essa atitude?
ORLANDO – Alyne, um dia quem sabe, eu te
conto tudo. – olha o relógio e diz – Bom, agora tenho que ir. Preciso ir
trabalhar. Tudo bem pra você ficar em casa sozinha?
ALYNE – Sem problemas, doutor Orlando.
Não se preocupe comigo. Estarei bem aqui. Além do mais tenho a empregada pra
fazer companhia. Aliás, como é mesmo o nome dela?
ORLANDO – Simone.
ALYNE – Isso. Simone. Não se preocupe.
Tenho a Simone como companhia.
ORLANDO – Ótimo então. – diz antes de
deixar o local.
CENA 02/ MANSÃO SCARION/ SALA DE
JANTA/ INT./ DIA
Sozinhos em
casa, Ônix aproveitou para roubar um beijo da mulher do seu melhor amigo.
ALÉXYA – Me larga! – grita Aléxya se
soltando dos braços de Ônix – Me larga!
ÔNIX – Vai dizer que não gostou do meu
beijo?
ALÉXYA – (irritada) O que passou na tua
cabeça pra sair me beijando. Ficou maluco por acaso. Imagina se alguém nos
pega. Imagina se o Arlan me pega beijando você.
ÔNIX – Sem problemas. Agente sobe pro
quarto, fecha a porta. Prometo que ninguém vai vê. – diz sarcasticamente.
ALÉXYA – Maluco! – diz Aléxya (indignada)
antes de deixar o local.
CENA
03/ UNIVERSIDADE/ PÁTIO/ EXT./ DIA
Aléxya e
Samya caminham no pátio da universidade.
SAMYA – (boquiaberta) Eu não acredito
que o Ônix teve o atrevimento de beijar a mulher do melhor amigo.
ALÉXYA – É menina. Nem mesmo eu estou
acreditando. Pode isso. Ele me deixou sem mais nem menos.
SAMYA – Será que alguém viu vocês? –
pergunta.
ALÉXYA – Graças a Deus não. Todo mundo
tinha saído de casa.
SAMYA – Ainda bem. Mas, você ainda não
me disse, Aléxya.
Aléxya dá
de ombros e diz:
ALÉXYA – O que?
SAMYA – Você gostou do beijo?
ALÉXYA – Samya! Esqueceu que sou casada?
SAMYA – E desde quando isso é motivo pra
não gostar do beijo de outro homem além do marido? Vai amiga, diz logo, me mata
essa curiosidade. Please. Please.
ALÉXYA – Tá... Tudo bem. Eu gostei sim. O
Ônix até que beija bem. Fora a pegada dele que é super gostosa.
SAMYA – Hm...
Ele também tem pegada?
A filha de
Magnus acena que sim.
SAMYA – Hmmm... Adoro homem com pegada.
Acho que deve ser por isso que ele tem a tal fama de pegado.
ALÉXYA – Eu acredito que sim. – diz com o
pensamento no beijo de Ônix.
CENA
04/ UNIVERSIDADE/ SALA VAZIA/ INT./ DIA
Pollo e Ivo
aos beijos:
POLLO – Então meu amor, preparado para o
show hoje à noite da Claudia Leitte?
IVO – Preparadíssimo. Nem acredito que
vou a esse show.
POLLO – Ótimo. Mas você já falou com sua
mãe que você vai comigo?
IVO – Já sim. Ela disse que podia ir.
POLLO – Perfeito então.
O casal
volta a se beijar escondidos.
POLLO – Sabe, às vezes paro pra pensar.
E se tua mãe descobrisse sobre nós dois?
IVO – Nem fala uma coisa dessas. Minha
mãe me mataria se descobrisse que sou gay e que tenho um relacionamento com
você.
Pollo
sorrir ao ouvir aquilo.
IVO – Não tem graça. Não é nada fácil
isso tudo. – fala seriamente.
POLLO – Eu sei bem como é isso Ivo. – fala
seriamente.
IVO – Sabe... Eu já pensei várias
vezes em contar toda verdade de uma só vez pra minha mãe. Dizer que sou gay,
que nasci assim, mas eu tenho medo... Mas não é medo de ser expulso de casa, ou
dela não me aceitar, mas é medo de machuca-la. De frustrar os sonhos dela que é
ter um neto. – lacrimejando – Eu tenho muito medo.
POLLO – Não precisa ter medo disso tá
bom... Eu estou aqui.
Ivo começa
a chorar.
POLLO – Vem cá. Deixa eu te abraçar.
Pollo
abraça Ivo.
CENA
05/ MANSÃO KUHN/ SALA/ INT./ DIA
Ônix foi
até mansão do pai com a finalidade de pegar alguns de seus pertences deixados
em seu quarto. Ele diante de Simone.
ÔNIX – Surpresa em me ver Simone. Já
sei, sentiu minha falta. Acredito que sim... Agora sai da minha frente
criatura.
Simone não
sai da frente de Ônix e o enfrenta.
ÔNIX – Você não ouviu? Ficou surda? –
fala histericamente com a empregada.
SIMONE – Eu sinto muito doutor Ônix, mas
eu recebi ordens do seu pai para não deixa-lo entrar.
ÔNIX – (histérico) Pelo amor da santa,
era só o que me faltava. Você é muito ingrata Simone. Você devia me agradecer
por ter lavado minhas cuecas nesses anos todos que trabalha aqui. Sai da minha
frente. Sai! Sai! – grita.
SIMONE – Eu já falei. Eu não posso
deixa-lo entrar. São ordens do doutor Orlando/
Impaciente,
Ônix grita:
ÔNIX – Pouco importa o que o meu pai
disse ou deixou de dizer. – grita – Além do mais eu só vim buscar algumas
coisas que deixei aqui e já estou de saída.
Nesse
momento, Alyne entra em cena:
ALYNE – Simone eu não encontrei o
abridor de latas – ela se corta ao ver Ônix ali.
Ônix diante
de Alyne:
ÔNIX – E você quem é? – pergunta.
Suspense.
ABERTURA DA NOVELA
Alyne se apresenta para o
golpista:
ALYNE – Prazer, me chamo Alyne Sax.
ÔNIX – Ônix Kuhn, encantado literalmente. – diz o vilão
encantado.
ALYNE – Você deve ser o filho do doutor Orlando.
ÔNIX – Infelizmente. – diz quase sussurrando.
ALYNE – Como?
ÔNIX – Exatamente, eu sou filho do Orlando Kuhn. Mas
isso não vem ao caso nesse momento. Sabe Alyne Sax, nunca havia falado sobre
você. Você por acaso tem algo com o meu pai?
ALYNE – Claro que não! – surpresa – Imagina. Eu sou
amiga do doutor Orlando. Não passa disso.
ÔNIX – Se vocês dois são amigos, porque o um pai nunca
havia falado de você antes?
ALYNE – Isso porque conheci seu pai dias atrás.
ÔNIX – Então vocês se conhecem há pouco tempo.
ALYNE – Exatamente. Nos conhecemos no Rio de Janeiro.
ÔNIX – Entendo. Mas e você, o que veio fazer aqui em
São Paulo?
ALYNE – Eu vim... Bem isso não importa.
De repente Orlando entra em cena
e ao ver Alyne flertando com seu filho, Ônix, acaba surtando. Irritado ao ver o
rapaz ali, o empresário multibilionário parte pra cima do mesmo com socos.
ÔNIX – Para pai! Para pai! Para pai! – grita Ônix
enquanto levava a surra de Orlando.
ORLANDO – (tomado pelo ódio) Seu desgraçado! Depois de
tudo o que você fez, você tem ainda tem coragem de colocar os pés de volta.
ALYNE – Calma doutor Orlando! – grita Alyne. –
Seguranças!
Os seguranças entram em cena e
apartam a confusão.
ORLANDO – Coloquem esse desgraçado fora daqui! – ordena o
empresário aos seguranças.
Assim foi feito.
CENA 06/
MANSÃO KUHN/ SUÍTE ORLANDO/ INT./ DIA
Alyne diante de Orlando.
ALYNE – Porque expulsou o seu
filho Ônix daqui?
ORLANDO – Eu não o quero aqui. Não depois de tudo o que
ele fez.
ALYNE – Doutor Orlando, o senhor já me disse que o Ônix
fez coisas inomináveis, mas o que ele fez?
ORLANDO – Eu não posso disser Alyne.
ALYNE – Tudo bem doutor Orlando.
ORLANDO – Obrigado por me compreender Alyne.
A moça sorrir para Orlando.
CENA 07/
MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ DIA
Irritado, Ônix chega à mansão
Scarion. Arlan jogado no sofá.
ARLAN – O que foi isso meu filho? – pergunta ao amigo.
ÔNIX – Meu pai! – diz irritado – Voltou a me expulsar
de casa.
ARLAN – E você acha ruim teu pai te expulsar após ele
descobrir que você estava roubando a empresa dele.
ÔNIX – A nossa empresa. – grita – Não sei se você
esqueceu, mas aquela empresa será minha um dia. Mas isso só quando o abominável
bater a botas. Não vejo a hora disso acontecer.
Arlan sorrir e logo pergunta:
ARLAN – Mas e ai... O que você foi fazer na casa do teu
pai?
ÔNIX – Fui pegar algumas dos meus pertencer que havia
deixado lá, mas ai eu fiquei conversando com a Alyne e/
ARLAN – (surpreso) Alyne – diz interrompendo Ônix.
ÔNIX – Sim Alyne. Por que ficou surpreso?
ARLAN – É que isso lembra minha EX que também se chamada
Alyne.
ÔNIX – Há sim, aquela tal pobretona com que você ia se
casar. Olha Arlan, não sei onde você tava com a cabeça quando pensou em se
casar com uma pobretona.
ARLAN – Eu tava apaixonado por ela.
ÔNIX – E não está mais?
ARLAN – Estou sim. Sinto falta da Alyne. Dos seus
beijos, dos seus abraços, do seu cheiro.
Apesar de está casado com a Aléxya eu ainda sou apaixonado pela Alyne. –
diz o rapaz com seu pensamento em Alyne.
CENA 08/
SÃO PAULO/ VILA MARIANA/ EXT./ DIA
Takes Vila Mariana.
CENA 09/
CASA YEDA/ SALA/ INT./ DIA
Dona Yeda diante de um oficial de
justiça.
YEDA – Pois
não?
OFICIAL – Maria
Yedis dos Santos.
YEDA – Sim, sou
eu.
OFICIAL – Eu vim
aqui pra trazer esse papel. – diz estendendo o papel para a mãe de Ivo.
YEDA – Do que
se trata? – pergunta.
OFICIAL – Como a
senhora pode verificar dona Yeda. Trata-se de uma ordem de despejo.
YEDA – Ordem de
despejo?! – surpresa.
OFICIAL –
Exatamente.
YEDA – Mas eu
não estou entendendo.
OFICIAL – É uma
ordem de despejo por falta de pagamento. A ordem pode ser anulada caso o
YEDA – Mais meu
Deus de onde vou tirar esse dinheiro.
OFICIAL – Esse não
é problema meu. – diz antes de deixar o local.
Yeda
preocupadíssima com ordem de despejo. Ivo entra em casa.
IVO – Mãe, cheguei. – grita – E logo
mais estou de saída novamente. Vou ao show da Claudia Leitte com o Pollo.
YEDA – Ainda bem que você chegou Ivo! –
diz preocupada.
IVO – O que foi mãe? Acontece alguma
coisa que deixou a senhora tão preocupada?
YEDA – Você não vai acreditar meu
filho. Hoje na parte da manhã veio aqui um oficial de justiça com uma ordem de
despejo.
IVO – Como é que é? – diz surpreso.
Desesperada,
a dona de casa começa a chorar.
IVO – Mas porque essa ordem de despejo
agora minha mãe?
YEDA – Por falta de pagamento. Já
estamos com dois meses atrasados. E segundo o oficial, o dono da casa, nos deu
15 dias úteis para saldar a dívida.
IVO – Mãe, porque não me falou antes?
– desesperado.
YEDA – Eu não queria preocupar você meu
filho. – aos prantos.
IVO – E agora minha mãe – desesperado
– Não podemos ser despejados daqui. Se perdermos a casa, não temos pra onde ir.
Precisamos conseguir a grana para quitar a dívida.
YEDA – Como meu filho? Eu não tenho
emprego, e o salário mínimo que recebo não da nem pra fazer a feira do mês.
IVO – Mãe não se preocupa. Eu vou à
procura de um emprego amanhã mesmo. E com o dinheiro que receber eu quito a
dívida. – diz o rapaz esperançoso.
CENA
10/ MANSÃO KUHN/ SALA/ INT./ NOITE
Enquanto
lia um livro, Orlando larga o livro após sentir uma forte dor em seu peito.
ORLANDO – Alyne! Socorro! Alyne! Socorro!
– grita desesperadamente.
ALYNE – O que foi doutor Orlando! –
grita a moça desesperadamente ao ver Orlando se debatendo freneticamente contra
o chão – Alguém socorre! O Orlando está passando mal.
CENA
11/ HOSPITAL SAN MAGNO/ CORREDOR/ INT./ NOITE
Orlando dá
entrada ao hospital desacordado.
CENA
12/ MANSÃO SCARION/ SALA/ INT./ NOITE
Ônix de
saída diante do seu amigo, Arlan:
ARLAN – Vai sair Ônix? – pergunta o
rapaz.
ÔNIX – Vou sim. Dar um rolê no bar do
Walcyr. Vem comigo?
ARLAN – Vou sim. Estou precisando sair
um pouco. Tenho trabalhado bastante nos últimos meses. Preciso curtir um pouco.
Nesse
momento Edith, empregada da mansão, entra em cena com o telefone em mãos.
EDITH – Ônix? – chama a empregada.
ÔNIX – Doutor Ônix pra você.
EDITH – Está bem, doutor Ônix, há uma
mulher querendo falar com o senhor no telefone.
ÔNIX – Pra mim? Mas... Mas quem será
que disse que estou aqui?
EDITH – Não sei, mas pela voz da moça é
ao grave.
Ônix toma o
telefone das mãos da emprega e leva até o ouvido.
ÔNIX – Ônix Kuhn. Com quem eu falo?
ALYNE – (desesperadamente) Ônix, sou eu
a Alyne... Me escuta vem correndo pro hospital San Magno. O teu pai passou mal
e está internado.
Ônix fica
surpreso ao ouvir aquilo e imediatamente responde:
ÔNIX – Está bem. Fica calma. Já estou a
caminho.
Arlan toma
a palavra:
ARLAN – O que foi? – pergunta curioso.
ÔNIX – Alyne ligou. Parece que o otário
do Orlando passou mal em casa e está internado no hospital. – diz antes de
deixar o local.
CENA
13/ MANSÃO KUHN/ GARAGEM/ EXT./ NOITE
Apressado,
Ônix entra no carro e segue para o hospital em que o pai está internado.
ÔNIX – Parece que hoje é meu dia de
sorte. O velho está mais perto de bater as botas. – diz acompanhado de um
sorriso maligno.
FIM DO CAPÍTULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário