sábado, 20 de agosto de 2016

Capítulo 2: Amores Desmedidos

CENA 01/MANSÃO VIDAL/SALA-INT/NOITE.
Beatriz sorri depois de ter escutado o barulho do tiro. (t) Marlon desce as escadas. (Ritmo)
BEATRIZ – Você é uma mula mesmo, hein Marlon? Por que não colocou silenciador na arma?
MARLON – Agora não é hora para explicações... Fui!
Marlon foge pelos fundos.
CORTA PARA:
    CENA 02/MANSÃO VIDAL/JARDIM-INT/NOITE.
Os convidados estão apavorados. Eles fogem pela porta do jardim. Tereza e Henri desentendidos. Beth, apavorada, com Antonio em seu colo que foi acertado pelo tiro. (Ritmo)
BETH – (grita) Tereza! Henri! Ajudem-me!
Henri e Tereza se aproximam, eles apavoram. Cam detalha: Antonio foi acertado no peito.
TEREZA – Meu Deus do céu, pai, pai, fala comigo...
ANTÔNIO – (com certa dificuldade) Calma... Eu to bem.
BETH – Henri, liga pro SAMU!
Henri pega o cel. e disca.
HENRI – (ao cel.) Alô? É do SAMU? Eu preciso imediatamente de uma ambulância aqui na Mansão Vidal que fica no condomínio Jaraguá.
CORTA PARA:
    CENA 02/MANSÃO VIDAL/EXTERNA/NOITE.
Os convidados saem apressadamente da mansão. Dentre eles, saem Marlon, que rapidamente entra em seu carro e vai embora.
    CENA 03/MANSÃO VIDAL/JARDIM-INT/NOITE.
A mansão ainda continua as escuras. Antonio, deitado no colo de Beth, perdendo cada vez mais sangue. Henri e Tereza cada vez mais agoniados.
TEREZA – Meu Deus do céu... Essa ambulância que não chega!
ANTONIO – (voz fraca) Eu... Não sei se vou agüentar.
Beatriz e Navarro se aproximam.
BEATRIZ – (realmente desesperada/se ajoelha perante o marido) Meu Deus, meu amor, que tragédia! Fala comigo, fala comigo, pelo amor de Deus, Antonio!
ANTONIO – Eu... Eu... Te amo, Beatriz, se algo me acontecer/
Os paramédicos entram com uma maca. Eles realizam a mobilização e Antonio, o colocam em uma maca e posteriormente o tiram dali. Tereza, Beatriz, Beth, Henri e Navarro agoniados.
CENA 04/MANSÃO VIDAL/QUARTO DE TEREZA-INT/NOITE.
Gonzalez desmaiado ao chão, em sua mão um revolver. Tereza entra.
TEREZA – (apavorada) Quem é você?! Que arma é essa?
Gonzalez começa a se mover.
TEREZA – (grita) Tio Navarro! Henri!
(T) Navarro e Henri entram.
NAVARRO – O que esta acontecendo?
TEREZA – Foi ele! Foi ele que disparou contra o meu pai, olha a arma!
HENRI – Calma...
Henri tira o revolver de Gonzalez.
GONZALEZ – Onde é que eu to?
TEREZA – (grita) Seu assassino! Eu vou te matar!
Tereza vai partir pra cima dele, mas Navarro a segura.
NAVARRO – Tereza, calma, calma...
GONZALEZ – O que ta acontecendo?!
HENRI – Fica aí! Não se meche... Eu vou ligar pra policia (pega o cel. e disca)
    CENA 05/HOSPITAL/SALA DE CIRURGIA/INT/NOITE.
Os médicos realizam a retirada da bala do peito de Antonio. Muita tensão nesta cena.
    CENA 06/HOSPITAL/SALA DE ESPERA-INT/NOITE.
Beth e Beatriz entram, elas estão realmente apavoradas. As mesmas se aproximam da recepção.
BEATRIZ – Por favor, eu preciso de noticias do Antonio Vidal.
MOÇA DA RECEPÇAO – A cirurgia dele se iniciou agora.
BEATRIZ – (grita) Disso eu sei, minha querida, mas eu quero saber como ele esta!
MOÇA DA RECEPÇAO – Os médicos ainda não nos passaram essas informações.
BEATRIZ – (sai da recepção) Droga! Droga!
BETH – Beatriz, se acalme, vamos esperar...
BEATRIZ – “Me acalmar”? Beth, será que você não percebe a gravidade do problema? O meu marido acaba de levar um tiro!
BETH – Sabe Beatriz... Eu tento te entender, mas eu não consigo. Você trai o Antonio e agora quer mostrar preocupação pelo mesmo? (t) Pra você não seria melhor que ele morresse?!
Beatriz da um tapa na cara de Beth.
BEATRIZ – Meça suas palavras, Beth!
Beth encara Beatriz. A segunda sai.
    CENA 07/DELEGACIA/SALA DE NOVAES-INT/NOITE.
Novaes encarando Gonzalez. A sua volta estão: Navarro, Tereza e Henri.
NOVAES – E então Senhor Gonzalez Matto... Qual o motivo o levou atirar no doutor Antonio Vidal?
GONZALEZ – Eu não atirei, eu juro, eu não sei como aquela arma foi parar na minha mão.
TEREZA – (grita) Pare de ser falso, seu miserável!
NOVAES – Senhorita, por favor, se contenha, caso contrario vou ter que pedir que espere lá fora. (t/a Gonzalez) Gonzalez, o senhor foi pego em flagrante, o tiro foi disparado pela janela do cômodo que o senhor foi encontrado e, alem do mais, a arma do crime estava com você.
GONZALEZ – Eu juro, por tudo que há de mais sagrado nessa vida, eu não atirei no Antonio Vidal!
    CENA 08/AP DE MARLON/SALA-INT/NOITE.
Marlon deitado ao sofá tomando uma cerveja. Ele assiste a TV.
JORNALISTA 1 – Tiro certeiro... O empresário Antonio Vidal, conhecido pelo grande império no ramo dos relógios, acabou de levar um tiro em sua mansão, onde estava acontecendo à festa de sua esposa, Beatriz Vidal. O culpado foi detido e presta informações na delegacia do Rio. Voltamos a qualquer instante com maiores informações.
Marlon desliga a TV.
MARLON – É... Foi o crime perfeito. Quer dizer, quase perfeito. Se aquele porcaria de luz não tivesse apagado o tiro tinha pegado na Beth! (t) Mas pensando bem... Ver o Antonio dentro de um caixão não vai ser tão ruim assim (ri)
Toca a campainha. Marlon se levanta, coloca a garrafa de cerveja sobre a mesa e abre a porta. É Beatriz, completamente nervosa que logo ao vê-lo da um tapa na cara do mesmo que é jogado pra trás. A vilã pega a garrafa de cerveja, bate com força na mesa e fica a apontar o caco pro amante.
BEATRIZ – (grita) Você tem noção do que fez, seu miserável?!
MARLON – Beatriz, Beatriz, abaixa esse caco porque isso mata.
BEATRIZ – É o que eu deveria fazer com você, seu animal! (t) Era pro tiro ter pegado na Beth!
MARLON – A minha mira era ela, mas no exato instante que eu apertei o gatilho a luz acabou e o tiro pegou no Antonio!
Ela joga o caco longe e vai pra um canto, respira fundo.
MARLON – Pensando bem, Beatriz... Não foi tudo perdido. Se o Antonio morrer a Beth não tem pra quem contar o nosso caso/
BEATRIZ – (corta) Eu amo o Antonio, Marlon.
Marlon, agora sem palavras, fica a fitar Beatriz. (T)
MARLON – Você sempre disse que me amava/
BEATRIZ – (corta/agora com a “guarda abaixada”) É um outro tipo de paixão, Marlon. Mas não é amor. A gente se da bem na cama, eu fiquei dependente da tua “pegada”, dos teus beijos, mas só. (t) É a mesma coisa com uma droga: ela te faz sentir bem, mas você não à ama por estar fazendo isso. Pelo contrario, você a odeia. Odeia por ter prender em um vicio insaciável.
 MARLON – Eu não quero ser seu objeto de prazer, Beatriz. O que eu sinto por você é amor.
BEATRIZ – Se o Antonio morrer, tudo que eu vou sentir por você é ódio.
Ela sai. Marlon, muito furioso, começa a quebrar tudo.
    CENA 09/MANSÃO VIDAL/SALA-INT/NOITE.
Tereza, Henri e Navarro entram.
TEREZA – Pronto! Por mais incrível que pareça um culpado foi preso.
HENRI – É, por enquanto, né, até o, como é mesmo o nome dele?
NAVARRO – Gonzalez...
HENRI – Até o Gonzalez conseguir um advogado.
NAVARRO – Eu vou fazer de tudo para que o Gonzalez não saia da cadeia tão cedo, pode confiar no meu trabalho, Tereza.
TEREZA – Você é o melhor amigo do meu pai, Navarro, ele confia cegamente em você e eu também. Faça o que for preciso!
HENRI – Será que não é bom à gente ir até o Hospital?
Toca o telefone. Tereza atende.
TEREZA – (ao cel.) Alô? Tia Beth? E então... Como esta meu pai?
    CENA 10/HOSPITAL/SALA DE ESPERA-INT/NOITE.
Beth a falar ao cel. com Tereza.
BETH – (ao cel.) Graças a Deus a cirurgia foi um sucesso, seu pai não corre mais risco de vida.
Beatriz entra. Beth desliga o cel.
BETH – Eu... Já avisei a Tereza.
BEATRIZ – Você teve noticias do Antonio? Como ele esta?
BETH – Ele sobreviveu.
Beatriz sorri aliviada.
BEATRIZ – Graças a Deus! Graças a Deus...
    CENA 10/MANSÃO DE MARCOS/SALA-INT/NOITE
Marcos, sorridente, a encarar Cássia.
MARCOS – Como é que é?! Não, repete porque é bom demais pra ser verdade.
CÁSSIA – Marcos, eu não acredito que você possa estar feliz com essa noticia! O Antonio esta entre a vida e a morte.
MARCOS – Você não vê que o meu sucesso depende da morte do Antonio?
CÁSSIA – Você é sádico e isso me assusta!
MARCOS – Meu amor, por favor, não tente me entender, eu acho que nem os mais nobres filósofos com suas conspirações conseguiriam fazer tal coisa. (t) Mas eu vou te mostrar que sou uma boa pessoa, vou até o Hospital prestar minha solidariedade a Família Vidal.
CÁSSIA – Eu vou com você, é só o tempo de eu me trocar de roupa.
MARCOS – Ok.
Cássia sobe as escadas.
    CENA 11/ARRANHA CÉU/EXTERNA/NOITE.
Marlon para o carro, ele desce e entra no prédio.
CORTA PARA:
    CENA 12/ARRANHA CÉU/COBERTURA/INT/NOITE.
Um grupo de jovens que praticam parkour reunidos. Marlon, ao longe, fica a observá-lo. Marlon esta transtornado,
INSERT: CAPÍTULO 02/CENA 08 (Já na parte que Beatriz diz que não ama Marlon)
MARLON – Ela não me ama... E qual sentindo a minha vida tem agora?
Um dos jovens se aproxima.
JOVENS – Eae...
MARLON – Tudo bom com você?
JOVEM – Tudo sim (t) Pratica parkour há muito tempo?
MARLON – (mente) Sim. (t) Vocês vão pular hoje ou só estão vendo o local pra ver se não tem perigo?
JOVEM – No dicionário dos PK’s não existe a palavra “perigo”.
CORTA PARA:
Dois rapazes pulam do prédio que estão para outro. Ao chegar à cobertura do outro eles comemoram.
JOVEM – (a Marlon) Tua vez...
MARLON – (a si mesmo) Eu não tenho nada a perder mesmo.
Cam busca a expressão de Marlon com certa tensão. Ele toma distancia e então corre e finalmente pula. Cam o busca no ar. Marlon não consegue chegar ao outro lado e fica a segurar em uma varanda.
MARLON – (grita) Socorro! Socorro! Socorro!
Os jovens se espantam. Cam detalha a grande altura que Marlon esta do chão.

         PRIMEIRO INTERVALO COMERCIAL
    CENA 13/HOSPITAL/SALA DE ESPERA-INT/NOITE.
Beth sentada. Beatriz pega um copo de água.
BEATRIZ – Eu espero que você respeite a saúde do Antonio quando ele voltar pra casa, Elizabeth.
BETH – Você ta morrendo de medo de eu contar alguma coisa, né? Mas fica tranqüila, eu não vou falar nada, eu cheguei à conclusão que você tem que criar vergonha na cara e não adianta eu tentar fazer isso por você.
BEATRIZ – Doce irmãzinha...
Marcos e Cássia entram.
MARCOS – Beatriz, Beth, como é que o Antonio esta?
BEATRIZ – Ele já esta bem, acabamos de receber a noticia que ele foi transferido pro quarto normal.
MARCOS – Nossa, coitado do meu amigo, eu fiquei chocado quando soube.
CÁSSIA – Como que foi essa barbaridade? Vocês não viram o tal rapaz que atirou entrar na festa?
BEATRIZ – Era muita gente, né Cássia, não da pra ficar prestando atenção na cara de todo mundo.
CÁSSIA – Claro...
BEATRIZ – Eu já to ficando com sono, acho melhor ir tomar um café na lanchonete.
MARCOS – Eu vou com você... Quer ir Cássia? Beth?
BETH – Vou ficar aqui, caso informem alguma novidade.
CASSIA – Vou ficar aqui fazendo companhia pra Beth.
MARCOS – Ok. Vamos Beatriz?
BEATRIZ – Sim.
Marcos e Beatriz saem.
    CENA 14/ARRANHA CÉU/COBERTURA/INT/NOITE.
Os jovens completamente espantados a observar Marlon, desesperado, segurando em uma das varandas do outro prédio.
MARLON – Socorro! Eu não vou conseguir segurar por muito tempo, a minha mão ta escorregando!
E então, nessa varanda que Marlon esta pendurado, um dos jovens do parkour aparecem e da a mão a ele. Com muito sacrifício, ele consegue puxá-lo e salvá-lo.
CENA 15/HOSPITAL/LANCHONETE/MESA DE MARCOS/NOITE.
Marcos e Beatriz sentados, ambos tomando café.
MARCOS – Como você esta? Depois de tanta, digamos, ação no seu aniversario (risos)
BEATRIZ – Digamos que eu sobrevivi. (risos)
MARCOS – Eu não pude ir ao seu aniversário, mas... Eu comprei um presente.
BEATRIZ – Presente?
MARCOS – Sim.
Marcos tira do bolso uma caixinha de anel e coloca sob a mesa.
BEATRIZ – Marcos... Não precisava/
Marcos coloca sua mão sob a da Beatriz.
MARCOS – (corta) Lógico que precisava, você é uma das pessoas mais importantes da minha vida.
Cam revela: Cássia, ao fundo, observando tudo.
CENA 16/HOSPITAL/QUARTO DE ANTONIO-INT/NOITE.
Antonio dorme tranquilamente, obviamente com a ajuda de aparelhos. Cam busca seu rosto até que
CORTA PARA:
ABRE FLASH BACK NÃO GRAVADO:
CENA 17/GABINETE DE GONZALEZ/INTERIOR/NOITE.
Gonzalez, bem mais rejuvenescido, sentado a fumar um charuto. Batem na porta.
GONZALEZ – Entre!
Antonio, também mais novo, entra trazendo uma maleta. Antonio esta com uma roupa de mendigo.
GONZALEZ – (furioso) O que um mendigo esta fazendo no gabinete de Gonzalez Matto?!/
ANTONIO – Eu sou mendigo que tem muita coisa valiosa consigo.
GONZALEZ – (risos) Você bebeu, meu rapaz?
Antonio se aproxima com a maleta, Gonzalez rapidamente abre sua gaveta e saca um revolver e aponta para Antonio.
GONZALEZ – Nem mais um passo ou eu atiro em você!
ANTONIO – Calma. Eu vou explicar o motivo que me trouxe aqui. (t) Me disseram que o senhor avalia objetos.
GONZALEZ – Sim, mas (risos) o que o mendigo teria para eu avaliar? Um saco de latinhas de refrigerante?
Antonio tira de dentro do seu bolso um relógio.
ANTONIO – Eu achei esse relógio no lixão, enquanto eu procurava papelão pra vender (coloca o relógio sob a mesa).
Gonzalez, agora com mais confiança, deixa seu revolver de lado e pega o relógio. Posteriormente pega sua lupa e fica a examinar o objeto.
GONZALEZ – É valiosíssimo, meu rapaz. É revestido a ouro, é um dos objetos mais lindo que eu já vi. Se eu não me engano, esse objeto é libanês.
ANTONIO – Não me interessa de onde veio e sim quanto vale.
GONZALEZ – Milhões eu diria. Quer vender?
ANTONIO – Não. Nunca. Depois que eu consegui esse relógio as coisas começaram a mudar pra mim, entende?
Antonio pega o relógio e guarda.
GONZALEZ – Entendo. (t) Mas se você não quer vender porque raios você veio até mim?
ANTONIO – Pois eu sei que alem de bom avaliador de objetos o senhor também é um grande jogador.
GONZALEZ – (sorri) Não vou ter modéstia, eu sou sim.
Antônio coloca sob a mesa a maleta e posteriormente abre a mesa. Cam revela: MUITAS notas de cem.
GONZALEZ – (fascinado) Meu Deus! Vou começar a trabalhar no lixão, lá só tem coisa valiosa.
ANTONIO – Eu encontrei a grana junto com o relógio.
GONZALEZ – E quanto tem aí dentro?
ANTONIO – Seis milhões/
GONZALEZ – (surpreso) Sei milhões?!/
ANTONIO – (corta) Mas ainda não é o suficiente.
GONZALEZ – Até que pra um mendigo você ta bem ambicioso.
ANTONIO – Seis milhões não da nem pra eu começar a desenvolver um projeto que eu tenho.
GONZALEZ – Projeto? Que projeto?!
ANTONIO – Isso eu não conto, não dizem por aí que “o segredo é a alma do negócio”? Então...
GONZALEZ – Então, explique seu plano.
ANTONIO – Eu quero que você faça esse dinheiro triplicar, quadruplicar, enfim, quero que você faça 6 milhões de reais se transformarem em fortuna pra eu começar meu império.
GONZALEZ – E como eu faria isso?
ANTONIO – Jogando na roleta, sei que você tem boa fama nos cassinos.
GONZALEZ – Ok. Só que eu quero minha retribuição.
ANTONIO – Isso a gente combina depois. (t) Negócio fechado?
Antonio estende sua mão.
GONZALEZ – Sim.
Gonzalez e Antonio dão-se as mãos.
FECHA FLASH BACK NÃO GRAVADO.
E Antonio continua a dormir profundamente...
CENA 18/HOSPITAL/LANCHONETE/MESA DE MARCOSINT/NOITE.
Cont. da cena 16. Beatriz, surpresa, com o que Marcos acaba de dizer.
MARCOS – E então... Não vai abrir o presente?
BEATRIZ – Claro.
Ela abre e vê um belíssimo anel com um topázio vermelho de detalhe.
BEATRIZ – É lindo.
MARCOS – Que bom que gostou (sorri).
    CENA 19/HOSPITAL/SALA DE ESPERA-INT/NOITE.
Beth sentada a esperar. Beatriz e Marcos entram.
MARCOS – Ué Beth... Cadê a Cássia?
BETH – Ela foi embora, disse que não estava passando muito bem.
MARCOS – Uai... Que será que aconteceu?
CORTA PARA:
    CENA 20/MANSÃO DE MARCOS/SALA-INT/NOITE.
Cássia, tristonha, sentada à poltrona. Ela limpa a lágrima que sai de seu rosto. Marcos entra.
MARCOS – Ué, meu amor/
CÁSSIA – (corta/gritando) Não me chama de meu amor!
MARCOS – O que esta acontecendo, Cássia? Ficou louca, foi?
CÁSSIA – (se levanta/grita) Eu vi você se declarando pra Beatriz na lanchonete do Hospital! (T) Ou você vai negar?

Marcos tenso encara Cássia.  

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