CENA
1/ BARRACO/ NOITE/ INT.
Um
dos capangas olhando na janela, depois fecha a cortina, e fica olhando para
Maya. Carolina bate na porta. O capanga abre. Maya se desespera.
MAYA - Por favor, não façam nada
com a minha irmã!
CAROLINA - Cumpri a minha promessa...
Agora soltem a minha irmã!
Um
dos capangas pega Maya pelo braço e sai com ela, ainda encapuzada. Maya grita
pelo nome de Carolina. Maya sai do local. TUDO em silêncio. OUTRO homem
encapuzado sai de uma porta, e prende Carolina a uma BARRA de ferro. Ela o
ENCARA. O homem lentamente vai tirando seu capuz. Carolina se assusta.
CAROLINA - (grita) Pai?!
ORLANDO - Eis que me tens de
regresso, filhinha!
Os
dois se encaram. Carolina assustada.
CAROLINA - (berrando) O que está acontecendo?! Por
que você está fazendo isso comigo?
Orlando ri
cinicamente, aproxima-se de Carolina, APERTA as suas bochechas, e fica em
silêncio por segundos olhando para ela.
ORLANDO - Você simplesmente nasceu, Carolina.
Eu não vou deixar você sobreviver... Não vou!
CAROLINA - Foi você, né?! É você que coloca o
corpo daquelas pessoas no quarto da minha mãe... (grita) Anda... FALA!
Orlando dá
um tapa na cara de Carolina. Ela se enfurece.
ORLANDO - Não grita comigo... Tá querendo
apressar a sua morte, garota?!
CAROLINA - (grita) Você é um monstro!
ORLANDO - Isso... Vai! Repete mais vezes, só
que vai aproveitando. Você não vai ter a oportunidade de repetir isso por mais
tempo, querida.
Os dois se
ENCARAM.
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CENA 2/
MANSÃO DOS PASTEUR/ NOITE/ EXT/ FACHADA.
O carro
deixa Maya em frente à mansão, e vai embora correndo. Maya tira o capuz, e
começa a chorar.
MAYA - Eu vou efetuar uma denúncia agora!
Corta para:
CENA 3/
APTO. DE DEMÉTRIUS/ NOITE/ INT/ SALA DE ESTAR.
Demétrius
com cara fechada sentado no sofá. Tadeu percebe.
TADEU - Ta acontecendo alguma coisa,
Demétrius?
DEMÉTRIUS - Eu to cansado... To cansado de ter
que esconder a nossa relação.../
TADEU - (CORTA) Eu já te falei, Demétrius.
Eu preciso conversar com a minha mãe... Não é tão simples assim!
DEMÉTRIUS - Você tá agindo como uma criança
imatura, Tadeu. Não é assim que a coisa funciona. Você precisa se impor,
precisa dizer o que quer.
TADEU - A gente vive feliz... Temos o nosso
cantinho. Não precisamos de ninguém pra estragar a nossa relação. Na hora
certa, no momento certo, eu te prometo... Vou contar pros meus parentes.
DEMÉTRIUS - Eu não quero! Não quero continuar
com você enquanto você não conte tudo pra sua família.
Tadeu
encara Demétrius, e vai em direção ao quarto.
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CENA 4/
APTO. DE DEMÉTRIUS/ NOITE/ INT./ QUARTO.
Tadeu
arrumando as suas malas. Demétrius beija a sua cabeça, arrependido. CLOSE nele.
DEMÉTRIUS - Esquece vai... Esquece tudo o que
eu te falei. Me desculpa!
TADEU - Sabe... Eu concordo com você. Não
há como a gente ficar junto por enquanto. Eu não quero, e você também não quer.
Não vai nos fazer bem.
Tadeu
termina de arrumar as malas. Demétrius em silêncio.
TADEU - Tchau... Eu vou voltar pra minha
casa!
Demétrius e
Tadeu se beijam apaixonadamente. Tadeu sai. Demétrius paralisado.
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CENA 5/
MANSÃO DOS COSTA LIMA/ NOITE/ INT./ SALA DE ESTAR.
Herbert
chega em casa. Olga abraça o pai. Laura e Gilca olhando desconfiadas.
HERBERT - Eu to bem, filha.
OLGA - Você quase me matou do coração, pai. A
Laurinha tem razão... Você tem que tomar muito cuidado com a Rebecca. Ela quer
te destruir, pai.
HERBERT - Já vai começar. Eu já te disse pra
parar de ficar escutando o que essa bocuda fala. Ela só quer é me dar essa
xereca murcha, velha, nojenta. Fique
sabendo que eu não quero!
LAURA - Quem olha assim até pensa que a
Rebecca é uma novinha!
HERBERT - Eu vou subir. Não vou ficar
compactuando com esse ninho de cobras.
Herbert
sobe as escadas. Gilca, Laurinha e Olga trocam olhares.
Bate na
porta. Olga atende, e vê Tadeu segurando uma mala.
OLGA - (feliz) Não me diga
que...
TADEU - Sim, minha mãe. Eu estou de volta a
minha casa.
Olga abraça
Tadeu.
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CENA 6/
BARRACO/ NOITE/ INT.
TODOS
dormindo. Carolina acordada. Ela vê uma faca em cima da cadeira, que fica ao
seu lado. Carolina se arrasta lentamente, sem alarmar, e com a boca, pega a
faca. Ela corta a corda, e vai para o lado de fora, lentamente.
Corta para:
CENA 7/
BARRACO/ NOITE/ EXT.
Carolina
tira a chave de seu carro, que está no banco traseiro, abre o carro e sai.
Orlando vê pela janela, corre, e também pega o seu.
Corta para:
CENA 8/
CARRO DE CAROLINA/ NOITE/ INT./ ESTRADA.
Carolina
anda em alta velocidade. Ao olhar no retrovisor, vê o carro de Orlando
perseguindo-a. Ela corre mais. Estrada escura. Eles passam em um túnel. TIROS
disparados. Ao saírem do túnel, entram uma ponte, sem água embaixo, com
aproximadamente mais de seis metros de altura. O pneu de Carolina fura. Ela vai
seguindo. Orlando perseguindo. Eles chegam perto de um barranco. Orlando atira
no outro pneu de Carolina. O carro começa a CAPOTAR. GRITOS de Carolina no
carro. O veículo chega até o CHÃO. Orlando sai de seu carro, e fica observando
o carro. O veículo EXPLODE minutos depois.
ORLANDO - VAI PRO INFERNO, IDIOTA!
CENA 9/
STOCK-SHOTS/ NOITE-DIA/ EXT.
Imagens da
cidade do Rio de Janeiro.
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MESES
DEPOIS
CENA 10/
DELEGACIA/ DIA/ INT./ SALA DA DELEGADA.
Maya
sentada em sua cadeira olha para a estante e vê a foto dela com Carolina. Maya
chora.
MAYA - Cinco meses, minha irmã. Quanta
falta eu sinto do seu sorriso... Quanta falta eu sinto do teu carinho.
Maya começa
a se lembrar/
Todo FLASHBACK ao som de “MESMA LUZ”, de
Cláudia Leitte e Carol Celico.
FLASHBACK
1/ LAGO/ EXT.
Maya
(verdadeira filha de Rebecca – cabelos ondulados e negros, olhos arregalados e
negros. Boca pequena, magra, com um vestido rosa) e Carolina (filha de Stefanny
– cabelos cacheados e loiros, olhos azuis da cor do mar. Boca pequena, com um
vestido azul) brincam de pique-pega em volta do lago. Orlando de terno e
Rebecca com um vestido azul colado e com óculos escuros, observam as crianças.
Sonoplastia – MESMA LUZ (Carol Celico e Cláudia Leitte)
As
duas se cansam e ficam ofegantes, se abraçando em seguida.
MAYA - Você é a melhor irmã do
mundo, Carol!
CAROLINA - Você que é Maya! Eu te
amo! Amo mais que chocolate!
As
duas começam a rir, e corre em direção ao carro. Todos entram no carro, e
seguem viagem.
Corta para:
FLASHBACK
2/ MANSÃO DE CAROLINA/ NOITE/ EXT./ FACHADA.
Vários
fotógrafos, peritos e policiais no local. O corpo de Olavo ainda na casa.
Carolina chora e observa todo movimento de entra e sai de sua casa. Vizinhos na
rua. Maya para sua 4x4 preta, e corre em direção à irmã/
MAYA - (assustada) Pelo amor
de Deus! Me conta o que aconteceu, Carolina!
CAROLINA - (chorando) Eu não sei! Eu não sei! Eu o
encontrei estirado na sala da minha casa... Eu não estava presente no momento
do crime... Eu estava cuidando do papai! Algo me diz que essa morte era pra
mim, Maya... Pra mim!
MAYA - (segurando Carolina) Carolina...
Fica calma! Primeiramente é o que eu estou lhe pedindo... Você precisa ficar
calma! Só assim eu vou conseguir resolver essa história! Você vai para o meu
apartamento... Depois você vai depor, por mais que não saiba de nada, vai ir
até a delegacia e dizer onde você estava no momento do crime!
Maya deixa
Carolina, e segue em direção à porta da casa. Um policial parado na porta/
MAYA - (ao policial) Olá... Eu
sou a delegada Maya Pasteur, que por coincidência ou não, é a dona dessa casa!
POLICIAL - (a Maya) Dra. Maya, como à senhora
deve saber, a situação está bem crítica para o lado da sua irmã. A morte desse
homem pode acarretar um processo nas costas de sua irmã, o que pode fazer com
que ela seja presa! Nós encontramos uma faca dentro da residência, e isso pode
auxiliar a vermos as impressões digitais da pessoa que realizou as facadas!
MAYA - Sim... O senhor tem toda razão!
Pelo crime ter acontecido na casa dela, os indícios apontam que ela é a culpada
do crime, mas isso vai se reverter... A Carolina estava na casa dos meus pais
quando aconteceram as facadas! Amanhã ela irá comigo até a delegacia, e
prestará o seu depoimento!
Corta para:
FLASHBACK
3/ APTO. DE MAYA/ NOITE/ INT./ QUARTO DE MAYA.
Maya e
Carolina entram no cômodo. Carolina se deita na cama. Maya fica sentada.
MAYA - Durma bem! Amanhã teremos que ir
bem cedo até a delegacia!
CAROLINA - Não há como dormir bem, Maya. Uma
pessoa entrou na minha casa, matou um homem inocente, que sequer tenha feito algo,
porque disso eu tenho certeza, e eu dormir bem? Uma tarefa difícil!
MAYA - (desconfiada) Tem uma
coisa que me intriga muito, sabia?!
CAROLINA - O que?
MAYA - O que esse homem fazia na sua casa?
CAROLINA - (intrigada) Uma boa
pergunta! Olavo era meu amigo, mas é muito intrigante o fato de que ele naquela
hora da noite esteja na minha casa! O pior... Como ele conseguiu entrar na
minha casa?!
Intrigadas,
as duas se encaram/
Corta para:
VOLTA A CENA;
Maya limpa
as lágrimas. Fonseca entra na delegacia.
MAYA - Olá delegado Fonseca. O que o
senhor deseja?
FONSECA - (sentando a frente de Maya) Tenho
novidades sobre a morte da sua irmã... Tudo indica que o esquema criminoso de
tráfico de órgãos descobriu que vocês duas estavam unidas para acabar com as
investigações. Maya, a sua irmã foi morto por queima de arquivo. Ela sabia de
algo!
Maya fica
assustada/
Corta para:
CENA 11/
MANSÃO DOS COSTA LIMA/ DIA/ INT./ SALA DE ESTAR.
GRITOS
chamando por Tadeu. Gilca, Olga e Laurinha olham pela janela. Tadeu chega em seguida,
e também olha. Demétrius bêbado.
DEMÉTRIUS - Eu te amo, Tadeu. Eu quero, eu
preciso de você...
Olga encara
Tadeu. Todos ASSUSTADOS.
Corta para:
CENA 12/
HOTEL/ DIA/ INT./ QUARTO DE GEYSE.
Geyse se
arruma, e se senta na cama.
GEYSE - Hoje ela vem me buscar... Deve
estar me preparando para que eu morra, e ela aproveite de mim, mas eu terei
coragem de acabar com essa desgraçada.
Geyse vai
até a cômoda, e lá de dentro tira o revólver, que está embrulhado em um lenço
branco. Ao lado do revólver, uma LUVA preta. Geyse a coloca. Rebecca GRITA por
Geyse. Geyse abre a porta. Rebecca a puxa pelo cabelo. Geyse esconde o revólver
dentro de sua calça.
REBECCA - Vamos embora... Hoje você tem mais
uma tonelada de exames pra fazer. Não podemos demorar muito! E pra que está
usando essa luva ridícula?
GEYSE - Nós já vamos sim, Rebecca. Mas
antes eu preciso fazer uma coisa.../
Rebecca
estranha. Geyse lentamente tira o REVÓLVER da calça. Rebecca se afasta. CLOSE
nela, assustada.
REBECCA - Abaixa essa arma, Geyse. Eu deixo
você ir embora... É isso que você quer... Eu deixo, mas não me mate.
GEYSE - (grita) Você vai ter o que você
merece... VAGABUNDA!
Geyse atira
no ombro de Rebecca, que cai no chão. Geyse cospe em cima de Rebecca, coloca a
arma na calça novamente.
GENTE EU QUERO ESSA NOVELA PRA SER EXIBIDA EM 6 DE NOVEMBRO DE 2017 NA TV LÍDER. ALGUÉM SE MANIFESTE.
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